— Amor me escuta por favor... — Pedi a Olga nervosa ao telefone. — Você me enganou Lucas, como pode recorrer a algo tão baixo, usar o seu pai para fugir da entrevista. — Suspirei ouvindo seu desabafo. — Se ao menos me deixasse falar, não gastaria tanto a sua energia em vão.
Parou quando disse mais alto. — Meu pai está no hospital, pediu para que ninguém soubesse, achei melhor para evitar tumulto, eu fui a sua casa, mas seu pai não deixou te explicar o que houve. Meu celular descarregou no meio do caminho, a recepcionista que fez aquela palhaçada toda já demitir, a quero longe da empresa, esta mais calma agora? — Demorou a responder. — Olga está aí?
— Estou, só estava pensando Lucas. Papai decidiu adiantar o meu casamento, o que era em um mês será em duas semanas. A sua atitude covarde só fez com que ele se aborrecesse mais, se ao menos você estivesse com alguma namorada de mentira, alguém que tirasse o foco de cima de mim, seria ótimo, ele poderia rever a situação Lucas, mas pelo visto somente eu que tenho que fazer sacrifício aqui, Ravel ligou a pouco querendo uma explicação sobre ter ido a sua cobertura, expliquei o mesmo que fiz com os outros, perguntou sobre a entrevista que nós estávamos muito próximos, e tal, disse que você estava pedindo para voltar.
Ri ao lhe ouvir, — Não consigo imaginar outra pessoa a meu lado Olga, você sabe disso, eu sou fechado, difícil de me comunicar com alguém, essa mulher pode querer se aproveitar disso, vai querer nos chantagear, se isso chegar a mídia já era.
— Por que não fala com a recepcionista Lucas? Ela é muito estupida, e qualquer coisa que você disser vai acreditar, um homem lindo como você olhando para ela, vai fazer tudo que disser. — Gargalhei ao lhe escutar. — Quer dizer que eu sou lindo? Você ainda acha isso? O que você acha que eu sou Olga, a mulher é feia, é toda desengonçada, anda desarrumada, no mínimo seria motivo de chacota para todos.
— No tempo que eles estaria falando dela, a gente poderia se encontrar, teremos mais tempo juntos, enquanto ela é ridicularizada, o que eles falarão sobre você não é verdade, e nós dois sabemos disso. — Neguei nunca. — Eu já mandei demitir, iria fazer isso pessoalmente por ter lhe desrespeitado na frente dos fotógrafos, a sorte que não estava aqui. — Suspirou forte ao telefone.
— Isso já passou, Lucas, quero que você peça a essa idiota em namoro, apresente em algum evento desses da empresa, eles esquecerão de mim, de nós e pronto, olha que maravilha. — Neguei, nunca, nunca que eu iria encostar minha boca numa coisa daquela. — esta brincando comigo? — Sorriu ao telefone. — Claro que não, você não vai usar a língua apenas a boca rapidamente, depois lave.
Engoli em seco, meu Deus, que loucura. — Olga você esta se ouvindo? Eu não vou fazer isso, a mulher parece uma velha, a maquiagem toda borrada, velha, feia, mal arrumada. — A escutei suspirar ao telefone. — Esta vendo Lucas, somente eu faço sacrifício aqui, você acha que é fácil segurar a mão do Ravel, aquele odor terrível dele? A risada quase um som de animal, Lucas, o que você?
Desligou em minha cara, olhei para o celular. Droga, m*****a hora que esta mulher cruzou o meu caminho, desgraçada, sorri ao ver que pelo menos meu adversário é terrível. Recebi alguns telefonemas o resto da tarde, pessoas reclamando da minha atitude alegando que a minha empresa não tem credibilidade, que era melhor no tempo do meu pai.
Anoiteceu, cheguei ao hospital, encontrei a senhora Ivone lhe dando sopa, me olhou cheio de aparelhos. — Pai! — Permaneceu calado. — Como ele esta? — A mulher sorriu sentada com um prato nas mãos. — Esta melhor, ficará aqui mais uns dias, não quer falar com você, nem... — Lhe olhei limitando as palavras. — te ver senhor Lucas, o senhor Tyler já sabe que a garota interrompeu a entrevista do senhor, mas eu já lhe disse que mandou demiti-la, já saiu da empresa há um tempo.
