Depois do beijo que correspondi, entrei em casa com vergonha, aquele era o tipo de mãe que os meus filhos tinham? Marcos tinha razão em me desprezar tanto e Lucas em me ver apenas com diversão, entrei no meu quarto com pressa, enquanto retirava a minha roupa, ouvir quando o carro saiu de casa. Dois dias passaram, e nestes dois dias, apenas fiz o possível para não ficar a sós com ele, por mais que tentasse, por mais que viesse até mim.Fugi, neguei, me ocupei até mesmo quando sentia que me olhava de longe. Dois dias passaram rápido, no meio do trabalho e as tarefas de mãe, percebi que talvez isto fosse a minha melhor ocupação na vida, talvez a minha vida se resumisse em apenas assistir o senhor Aloisio e a minha tia, se pegarem em amassos e beijos, ou ele com a senhora Ivone falando em problemas, até que entendi qual era o motivo de suas infidelidades, enquanto uma apenas lhe dava com os problemas, saúde, remedios e etc, a minha tia, dava-lhe uma especie de portal, para uma diversão,
Sai da casa de Liz sem entender, eu queria entender o que ela queria, me queria ou não em sua vida? O que eu poderia fazer pra que ela entendesse que eu a amo, que eu a quero. Mas por dois dias nada, nenhuma pausa pra o café, tampouco nem mesmo uma conversa, ela nem mesmo me olhava, estava fugindo, apenas fugindo de mim, do nosso beijo. — Droga, é melhor eu ir. — Disse assim que todos estavam indo embora, ela fez questão de falar com um a um, e pedi a sua opinião quando mostrava algo no computador, estava me punindo, reclamei chateado. — O que houve Tio Lucas? — Não havia percebido que Alice tinha chegado, apenas neguei, neguei e voltei a olhar a sua mãe. — Ah a mamãe, ela é linda não é? Sorri fraco, deveria concordar. — Sim, muito, mas também muito dura com o seu tio. — Encolheu a boca, mas ao invés de falar ao algo riu, lhe passei o braço em volta dos ombros. — Você dá risada porque ainda é criança, não entende essas coisas ainda. E nem pense em entender, se eu sonhar que já pensa
Talvez o amor seja tão vagaroso, como os passos pra a construção de um castelo. Olhei algumas vezes pra o anel em meu dedo, e pra Lucas a meu lado, depois do pedido de casamento, as pessoas vieram nos parabenizar, mas a nossa tarde de praia virou um verdadeiro inferno, flashs e mais flashs pra fotos, a nossa privacidade foi minada, perguntas invasivas, ao questionar se Lucas matou Olga pra poder ficar comigo, era pra mim o fim de tudo.Nossos filhos foram fotografados, e como meio de proteção só cabia a nós fugir, sairmos correndo da praia, minha tia e senhor Aloisio cuidaram do que pdoeria enquanto eu, Lucas e as crianças fugimos separados, ele levou consigo Alice e Atos, enquanto eu, Otávio, para evitar que me cercassem com os meus dois filhos. Cheguei em casa após fugir da perseguição de carros que veem a vida pessoal de terceiros como meio de ganhar a vida, o pão, mas por vezes passam dos limites com perguntas e invasões, o que mais me irrita é haver pessoas que desejam esta aten
Olhar para Liz todas as manhãs indo e vindo dando vida ao sonho dos meus pais, não era apenas um amor fugaz em que tinha que acabar na cama, eu lhe quero para a vida inteira, após o meu pedido surpresa os dias foram passando, eu não tinha vergonha alguma de dizer a todos que sim, era ela, apenas ela a garota que me enche os olhos e aquece a alma. Aos poucos o prédio Luxus fora ficando pronto. Alice foi precisando da minha ajuda com as lições de casa, trabalhos em maquetes, construções de florestas e eu como um pai aprendiz de uma garota fui aprendendo, fui rejeitando as ajudas da mãe que entende do assunto, do avô, a intenção não era ser boa, era ter tempo com a garota mais doce e encantadora que eu conheço, a minha filha Alice com apenas seis anos. Os dias foram passando entre noites intensas sem dormir ou dias sem acordar pela correria que se tornou para a inauguração da Luxús, a casa de Liz mal poderiam dizer onde começava a residência e terminava a empresa, ela realmente tornou-s
