— Não posso aceitar isso, Olga! — Gritei com a minha namorada em alto e bom-tom de voz, que apenas permaneceu sentada. — Tem alguma sugestão melhor Lucas seu pai me odeia, acusa de ter roubado informações da empresa mediante você, não me resta opção. — Suspirei indo de um lado para o outro, neguei diversas vezes.
— E casar com esse homem é a saída? — Continuou girando o anel em seu dedo, o maldito anel de noivada em seu dedo, por fim afirmou. — É apenas um casamento arranjando Lucas, não sei porque se ofende tanto, casada poderei ir e vi até você a hora que quiser, acabarão todas as reixas entre nossas famílias. — Me aproximei agachando a sua frente, olhei em seus olhos azuis, os cabelos longos brilhando ruivos soltos, o batom vermelho nos lábios. — Outro irá te tocar, beijar, amar, você tem certeza que esta é a única saída? — Não estava pedindo e sim implorando para desfazer este compromisso.
Senti sua mão em meu rosto, fechei meus olhos ao seu toque, peguei sua mão macia, cheirosa, beijei com carinho. — Acha que eu quero isso, Lucas? Acha fácil para mim ser de outro, assinar outro sobrenome ao invés do seu? Ter que dormir ao lado de outro? Não, eu não tenho opção, se ao menos seu pai me aceitasse.
Afastou sua mão do meu rosto, abri meus olhos lhe olhando sentada a espera de uma resposta. — Eu deixo a empresa, abro mão da minha família... — Negou, negou me olhando. — Por você, por nós meu amor, eu deixo tudo, a gente vai embora daqui... — Sorriu fraco. — Meu pai me exclui da família e o seu pai lhe deserda Lucas do que vamos viver? O que vamos fazer?
Lamentei, meu coração dói ao escutá-la, Olga é meu primeiro amor desde a escola, crescemos juntos e desde então escolhi para ser a minha esposa e mãe dos meus filhos, a ideia de que se casará com outro apenas me adoece. — É o que você quer? — Perguntei no último momento, lhe vi suspirar me olhando.
— Você não me entende, é óbvio, não está em meu lugar, não é você vista como ladra pelas pessoas, apontada na rua, enquanto você é apenas a vítima, eu sou a vilã, Lucas. — Pegou sua bolsa na poltrona, me aproximei segurando sua mão. — Não vai fica mais um pouco, por favor Olga, mal nos vemos, eu sinto a sua falta. — Sorriu olhando para o lado, por fim no meu rosto.
— Arrume uma namorada Lucas, alguém que aceite ser exposta para acabar os burburinhos a cada encontro que marcamos, é difícil para mim vim até você, quando você nunca vem até a mim, eu sempre sou a única a fazer sacrifícios nesta relação, você sempre diz estar cheio de trabalho, não faz nada por mim... — Coloquei a mão em meu rosto negando a isso. — Olga, isso não é verdade, você sabe que eu sou a imagem da empresa agora, mas quem sempre veio de Nova York para te ver, quem foi reprovado em seis componentes na faculdade por excesso de faltas só para te ver?
Me olhou nos olhos, percebi que esta distante, fria, amarga. — Acha que isso é muito Lucas? Se meu pai souber que eu estou aqui com você agora, que nunca terminamos, nunca mais poderei chamá-lo de pai, nunca mais poderei aparecer na sua frente, o que o seu pai faria Lucas se soubesse que esta aqui comigo?
Soltei a sua mão, apenas pegou a sua bolsa saiu caminhando vi o vento balançar as barras da sua calça branca indo em direção ao elevador, me olhou antes de entrar, o que meu pai faria comigo se ele sonhar que eu nunca terminei com a Olga, mesmo com seis dos dez melhores clientes que migraram da nossa empresa dizendo que a proposta da Sutam foi melhor que a nossa, igual, porém um pouco melhorada, o que ele faria, me expulsaria de casa e da família, sem ao menos escutar o que eu tenho a dizer, mesmo sendo seu único filho de sangue?