Franzi o cenho ao escutá-la. — Quando cheguei já não estava na empresa. — Lamentou sentada. — É uma pena senhor Lucas… — Lhe olhei repreensivo, fala demais, calou-se, toquei os pés do meu pai que virou o rosto para o lado oposto do quarto. — Esta bem, providencie alguém para ficar com ele esta noite e os outros dias, como não quer me ver não virei aqui até que mude de ideia.
— Irei ficar esta noite. — A olhei sentada na poltrona, para ele. — Faça o que achar melhor. — Sai deixando ambos no quarto. Cheguei em casa vendo a quantidade de clientes que me abandonaram após a entrevista da manhã, com cem funcionários para pagar, mais as despesas o saldo em conta não cobre tudo isso, terei que retirar da minha conta pessoal.
Passei a noite sentado fazendo cálculos, bebendo até que adormeci na cadeira. Acordei com dor na coluna, liguei para a senhora Ivone antes de começar a alongar. — Bom dia Senhor Lucas — Falou com a voz animada. — Bom dia, senhora Ivone, o meu pai está bem? — Sorriu ao responder. — Sim, estou procurando alguém que possa cuidar dele estes dias.
— Veja as agências... — Me interrompeu, odeio quando faz isto. — Já procurei, para acompanhar em hospitais são mais difíceis, sem contar que seu pai faz de tudo um pouco para dificultar. — Sorri afirmando. — Sei e sinto na pele com é, dobre o valor da diária, do mês para acompanhá-lo, ontem quando passou mal estava sozinho, veja alguém para ficar permanente com ele, ofereça um salário alto.
— Sim, senhor Lucas. — Desliguei tirando a minha roupa, tomei um longo banho, deitei na cama, vendo que ainda resta bastante tempo, dormi deixando meu corpo relaxar na cama, acordei com o celular tocando. — Lucas? — Sorri ao ouvir a voz maravilhosa pela manhã. — Bom dia meu amor, como esta?
— Estou bem e você? — Sorri ao escutar sua voz. — Melhor agora ouvindo a sua voz, se estivesse aqui seria bem melhor. — Meses que não dormimos juntos, desde que seu pai a proibiu de me ver, apenas entrou em casa levando suas coisas em lágrimas, entre mim e ele, jamais mandaria escolher um dos dois, ele é seu pai, nunca pedirei para abdicar dele por mim.
— Falou com a secretária? — Revirei os olhos com a pergunta. — Não, Olga de novo este assunto? Estou aqui todo animado por ter em ligado cedo, você insiste em arrumar alguém para mim? Eu não vou propor nada a outra mulher Olga, seu pai terá que aceitar, o meu se quiser será assim, se não quiser será do mesmo jeito, ele só tem a mim.
— Eu não vou perder a minha família Lucas, se meu pai virar as costas para mim, minha mãe também me esquecerá, e se lá na frente você não me amar mais? O que eu farei sozinha? Sem família? — Ri alto, ela sabe que eu a amo, sempre amei e vou amar. — Que pergunta é esta Olga? Você sabe que eu te amo.
— Agora, agora eu estou nova, bonita, durinha, mas e lá na frente Lucas? — Levantei vendo que hoje é dos dias que ela irá me atormentar. — Olga, eu amo você e não seu corpo, se você envelhecer eu também irei se esquecer disso? — Sorriu ao me ouvir, me senti aliviado por isto. — De onde tirou esta ideia louca, Olga?
— Esquece Lucas? Você vai procurar a secretária hoje? — revirei os olhos ao lhe ouvir. — Se eu for a procura desta mulher hoje, que dia podemos nos ver, faz muito tempo que não temos um momento a sós, estou com saudades dos seus beijos, cheiro, seu corpo no meu. Oh — Suspirei lhe ouvindo ri. — Faça um jeito de aparecer com ela em público, não sei, se meu pai ver ele vai pensar que já me esqueceu, poderei sair mais vezes.
