— Lucas, depois deste esclarecimento que vamos fazer ao público, não haverá mais fofocas, mais burburinhos a nosso respeito, meu amor. — Passei a mão em minha nuca, suspirei, dando de ombros. — Qual será este aviso? — Questionei Olga a minha frente, mas abriu a boca em choque olhando para a recepção. — Meu pai, meu pai, ele veio Lucas. — Olhei para a recepção, a secretaria ainda aguardava a sua pergunta.
Quando nos viu, veio em nossa direção. — Então Olga? Prontos para a declaração? — Perguntou me ignorando. — Sim papai, o Lucas concordou... —Olga disse em seguida, ele não irá me cumprimentar pelo menos? Seu olhar reprovando o sorriso de Olga, que se encolheu a meu lado, olhei para o homem que chamei de tio minha adolescencia inteira a minha frente. — Farei o que estão me pedindo, mas o senhor sabe que a Olga... — Olga ficou a minha frente. — Por favor não Lucas. — Suplicou, continuei lhe olhando, vendo que ela não tem coragem de enfrenta-lo, lhe olhei nos olhos lhe mostando que não suporto mais esta situação.
— Chamei todos os sites de fofoca da cidade filha, sejam breves. — Afastou-se, olhei para Olga, passou a minha frente sorrindo para os fotógrafos. — Qual será exatamente a nota que vamos dar Olga? A verdade? Que nunca terminamos que seu namoro foi uma farsa? Que irá romper o noivado e... — Me olhou com um sorriso no rosto. — Claro que não Lucas, seria o mesmo de dizer que sim, que eu roubei seus clientes, que além de ser uma ladra, sou uma mulher sem caráter, para ir para cama com o filho do homem que me desonrou.
Tiraram fotos nossas. — Claro que não, todos sempre souberam que nos somos apaixonados um pelo outro, Olga, não será uma briga por clientes que irá nos separar, e meu pai não disse isso diretamente, ele lhe chamou pra uma conversa, termina este noivado fajuto, por favor. — Continuou fazendo poses, me ignorando, olhei em volta em busca de ar.
— Aquilo foi uma conversa? Sério que pra você foi uma conversa Lucas, eu não tenho culpa que a empresa do papai recem aberta tenha ideias mais frescas que a da sua família, também não sei porque seus funcionários fizeram os planos parecidos com os nossos, só que melhores. — Mordi meu lábio tantando entendar porque?
Apenas suspirei. — Vamos demorar muito com esta nota? O que eu terei que dizer? — Me olhou de cima a baixo. — Pensou no que eu lhe disse? — Arqueei a sobrancelha querendo saber o que? — Sobre a namorada que você irá arrumar? Alguma mulher que aceite ser a sua namorada para que parem de nos perseguir? — Neguei, como vou pensar em mulher com o meu amor com data marcada para ser de outro? — Não vou poder te ver até que tenha alguém Lucas, meu pai acreditou no que eu disse porque prometi que faria isso hoje.
Sorri olhando em volta. — O que você disse para ele? — Lhe olhei ainda de pé, ajeitando os cabelos ruivos escovados de ondas para um lado. — Como estou? — Sorri lhe olhando. — Tem como você ficar mais linda do que já é? — Olhou para a frente suspirando. — Seus funcionários não têm o que fazer? Você não disse que tem novos negócios? — Olhei para a porta da empresa. — De ter temos, mas pelo visto, querem saber de primeira mão. Notícia direto da fonte.
— Sua empresa já foi muito melhor, colocaram uma favelada pra me servir a pouco, a mulher mal vestida, parecendo um palhaço, muita maquiagem de baixa qualidade, o cheiro de pobre gritava do outro lado. — Assenti, pensei o mesmo quando vi. — Não vai ficar muito tempo, quando cheguei a outra tentava desamassar sua roupa, algo do tipo, estava quase nua na recepção, deve ser amiga da senhora Ivone ou dormiu com alguém da seleção. — Sorriu franzindo o cenho.
