Olá galera. Passando para pedir desculpas por não atualizar com frequência. Durante alguns dias fiquei enferma. Bem, vamos lá, dependendo do ambiente no qual os personagens estão inseridos, o dialeto muda conforme o meio inserido.
Chelsea chegou em casa com os olhos inchados e o rosto ainda marcado pelas lágrimas. O carro quebrado parecia a última gota em um copo já transbordando de preocupações. Seu salário ajudava, mas não era suficiente para cobrir todas as despesas que se acumulavam. O conserto do seu veículo e do de Thomas representava um custo alto demais; os livros da universidade pesavam no orçamento, e o financiamento da casa permanecia como uma sombra constante. Embora Thomas tivesse garantido que assumiria todos os custos, Chelsea não conseguia se livrar da sensação de incerteza, hesitando em acreditar completamente em suas palavras.— O que eu farei? — Ela falou, com a voz embargada, enquanto enxugava as lágrimas, tomada pela angústia. — Estou sozinha! Sinto tanta falta dos meus pais. Quero concluir meu curso, ingressar na área da medicina, pagar o financiamento da casa dos meus pais.Chelsea entrou no quarto e olhou para o mural da família, onde havia várias fotos, tanto de seus pais quanto de Ronal
[...] No quarto, Thomas observava pela janela o jardim de sua mansão. Seus pensamentos tinham nome: — Chelsea Jones. — Ele sussurrou com as mãos no bolso. A brisa noturna balançava as folhas das roseiras e a luz pálida da lua desenhava sombras suaves no gramado. Entretanto, ele não via nada disso. Sua mente estava presa à imagem daquela mulher de olhos assustados e doces, que parecia tão frágil e, ao mesmo tempo, tão ingênuos. — Chelsea Jones. — Repetiu o nome da ruiva algumas vezes, com sorriso no canto dos lábios. Em seguida, Thomas sentou-se em sua poltrona de couro, pegando um copo de uísque, que acabou ficando esquecido entre os dedos. Thomas apreciava sua solitude. Nos últimos anos, ele construiu um muro onde ninguém poderia ultrapassar suas barreiras, onde as emoções não tinham espaço. E agora, lá estava ela, surgindo como uma peça deslocada em um quebra-cabeça que ele julgava completo. — Isso não faz sentido, Thomas. — Ele falava para si. — Ela parece um anjo, Chelsea.
Assim que Thomas saiu, Oliver lançou um olhar penetrante para Tyler, percebendo o semblante carregado do primo. A tensão entre eles era palpável, e Oliver decidiu quebrar o silêncio primeiro.— Tyler, nosso tio, não vai passar a mão na cabeça do Enzo. Você sabe como Thomas é. Pragmático, metódico e sempre um passo à frente de tudo. Ele já deve ter percebido a bagunça que Enzo está elaborando na empresa. — A voz de Oliver era firme, mas sem qualquer intenção de atacar. Somente expunha a realidade.Tyler suspirou, esfregando o rosto com as mãos, demonstrando seu esgotamento, pois para ele, a situação era sufocante.— Eu sei disso, Oliver. — respondeu, a voz carregada de frustração. — O problema é que estou entre dois extremos. Thomas conduz tudo como se fosse um regime militar, enquanto Enzo… Ele tem o dom de ser um completo irresponsável. E eu estou no meio disso, tentando manter as coisas equilibradas.Oliver inclinou a cabeça, avaliando o primo e o questionou:— E qual é o seu medo? O
— Enzo, eu não quero mais saber dos seus problemas! Meu único papel aqui é prepará-lo para assumir minhas responsabilidades em Nova Iorque. Nosso tio não vai pegar leve com você, entendeu? — Tyler falou, com esperança do playboy melhorar. — Manda uma novidade aí, irmãozinho. Que o Thomas não vai dar mole, isso eu já saquei. — Enzo coçou a cabeça e fixou o olhar no irmão. — Justamente, por isso. Acorde, Enzo! Tyler, ciente de que se envolver nos assuntos de Enzo e Thomas não era a melhor escolha, decidiu redirecionar a conversa para um tema mais oportuno. O nome em questão? Chelsea Jones. Sabendo que Enzo compartilhava os mesmos corredores universitários com a jovem, Tyler confiou a ele a tarefa de informá-la sobre o veículo que agora estava sob a responsabilidade de Thomas. Para Enzo, essa incumbência não poderia ser mais bem-vinda, afinal, Enzo já tinha um interesse em Chelsea e aquela era a oportunidade perfeita para uma aproximação. Enzo abriu um sorriso largo para Tyler,
Chelsea Jones, formada em contabilidade, trabalha em uma empresa internacional, chamada Conceptos. Após a morte de seus pais, passou a morar sozinha, assumindo todas as dívidas do seu pai; inclusive o financiamento da casa, que era a sua prioridade no momento. Ela passou pelo luto, às pressões psicológicas do serviço, lidou com dificuldade financeira. Consequentemente, se deparou com a solidão. Apesar disso, nunca usou da situação para se diminuir. Agradecia aos seus pais, que sempre proporcionaram o melhor para a sua vida. No entanto, cansada da situação, ela resolveu lutar pelo seu sonho de infância, tornar-se médica obstetra. Passou em primeiro lugar na universidade de Nova Iorque. Por meio de um projeto criado por Thomas Hofstadter, que liberou verbas para a universidade. O intuito dele era de propor aos bolsistas acesso à educação, perante a um cenário difícil pós-pandêmico. Ela é autoconfiante, esforçada e intelectual. Embora seja tímida, tentava se dar bem com outras pessoas.
