Abro a porta da geladeira e pego uma garrafa de suco, bebo dois copos e quando vou colocar o mesmo na pia dou de cara com a surucucu me olhando. Eu até me assusto, a cobra chegou de mansinho que nem ouvi, ignoro, coloco o copo na pia e me preparo para sair dali, mas ela puxa assunto. — Sabe... Eu queria... É... Pedir desculpas por entrar no quarto de vocês sem bater. Muito boazinha para o meu gosto. — Você não deveria nem estar aqui, eu lhe dei uma ordem e você passou por cima dela! Digo baixo, mas meu olhar não desgruda do dela, eu me segurava para não voar em cima dessa velha. — Ela é minha filha, eu tenho o direito de estar ao lado dela nesse momento! Eu simplesmente não consigo acreditar dessa mudança dela. — Onde você estava quando sua filha precisou de você quando aquele verme fez o que fez com ela? Minha voz começa a alterar e enfim a máscara dela caí. — Não te interessa o que eu estava fazendo! Eu simplesmente não acredito que Jão seria capaz de fazer o que você está
Majú...Estou em casa ansiosa, os meninos saíram daqui igual uns loucos, com pá e tudo. Lógico que Lyon morreu, infelizmente, isso deve ser uma brincadeira de péssimo gosto de algum desocupado.Ando pela sala de um lado para o outro com o celular na mão...- Mamãe, tá tudo bem?Pergunta Leon no pé da escada de pijama e coçando os olhos. Já são 23:00 horas e já era para ele está dormindo.- Está tudo ótimo meu amor, você já era para está dormindo. Digo indo em sua direção.- Estou sem sono. Ele diz me observando ir em sua direção.- Vem, vou te dá um copo de leite morno que o sono vem rapidinho.Depois que Leon tomou o leite eu o levei até seu quarto, o coloquei na cama e o cobri.- Vou ficar aqui até seu sono chegar. Digo me deitando ao seu lado.Eu havia pego no sono e acordo no susto quando sinto meu celular vibrar, era uma mensagem de FM e antes de abrir a mesma vejo que já são 01:40 da manhã.Abro o WhatsApp e vejo que tem uma foto, fico receosa de abrir, mas tomo coragem e cli
Os meninos decidiram investigar por conta própria, Ramon começará as investigações pela foto que foi enviada para Kadu e buscará imagens de câmeras, tanto as do dia do sepultamento de Lyon quanto as da estrada que foi tirada a foto. Eu resolvi ir em busca de um profissional de verdade, eles não sabiam, mas eu iria achar Lyon custe o que custar, se ele está vivo, eu vou achar! Estou sentada em meu sofá, já eram 8:40 da manhã e eu estou pernoitada, não fechei os olhos um minuto se quer pensando em como vou achar esse homem, se é que ele está vivo. Começo a mexer no notebook, entro em vários sites de investigação particular e acho uma empresa que chama minha atenção, vejo muita propaganda dela na televisão, a CSI Corporation. Resolvo ligar na hora e agendar uma hora com o investigador. Depois de preparar o almoço de Leon e organizar os horários dele, o coloco para tomar banho, como consegui agendar pra hoje uma reunião com o investigador, vou deixar os meninos na escola e vou até o
Fael...Quando recebi a ligação de Majú, eu já pressentia que algum b.o estava por vir, mas nada me preparou para a notícia de que Lyon poderia estar vivo... Porra! A única forma de tirar as nossas dúvidas era vendo se ele estava morto mesmo, Majú surtou quando decidimos trabalhar do nosso jeito, mas era a forma mais rápida de resolver isso, essa parada de justiça demora pra caralho, tá louco... Melhor ir do meu jeito mesmo! Eu sabia que Majú ia ter uma crise de ansiedade quando soubesse que o caixão estava vazio, FM é um vacilão, não era pra ter dado a notícia por telefone pra ela. Conhecemos muito bem a Majú, ela é forte, determinada, mas se tratando de Lyon ela fica muito fragilizada. Prometemos ao Lyon que cuidaríamos dela e do pequeno Leon e até hoje tem sido assim, ela não sabe, mas cada passo dela é monitorado por nós, quer dizer, por Ramon. O carro dela tem rastreador, o celular dela também tem, o relógio que ela usa que é um presente antigo de Lyon, tem um localizador. L