— Credo que horror! — Revirou os olhos, senti uma desejo de beijar sua boca. — Estamos prontos podemos começar? — Olhei para Olga a meu lado, bem arrumada, que assentiu os funcionários a nossa frente curiosos, olhando sem ao menos parecer respirar. — Hoje estamos aqui com Lucas Tyler e Olga Swton para uma nota de esclarecimentos.
— Senhor Lucas, é verdade que o senhor e a senhorita Olga tiveram uma recaída a noite anterior? — Outro colunista perguntou, sorri torto, o que seria recaída? Olhei para Olga negando, parei de sorri. — Não, não tivemos recaída alguma. — Lhe vi sorri afirmando.
— Senhorita Olga Swton pode esclarecer o que foi fazer na cobertura do senhor Tyler? — Olga já estava com o microfone na mão quando a secretária novata apareceu na frente nos olhando com uma cara de louca, temi que algum dia tivesse mais maquiagens. — Na verdade eu fui a cobertura do senhor Tyler, apenas para pegar as minhas coisas que ficaram, não imaginei que o senhor Tyler iria ao mesmo lugar horas depois, não nos encontramos, não nos falamos, tampouco nos vemos não é Senhor Tyler?
Me olhou, o que seria exatamente não fazer tudo isso? Assenti para todos. — Com licença, licença. — A voz feminina foi alta, olhei em volta tentando encontrar quem fosse. Até que a garota passou por nós dois, perdida, iria empurra-la para baixo, mas na frente da mídia? — Oi gente! — Acenou parecendo gostar de ser o centro das atenções, os reportéres perguntando quem é, quem era, o que estava fazendo ali.
— O que esta fazendo sua louca? — Olga olhando negando a qualquer coisa, rindo sem graça, colocou o dedo na minha cara de uma maneira arrogante. — Me despeça depois, agora eu preciso saber que é este homem. — A olhei de cima a baixo, quem pensa que é? Até tomou o microfone das mãos de Olga que lhe olhou sem entender, a olhei de cenho franzido, fizeram os exames desta mulher pelo menos?
— Já que eu perguntei, mas ninguém escutou, acredito que a fofoca seja mais importante hoje em dia do que salvar a vida de alguém, mas eu preciso saber quem é um homem chamado Aloisio gente, vocês podem me dizer quem é? Este homem acabou de ligar querendo falar com o senhor Lucas... — A multidão gritando a sua frente, se olhando ninguém sabe quem este homem, ri só pode ser alguém que correu dela, feia desse jeito, anormal se não acontecesse.
—Desculpa invadir aqui, mas voltando ao senhor Aloisio eu tenho que descobrir seu endereço, ele esta tendo um enfarto... — Paralisei travando o sorriso no rosto. — O quê? — Gritei em crise, até que me olhou afirmando, lamentou com uma expressão tenebrosa, meu coração acelerou ao escuta-la. — Sim, ele esta tendo um enfarto, apenas me digam seu endereço para que eu vá ou mande um socorro com pressa, depois podem continuar com a exposição amorosa de vocês, é uma vida... — Lhe arrastei pelo braço, ouvindo os gritos dos demais.
Bateu com a cara em meu peito, o cheiro do seu cabelo veio em meu nariz. — O que acabou de dizer? — Perguntei lhe vendo erguer a cabeça para me olhar. — Eu disse que ... —Apontou com o polegar para dentro, olhei para a multidão reclamando, os reporteres indignados. — O senhor Aloisio estava ao telefone comigo, esta tendo um enfarto, o senhor conhece ele? — Afirmei, após lhe dizer lhe dando as costas em seguida. — É meu pai! —
Sai sem escutar nada em volta, entrei no carro as pressas, dirigi em alta para casa mal parei ao entrar correndo, o encontrei caido na sala de casa. — Lucas... Lucas... voc... — Afirmei lhe pegando no colo, o celular no chão, o carreguei para o carro, meu celular tocando, não importava. — Pai por favor aguente — Pedi ao volante, deitou no banco traseiro.
Cheguei ao hospital com ele quase desacordado, o braço todo dormente, o levaram rapidamente fiquei no corredor. — Como ele esta? — Olhei para a senhora Ivone, negando. — Não sei, o levará para dentro tem tempo — Olhou para o corredor sem fim. — Senhor Lucas sei que não é o momento, mas após a sua entrevista ao lado da senhorita Olga, perdemos três clientes. — Passei a mão na cabeça indo de um lado pra o outro.
