Matt explicou mais detalhes, entre gemidos de dor, sobre o ataque. Chegando em sua casa, Megan o levou para dentro e o fez sentar-se na cozinha. Ela pegou suprimentos médicos que mantinha para emergências e começou a limpar e suturar o ferimento do amigo. — Você precisa descansar um pouco. Vou te dar algo para a dor. Ela entregou-lhe um analgésico e um copo d'água, que ele aceitou com gratidão. Enquanto ele se recuperava lentamente, Megan pegou seu celular e tentou ligar para Aurora várias vezes, mas só dava na caixa postal. — Droga, ela não está atendendo. Matt suspirou, visivelmente abalado pela situação. — Ela pode ter se escondido. Precisamos encontrar uma maneira de localizá-la. — Vou tentar de novo. Enquanto isso, descanse. Vou cuidar disso. Matt assentiu, confiando em Megan para ajudar Aurora. Sentada ao lado dele, ela continuou a tentar ligar para a irmã, rezando para que conseguisse alcançá-la antes que fosse tarde demais. ....... Vicent segurava o telefone com mão
– Tem uma coisa que precisam saber – começou ele, a voz tensa. – Megan não é apenas a irmã mais nova de Aurora. Ela é sua irmã gêmea. Hunter e Vicent o olharam, surpresos. – O quê? – exclamou Hunter, incrédulo. James assentiu, o rosto sério. – A mãe delas escondeu Megan porque a verdadeira irmã mais velha, Aurora, estava morta. Leonard, claro, não podia saber. Megan foi criada como se fosse a mais nova, mas ela e Diana são gêmeas. Vicent parecia lutar para processar a informação. – Então... Aurora é a verdadeira Diana? – perguntou ele, a voz carregada de incredulidade. James assentiu novamente. A revelação deixou Vicent ainda mais desesperado. Ele passou a mão pelos cabelos, a mente girando com a nova informação. – Meu pai... ele vai matá-la. Ele passou anos buscando vingança pela morte de Diana e não vai hesitar em puxar o gatilho assim que a encontrar. James acelerou ainda mais, o carro rugindo pelas ruas de Nova York. – Não vamos deixar isso acontecer — ele respondeu,
Megan olhou para Matt e depois para o bebê, sua decisão já tomada. – Eu vou com vocês – disse ela, decidida. Matt tentou argumentar: – Megan, seu lugar é aqui com seu filho. Ele é sua prioridade agora. Megan balançou a cabeça. – Cuide bem do meu bebê, Matt. Caso eu não volte. James tem razão , e a minha irmã, ela morreria por mim – pediu ela, com um olhar resoluto. Com isso, eles saíram juntos, determinados a encontrar Rafael e salvar Aurora. Sem saber por onde começar, Vicent começou a fazer várias ligações, tentando obter alguma pista. Enquanto isso, Megan pegou seu computador portátil e, em questão de minutos, encontrou o telefone de Rafael. A esperança reacendeu nos olhos de todos enquanto se preparavam para a próxima etapa de sua missão desesperada. ....... Rafael mantinha Aurora em cativeiro, e a torturava com palavras cruéis. Ela estava impotente, sem meios de se defender. Em sua mente, pensamentos de arrependimento a consumiam. "Se tudo tivesse sido esclarecido ant
Aurora não conseguia parar de chorar, a angústia crescendo dentro dela. De repente, ela desabafou, a verdade explodindo de dentro dela. – Eu não sou Aurora! Meu nome é Megan. Diana é minha irmã e ela está viva. A verdadeira Aurora... Foi ela quem morreu há 10 anos. Aurora soluçou ao terminar de dizer as palavras. Guardar esse segredo por tantos anos, não ter o amor de seu pai porque ele não podia saber quem ela era… e no final estar ali. Não era justo. Rafael piscou, surpreso e confuso, apertando ainda mais o volante. – Você está tentando me enrolar. Isso é impossível! – gritou ele, os olhos cheios de dúvida. – Não estou. A revelação me pegou de surpresa também. É impossível que eu esteja fingindo – Mega falou com a voz cheia de desespero. – Minha mãe nunca me disse nada, apenas que Diana deveria ocupar o lugar de Aurora, e eu não poderia voltar para a casa do meu pai. Rafael, ainda incrédulo, dirigia cada vez mais rápido, o carro ziguezagueando pelas ruas. Megan chorava silen