Numa noite chuvosa, William Hofstadter e sua esposa faleceram em um acidente de carro. Assim, o irmão mais novo de William, o Thomas, e a sua falecida esposa Alice, assumiram a guarda de seus sobrinhos; Tyler e Enzo. O casal proporcionou uma educação de qualidade para ambos; contudo, Thomas notava alguns sinais de desvio de carácter vindo da parte de Enzo. Anos se passaram e eles cresceram, passando a morar sozinhos e assumindo suas funções na empresa da família.A família Hofstadter desempenha em diversos negócios; tem toda responsabilidade na parte financeira e política, e possui lucros até com vinheiras. Thomas Hofstadter é o líder majoritário da empresa Hathcock. Tyler Hofstadter é o diretor-executivo, e o seu primo, Oliver Hofstadter é o vice-presidente.A empresa Hathcock é dividida entre os três familiares. Ela desenvolve e fabrica armas de fogo e equipamentos de defesa, de alta tecnologia. As produções são fornecidas ao governo, realizando alianças com países da geopolítica.T
Pela manhã, havia uma reunião entre os membros da família Hofstadter. Todos aguardavam o Enzo chegar na sala de reunião do conselho para iniciar a reunião. Mas como sempre, ele estava atrasado.— Quando o Enzo vai criar responsabilidade? — falou Thomas irritado, batendo uma mão na mesa. — Tyler, você tem notícias do seu irmão?— Tio, conversei com ele ontem. Provavelmente, ele está com Norah. — suspirou Tyler, decepcionado com seu irmão.— Detesto atraso! Como confiarei o cargo de diretor-executivo para o Enzo? Nem chegar no horário, ele consegue.— Nossa! Agora que você se tocou disso? — disse Oliver, impacientemente. — Não te entendo tio. Se eu fosse você, procuraria outra pessoa para o cargo!— Oliver tem razão! O meu irmão, está sempre envolvido em polêmicas e não um pingo de responsabilidade.Alguns minutos depois, Enzo chegou à sala de reuniões. Então, puxou uma das cadeiras e se sentou.— Bom dia! — cumprimentou a todos, como se não estivesse acontecendo nada.— Isso são horas
Thomas, completamente colérico, andava em passos largos e firmes no corredor da empresa em direção à sala dele. Adentrou em sua sala enorme e sentou-se na cadeira, que se parecia mais com uma poltrona, de tão grande. Aguardava o Oliver. Logo ele chegou, entrou na sala e fechou a porta.— Sente-se, por favor. — fixou os olhos no sobrinho.— O que você gostaria de falar?— Toda reunião do conselho, há um desentendimento entre você e o Enzo…Oliver interrompeu o Thomas:— Mas tio, você sabe dos desaforos que ele sempre causa! — ele estava exasperado.— Não conclui o que estava falando. Atente-se em cada palavra que falarei. — disse estoicamente.— Desculpa, tio. — diminuiu seu tom de voz, se atentando no que seu tio falaria.— Discutir com o Enzo nas reuniões do conselho não mudará nada! — falava afrouxando a gravata. — Todavia, é necessário você tomar uma atitude perante a lei! Oliver, não estou dialogando com um indivíduo, no qual desconhece os direitos e os deveres de um cidadão. As