— Por sorte que a novata interrompeu a entrevista, no momento pensei que era apenas encenação da parte dela, mas... — Lhe olhei de pé num salto marrom, vestido branco meio transparente até haver um segundo tecido. — Demita esta mulher, não quero ver a sua cara na empresa. — Recuou a minha frente, lhe olhei no rosto. — Senhor Lucas como tem coragem, a garota acabou de salvar a vida do seu pai, invandiu a sua entrevista que levaria a luxus para a ... — Neguei suspirando.
— Não importa, a quero longe da minha empresa. — Vi o médico a caminho, tomei a sua frente. — Doutor como esta meu pai? — Olhou-me sem entender. — Preciso saber ao menos o nome do seu pai senhor, assim fica impossível. — Aloiso Tyler.
Sorriu ao escutar a senhora Ivone. — Ah o senhor Aloisio esta bem, conseguimos lhe medicar, graças ao socorro rápido que teve. — Assenti ao escutar. — Podemos vê-lo? — Perguntei nervoso, afirmou. — Sim, irei pedi para que não o aborreça, ele pode ter outro enfarto facilmente. — Passei pelo mesmo indo em direção aos quartos, a senhora Ivone me seguiu.
— Já cuidou da demisão da sua amiga? — Não respondeu, entrei no sexto quarto de porta aberta, vi meu pai deitada na cama recebendo soro na veia, de olhos fechados. — Ainda não senhor Tyler, não se preocupe não verá mais a senhorita Lizandra na empresa, ela não é minha amiga.
Lhe ignorei olhando meu pai na cama, por pouco não o perdi. Sei que para ele é difícil me ver renunciando a tudo por Olga, mas sei que faria de tudo pela minha mãe, apesar dela ter lhe ajudado a construir a empresa, não tenho culpa que o senhor Igor tornou-se nosso concorrente nos negócios, o comércio do marketing tem expandido, clientes vão, vem, ideias são copiadas, são vendidas é um mercado perigoso, custa ele colocar meu amor acima disso?
— Se o senhor quiser, eu posso ficar aqui com ele? — Escutei a voz atrás de mim, apenas afirmei. — Aceito, tenho que me explicar para Olga, sai lhe deixando naquela situação, envergonhada após aquela louca invadir a entrevista e lhe humilhar na frente de todos. — Não ouvir resposta, sai em seguida, sai em busca de Olga, que não atendeu o celular.
Fui até a sua casa, estacionei na porta. Seu pai saiu para me receber. — O que quer com a minha filha? — Perguntou do portão de casa, suspirei. — Preciso conversar com ela, não tive como fazer isso mais cedo, meu pai teve um início de enfarto, tio... — Aproximou-se agarrando a minha gola, ergui as mãos. — Não me chame de Tio, seu moleque.
Lhe olhei nos olhos azuis. — Do que devo lhe chamar? De sogro? O senhor sabe que a Olga é minha, ela não... — Me acertou com um soco de mão fechada do lado da face, sai cambaleando um pouco. — Lave a sua boca para falar da minha filha. — Sorri zombando dele ao escutá-lo. — Sua filha não vai se casar Tio Igor, não com este homem, ela é minha, apenas minha.
Veio para cima de mim, desta não apanhei, me defendi, lhe deixando cansado, tentando acertar a minha cara novamente. — Lucas! — Ouvi a voz de Olga, recebendo outro soco em cheio no ouvido, senti a tontura me pegar, a visão ficou turva, o som insuportável no ouvido direito, cambaleei até encostar em algo. — Olga? Olga? — Lhe chamei vendo-a ser levada para dentro segura pelo braço por seu pai.