O carro foi atingido na traseira, fazendo Rafael perder o controle. O veículo girou violentamente na estrada, as luzes dos faróis criando um borrão de movimento caótico. Eles atravessaram a pista e saíram da estrada, indo em direção a uma vala profunda. – Segure-se! – gritou Rafael, tentando estabilizar o volante. Mas era tarde demais. O carro despencou na vala, capotando várias vezes antes de finalmente parar de cabeça para baixo. Dentro do carro, Rafael sentiu um corte profundo na testa, o sangue escorrendo pelo rosto. Megan estava inconsciente ao seu lado, a protuberância em seu ventre ainda mais visível e preocupante. – Megan! – chamou Rafael, sua voz rouca e desesperada, sem resposta. Ele tentou se soltar do cinto de segurança, gemendo de dor ao mover o corpo ferido. Conseguiu se libertar e se arrastou até Megan, tentando verificar seus sinais vitais. – Por favor, acorde. Não desista agora – sussurrou ele, com a voz trêmula. Lá fora, os carros que os perseguiam pararam ab
Hunter chegou ao hospital com James e Aurora, seu coração batendo rápido de preocupação. Ao entrar, foram imediatamente direcionados para o centro cirúrgico. Aurora estava gravemente ferida, e cada segundo contava. — Rápido, precisamos de ajuda! — gritou Hunter aos médicos, enquanto a maca de Aurora era empurrada pelos corredores. Dentro do centro cirúrgico, a equipe médica já estava preparada para iniciar o procedimento de emergência. — Vou fazer o que for preciso para salvá-la — sussurrou ele para si mesmo, enquanto era guiado para a sala de cirurgia. Enquanto esperava nervosamente do lado de fora, o inesperado aconteceu. Um homem visivelmente perturbado invadiu o hospital, gritando palavras incoerentes e brandindo uma faca. O caos se espalhou rapidamente pelos corredores. — Ela não deveria estar aqui! — berrava Leonard, os olhos selvagens de loucura. — Fui enganado! Jamais as perdoarei! Primeiro acabarei com ela, depois com a outra! Hunter, ainda em estado de alerta, ouviu
Hunter ficou momentaneamente sem palavras, mas Megan se adiantou e, com um sorriso incrédulo, disse: — São gêmeos, Megan! Você vai ter dois bebês. Hunter olhava para Aurora, chocado e emocionado. Aurora, após um breve momento de surpresa, sorriu. — Nós vamos ter gêmeos! — disse ela, lágrimas de alegria escorrendo pelo rosto. Hunter segurou a mão de Aurora, seus olhos brilhando com amor e felicidade. — Sim, querida, vamos ter gêmeos — respondeu ele, a voz embargada. James entrou no quarto e, vendo a cena comovente, perguntou: — O que está acontecendo? Megan soltou a mão de Aurora e foi até ele, abraçando-o com entusiasmo. — São gêmeos, James. Os meus sobrinhos são gêmeos. James olhou para Hunter e Aurora, buscando confirmação. Aurora sorriu, enquanto Hunter assentiu com a cabeça. James sentiu-se pálido no mesmo instante. — Tudo bem, James? — perguntou Megan, notando a reação dele. — Eu não sei... Vocês duas já são um terror, agora mais dois? — respondeu James, tentando alivi
Casa era uma palavra que definia lar, e estar no seu lar era muito importante para Aurora. Sentada no sofá, sentia-se aliviada por finalmente estar em casa. Quando Edwin entrou na sala de estar com roupas de luto, Aurora sentiu o coração acelerar. – Edwin! – ela exclamou, correndo para abraçá-lo. – Aurora... – respondeu ele, retribuindo o abraço com um tom choroso. – Eu sinto muito – disse ela, as lágrimas já começando a brotar em seus olhos. – Não foi culpa sua – ele respondeu, tentando acalmá-la. – Não foi culpa de ninguém. Você está aqui. Megan está aqui. Meus sobrinhos estão aqui. Aurora começou a chorar, o peso das últimas semanas finalmente caindo sobre seus ombros. Megan apareceu na porta, olhando para Edwin com um olhar curioso. – Ainda é estranho para mim – disse ele, um pouco surpreso – que vocês sejam gêmeas. Ele então abriu um pequeno sorriso e chamou a pequena Diana para seus braços. A menina correu para ele, sorrindo. – Como está a linda sobrinha do titio? – perg