— Esta bem, mandarei procurar esta criatura, meu Deus, que inferno será isto? Tem noção do que esta pedindo? — Sorriu animada. — Quero ver esta publicação hoje ainda, talvez a noite quem sabe eu vá a sua cobertura, ou a algum lugar que quiser, podemos matar a saudade amor, mas nada de beijo nessa criatura horrenda. — Gargalhei entrando no banheiro. — Obrigado por isto, você não tem ideia do que me livra.
— Tenho que desligar querido, vou descer para tomar café, beijos, beijos, beijos, te amo, te amo, te amo.
— Te amo mais, minha vida! — Desligou ao me ouvir. Entrei no box, tomei um banho rápido, cheguei a empresa mais tarde que o habitual na recepção para meu alívio apenas uma recepcionista, a loira permaneceu. — Bom dia! — Pegou o telefone ao me ouvir. — Bom dia senhor Tyler.
Passei diretamente para o elevador, franzi o cenho ao ver que o colocou no lugar, mulher estupida, o que ela pensou? Parou no último andar, sai em busca da senhora Ivone, que aproveitou a noite dormida no hospital para desaparecer. Liguei para a mesma. — Senhor Lucas?
— A senhora aproveitou que dormiu no hospital após se oferecer para tirar a manhã de folga? — Questionei sendo direto. — Todas as suas reuniões foram canceladas, não temos nenhum negócio pela manhã, estou no hospital no momento, já que seu pai conseguiu demitir as três cuidadoras que trouxe para acompanhá-lo, estou na quarta.— Como ele esta? — Perguntei ao ver que não tenho o que fazer pela manhã. — Interrogando a sua nova acompanhante, segue sem querer lhe ver por hora, o médico pediu para não o aborrecer, estou tentando fazer isto. — Suspirei, meu aproveita normal estando acamado deve dificultar ainda mais. — Entendo, faça o possível para ficar com alguém, mesmo contra a sua vontade.
— Sim, senhor Lucas. Quando terminar aqui irei para a empresa.
— Não precisa retornar, tire o dia de folga, senhora Ivone. — Desliguei em seguida sentando na sala vazia, restando apenas papéis na mesa, li alguns papéis e organizei em ordens, dezoito campanhas foram desfeitas, eles nem mesmo quiseram uma explicação minha, as pessoas não sabem separar a vida pessoal da profissional? Qual a relação de uma com a outra?
Passei o dia inteiro na empresa, tentando contatar novos clientes a cada recusa, agradeci um pouco por meu pai estar no hospital e não em casa informado de tudo, quando desci já estava escurecendo, vi a recepcionista arrumando o balcão ao sair do elevador. — Boa noite, senhorita. — Cumprimentei ao passar, mas ao invés de responder apenas ignorou.
Retornei com seu desrespeito. — A senhorita pela manhã não respondeu de imediato ao meu cumprimento, agora me ignorou, esta com algum problema comigo? — Me olhou a sua frente, com a saia habitual preta, a blusa branca sem mangas, salto preto médio, cabelos loiros, lisos, presos, dividido de lado para trás. — Não senhor, não ouvir o seu cumprimento. — Arqueei a sobrancelha ao ouvir sua resposta. — Pela manhã fingiu estar ao telefone para não responder, ainda tem noção que eu sou o presidente desta empresa?
Sorriu fraco. — Sim senhor, que permaneça assim presidente desta empresa, acabei de receber uma ligação a pouco que me deixou abalada, desculpe não ter devolvido os seus cumprimentos senhor Tyler, se me permiti. — Tentou passar por mim, segurei seu ombro. Olhei seu perfil bem melhor que a outra.
— Qual a notícia que lhe deixou tão abalada senhorita? — Negou colocando a mão na boca, perdendo-se em lágrimas, ri com a sua encenação chegando a chorar alto. — A filha da minha amiga acabou de ser diagnosticada com Leucemia mieloide aguda, a menina tem apenas três anos senhor Lucas, é suficiente para deixar alguém como o senhor abalado? — Neguei a sua frente, vendo a sua maquiagem ser ainda mais borrada.
— Presumo que não, infelizmente as pessoas boas vieram ao mundo para sofrer enquanto as outras... — O choro a cobriu, sair lhe deixando dentro da empresa, entrei em meu carro quando o celular vibrou no meu terno, peguei rapidamente, o nome amor me fez sorrir. — Conseguiu com que a secretária aceitasse?
