ex vs atual

Aurora viu o carro parar em um lugar que parecia uma casa antiga no meio do nada. O homem desceu do carro e a arrastou para dentro do imóvel, mas ela ainda insistia em lutar, tanto tentou que conseguiu tirar a mordaça que estava em sua boca.

— Me solte! Não sei quem é você, e nem porque me trouxe aqui!

O sequestrador não respondeu nada, e isso deixou Aurora ainda com mais raiva. Ele abriu uma porta e a jogou em cima da cama que tinha em um quarto, voltou e trancou a porta.

— Seu lunático! Eu vou sair daqui e vou chamar a polícia! — Aurora gritou em meio às lágrimas e desespero. — Socorro!

Sem nenhuma resposta, Aurora gritou até ficar rouca, mas não desistiu de lutar. Ela sabia porque estava ali e não queria esperar pelo homem que pagou para que a levassem até aquele lugar que ela classificou como horroroso.

Sem outra alternativa, teve que observar o lugar em busca de algo que pudesse cortar a corda que amarrava suas mãos. Por sorte encontrou um espelho, ela o quebrou e passou algumas horas passando um pedaço do vidro nas cordas até que se rompessem.

— Droga! — Aurora xingou quando se cortou com o vidro. — Pelo menos estou com as mãos livres agora.

Ela escondeu o vidro embaixo do colchão, não daria a seu sequestrador a chance de usá-lo contra ela. Observando a janela de vidro, tirou uma gaveta da cômoda que estava ali e estava prestes a acertá-la, quando uma não forte a parou.

— O que pensa que está fazendo? Mesmo que destrua a janela, estamos no terceiro andar, quer se matar?

Aurora deu um chute no homem, que jogou imediatamente a gaveta da cômoda pra o lado.

— Mas que droga! De novo?

— Não me toque, ou vou te cortar! — Aurora correu e pegou o pedaço do espelho e apontou pra ele.

— Você realmente acha que está armada contra mim, é?

O homem se aproximou, Aurora tentou acertá-lo, mas ele segurou seu pulso com força o suficiente pra fazê-la soltar o vidro. Aurora então tentou chutá-lo de novo, mas ele já estava preparado para isso também, então desviou, mas não a tempo de evitar que ela tirasse seu capuz.

— James? — Aurora parou imediatamente de lutar, surpresa.

— Olá, Aurora — James sorriu em meio ao desespero.

— Você... Idiota! — ela lhe deu um tapa na cara com raiva. — Sabe por que estou aqui, imbecil?

— Eu sei. Você é a futura senhora Jhonson não é? — ele tornou a sorrir, mas desta vez Aurora sentiu o desprezo em sua voz.

— E mesmo assim me sequestrou e me trouxe para esse lixo de lugar — a voz de Aurora quebrou. — Você é um péssimo namorado.

— Eu apenas cumpro ordens! — James tentou se explicar ao ver a decepção em Aurora. — Acha que eu queria que fosse você? Acha que se eu tivesse a chance, não teria te levado pra bem longe? — ele se aproximou, mesmo depois de ela ter recuado um passo. — Eu teria, Aurora, juro, mas não posso.

— Eu te odeio!

— Eu sei.

James se aproximou e a beijou. Aurora tentou se esquivar dele, dando murros em seu peitoral forte, mas ele segurou suas mãos delicadas para que ela não se machucasse.

— Você pode me odiar e não a julgo por isso, Mas eu te amo. Eu daria a minha vida por você.

— Então porque me trouxe para cá? Porque me entregou a ele?

— Porque nesse caso, ainda que eu dê a minha vida para te salvar, ele ainda irá atrás de você e ainda a terá. Por isso prefiro enfrentar seu ódio estando perto de você a ter seu amor estando morto.

— James... — Aurora sentiu seus olhos marejarem.

Mas James não queria vê-la quebrar em sua frente, não queria ser o motivo de suas lágrimas caírem, então a beijou novamente.

Aurora dessa vez não resistiu, deixou que ele a beijasse com ternura, desejo e também desespero. Ela passou a mão em seu cabelo puxando enquanto ele desceu o beijo pelo seu pescoço.

O calor no quarto aumentou gradativamente, e ele logo a empurrou para a cama, no entanto foram interrompidos por um grunhido selvagem que vinha da porta.

— Pensei que seu trabalho fosse trazê-la para cá, não ficar aos amassos com minha noiva, James — Hunter disse, com a arma apontada pra o casal.

Aurora sentiu o coração acelerar, sabendo da tragédia que poderia acontecer ali. Por mis que tivesse com raiva de James, ela ainda o amava e...

— Sua noiva? — ela perguntou surpresa.

— Sim, Aurora, minha noiva. Se não me engano, assinou o contrato pré-nupicial e o selou quando fugiu com meu carro, não? — Hunter deu dois passos para dentro do quarto, destavando a arma. — No entanto, olha só minha decepção, venho lhe dar as boas vindas e você está agarrada com meu caçador.

— Eu... — James tentava se desculpar, mas Hunter apontou a arma para ele.

— Saia!

James olhou para Aurora, desolado, mas não teve outra alternativa a no ser obedecer. Ele sabia que sofreria as consequências depois, mas esperava que Aurora não se machucasse.

— James! — Aurora deu um passo na direção dele, mas foi barrada por Hunter.

— Mais um passo, querida, e eu atiro nele.

Aurora parou e viu James sair e fechar a porta calada, uma lagrima descendo em deu rosto.

Quando a porta foi fechada, Hunter travou novamente a arma e a guardou.

— Eu não vou me casar com você! — Aurora disparou assim que estavam sozinhos.

— Você vai sim, vai se casar comigo e ainda vai me amar. Só está confusa.

Aurora cuspiu no chão.

— Nem nos seus melhores sonhos!

Hunter se aproximou de Aurora e ela sentiu sua áurea fria e perigosa.

— Você, vai e sabe porque? Porque a vida do seu ex-namoradinho está em minhas mãos. Eu poderia ter matado ele agora, mas acredito que vivo vai me trazer mais benefícios com você do que morto. No entanto, querida, há muitas formas de torturá-lo sem tirar a vida dele.

Aurora sentiu seu peito tremer. Ela se lembrou das palavras de James, que quería protegê-la e tentou se acalmar.

— Você nunca vai ter o meu amor, não importa o que faça!

— Isso é o que veremos. Você virá a mim, Aurora. Eu posso ser bom para você — ele passou a mão em seu rosto. — A única coisa que precisa fazer é ser uma boa menina.

Aurora se esquivou do toque dele.

— Aliás, você é minha. Não aceito outro homem te tocando. Da próxima vez eu o mato em sua frente.

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