Fiquei sentado na cobertura vendo o nada a minha frente, Olga irá se casar em breve e eu não posso fazer nada pelo amor da minha vida, bebi meia garrafa de whisky vendo meus sonhos ir ao vento, casa, risadas, casamento, a vida feliz que sonhei devido ao peso de ser um Tyler, engoli a vontade de descer as pressas, a sua procura, eu amo a vida que tenho, mas sem Olga, sem a minha amada nada disso tem sentido.
Senti as gotas de água cai no meu rosto, ainda deitado na espreguiçadeira, a blusa branca com a gravata azul-escuro e cinza folgada em meu pescoço, os botões abertos, no meu peito, senti cada gota cair em meu rosto e corpo, até que aumentou, levantei deixando o copo e a garrafa por ali, caminhei até a cobertura olhei para meu relógio, são vinte e três horas e quarenta e dois minutos, apenas passei a mão em meu rosto, a imagem de Olga com o anel de noivado em minha cabeça não saiu.
Sonhei com este momento em minha vida, mas sendo eu que lhe dei este anel, não outro homem de reputação duvidosa, ninguém vai amá-la como eu, respeitá-la, apesar de ser a mulher mais linda que já vi em toda a minha vida, entrei em meu carro segui direto para a casa do meu pai. Abri a porta, a sala de mármore brilhante estava escura, a luz semi cerrada do abajur no canto.
Subi as escadas, tirei a minha blusa ao entrar em meu quarto, fechei a porta com o pé ao tirar o cinto, estava indo ao banheiro quando a porta foi aberta. — Estava com vagabunda? — Sua voz cansada veio mostrando-se aborrecido. — Ela não é vagabunda, pai. — Respondi sem o olhar, após a saída de Olga da empresa ficou mais distante e exigente comigo, era assim com a minha mãe, até que lhe perdeu para o câncer, depois da sua morte fechou-se para o mundo, restando apenas a mim para abraçá-lo, para lhe escutar.
— Trouxe alguma prova de que não ela que roubou os nossos clientes? — Neguei, ela jamais terá como provar isto. — Ok, pode não ser vagabunda, mas é ladra até que se prove o contrário, Lucas, sobre o que falaram? — Lhe olhei voltando ao quarto. — Ela vai casar pai, a Olga vai se casar e não é comigo, se a mamãe... — Sorriu zombando de mim.
— Se sua mãe estivesse aqui, isso não teria acontecido Lucas, sua mãe nunca gostou dessa garota, só lhe tratava bem, porque sempre soube que você a ama. — Neguei, sendo surpreendido por um espiro, me olhou com cuidado. — Saúde. — Tocou meu ombro me olhando a minha frente. — Não precisa mudar o passado, pai, a minha mãe sempre gostou da Olga, lhe tratava como uma filha. — Deu uma risada negando. — Nós homens Lucas, nunca poderemos dizer, explicar, o amor de uma mãe, quando digo que a Ângela não suportava aquela garota, é porque eu sei perfeitamente do que falo, ela nunca demonstrou a sua frente, mas quem era seu ombro de apoio e ouvido para seus desabafos fui eu por quinze anos seguidos para escutar suas reclamações sobre ela.
Levantei lhe ignorando, minha mãe está morta, não tem como mudar o que ele diz, eu vi, cresci vendo como Olga sempre foi querida por minha mãe. Entrei no banheiro, lhe deixando sozinho no meu quarto. — Espero que isso não interfira nos negócios da empresa Lucas. — Escutei a porta ser fechada, aproximei da cama, mais uma vez.
Peguei o tablete ligado. — Olga Sutam é vista saindo da cobertura de Lucas Tyler que saiu horas depois, o empresário é dono da cobertura há seis anos, seria uma possível recaída da noiva com seu ex? Dias antes do casamento? — Joguei o aparelho em cima da cama, porcos, imundos que não tem vida própria, peguei meu celular, disquei para o número amor, tocou várias vezes sem retorno.
