Aurora sentiu o ar do ambiente mudar, então se afastou e subiu para o seu quarto, onde jogou a mochila na cama e colocou seu celular para carregar naesa se cabeceira. Nem ao menos tinha tirado os sapatos quando Meg, sua irmã mais nova entrou no quarto.
— Você viu que lindo pedaço de mal caminho está em nossa sala? — ela perguntou assim que se esparramou na cama da irmã, abraçando um enorme coração de pelúcia que havia lá.— Acabei de me encontrar com ele. É bonito, mas achei que carrega uma áurea estranha — Aurora disse com sinceridade enquanto retirava os brincos.— Talvez só esteja chateado — Meg falou, animada para contar a fofoca. — Ele é Hunter Jhonson, filho do magnata Anthony Johnson. Você sabe quem é, não sabe? Fomos ao velório de sua falecida esposa año pasado.— Sério? — Autora perguntou. — Não me lembro de tê-lo visto no velório, quero dizer, era a mãe dele, não era?— Ele estava no exterior e não conseguiu chegar a tempo. Ouvi dizer que o pai o puniu por Isso, colocando a vaga de sua esposa em aberto.— Está dizendo que ele se casou de novo só para punir o filho?— Ele não se casou, mas procura uma noiva, é o que diz os boatos — Meg falou, deitando-se de bruços. — Talvez tudo isso seja apenas fofocas para aumentar a mídia dos blogs, não devemos dar tanta atenção a isso.— Sendo verdade ou não, deve ter muitas mulheres atrás dele, já que é rico e o dinheiro atrai muita mulher oportunista. Aurora tirou o vestido, ficando apenas com sua lingerie de renda vermelha, deixando a irmã com um pouco de inveja de seu corpo, embora não precisasse, porque Meg também tinha um corpo muito bonito, embora seus seios fossem de tamho pequeno.— Sinceramente, se eu não tivesse o luxo que temos aceitaria numa boa, mas como fui agraciada ao nascer em uma família milionária, não preciso disso e que é muita sorte das outras, porque ninguém ganharia de mim se eu entrasse na competição. — Meg brinca e recebe um urso na cara jogado pela irmã.— Você não está namorando? Como pode pensar em coroas ricos, sua depravada?— Só estou dizendo que eu pegaria, você não viu como o coroa é bonito? — Meg deviou de uma almofada. — Tá bom, tá bom, eu já estou indo, só vim aqui perguntar se você esteve com seu namorado misterioso hoje.Autora sorriu, feliz em poder compartilhar com a irmã os momentos que teve com o lindo rapaz de olhos azuis. Mostrou a linda e delicada corrente que ganhou e falou sobre o encontro na noite seguinte.— Se você quiser, pode pedir para seu namorado te levar no shopping amanhã então nos encontramos lá — Aurora bateu palminhas. — É uma grande ideia — Meg pula e abraça.Nesse momento um celular toca uma notificação. Era o de Meg, ela olha a tela e logo disse que precisava sair.— Cristopher chegou, então vou indo — Meg beija a irmã e sai saltitante. Aurora aproveita que ficou sozinha e se arruma para o jantar, como não esperava receber ninguém em casa, Vestiu-se de forma simples, com um vestido justo e calçou sapatilhas.Não colocou maquiagem alguma senão um rímel e um batom. Tinha acabado de olhar suas redes sociais quando recebeu uma mensagem de Meg."Não vou voltar hoje. Enrola o pai para mim"Aurora respondeu com um simples "ok" antes de colocar o celular no bolso do vestido. Era muito comum Meg chegar tarde da noite ou mesmo no outro dia e Aurora ou Edwin, seu irmão mais velho a cobrirem. Como ele estava fora da cidade já a alguns dias, Aurora era quem a cobria quase todas as noites.— Senhorita! — o mordomo da casa a chamou.— Entre! — Aurora falou, abrindo um livro a fim de estudar.