Hunter observava a cena com olhar gelado. Aurora ficou vermelha e questionou o pai:
— Do que o senhor está falando? Eu não aceitei me casar com ninguém.— Ao assinar o recibo do carro, você também assinou um contrato pré-nupicial, e esse era o preço do carro. Como você queria muito ele pensei que não teria problema.Aurora não pôde evitar as lágrimas.— Ah, filha, não chore, seu noivo pode pensar que não está feliz. No mundo dos negócios, contratos de casamento são normais, veja pelo lado bem, você saiu ganhando com isso também. Remy passou a mão no rosto da filha, limpando suas lágrimas, mas ela se afastou.— Por favor, senhor Smith — Autora olhou para Flankie — eu não quero mais o carro e desejo cancelar o contrato, quero me formar antes de pensar em casamento, espero que não me leve a mal e me entenda.— Entendo sua relutância, Aurora, mas não sou um homem de voltar atrás nos negócios e espero que seu pai também não seja. Remy assente e Autora fica ainda com mais raiva, seu rosto ficando imediatamente vermelho e seu autocontrole quase indo pelos ares por ter sido vendida assim.— Você pode continuar na universidade, estudar não é problema, e embora não precise trabalhar, pode estudar como forma de um Hobbie, não há problema algum nisso.Aurora fica irritada, e cansa de argumentar principalmente depois que se lembra das palavras da irmã.— Se é assim — ela sorri, mas seu semblante continua triste, enquanto ela se afastou dois passos e apertou a chave na mão. — Creio que posso dar uma volta em meu novo carro, não é? Ele está na garagem?— Está em frente a porta de saída — Remy disse, tentando apaziguar a raiva da filha. — Poderá dar uma volta assim que terminarmos essa reunião.— A reunião para mim acabou, papai! — ela disse, muito zangada. — Não me casarei com ninguém e venderei o carro na primeira esquina que encontrar e vou embora. Adeus!Ela segura a chave do carro com força e sai correndo, deixando os homens atordoados dentro do escritório. Ela entra no carro e acelera sem destino certo, com medo do que o futuro lhe reservava e ligou para Meg.— Preciso de você! Onde está? — Aurora disse ainda em alta velocidade, com os olhos embaçados devido às suas lágrimas.— Aurora, o que aconteceu? — Meg perguntou preocupada. — Eu estou na praça de alimentação com Cristopher, mas vou até você imediatamente!— Chego aí em cinco minutos! — Aurora desligou o telefone e acelerou ainda mais, passando um sinal vermelho.Enquanto isso, na mansão Smith, o senhor Frankie Jhonson repreende o filho: — Sua noiva acabou de fugir, no entanto você ainda está sentado como se nada tivesse acontecido. Estou certo de qe você tem um seguro para aquele carro, não?— Minha filha agora está sob sua responsabilidade, senhor Jhonson, espero que cuide dela da mesma forma que sempre cuidei, foi para isso que fizemos um acordo, que se me lembro bem, me custou milhões de dólares.Hunter revirou os olhos.— É natural a reação da garota — ele disse com frieza que eriçou os pelos de Remy Smith. — Ela ficou assustada. Posso julgar pela forma que nem sequer me olhou, mas para meu pai, pensou que ele era o noivo.Os dois homens mais velhos dão de ombro. — Daria no mesmo se fosse — falou Frankie. — Na verdade, se Aurora fosse minha noiva, ela não teria sequer saído dessa casa desprotegida e ainda por cima com meu carro. O perigo é para todos, mas alguns parecem atrai-lo ainda mais.Hunter mandou uma mensagem para seu caçador pessoal enquanto o pai continua reclamando em seu ouvido. Manda a foto de Aurora e diz para ele caçá-la e entregá-la no endereço até a meia noite, então após receber um “ok” seco do outro lado, guarda o telefone e olha para os dois homens à sua frente.— Ainda há tempo para o casamento — ele retoma a conversa como se nenhum infortúnio houvesse acontecido. — Minha noiva estará lá na data e hora marcada. Há mais alguma coisa que preciso fazer aqui?— Se você garante que minha filha está em segurança, pode ir rapaz.— Isso, vá, aproveite sua juventude. Pelo jeito, vai se abster totalmente dela quando Aurora estiver sob seu domínio — seu pai zombou. Hunter se levantou e sem se despedir dos dois magnatas, saiu do escritório e em seguida da casa, tendo como único desejo ter sua noiva à sua mercê, em parte para provar ao pai que pode sim lidar com uma mulher, e em parte porque considerava Aurora como sua propriedade. Hunter dirigiu tranquilamente até sua mansão isolada, onde ordenou a uma das empregadas que arrumasse a suíte master e a deixasse pronta, porque em breve chegaria uma convidada muito especial. Ele subiu para sua própria Suíte, onde decidiu tomar um banho de banheira relaxante e aguardar por novidades de James.James, por outro lado, recebeu a foto e ficou chocado. A garota que Hunter estava caçando era simplesmente Aurora. Ele suspirou, desejando não ter que fazer o serviço, mas não recusaria uma ordem direta, então mandou uma mensagem para a jovem.