Tomei banho preocupado, ao sair vi suas ligações perdidas, liguei de volta para ela. — Amanhã irei a sua empresa, faremos uma declaração em público, Lucas, espero que confirme tudo que eu disser. — A voz veio seca e direta. — Seu pai está com você? — Não respondeu, notei que sim, ele está mais uma vez lhe controlando. — O que será dito?
Desligou sem ao menos me dizer se esta bem, passei a noite inteira vagando no quarto, me arrumei mais cedo que o habitual, cheguei a empresa ansioso, ao chegar a recepção. — Vem deixa que eu te ajudo com esta blusa. — Escutei a voz de uma das recepcionistas correndo em direção a outra, olhei para ambas as mulheres, que esqueceram que estão numa empresa conceituada arrumando-se na recepção.
— Bom dia! — As cumprimentei para se organizarem, mas apenas uma me olhou deixando a outra de lado, a blusa amassada, a saia preta cheia de lãs, o sapato de salto meio gasto no salto, os cabelos longos negros cacheados compridos soltos não me deixara ver seu rosto. — Bom dia senhor Tyler, como esta? — Perguntou a loira de raiz preta bem vestida e maquiada me olhando com um sorriso no rosto.
— Bom dia senhor… —Finalmente a desarrumada me olhou, como deixaram esta mulher trabalhar nesta empresa, fora atropelada? Jogou os cabelos para trás, seus cachos graúdos se arrumaram com seu gesto, ainda assim muito abaixo do padrão da empresa. — Esta tudo bem senhoritas? — Perguntei vendo a mulher olhar para a outra que ainda estava sorrindo.
O batom em seus lábios meio borrado, a aparência de quem não dormiu como eu a noite anterior, porém felizmente tenho uma beleza natural, quanto a ela, meu Deus, a sua saia está com as costas para a frente, as coxas a mostra, observei me lembrando que estou há tanto tempo sem sexo, muito tempo que Olga não me deixa lhe tocar, sentir sua pele, seu corpo. — Sim, senhor Tyler, deseja algo? — Veio Finalmente a si, olhou-se.
Entrei no elevador, ignorando as duas. Cheguei ao último andar, a senhora Ivone veio correndo até mim. — Bom dia Senhor Lucas, já liguei para o advogado entrar com uma a… — Não terminei de ouvir suas desculpas, caminhei diretamente para a minha sala.
Deixei meu casaco na cadeira, a pasta sobre a mesa. — Senhor Luc… — Chegou a porta, lhe olhei de cima a baixo, cabelo, Chanel num tom vermelho intenso, escovados, o vestido alinhado branco. — Quem está cuidando da seleção das recepcionistas?