— Filha a febre não passa por nada... — Olhei para a minha tia Cassandra, apenas assenti com a mão no queixo. Mais uma vez olhei para Alice na cama dormindo. — Eu não sei mais o que fazer, tia, esse remédio não faz efeito. Lamentou me olhando, levantei após tanto tempo sentada, a noite passou diante dos meus olhos. Senti a sua mão acaricia meu ombro, lhe olhei atrás de mim tentando me tranquilizar. — Eu não sei mais o que fazer tia, estou com medo, esse doutor não me diz o que ela realmente tem, não posso continuar assim. — Concordou me olhando. — Não posso te ajudar com dinheiro, Liz, você sabe que se não fosse por você eu estaria na rua. — Segurei sua mão, acariciei, apesar de morar comigo se não fosse por minha tia, eu não teria nem mesmo como ir trabalhar. — Eu sei tia, não estou lhe cobrando, apenas é um desabafo, pior que não posso faltar ao emprego, tenho apenas dois meses ainda na experiência e a senhora Ivone parece me odiar, tenta de todas as formas dificultar meu trabalho
— Não posso aceitar isso, Olga! — Gritei com a minha namorada em alto e bom-tom de voz, que apenas permaneceu sentada. — Tem alguma sugestão melhor Lucas seu pai me odeia, acusa de ter roubado informações da empresa mediante você, não me resta opção. — Suspirei indo de um lado para o outro, neguei diversas vezes. — E casar com esse homem é a saída? — Continuou girando o anel em seu dedo, o maldito anel de noivada em seu dedo, por fim afirmou. — É apenas um casamento arranjando Lucas, não sei porque se ofende tanto, casada poderei ir e vi até você a hora que quiser, acabarão todas as reixas entre nossas famílias. — Me aproximei agachando a sua frente, olhei em seus olhos azuis, os cabelos longos brilhando ruivos soltos, o batom vermelho nos lábios. — Outro irá te tocar, beijar, amar, você tem certeza que esta é a única saída? — Não estava pedindo e sim implorando para desfazer este compromisso. Senti sua mão em meu rosto, fechei meus olhos ao seu toque, peguei sua mão macia, cheirosa
Fiquei também de pé, já que Amanda que trabalha na empresa há mais tempo ficou, também fiquei. — A ex dele que acabei de falar. — Escutei dizer entre dentes, permaneci de pé como se estivesse na escola durante o hino e harteamento da bandeira. — Bom dia Senhorita Sutam. — Bom dia, senhorita Sutam. — Falei em seguida, com um sorriso também no rosto, a mulher olhou de mim para Amanda e dela para mim, seus olhos percorreram meu corpo, e rosto por inteiro, até que ergueu os óculos, me olhou com certo desprezo nos olhos. — Avise ao senhor Tyler que já cheguei, não irei subir. Amanda agarrou o telefone as pressas, pelo nervosismo, alguma bomba seria solta e explodida em alguns instantes. — Novata? — Afirmei, lhe olhando também. — Deseja sentar, água ou um café senhorita? — Suspirou a minha frente, olhou em volta. — Água com gás, por favor. — Sorri vendo que talvez não seja tão metida, caminhei até o frigobar, servi a água na taça, caminhei em sua direção, lhe servi a água com maestria p
— Lucas, depois deste esclarecimento que vamos fazer ao público, não haverá mais fofocas, mais burburinhos a nosso respeito, meu amor. — Passei a mão em minha nuca, suspirei, dando de ombros. — Qual será este aviso? — Questionei Olga a minha frente, mas abriu a boca em choque olhando para a recepção. — Meu pai, meu pai, ele veio Lucas. — Olhei para a recepção, a secretaria ainda aguardava a sua pergunta. Quando nos viu, veio em nossa direção. — Então Olga? Prontos para a declaração? — Perguntou me ignorando. — Sim papai, o Lucas concordou... —Olga disse em seguida, ele não irá me cumprimentar pelo menos? Seu olhar reprovando o sorriso de Olga, que se encolheu a meu lado, olhei para o homem que chamei de tio minha adolescencia inteira a minha frente. — Farei o que estão me pedindo, mas o senhor sabe que a Olga... — Olga ficou a minha frente. — Por favor não Lucas. — Suplicou, continuei lhe olhando, vendo que ela não tem coragem de enfrenta-lo, lhe olhei nos olhos lhe mostando que