— O senhor Smith a cama em seu escritório. Deve ir imediatamente.Aurora larga o livro em cima da cama e acompanha o homem que é mordomo da casa desde que ela se lembra. Ao chegar na porta do escritório ele b**e e assim que ouve o comando, a abre para Aurora, que vê dentro do escritório seu pai, o jovem de mais cedo na sala e um senhor mais velho, na casa dos 50 anos, mas também de um porte admirável para uma pessoa da sua idade.— Boa noite, senhor Jhonson — Aurora cumprimenta o mais velho, que lhe deu uma boa observada e um singelo aceno de cabeça. — Papai, em que posso ajudar?— Filha — Remy Smith a chamou e a abraçou de lado. — Está muito bonita — elogiou e Aurora sentiu-se enrubecer,seu pai nunca poupava demostrações de carinho, mesmo em público. — Sente-se, tenho um assunto importante a falar com você.Aurora se sentou perto de Hunter, ainda constrangida. O rapaz sentiu o cheiro de seu perfume e desejou instantaneamente poder tocar sua pele, mas teve que se conter e acabou apertando a mão em punho, ação que não passou despercebida pela jovem.Ela estranhou a reação e passou a mão no cabelo, sentindo o cheiro do mesmo, se certificando que cheirava ao seu shampoo de morango, não entendendo então a provável repulsa que ela imaginou que o rapaz sentiu.— Há alguns dias você me pediu um Astra de presente de aniversário. O modelo de luxo no qual me pediu era de edição limitada, mas eu disse que faria o possível para que o tivesse. Embora seu aniversário seja daqui a dois meses, eu encontrei o que você queria bem antes — Remy entregou algumas fotos para a filha. — Veja por si mesma se esse é o carro que você quer.Aurora olhou as fotos e seus olhos brilharam. Ela sorriu e foi abraçar seu pai. Sentiu o olhar afiado de Hunter em suas costas e sentiu um arrepio na espinha, como se houvesse um mal pressentimento ali."Talvez o carro seja dele, por isso está tão chateado. Não o culpo, se fosse meu, também não abriria mão dele por um bocado de dinheiro."— Obrigada, papai! — Aurora agradeceu, mas encontrando o olhar obscuro de Hunter, perguntou a Frankie: — senhor Jhonson, tem certeza que quer se desfazer desse carro?— Todo negócio é um investimento, querida. Um carro é somente isso, um carro. Agora é todo seu.Aurora sorriu, radiante de felicidade.— Filha, assine o contrato de transferência.Remy entregou alguns papéis grampeados para a filha. Aurora estava tão feliz que assinou todos sem olhar o que estava escrito, mesmo achando que era papel demais para uma simples transferência de veículo."Deve ser porque é um carro muito complexo e deve estar listada todas as coisas que há nele. Besteira, não vou ler cinco páginas."Aurora terminou de assinar as páginas e entregou ao seu pai, que olhou para sua assinatura e deu um suspiro.Aurora entendeu naquele momento que alguma coisa estava errado. Hunter ainda estava com o semblante fechado observando a cena, mas não falou nada.— Bem, está feito — Remy entrega o contrato a Frankie, que o pega e entrega a chave a Aurora. — Filha, seu carro está em suas mãos como prometido, mas há un preço a se pagar.Aurora não gostou do tom em que o pai falou.— O que quer dizer com isso?— Quero dizer que você agora é a noiva do senhor Jhonson e se casarão assim que você completar os vinte anos, daqui a dois meses.Hunter observava a cena com olhar gelado. Aurora ficou vermelha e questionou o pai: — Do que o senhor está falando? Eu não aceitei me casar com ninguém.— Ao assinar o recibo do carro, você também assinou um contrato pré-nupicial, e esse era o preço do carro. Como você queria muito ele pensei que não teria problema. Aurora não pôde evitar as lágrimas.— Ah, filha, não chore, seu noivo pode pensar que não está feliz. No mundo dos negócios, contratos de casamento são normais, veja pelo lado bem, você saiu ganhando com isso também. Remy passou a mão no rosto da filha, limpando suas lágrimas, mas ela se afastou. — Por favor, senhor Smith — Autora olhou para Flankie — eu não quero mais o carro e desejo cancelar o contrato, quero me formar antes de pensar em casamento, espero que não me leve a mal e me entenda.— Entendo sua relutância, Aurora, mas não sou um homem de voltar atrás nos negócios e espero que seu pai também não seja. Remy assente e Autora fica ainda com mais raiva, seu r