— Liz vou tirar meu horário de almoço, quando eu voltar você vai, certo? — Assenti ao telefone, vendo Amanda pegar sua bolsa saindo em seguida. — Não senhor no momento não posso transferir sua ligação, se importar se pedir para ligar mais tarde? — Tentei ser o mais calma que poderia. — Não é com uma vozinha doce e com muita educação que você vai conseguir me segurar nesta empresa garota. — O homem gritou ao telefone, antes de bater em minha cara, desligou eu fiz o mesmo, olhei em volta, as pessoas daqui são sempre assim? Arrogantes? Brutas sem educação? Outros telefonemas vieram, até que Amanda chegou do almoço, duas horas depois, me sinto faminta, mas o dinheiro reservador na bolsa, é a conta da passagem da semana inteira. Não tenho como contar com a sorte, esperar que o dinheiro caia do céu, e a comida fora de casa ser mais cara. Suspirou deixando sua bolsa no armarinho. — Muitos clientes estressados querendo desfazer contratos? — Afirmei me sentindo sugada de energia, uma noite p
— Amor me escuta por favor... — Pedi a Olga nervosa ao telefone. — Você me enganou Lucas, como pode recorrer a algo tão baixo, usar o seu pai para fugir da entrevista. — Suspirei ouvindo seu desabafo. — Se ao menos me deixasse falar, não gastaria tanto a sua energia em vão. Parou quando disse mais alto. — Meu pai está no hospital, pediu para que ninguém soubesse, achei melhor para evitar tumulto, eu fui a sua casa, mas seu pai não deixou te explicar o que houve. Meu celular descarregou no meio do caminho, a recepcionista que fez aquela palhaçada toda já demitir, a quero longe da empresa, esta mais calma agora? — Demorou a responder. — Olga está aí? — Estou, só estava pensando Lucas. Papai decidiu adiantar o meu casamento, o que era em um mês será em duas semanas. A sua atitude covarde só fez com que ele se aborrecesse mais, se ao menos você estivesse com alguma namorada de mentira, alguém que tirasse o foco de cima de mim, seria ótimo, ele poderia rever a situação Lucas, mas pelo vi
— Senhora Ivone para onde a senhora esta me levando? — Questionei a minha ex-chefe ao entrar em seu carro, sorriu maliciosamente a meu lado. — Não se preocupe, não irei lhe matar se é o que pensa, tenho um amigo que esta no hospital, é um homem de sessenta e dois anos, você irá conhecê-lo, acabou de dizer que procura um emprego? Assenti a seu lado, sim, eu preciso de um emprego. — Ele irá lhe tratar mal no início, as outras foram embora porque não tem paciência, mas você... — Seus olhos varreram meu corpo de cima a baixo. — Parece meio lesa para entender as frases de duplo sentido que ele dirá para ofendê-la. — Sorri sentada, até me lembrar. — Senhora Ivone pare, pare, minha filha e minha tia estão aqui nesta sorveteria. Gritei para a mulher que freou o carro assustada, colocou a mão no coração. — Garota louca, você quer me matar? — neguei abrindo a porta do carro. — Desculpe senhora Ivone, mas eu não posso ir a este emprego, tenho que levar a minha filha ao médico. — Sai correndo
— Mas? Qual é o mais doutora? — perguntei sentada na poltrona chique da sua sala, o meu corpo tenso, não me senti em mim no momento, se houvesse uma descrição como é estar fora do corpo, longe do chão, eu me sentindo assim. — Exames de sangue, frequentemente, remédios, tratamentos, a senhorita é mãe solteira, tem alguém que possa lhe ajudar? — Neguei lhe olhando. — De quanto eu preciso mais ou menos no mês para que ela começasse esse tratamento doutora? — Bateu a caneta na mesa me olhando. — A senhorita está acompanhando alguém aqui no hospital? — Afirmei. — Mandarei lhe entregar as minhas orientações com valores e medicações amanhã. — Pegou um papel em sua gaveta anotando algo. — Este é o meu número, me ligue em caso de urgência. — Sorri ao pegar. — Obrigado doutora. — Sorriu de volta. Levantei da poltrona, sentindo minhas pernas bambas, tombei ao ficar de pé, a mulher me olhou levantando. — Estou bem, obrigado. — Lhe disse tentando dizer para mim, caminhei até a porta, até que fe