— Senhora Ivone para onde a senhora esta me levando? — Questionei a minha ex-chefe ao entrar em seu carro, sorriu maliciosamente a meu lado. — Não se preocupe, não irei lhe matar se é o que pensa, tenho um amigo que esta no hospital, é um homem de sessenta e dois anos, você irá conhecê-lo, acabou de dizer que procura um emprego? Assenti a seu lado, sim, eu preciso de um emprego. — Ele irá lhe tratar mal no início, as outras foram embora porque não tem paciência, mas você... — Seus olhos varreram meu corpo de cima a baixo. — Parece meio lesa para entender as frases de duplo sentido que ele dirá para ofendê-la. — Sorri sentada, até me lembrar. — Senhora Ivone pare, pare, minha filha e minha tia estão aqui nesta sorveteria. Gritei para a mulher que freou o carro assustada, colocou a mão no coração. — Garota louca, você quer me matar? — neguei abrindo a porta do carro. — Desculpe senhora Ivone, mas eu não posso ir a este emprego, tenho que levar a minha filha ao médico. — Sai correndo
— Mas? Qual é o mais doutora? — perguntei sentada na poltrona chique da sua sala, o meu corpo tenso, não me senti em mim no momento, se houvesse uma descrição como é estar fora do corpo, longe do chão, eu me sentindo assim. — Exames de sangue, frequentemente, remédios, tratamentos, a senhorita é mãe solteira, tem alguém que possa lhe ajudar? — Neguei lhe olhando. — De quanto eu preciso mais ou menos no mês para que ela começasse esse tratamento doutora? — Bateu a caneta na mesa me olhando. — A senhorita está acompanhando alguém aqui no hospital? — Afirmei. — Mandarei lhe entregar as minhas orientações com valores e medicações amanhã. — Pegou um papel em sua gaveta anotando algo. — Este é o meu número, me ligue em caso de urgência. — Sorri ao pegar. — Obrigado doutora. — Sorriu de volta. Levantei da poltrona, sentindo minhas pernas bambas, tombei ao ficar de pé, a mulher me olhou levantando. — Estou bem, obrigado. — Lhe disse tentando dizer para mim, caminhei até a porta, até que fe
Olhei para a ficha sobre a mesa duas vezes ou mais, continuei fazendo o meu trabalho. Sem foto, achei ela fez o melhor ao pedir antes de ir embora, ninguém é obrigado a ficar vendo algo tão feio. Apenas os dados da mulher que se chama Lisandra Albuquerque Goes, vinte anos, parda, joguei a folha de lado ao ver seus dados. Disquei o número de telefone no celular, chamou algumas vezes, sem resposta desistir, eu jamais terei condição de dividir parte do meu tempo com esta mulher. Ao imaginar sinto nojo, mentir, enganar, como sou capaz de tanto, mas sorri ao ver que é por uma boa causa. — Senhora Ivone? Chamei a minha secretária que veio depressa. — Como está o meu pai? — Me olhou com um sorriso largo na boca, ao ver que perguntei por ele, não há motivos para que não me receba, pelo seu sorriso percebi que esta bem melhor. — Ótimo, pela manhã fez alguns exames senhor Lucas, dependendo do resultado ele irá para casa. Bati na mesa desejando que fosse o mais depressa. — Conseguiu alguém p
— Liz, quem o bonitão que veio hoje atrás de tu garota? — Mal desci do ônibus, Mila, a vizinha gritou para mim, me seguiu parte do trajeto. — Quem? — Perguntei de volta. — Ah, com certeza alguém que tu deve. Coloquei a mão na cabeça, minha tia pagou a conta de luz e de água, eu lhe dei o dinheiro ontem, com Alice doente a gente não pode ficar sem um ou o outro. Aumentei os passos para casa, se tiver cortado hoje não religa mais, ainda assim corri com pressa, mas mal cheguei encontrar o senhor Lucas de costas para mim olhando em volta com um papel na mão. — Senhor Tyler? — Disse com medo. Virou-se para me olhar, a blusa de mangas meio amassada em seu corpo, os botões abertos, a calça agarrada ao corpo. — Você? Você não é a mulher que esta cuidando do meu pai? — Assenti segurando a minha. — Se sou eu, o que deseja senhor Tyler? — Suspirou de pé. — Estou a procura de Lizandra Albuquerque Goes, a antiga recepcionista já que mora por aqui deve saber onde mora. — Sorri a sua frente. — So