Quando deu 1:00 da madruga eu comecei a me arrumar, Eu tinha uma reunião com bazuca na boate dele, aqui na comunidade tudo estava nos conformes, o arrastão deu tudo certo, os moleques são tão brabos que até uma BMW eles conseguiram. De tênis da Nike branco, boné preto, cordão de ouro com pingente R que pesava mais que Leon no pescoço, calça jeans clara e blusa T-shirt preta colada deixando minhas tatuagens a mostra, parto para a Taj em um esquema de segurança fortíssimo. Assim que chego vou direto para o camarote, o local estava abarrotado de gente. O local era assim: Você entra na boate e já dá de cara com a pista central, no meu lado direito tem uma escada que dá para o primeiro camarote, ali fica um segurança e só sobe quem tem a pulseira vip e só tem essa pulseira quem tem muito dinheiro ou é muito influente. No meu lado esquerdo tem outra escada, ela leva a outro camarote, só que esse só tem acesso os convidados de bazuca, no caso, só a alta cúpula do crime organizado.Me apr
Chego em meu morro e assim que aponto o carro na minha garagem, um dos meus vapor se aproxima. — Chefe, sua mina tá aí! — Minha mina? Questiono. — É... Marina. Ele diz estranhado meu esquecimento. — Caralho! Xingo respirando fundo. Eu nem podia brigar com ele, já que eu não proibi a entrada dela e ela sempre teve acesso liberado aqui no morro e em minha casa. Paro o carro na garagem e já vou entrando em casa, logo vejo ela deitada no meu sofá. Marina é uma morena do rosto fino, cabelos lisos mais com algumas ondulações, era magra, mas nem tanto, era o tipo magra fitness. Ela ouve eu colocar as armas na mesa e já se levanta me olhando. — Precisamos conversar. Seu olhar é caído, ela sabe que vacilou. — Agora? Questiono. — Tarde demais. — Vamos conversar, por favor. — Marina eu tô de boa! Você é livre, não temos nada de importante... — Se está tão de boa assim, por que não me deixou falar com você no camarote? — Por que estava puto! Não por você está se pegando com um man
Continua...A semana passou voando, Marina não me ligou e nem enviou mensagem, eu não tive tempo de pensar em nada, a não ser na ninfeta loira. Essa semana vai ter invasão no morro do bazuca e como somos aliados eu tenho que dar essa força a ele, tinha que ir pra lá organizar minha equipe, cada ponto daquela comunidade tem que está palmeada por nós, só que sair daqui de dia é muito arriscado, então organizei um mini caos pela cidade. Separei um grupo de vapor que nunca foi fichado pela polícia e ordenei que eles fossem para o lado oposto da comunidade de bazuca, tipo: A comunidade de bazuca fica ao norte, então enviei meus vapor para o sul. Eles estavam encarregados de criar o caos pela cidade, parar a linha amarela e mandar os caminhoneiros pararem, não era para roubar nada, era só para criar um terror, alguém ia ligar pra polícia com certeza.Eles iam fazer os caminhoneiros descerem e tomariam suas chaves, a avenida ia parar, geral ia ficar com medo. A polícia ia chegar e ia pren
Majú... Minha conversa com Caíque, apesar de estranha, me deixou animada. Era estranho estar tão perto dele e era inevitável não pensar em tudo que passamos, sacudo minha cabeça afastando os pensamentos nostálgicos. — Se comporta hein! Falo com Leon dando um beijo nele. — Não dê trabalho a sua dinda. — Eu já sou um homem mãe! Ele diz de cara fechada. Leon está crescendo e a cada dia está com o gênio do pai, agora ele cismou que não quer ser tratado como criança, diz que é um pré adolescente. Essas crianças vem com cada uma! — Tá bom meu homenzinho, se comporta! Digo rindo e lhe dou um beijo de despedida. Entro no carro e sigo em direção ao meu trabalho, na metade do caminho decido passar pela rua que a foto de Lyon foi tirada. Passando pelo local devagar, observo cada detalhe, lojas de roupas, restaurantes, quiosques. Fico pensando que se Lyon passou por ali é por que mora próximo e se passou uma vez deve passar sempre. Assim que o carro para em um sinal eu pego a foto do Ly