Ps: Tentei colocar essa história separadamente, mas a plataforma não aceitou, então para vocês não ficarem sem vou continuar daqui. ❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️ Fael... A filha da puta me pegou bonito, subestimei demais ela. Marina estava tão puta comigo que armou pra mim, mas se tem uma coisa no mundo do crime que é inaceitável é trairagem... Eu sei que fui filho da puta com ela também, me envolver com a irmã dela foi demais pra cabeça da Marina, mas eu não tive escolha, Júlia é o grande amor da minha vida eu até que demorei demais para tê-la toda pra mim e porra, não tenho um pingo de arrependimento. Eu era puro ódio, eu sabia que não iria sair daqui tão cedo e não queria, eu ia cumprir o que tivesse que cumprir, por que o tempo que eu ficar aqui, vai ser o tempo do sofrimento dela lá fora. — E aí japa? Cumprimento meu companheiro de cela. — Fala aí Fael! — Tudo em ordem? Já soltou pipa*? Aqui dentro nós tínhamos nosso próprio dialeto, tudo para p
Anos terríveis... A penitenciária passou por inúmeras rebeliões, apanhei dos águias, fui parar três vezes na enfermaria com uma facada nas costas, um dedo do pé arrancado e 12 pontos na cabeça, teve dias que chorei igual criança, teve dia que quis contratar um tatu* para me ajudar a sair daqui, mas quando olhava para única foto que tinha do meu filho ainda bebê, minhas forças se renovam. Cada ano que passava era riscado na parede e essa semana seria decisiva para mim, kadu entraria com o meu pedido de liberdade, eu já havia cumprido praticamente toda minha pena e os três anos que faltava eu teria que ficar no sapatinho, para não voltar pra cá. As mesmas incertezas que tive quando fui preso, estou tendo agora que estou prestes a ser solto, só que agora eu não poderia voltar para o tráfico, não até reencontrar o meu filho e ter o perdão dele. Mas o que eu faria lá fora? Nunca trabalhei de nada fora o crime organizado. Meu coração estava a mil. — E aí, tá feliz? Japa me pergunta. —
17 anos de dor, medo e angústia... Não saber se ele come, bebe, se trocam suas fraldas constantemente ou se está bem agasalhado me consumia ano após ano. Um pedaço de mim havia sido arrancado a sangue frio e não consigo descrever tamanha dor. Lembro dos primeiros anos sem ele, meu pequeno e tão amado filho, chorei dia e noite, enfrentei presídio para tentar convencê-lo a devolver meu pequeno, mas o ódio que ele sentia era tão grande que era impossível fazer ele enxergar que aquela atitude dele era a mais cruel de todas que ele havia cometido na sua vida de traficante. Eu fiz de tudo que estava ao meu alcance para tê-lo em meus braços novamente, fui a delegacia, implorei Majú para interceder por mim junto a Lyon, viajei para as Bahamas e falei pessoalmente com ele, eu precisava tentar, ele precisava ver o farrapo que eu me encontrava, mas infelizmente não obtive sucesso, Fael não falava de forma alguma. Cada criança que eu olhava na rua era inevitável não pensar, será esse meu João
Estou me reparando para levar Jhudy para a escola, Caíque já havia ido trabalhar quando meu celular toca. Meu coração erra uma batida quando aparece um numero desconhecido, eu sabia que era ele, eu sentia. — Achou meu filho? É a primeira coisa que falo quando atendo o telefone. — Bom dia pra você também! — Bom dia! Respondo seca. — Precisamos conversar! Eu esperei tanto por esse dia, minhas mãos estão tremendo e uma falta de ar me domina, eu não consigo nem responder, Jhudy percebe meu estado e enquanto Fael fala do outro lado da linha, Jhudy fala comigo bem na minha frente. — Alô, ainda está aí? Fael fala enquanto Jhudy também diz: — Mamãe, a senhora está bem? Eu estou em meio a uma crise de ansiedade, isso já aconteceu outras vezes, mas nunca sozinha com Jhudy. — Marina?! Fael chama. — Mamãe?! Jhudy também me chama e começa a chorar. Eu tento falar alguma coisa para acalma-la, mas minha voz não saí. Meu coração parece que vai parar, minha respiração está pesada e