— Como que ela não aceitou? — Olga gritou do outro lado ao me escutar, assenti com a mão nos quadris. — É verdade ela não aceitou, eu também não concordo com esta ideia maluca meu amor, podemos enfrentar juntos Olga. — Negou indo de um lado a outro. — Enfrentar juntos? — Afirmei lhe olhando. — Sim Olga vamos , não somos mais duas crianas Olga,você é uma mulher e eu um homem feito, aquela maluca disse uma coisa que eu concordo, se a gente ficar arrumando parceiros para fingir vamos acabar nos separando meu amor, você ter que beijar, abraçar outro homem, não gosto disso. — Meu amor eu não posso contrariar meu pai, ele é doente, qualquer aborrecimento eu posso perde-lo. —Assenti lhe trazendo para mim, olhei em seus olhos azuis me sentindo sufocado pela situação. — Meu pai pediu para sair de casa, irei morar aqui a partir de agora, ele prefere os empregados do que ao próprio filho. Virou-se a minha frente preocupada. — E a empresa? — Neguei lhe olhando. — Mandou
— Oitocentos e quarenta reais e vinte e cinco centavos, senhorita meio de pagamento débito ou crédito? — Suspirei fundo, engoli a saliva com dificuldade olhando para a mulher atrás do balcão da farmácia, a pequena cesta continha apenas três caixas de medicamentos. Tenho apenas duzentos reais no bolso, como vou pagar tudo isso? Me perguntei olhando para a mulher a minha frente. — Faz crediário? — Negou séria me olhando. — Não trabalhamos com crediário senhorita. — A medida que respondeu arrastou a cesta para si. — Apenas assenti vendo que dos três apenas um poderia levar comigo naquele momento. — Irei levar apenas um. — Sorriu fraco me olhando. — Esta bem, mas este só pode ser medicado após o uso deste. Lamentei lhe olhando, a minha filha precisa dos remédios e isso não posso comprar, o que ela precisa não posso dar, a febre não passa enquanto não iniciar o tratamento. Sai da farmácia de cabeça baixa, me sentindo a pior mãe que poderia ser, retornei ao hos
— A Liz não esta, e provavelmente não vai querer lhe ver, eu perguntei a ela ontem se devia alguma coisa na empresa disse que não. Não volte a importunar mais a minha sobrinha. — Ouvi a sua tia dizer após abrir a porta sem ao menos me esperar perguntar algo. — Eu sei que ela não estar, posso ao menos entrar? — Negou me olhando séria nos olhos. — Não, você não é de confiança, minha sobrinha foi muito maltratada na sua empresa, levantava se arrumava cedo, pra sem nem ao menos assinar a carteira dela, vocês colocarem pra fora como um lixo, como alguém que não vale. — Olha minha senhora, não estou preocupado com a vida medíocre da sua sobrinha, não quero ficar do lado de fora para esperar, se não me deixar entr.... — A mulher a minha frente me encarou com as bochechas vermelhas, senti que estava pra ganhar. — Se não lhe deixar entrar o que vai fazer senhor Lucas Tyler? — Olhei para a dona da voz que estava atrás de mim, virei-me, as olheiras em
— O que ele queria desta vez?— Dei com a mão ao entrar em casa, dizendo que não seria nada importante para a minha tia. — Chateada Liz? — Balancei a cabeça negando, se aproximou conferindo meu rosto. — O que foi isso? — Passei a mão em meu rosto, fingindo não saber. — Não sei tia, sei lá, sou o desastre em pessoa e a senhora sabe, tirei minha roupa tomei um banho as pressas, me joguei na cama, agarrei Alice para mim assistindo televisão.— Mamãe! — Disse animada. — Tia onde esta o termomêtro? — Perguntei com a minha princesa sobre mim. — Febre? — Assenti me sentindo derrotada por não trazer seus remédios, correu para a sala trouxe em seguida. — Não acredito Liz, ela passou o dia inteiro bem, que droga. — Coloquei o termometro após apitar em sua axila. — Os remédios qu