A caçada

Aurora manda uma mensagem para Meg.

“Estou subindo para o 7 andar. Me encontre na joaleria da família Zumtor.”

O elevador para assim que ela clica em enviar a mensagem. Aurora sai do elevador e observa o movimento. Há vários seguranças andando pelo shopping, como de costume e ela se sente aliviada por estar em um lugar tão movimentado. Ela espera pela irmã ansiosa enquanto anda pelas joalerias.

— Aurora! — Meg chamou a irmã, que correu e a abraçou. — O que aconteceu?

— Vamos dar uma volta — Aurora puxou a irmã para uma loja. — Aconteceu uma coisa terrível. Nosso pai me vendeu para ser noiva do senhor Jhonson — Aurora falou com a voz embargada enquanto tentava disfarçar a conversa com a irmã.

— Do que você está falando, Aurora? — Meg perguntou assustada.

Aurora contou tudo para a irmã, que ficou horrorizada, então as duas entraram em uma loja de roupas.

— Nós vamos resolver isso. Vou falar com Edwin, por enquanto é melhor você não voltar para casa. Eu... Vou tentar falar com o pai em seu favor, não se preocupe, vamos dar um jeito.

Aurora abraça a irmã e soluça em seus braços desesperada.

— Está tudo bem com vocês? — Cristopher, o namorado de Meg pergunta ao chegar.

Meg larga a irmã e beija o namorado com paixão.

— Aurora está cabisbaixa porqure brigou com o namorado. Logo eles se acertam. Ela vai precisar do apartamento, você não se importa, não é? Bom, acho que já está na hora de ir pra casa, pode me levar?

— Ah, claro, tudo bem. Fique bem, Aurora. Quer que a levemos em casa antes?

— Obrigada, mas estou bem — Aurora deu um meio sorriso. — Eu vou tomar um sorvete antes de sair.

— Ok, se cuida.

Aurora foi até a praça de alimentação e pediu seu sorvete. Não demorou muito e James apareceu. Ela o abraçou assim que o viu, como se precisasse daquele conforto vindo dele, ainda que não fosse dizer a verdade.

— Aconteceu alguma coisa? Você está bem? — ele perguntou preocupado.

Aurora quase chorou sentindo a preocupação do atual namorado, mas logo se recompôs e se sentou.

— Claro, eu só... Estava com saudade. Fiquei entediada e vim pasar o tempo aqui. Aliás, esse sorvete é ótimo, não quer um? E então, ganhou uma folga hoje, é?

James se sentiu desconfortável com a pergunta dela, principalmente porque sabia que ela estava nervosa, porque uma de suas características quando estava assim era falar demais.

— Sim, eu ganhei uma folga. É, isso é bom. Quer dar uma volta? — ele mudou de assunto, tentando ganhar tempo para os dois antes de fazer o que seu chefe ordenou.

Eles andaram juntos e então entraram numa loja feminina. Aurora experimentou um vestido e James o comprou para ela. Depois passearsm mais um pouco e Aurora sentiu por ter que deixá-lo.

— Você tem certeza que está bem? Parece um pouco triste.

— Eu estou — Aurora sorriu. — Também estou com muita vontade de te beijar.

Sem esperar James responder, Aurora o beijou com vontade, acendendo no homem o desejo de possui-la alí mesmo. Com dor no coração, ela se afastou e se recompôs antes de deixá-lo.

— Eu preciso ir ao banheiro, volto logo.

Aurora tinha a intenção de sair de lá sem que James a visse, não queria que ele estivesse envolvido em seus problemas e não teve coragem de terminar o relacionamento pessoalmente.

James viu uma oportunidade de pegá-la e entrou no banheiro atrás dela o trancando.

— O que você está fazendo aqui? Está louco? — Aurora perguntou assustada, verificando se não havia ninguém no banheiro.

— Eu não resisti a você.

James a beijou contra a pia em frente ao espelho. O desejo fluiu por todos os poros e o beijo ficava cada vez mais intenso dando vida própria às mãos tão ansiosas dos dois jovens.

Entre beijos e amassos, a mão de James passou a entrar nas roupas de Aurora e ela começou a arfar sentindo-se quente e totalmente úmida.

No entanto, a porta do banheiro se abriu e James se escondeu em uma cabine.

— Está tudo bem, mocinha? — a mulher que abriu a porta, perguntou ao ver Aurora 3vermelha, e desgrenhada em frente ao espelho parecendo que estava sem ar.

— Eu... Preciso ir.

Aurora saiu correndo para o estacionamento. Pegou o elevador e apertou o botão do térreo duas vezes freneticamente.

Ela teve a impressão de estar sendo seguida e pensou ter visto Hunter, mas logo chegou em seu carro, onde o destravou ainda de longe e entrou sem olhar para trás.

Aurora sentiu a espinha se arrepiar, como se estivesse com mal presságio, mas ecomo não viu ninguém, ligou o carro e saiu do shopping.

Aurora chegou ao prédio onde a irmã tinha um apartamento e entrou no estacionamento. Ainda tem a sensação de estar sendo seguida, mas colocou a culpa no stresse, pois era impossivel, já que ela foi a única a entrar no prédio.

Ela desceu do carro, o trancou, pegou o elevador e subiu até o apartamento de sua irmã. Quando enfim estava lá dentro, segura, jogou a chave na mesa de centro da sala e foi para o quarto da irmã.

Aurora tinha acabado de se arrumar para dormir quando viu que não tinha água no jarro no criado mudo e precisou ir até a cozinha, onde escutou um barulho e saiu para a sala para ver o que era.

Ela sentiu o frio na espinha de novo, mas não viu nada, ainda assim, aquela sensação incômoda de que tinha alguém a observando a perseguia.

Aurora foi atacada por um homem encapuzado. Ele chegou por trás dela e segurou seus braços com uma mão e tampou sua boca com a outra. A jovem se debateu, mordeu a mão do homem, que soltou um grunhido e tentou tom todas as suas forças lutar pela sua vida, arranhando e chutando, mas não conseguiu se livrar do aperto do invasor.

Com um movimento que nem Aurora conseguiu entender, ela conseguiu chutar entre as pernas do homem, escutando um gemido de dor que ela julgou ser de uma voz conhecida, mas sem ter tempo para pensar nisso, apenas aproveitou sua liberdade provisória para correr e tentar sair pela porta.

O homem, mesmo grunhindo de dor, corre atrás dela e a pega antes de ela chegar à porta. Ele não a machuca, mas a rende e a amarra nas mãos, leva uma mordida, então é obrigado a amarrar a boca dela também.

Aurora é levada pelo elevador e colocada dentro de um carro que saiu em disparada. Ela ainda tentou lutar com o sequestrador, as ele a amarrou no banco do carro e após levar um chute no rosto, grunhiu:

— É melhor se comportar, ou terei que desmaiá-a e não quero fazer isso, garota.

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