Fiquei também de pé, já que Amanda que trabalha na empresa há mais tempo ficou, também fiquei. — A ex dele que acabei de falar. — Escutei dizer entre dentes, permaneci de pé como se estivesse na escola durante o hino e harteamento da bandeira. — Bom dia Senhorita Sutam. — Bom dia, senhorita Sutam. — Falei em seguida, com um sorriso também no rosto, a mulher olhou de mim para Amanda e dela para mim, seus olhos percorreram meu corpo, e rosto por inteiro, até que ergueu os óculos, me olhou com certo desprezo nos olhos. — Avise ao senhor Tyler que já cheguei, não irei subir. Amanda agarrou o telefone as pressas, pelo nervosismo, alguma bomba seria solta e explodida em alguns instantes. — Novata? — Afirmei, lhe olhando também. — Deseja sentar, água ou um café senhorita? — Suspirou a minha frente, olhou em volta. — Água com gás, por favor. — Sorri vendo que talvez não seja tão metida, caminhei até o frigobar, servi a água na taça, caminhei em sua direção, lhe servi a água com maestria p
— Lucas, depois deste esclarecimento que vamos fazer ao público, não haverá mais fofocas, mais burburinhos a nosso respeito, meu amor. — Passei a mão em minha nuca, suspirei, dando de ombros. — Qual será este aviso? — Questionei Olga a minha frente, mas abriu a boca em choque olhando para a recepção. — Meu pai, meu pai, ele veio Lucas. — Olhei para a recepção, a secretaria ainda aguardava a sua pergunta. Quando nos viu, veio em nossa direção. — Então Olga? Prontos para a declaração? — Perguntou me ignorando. — Sim papai, o Lucas concordou... —Olga disse em seguida, ele não irá me cumprimentar pelo menos? Seu olhar reprovando o sorriso de Olga, que se encolheu a meu lado, olhei para o homem que chamei de tio minha adolescencia inteira a minha frente. — Farei o que estão me pedindo, mas o senhor sabe que a Olga... — Olga ficou a minha frente. — Por favor não Lucas. — Suplicou, continuei lhe olhando, vendo que ela não tem coragem de enfrenta-lo, lhe olhei nos olhos lhe mostando que
— Liz vou tirar meu horário de almoço, quando eu voltar você vai, certo? — Assenti ao telefone, vendo Amanda pegar sua bolsa saindo em seguida. — Não senhor no momento não posso transferir sua ligação, se importar se pedir para ligar mais tarde? — Tentei ser o mais calma que poderia. — Não é com uma vozinha doce e com muita educação que você vai conseguir me segurar nesta empresa garota. — O homem gritou ao telefone, antes de bater em minha cara, desligou eu fiz o mesmo, olhei em volta, as pessoas daqui são sempre assim? Arrogantes? Brutas sem educação? Outros telefonemas vieram, até que Amanda chegou do almoço, duas horas depois, me sinto faminta, mas o dinheiro reservador na bolsa, é a conta da passagem da semana inteira. Não tenho como contar com a sorte, esperar que o dinheiro caia do céu, e a comida fora de casa ser mais cara. Suspirou deixando sua bolsa no armarinho. — Muitos clientes estressados querendo desfazer contratos? — Afirmei me sentindo sugada de energia, uma noite p
— Amor me escuta por favor... — Pedi a Olga nervosa ao telefone. — Você me enganou Lucas, como pode recorrer a algo tão baixo, usar o seu pai para fugir da entrevista. — Suspirei ouvindo seu desabafo. — Se ao menos me deixasse falar, não gastaria tanto a sua energia em vão. Parou quando disse mais alto. — Meu pai está no hospital, pediu para que ninguém soubesse, achei melhor para evitar tumulto, eu fui a sua casa, mas seu pai não deixou te explicar o que houve. Meu celular descarregou no meio do caminho, a recepcionista que fez aquela palhaçada toda já demitir, a quero longe da empresa, esta mais calma agora? — Demorou a responder. — Olga está aí? — Estou, só estava pensando Lucas. Papai decidiu adiantar o meu casamento, o que era em um mês será em duas semanas. A sua atitude covarde só fez com que ele se aborrecesse mais, se ao menos você estivesse com alguma namorada de mentira, alguém que tirasse o foco de cima de mim, seria ótimo, ele poderia rever a situação Lucas, mas pelo vi