“Onde você está? Eu tive sorte, não preciso mais trabalhar hoje a noite.”Aurora demorou cinco minutos para responder.“Estou na praçade alimentação do shopping. Estou te esperando."James então saiu para buscá-la para seu patrão, sentindo muito que a garota destinada a ele seja a mesma que ele amava. Ele pensou em como Aurora estaria se sentindo e em como ela iria odiá-lo, e por último pensou que seria melhor assim, já que não poderiam mais ficar juntos.***Aurora parou o carro em frente ao Shopping. Ela saiu do veículo, olhou para os lados com cautela para ver se ninguém a seguiu e entrou no edifício graciosamente, pegando o elevador direto para a seção de cinema.Uma mensagem chega no seu telefone, é de James.“Meu chefe me deu folga essa noite. Podemos nos encontrar? Onde você está?”Um sorrriso aparece nos lábios de Aurora.“Estou no shopping, me encontre na praça de alimentação em uma hora.”A reposta não demorou para aparecer em seu celular:“Já estou a caminho.”Aurora não achava que encontrar James seja uma ideia ruim de inicio, até pensa em ir com ele para qualquer lugar depois de ali, mas depois pensaou que era melhor se afastar, porque seu noivo, era um homem frio e poderia querer fazer alguma maldade com seu namorado.Ela se sentiu muito triste por o ter envolvido nessa confusão toda então reforça em sua mente a ideia de que quer vender o carro, comprar identidades falsas e sair do pais. Para ela era a melhor opção, mesmo que fosse deixar para trás tudo o que amava.Aurora manda uma mensagem para Meg.“Estou subindo para o 7 andar. Me encontre na joaleria da família Zumtor.” O elevador para assim que ela clica em enviar a mensagem. Aurora sai do elevador e observa o movimento. Há vários seguranças andando pelo shopping, como de costume e ela se sente aliviada por estar em um lugar tão movimentado. Ela espera pela irmã ansiosa enquanto anda pelas joalerias.— Aurora! — Meg chamou a irmã, que correu e a abraçou. — O que aconteceu?— Vamos dar uma volta — Aurora puxou a irmã para uma loja. — Aconteceu uma coisa terrível. Nosso pai me vendeu para ser noiva do senhor Jhonson — Aurora falou com a voz embargada enquanto tentava disfarçar a conversa com a irmã. — Do que você está falando, Aurora? — Meg perguntou assustada.Aurora contou tudo para a irmã, que ficou horrorizada, então as duas entraram em uma loja de roupas.— Nós vamos resolver isso. Vou falar com Edwin, por enquanto é melhor você não voltar para casa. Eu... Vou tentar falar com o pai e
Aurora viu o carro parar em um lugar que parecia uma casa antiga no meio do nada. O homem desceu do carro e a arrastou para dentro do imóvel, mas ela ainda insistia em lutar, tanto tentou que conseguiu tirar a mordaça que estava em sua boca.— Me solte! Não sei quem é você, e nem porque me trouxe aqui!O sequestrador não respondeu nada, e isso deixou Aurora ainda com mais raiva. Ele abriu uma porta e a jogou em cima da cama que tinha em um quarto, voltou e trancou a porta.— Seu lunático! Eu vou sair daqui e vou chamar a polícia! — Aurora gritou em meio às lágrimas e desespero. — Socorro!Sem nenhuma resposta, Aurora gritou até ficar rouca, mas não desistiu de lutar. Ela sabia porque estava ali e não queria esperar pelo homem que pagou para que a levassem até aquele lugar que ela classificou como horroroso.Sem outra alternativa, teve que observar o lugar em busca de algo que pudesse cortar a corda que amarrava suas mãos. Por sorte encontrou um espelho, ela o quebrou e passou algumas
Aurora estava anestesiada, mas quando sentiu os beijos de Hunter descendo em direção à sua clavícula tomou coragem para dizer:— Se me tomar à força, saiba que vou te odiar pelo resto de sua existência, e todas às vezes que você pensar que estou gostando gemerei bem alto pensando em qualquer outro homem que não seja você.Hunter se afastou imediatamente de Aurora, deixando que a moça respirasse aliviada por um segundo, mas quando ela viu que atiçou nele uma fera obscura, recuou um passo sentindo medo.— Saiba que se você gemer o nome de qualquer outro homem, eu vou torturá-lo e matá-lo na sua frente, tantos quantos forem precisos, até você aprender.Sem ele perceber, Aurora lhe acertou o rosto com tapa tão forte que imediatamente sentiu o gosto metálico de sangue em sua boca.Aurora não teve tempo de se arrepender. Hunter pegou em seu pescoço e se aproximou de forma violenta e perigosa enquanto sussurrava:— Nunca mais faça isso ou vai se arrepender amargamente. Você é minha e eu poss