Aurora manda uma mensagem para Meg.“Estou subindo para o 7 andar. Me encontre na joaleria da família Zumtor.” O elevador para assim que ela clica em enviar a mensagem. Aurora sai do elevador e observa o movimento. Há vários seguranças andando pelo shopping, como de costume e ela se sente aliviada por estar em um lugar tão movimentado. Ela espera pela irmã ansiosa enquanto anda pelas joalerias.— Aurora! — Meg chamou a irmã, que correu e a abraçou. — O que aconteceu?— Vamos dar uma volta — Aurora puxou a irmã para uma loja. — Aconteceu uma coisa terrível. Nosso pai me vendeu para ser noiva do senhor Jhonson — Aurora falou com a voz embargada enquanto tentava disfarçar a conversa com a irmã. — Do que você está falando, Aurora? — Meg perguntou assustada.Aurora contou tudo para a irmã, que ficou horrorizada, então as duas entraram em uma loja de roupas.— Nós vamos resolver isso. Vou falar com Edwin, por enquanto é melhor você não voltar para casa. Eu... Vou tentar falar com o pai e
Aurora viu o carro parar em um lugar que parecia uma casa antiga no meio do nada. O homem desceu do carro e a arrastou para dentro do imóvel, mas ela ainda insistia em lutar, tanto tentou que conseguiu tirar a mordaça que estava em sua boca.— Me solte! Não sei quem é você, e nem porque me trouxe aqui!O sequestrador não respondeu nada, e isso deixou Aurora ainda com mais raiva. Ele abriu uma porta e a jogou em cima da cama que tinha em um quarto, voltou e trancou a porta.— Seu lunático! Eu vou sair daqui e vou chamar a polícia! — Aurora gritou em meio às lágrimas e desespero. — Socorro!Sem nenhuma resposta, Aurora gritou até ficar rouca, mas não desistiu de lutar. Ela sabia porque estava ali e não queria esperar pelo homem que pagou para que a levassem até aquele lugar que ela classificou como horroroso.Sem outra alternativa, teve que observar o lugar em busca de algo que pudesse cortar a corda que amarrava suas mãos. Por sorte encontrou um espelho, ela o quebrou e passou algumas
Aurora estava anestesiada, mas quando sentiu os beijos de Hunter descendo em direção à sua clavícula tomou coragem para dizer:— Se me tomar à força, saiba que vou te odiar pelo resto de sua existência, e todas às vezes que você pensar que estou gostando gemerei bem alto pensando em qualquer outro homem que não seja você.Hunter se afastou imediatamente de Aurora, deixando que a moça respirasse aliviada por um segundo, mas quando ela viu que atiçou nele uma fera obscura, recuou um passo sentindo medo.— Saiba que se você gemer o nome de qualquer outro homem, eu vou torturá-lo e matá-lo na sua frente, tantos quantos forem precisos, até você aprender.Sem ele perceber, Aurora lhe acertou o rosto com tapa tão forte que imediatamente sentiu o gosto metálico de sangue em sua boca.Aurora não teve tempo de se arrepender. Hunter pegou em seu pescoço e se aproximou de forma violenta e perigosa enquanto sussurrava:— Nunca mais faça isso ou vai se arrepender amargamente. Você é minha e eu poss