— Vamos cara, deixa de ser velho! Bêh me chamava para uma festa. — Amanhã cedo eu tenho moto Cross, vou nada! Rejeito. — Vamos sim! Diz Vanessa Entrando no meu quarto já toda arrumada. — Eu já disse que tenho moto cross amanhã cedo! — Ah vamos Leon, ficamos só um pouquinho. Vanessa diz sentando no meu colo e envolvendo seus braços ao redor do meu pescoço. Tem três anos que voltei a morar no Brasil, minha mãe não ficou nada feliz, mas eu queria fazer faculdade de administração e as melhores estão no Brasil, mentira, eu que queria voltar para o Brasil mesmo. Meu pai topou na hora, ele quer me preparar para administrar seus negócios e apesar dele não me dizer em qual tipo de negócios eu vou administrar na sua ausência, tenho certeza que não são lícitas. Atualmente eu moro na casa dos meus pais em um condomínio no recreio, dinda Lôh e tio Kadu me auxiliam em tudo que preciso já que moram ao lado. Vocês estão se perguntando quem é Vanessa. Bem, ela é uma mina que “pego”, conhe
Passeio pela festa observando geral, a galera está enlouquecida, muita bebida, as meninas de biquíni na piscina, adolescentes se pegando em cada canto da casa. Olho em direção a cozinha e vejo o tal do Noah enchendo dois copos de bebidas e em um dos copos vejo ele colocando algo em uma delas. Acho estranho e fico de longe só observando. Caminhando lentamente pelo meio da galera atrás dele, vejo quando ele entrega um dos copos a loirinha. — Filho da puta! Falo em voz alta. Caminho agora mais apressado e no momento que ela vai colocar o copo na boca eu esbarro nela, fazendo toda sua bebida cair. — Eiiii... Ela me olha brava. — Foi mal! Digo encarando o Zé Mané, que me olha de cara feia. — Olha por onde anda! Ela diz ríspida. — Já disse que foi mal, não precisa ser estúpida. Provoco ela. — Que? Ela agora está indignada e morro de vontade de rir das caretas que ela faz. — Você derruba minha bebida, me suja e eu que sou a estúpida? Seu olhar está semi ser
— Tem certeza que os seguranças do seu pai não vão te seguir? Pérola me pergunta aflita, roendo as unhas. — JP vai com a gente, então eles não vão nos seguir. Digo tentando acalmar Pérola. Eu e Pérola nos conhecemos no ensino fundamental, estudávamos na mesma escola particular e desde então não desgrudamos mais, o pai dela e o meu se conheciam. Eu moro com meus pais no complexo da maré e ela mora no complexo de Israel, mas ela sempre está aqui e eu sempre lá. Eu tenho um irmão chamado João Paulo, o famoso JP. Famoso por que as meninas da comunidade não saem do meu portão e quase se matam por ele. Ele é uns anos mais velho que eu e daqui uns dias entra na maior idade, sorte dele, queria eu já ter meus 18 anos. JP é super meu amigo e o motivo do meu pai deixar eu sair para as festas a noite sem segurança, mas se JP não vai, eu também não vou, pelo menos não sem seguranças. Eu odiava sair com seguranças, eles ficavam em cima, observavam tudo e não me deixavam a vontade. Uma vez
Cinco da manhã e eu já estou de pé me preparando para a corrida que vai ter. Eu amava assistir e já tinha tudo organizado, quando fizesse 18 anos e tirasse minha habilitação, participaria do moto cross. Pérola tinha acabado de chegar e não ia comigo, JP deixou ela aqui e sumiu, então não tem jeito, vou ter que ir com Théo. — Amiga, senta aqui... A cara da Pérola não é nada boa. — O que aconteceu? Pergunto preocupada. — Bêh me parou na festa... — Ahhh... Grito e ela tapa minha boca. — Para de gritar louca, vai acordar sua mãe... Não é nada disso que você está pensando. — Droga! Reclamo. — Então é o que? — Sabe o garoto que derrubou sua bebida? Ela começa. — Sei... O sem educação idiota! O que tem ele? — Ele viu Noah colocando algo em sua bebida... Fico um tempo em silêncio assimilando o que ela disse. — Não acredito! Digo perplexa. — Ele não tinha o porque mentir... Abre seu olho com Noah. — Que filho da puta! Bem que minha mãe diz: “ Não dá mole com sua bebida, não