Aurora acordou sobressaltada quando ouviu um barulho, mas imediatamente notou que foi apenas algum empregado, porque havia uma bandeja com o café da manhã ali. Ela ainda estava apenas com o sutiã e a calça, não havia vestido a blusa desde que Hunter havia saído do quarto.Ela procurou pela peça de roupa e a vestiu, depois foi ao banheiro lavar o rosto e pensar no que faria para escapar dali. Quando voltou ao quarto, notou que seu pai fez o trabalho completo ao vendê-la, pois suas malas estavam ali e foi somente após esse discernimento que ela ficou aliviada.— Homens! Tão idiotas! — Aurora sorriu quando abriu uma de suas malas e viu que todas as suas coisas, desde roupas a sapatos e caixas de cosméticos e maquiagem estavam ali. Sem ter nada a fazer, a jovem deu uma boa olhada em seu café da manhã e guardou o pote de pasta de amendoim. — Isso pode ser útil.Ela se arrumou como se estivesse em sua casa, com uma blusa elegante, mas comprida, calça e bota, assim se considerava pronta pa
Aurora acordou com a cabeça ainda doendo. Olhou o ambiente, então viu que havia conseguido, estava fora da casa de Hunter. Agora tudo o que ela precisava era se recuperar da leve tontura que ainda sentia e colocar a segunda parte do seu plano para funcionar. Ao olhar para o lado, viu James cochilando. Seria muito fácil sair dali sem que ele percebesse, mas… ela ainda não estava preparada, devia esperar o momento certo.Não demorou muito e uma enfermeira entrou, mexendo no soro. James acordou naquele momento e ficou em estado de alerta, mas ao ver a funcionária jogar o pacote hospitalar no lixo e sair, se acalmou de novo.— Como você está? — ele perguntou assim que ficaram sozinhos.— Viva. — Aurora respondeu sem humor. — Acho que devo lhe agradecer por isso, obrigada.— Você fez isso de propósito. — James afirmou. — Não minta, eu vi a pasta no seu quarto.— Claro —, Aurora sorriu. — E eu a comprei pessoalmente. Até porque meu histórico está cheio de atentados suicidas.— Você pode nã
Aurora foi até a recepção efetuar o check-in. Estava tudo indo muito bem até que ela viu, através dos monitores, homens de preto se separando. Um arrepio percorreu por sua espinha, não daria tempo de ela entrar na sala de embarque se a moça continuasse com lentidão. — Aqui está, senhorita. Faça uma boa viagem.— Obrigada. — Aurora pegou os documentos e o guardou rapidamente na bolsa. Ainda demoraria um pouco para ela poder ir para a sala de embarque, então a opção mais segura seria ir até o banheiro antes. Ela colocou um óculos escuro e amarrou o cabelo em um coque. Foi assim que conseguiu passar por um dos homens de preto despercebida.Jogou um pouco de água no rosto, então passou uma maquiagem bem diferente da habitual. No lugar do leve e simples, ela optou por usar algo mais gótico, algo que nunca se imaginou usando antes.— Acho que dá para disfarçar —, ela falou quando esfumaçou os olhos com o lápis preto.Ela ficou por muitos minutos escondida ali até ouvir o chamado para os p
— Senhor Johnson. — James cumprimentou educadamente.— Sei que está responsável pela nossa adorável princesa, James, má creio que pode nos dar cinco minutos?— Claro. Com licença.James saiu para desagrado de Aurora, que preferia uma hora de sermão do ex-namorado do que cinco minutos a sós com seu futuro sogro.— Não fique agitada, querida —, Anthony falou quando os aparelhos mostraram alteração cardíaca em Aurora. — Não estou aqui para repreendê-la, a vejo como uma filha, e se eu tivesse uma filha, jamais a repreenderia por estar com medo do futuro.Aurora conhecia o desejo de Anthony de ter uma filha, não é como se fosse algo que ele nunca tivesse declarado para a mídia. Por isso as palavras dele a acalmaram e ela ficou mais relaxada.— Senhor Johnson, eu sinto muito. — Aurora falou. — Eu não fiz nada contra minha vida, só... — Ela não continuou, não achou adequado dizer que estava tentando fugir.— Você está assustada. Sei que meu filho parece um ogro, sequestrando garotas inocente
Hunter releu o contrato assinado por seu pai e Aurora.— Esse idiota estipulou indenização de 100 milhões para quem quebrar o contrato?Imediatamente se levantou e foi até o quarto da noiva, mas não completou seu caminho porque uma enfermeira o abordou.— Doutor Johnson, há um paciente na emergência… preciso que o senhor venha.…Aurora recebeu a medicação e sua dor logo se esvaiu. James ainda estava zangado, ela podia perceber.— James! — Ela chamou. — Preciso ir ao banheiro.James se levantou da cadeira pronto para ajudá-la, mas Aurora o rejeitou.— Está louco? — Você é um homem! Como eu aceitaria que me ajudasse? — ela perguntou horrorizada.— Agora sou seu segurança. Terá que confiar em mim, não é como se você estivesse atraente, de qualquer forma...Aurora ficou magoada com as palavras do ex-namorado. Tentou se levantar sozinha, mas era impossível, então teve que deixar James ajudar ou sua humilhação seria ainda pior. Quando chegaram ao banheiro, o ex-namorado não a deixou fechar