Aurora acordou sobressaltada quando ouviu um barulho, mas imediatamente notou que foi apenas algum empregado, porque havia uma bandeja com o café da manhã ali. Ela ainda estava apenas com o sutiã e a calça, não havia vestido a blusa desde que Hunter havia saído do quarto.Ela procurou pela peça de roupa e a vestiu, depois foi ao banheiro lavar o rosto e pensar no que faria para escapar dali. Quando voltou ao quarto, notou que seu pai fez o trabalho completo ao vendê-la, pois suas malas estavam ali e foi somente após esse discernimento que ela ficou aliviada.— Homens! Tão idiotas! — Aurora sorriu quando abriu uma de suas malas e viu que todas as suas coisas, desde roupas a sapatos e caixas de cosméticos e maquiagem estavam ali. Sem ter nada a fazer, a jovem deu uma boa olhada em seu café da manhã e guardou o pote de pasta de amendoim. — Isso pode ser útil.Ela se arrumou como se estivesse em sua casa, com uma blusa elegante, mas comprida, calça e bota, assim se considerava pronta pa
Aurora acordou com a cabeça ainda doendo. Olhou o ambiente, então viu que havia conseguido, estava fora da casa de Hunter. Agora tudo o que ela precisava era se recuperar da leve tontura que ainda sentia e colocar a segunda parte do seu plano para funcionar. Ao olhar para o lado, viu James cochilando. Seria muito fácil sair dali sem que ele percebesse, mas… ela ainda não estava preparada, devia esperar o momento certo.Não demorou muito e uma enfermeira entrou, mexendo no soro. James acordou naquele momento e ficou em estado de alerta, mas ao ver a funcionária jogar o pacote hospitalar no lixo e sair, se acalmou de novo.— Como você está? — ele perguntou assim que ficaram sozinhos.— Viva. — Aurora respondeu sem humor. — Acho que devo lhe agradecer por isso, obrigada.— Você fez isso de propósito. — James afirmou. — Não minta, eu vi a pasta no seu quarto.— Claro —, Aurora sorriu. — E eu a comprei pessoalmente. Até porque meu histórico está cheio de atentados suicidas.— Você pode nã
Aurora foi até a recepção efetuar o check-in. Estava tudo indo muito bem até que ela viu, através dos monitores, homens de preto se separando. Um arrepio percorreu por sua espinha, não daria tempo de ela entrar na sala de embarque se a moça continuasse com lentidão. — Aqui está, senhorita. Faça uma boa viagem.— Obrigada. — Aurora pegou os documentos e o guardou rapidamente na bolsa. Ainda demoraria um pouco para ela poder ir para a sala de embarque, então a opção mais segura seria ir até o banheiro antes. Ela colocou um óculos escuro e amarrou o cabelo em um coque. Foi assim que conseguiu passar por um dos homens de preto despercebida.Jogou um pouco de água no rosto, então passou uma maquiagem bem diferente da habitual. No lugar do leve e simples, ela optou por usar algo mais gótico, algo que nunca se imaginou usando antes.— Acho que dá para disfarçar —, ela falou quando esfumaçou os olhos com o lápis preto.Ela ficou por muitos minutos escondida ali até ouvir o chamado para os p
— Senhor Johnson. — James cumprimentou educadamente.— Sei que está responsável pela nossa adorável princesa, James, má creio que pode nos dar cinco minutos?— Claro. Com licença.James saiu para desagrado de Aurora, que preferia uma hora de sermão do ex-namorado do que cinco minutos a sós com seu futuro sogro.— Não fique agitada, querida —, Anthony falou quando os aparelhos mostraram alteração cardíaca em Aurora. — Não estou aqui para repreendê-la, a vejo como uma filha, e se eu tivesse uma filha, jamais a repreenderia por estar com medo do futuro.Aurora conhecia o desejo de Anthony de ter uma filha, não é como se fosse algo que ele nunca tivesse declarado para a mídia. Por isso as palavras dele a acalmaram e ela ficou mais relaxada.— Senhor Johnson, eu sinto muito. — Aurora falou. — Eu não fiz nada contra minha vida, só... — Ela não continuou, não achou adequado dizer que estava tentando fugir.— Você está assustada. Sei que meu filho parece um ogro, sequestrando garotas inocente