Olhei para a ficha sobre a mesa duas vezes ou mais, continuei fazendo o meu trabalho. Sem foto, achei ela fez o melhor ao pedir antes de ir embora, ninguém é obrigado a ficar vendo algo tão feio. Apenas os dados da mulher que se chama Lisandra Albuquerque Goes, vinte anos, parda, joguei a folha de lado ao ver seus dados. Disquei o número de telefone no celular, chamou algumas vezes, sem resposta desistir, eu jamais terei condição de dividir parte do meu tempo com esta mulher. Ao imaginar sinto nojo, mentir, enganar, como sou capaz de tanto, mas sorri ao ver que é por uma boa causa. — Senhora Ivone? Chamei a minha secretária que veio depressa. — Como está o meu pai? — Me olhou com um sorriso largo na boca, ao ver que perguntei por ele, não há motivos para que não me receba, pelo seu sorriso percebi que esta bem melhor. — Ótimo, pela manhã fez alguns exames senhor Lucas, dependendo do resultado ele irá para casa. Bati na mesa desejando que fosse o mais depressa. — Conseguiu alguém p
— Liz, quem o bonitão que veio hoje atrás de tu garota? — Mal desci do ônibus, Mila, a vizinha gritou para mim, me seguiu parte do trajeto. — Quem? — Perguntei de volta. — Ah, com certeza alguém que tu deve. Coloquei a mão na cabeça, minha tia pagou a conta de luz e de água, eu lhe dei o dinheiro ontem, com Alice doente a gente não pode ficar sem um ou o outro. Aumentei os passos para casa, se tiver cortado hoje não religa mais, ainda assim corri com pressa, mas mal cheguei encontrar o senhor Lucas de costas para mim olhando em volta com um papel na mão. — Senhor Tyler? — Disse com medo. Virou-se para me olhar, a blusa de mangas meio amassada em seu corpo, os botões abertos, a calça agarrada ao corpo. — Você? Você não é a mulher que esta cuidando do meu pai? — Assenti segurando a minha. — Se sou eu, o que deseja senhor Tyler? — Suspirou de pé. — Estou a procura de Lizandra Albuquerque Goes, a antiga recepcionista já que mora por aqui deve saber onde mora. — Sorri a sua frente. — So
— Como que ela não aceitou? — Olga gritou do outro lado ao me escutar, assenti com a mão nos quadris. — É verdade ela não aceitou, eu também não concordo com esta ideia maluca meu amor, podemos enfrentar juntos Olga. — Negou indo de um lado a outro. — Enfrentar juntos? — Afirmei lhe olhando. — Sim Olga vamos , não somos mais duas crianas Olga,você é uma mulher e eu um homem feito, aquela maluca disse uma coisa que eu concordo, se a gente ficar arrumando parceiros para fingir vamos acabar nos separando meu amor, você ter que beijar, abraçar outro homem, não gosto disso. — Meu amor eu não posso contrariar meu pai, ele é doente, qualquer aborrecimento eu posso perde-lo. —Assenti lhe trazendo para mim, olhei em seus olhos azuis me sentindo sufocado pela situação. — Meu pai pediu para sair de casa, irei morar aqui a partir de agora, ele prefere os empregados do que ao próprio filho. Virou-se a minha frente preocupada. — E a empresa? — Neguei lhe olhando. — Mandou
— Oitocentos e quarenta reais e vinte e cinco centavos, senhorita meio de pagamento débito ou crédito? — Suspirei fundo, engoli a saliva com dificuldade olhando para a mulher atrás do balcão da farmácia, a pequena cesta continha apenas três caixas de medicamentos. Tenho apenas duzentos reais no bolso, como vou pagar tudo isso? Me perguntei olhando para a mulher a minha frente. — Faz crediário? — Negou séria me olhando. — Não trabalhamos com crediário senhorita. — A medida que respondeu arrastou a cesta para si. — Apenas assenti vendo que dos três apenas um poderia levar comigo naquele momento. — Irei levar apenas um. — Sorriu fraco me olhando. — Esta bem, mas este só pode ser medicado após o uso deste. Lamentei lhe olhando, a minha filha precisa dos remédios e isso não posso comprar, o que ela precisa não posso dar, a febre não passa enquanto não iniciar o tratamento. Sai da farmácia de cabeça baixa, me sentindo a pior mãe que poderia ser, retornei ao hos