— Senhora Ivone para onde a senhora esta me levando? — Questionei a minha ex-chefe ao entrar em seu carro, sorriu maliciosamente a meu lado. — Não se preocupe, não irei lhe matar se é o que pensa, tenho um amigo que esta no hospital, é um homem de sessenta e dois anos, você irá conhecê-lo, acabou de dizer que procura um emprego? Assenti a seu lado, sim, eu preciso de um emprego. — Ele irá lhe tratar mal no início, as outras foram embora porque não tem paciência, mas você... — Seus olhos varreram meu corpo de cima a baixo. — Parece meio lesa para entender as frases de duplo sentido que ele dirá para ofendê-la. — Sorri sentada, até me lembrar. — Senhora Ivone pare, pare, minha filha e minha tia estão aqui nesta sorveteria. Gritei para a mulher que freou o carro assustada, colocou a mão no coração. — Garota louca, você quer me matar? — neguei abrindo a porta do carro. — Desculpe senhora Ivone, mas eu não posso ir a este emprego, tenho que levar a minha filha ao médico. — Sai correndo
— Mas? Qual é o mais doutora? — perguntei sentada na poltrona chique da sua sala, o meu corpo tenso, não me senti em mim no momento, se houvesse uma descrição como é estar fora do corpo, longe do chão, eu me sentindo assim. — Exames de sangue, frequentemente, remédios, tratamentos, a senhorita é mãe solteira, tem alguém que possa lhe ajudar? — Neguei lhe olhando. — De quanto eu preciso mais ou menos no mês para que ela começasse esse tratamento doutora? — Bateu a caneta na mesa me olhando. — A senhorita está acompanhando alguém aqui no hospital? — Afirmei. — Mandarei lhe entregar as minhas orientações com valores e medicações amanhã. — Pegou um papel em sua gaveta anotando algo. — Este é o meu número, me ligue em caso de urgência. — Sorri ao pegar. — Obrigado doutora. — Sorriu de volta. Levantei da poltrona, sentindo minhas pernas bambas, tombei ao ficar de pé, a mulher me olhou levantando. — Estou bem, obrigado. — Lhe disse tentando dizer para mim, caminhei até a porta, até que fe
Olhei para a ficha sobre a mesa duas vezes ou mais, continuei fazendo o meu trabalho. Sem foto, achei ela fez o melhor ao pedir antes de ir embora, ninguém é obrigado a ficar vendo algo tão feio. Apenas os dados da mulher que se chama Lisandra Albuquerque Goes, vinte anos, parda, joguei a folha de lado ao ver seus dados. Disquei o número de telefone no celular, chamou algumas vezes, sem resposta desistir, eu jamais terei condição de dividir parte do meu tempo com esta mulher. Ao imaginar sinto nojo, mentir, enganar, como sou capaz de tanto, mas sorri ao ver que é por uma boa causa. — Senhora Ivone? Chamei a minha secretária que veio depressa. — Como está o meu pai? — Me olhou com um sorriso largo na boca, ao ver que perguntei por ele, não há motivos para que não me receba, pelo seu sorriso percebi que esta bem melhor. — Ótimo, pela manhã fez alguns exames senhor Lucas, dependendo do resultado ele irá para casa. Bati na mesa desejando que fosse o mais depressa. — Conseguiu alguém p
— Liz, quem o bonitão que veio hoje atrás de tu garota? — Mal desci do ônibus, Mila, a vizinha gritou para mim, me seguiu parte do trajeto. — Quem? — Perguntei de volta. — Ah, com certeza alguém que tu deve. Coloquei a mão na cabeça, minha tia pagou a conta de luz e de água, eu lhe dei o dinheiro ontem, com Alice doente a gente não pode ficar sem um ou o outro. Aumentei os passos para casa, se tiver cortado hoje não religa mais, ainda assim corri com pressa, mas mal cheguei encontrar o senhor Lucas de costas para mim olhando em volta com um papel na mão. — Senhor Tyler? — Disse com medo. Virou-se para me olhar, a blusa de mangas meio amassada em seu corpo, os botões abertos, a calça agarrada ao corpo. — Você? Você não é a mulher que esta cuidando do meu pai? — Assenti segurando a minha. — Se sou eu, o que deseja senhor Tyler? — Suspirou de pé. — Estou a procura de Lizandra Albuquerque Goes, a antiga recepcionista já que mora por aqui deve saber onde mora. — Sorri a sua frente. — So