Os meninos decidiram investigar por conta própria, Ramon começará as investigações pela foto que foi enviada para Kadu e buscará imagens de câmeras, tanto as do dia do sepultamento de Lyon quanto as da estrada que foi tirada a foto.
Eu resolvi ir em busca de um profissional de verdade, eles não sabiam, mas eu iria achar Lyon custe o que custar, se ele está vivo, eu vou achar!Estou sentada em meu sofá, já eram 8:40 da manhã e eu estou pernoitada, não fechei os olhos um minuto se quer pensando em como vou achar esse homem, se é que ele está vivo.Começo a mexer no notebook, entro em vários sites de investigação particular e acho uma empresa que chama minha atenção, vejo muita propaganda dela na televisão, a CSI Corporation.Resolvo ligar na hora e agendar uma hora com o investigador.Depois de preparar o almoço de Leon e organizar os horários dele, o coloco para tomar banho, como consegui agendar pra hoje uma reunião com o investigador, vou deixar os meninos na escola e vou até o escritório, depois volto para busca-los e levo para o futebol, dia corrido hoje, mas em dia de folga é sempre assim, faço questão de está presente na vida do meu filho e do meu afilhado.— Vamos meu filho, você tem que almoçar ainda. Apresso.Depois de deixar Bêh e Leon na escola sigo até o endereço da sala do investigador, assim que chego ao prédio me apresento na recepção e logo sou liberada a subir até o 15° andar.O local era chique demais, pisos de mármore e móveis de primeira, fico impressionada com o bom gosto do dono, sigo até a secretária que com um sorriso simpático no rosto diz que vai avisar ao investigador.— Dona Maria chegou chefe. Ela fala ao telefone.Depois de desligar o telefone ela dirige seu olhar até mim e se levanta seguindo até a porta do escritório.— Pode me seguir querida.Ela abre a porta e me dá passagem para que eu entre...Fico surpresa em vê quem é o investigador, anos que eu não o via, anos que se quer ouvia falar dele.— Caíque? Falo paralisada.— Majú! Ele diz tão surpreso quanto eu.— Quanto tempo... Digo caminhando até ele, que se levanta e vem até mim e me abraça.— Nossa! Muito tempo, desde...Ele para de falar lamentando o motivo de termos nos visto aquele dia.— É... Não era um dia bom.— Desculpa não ter ido falar com você aquele dia... Eu...— Tudo bem, o importante foi que você esteve lá. Falo o interrompendo.— Senta aqui. Ele me direciona a uma poltrona.— Esse lugar é lindo. Tento mudar o assunto, pelo menos por hora.— Achou? Eu montei a Caíque Serviço de Investigação Corporation (CSI) assim que saí da prisão e de lá pra cá conseguimos ajudar bastante pessoas.— Que bom, nunca me perdoei... Ele me interrompe.— Não vamos falar disso, já passou, fiz o que achei melhor no momento e não me arrependo. O que te traz aqui.— Acho que Lyon está vivo! Vou direto ao ponto.Ele fica mudo, pensativo e demora um pouco para ele voltar a falar.— O que te faz acreditar nisso?— Kadu recebeu essa foto esses dias. Tiro a foto da minha bolsa e coloco na mesa dele.— Isso pode ser uma brincadeira de mal gosto, eu vi, você viu, todos viram ele morto e sendo enterrado. Caíque fala observando a foto.— Eu pensei a mesma coisa, mas mudei de ideia quando os meninos foram no cemitério e... Fico sem jeito de falar já que além de nojento é crime o que eles fizeram.— Puta merda!! Ele exumaram por conta própria? Ele pergunta e eu afirmo com a cabeça. — Isso é crime Majú!— Eu sei, avisei a eles, mas você sabe o quanto vocês homens são teimosos.— Pra você está aqui, isso significa que o corpo dele não estava no caixão.— Exatamente e essa foto prova que realmente ele está vivo, aliás... Nunca conversamos sobre algumas coisas... Ele arqueia a sobrancelha.— Sobre o que?— Quando eu estava viajando com Lyon, antes de tudo acontecer, Lyon recebeu uma missão... Matar você!Caíque não me parece surpreso com minha informação e eu fico encucada com sua reação.— Eu sei... Recebi a mesma missão, meu advogado ligou pra ele e contou, Lyon contou que recebeu a mesma missão...— Eu não entendo o por que de você ainda está vivo. Não me leve a mal Caíque, graça a Deus que você está aqui, mas eu não entendo o por que de não terem vindo atrás de você e por que disso tudo?— Acho que eles pensam que foi eu que matei o Lyon, foi a única explicação... Por meses me fiz a mesma pergunta e o motivo, não imagino.— E foi você? Sou direta.— Claro que não! Eu não faria isso, primeiro por que não sou pau mandado de ninguém, muito menos de alguém que não conheço, segundo por que não faria isso com você.— Desculpa... Não sei o que pensar.— Ok! Mas vamos supor que ele esteja vivo, você não acha que se ele não apareceu pra vocês é por que ele não quer ser achado?— Lógico que já passou pela minha cabeça e isso me deixa furiosa, mas eu preciso saber Caíque, você me conhece, sabe que não sou mulher de desistir tão fácil.— Majú... Nossa... Não sei nem o que te dizer.— Não diga nada, só investigue. Por favor.— Não sei se posso, Majú. Não sei se quero mexer nesse assunto. Por que não deixar do jeito que está? Sei que é difícil pra você, mas talvez ele não queira ser achado.— Por que?— Eu... Eu não sei Majú!Me levanto da poltrona rápido, se ele não vai me ajudar, não tem o por quê de continuarmos essa conversa.— Tudo bem Caíque, desculpa tomar seu tempo, foi bom te rever, mas preciso ir.— Maju...— Eu preciso realmente ir, Leon e Bêh vão sair daqui a pouco da escola. Minto. — Mas não precisa ficar assim, eu super te entendo.Me aproximo dele e lhe dou um abraço.— Você não vai desistir neh?— Não!! Pelo menos, não por enquanto. Eu preciso saber!— Vou vê o que acho e falo com você.— Eu sabia que podia contar com você.Abro um sorriso e o abraço forte.— Não estou prometendo nada.— Eu sei.Saio do escritório dele mais animada, eu preciso saber o que está acontecendo.Fael...Quando recebi a ligação de Majú, eu já pressentia que algum b.o estava por vir, mas nada me preparou para a notícia de que Lyon poderia estar vivo... Porra! A única forma de tirar as nossas dúvidas era vendo se ele estava morto mesmo, Majú surtou quando decidimos trabalhar do nosso jeito, mas era a forma mais rápida de resolver isso, essa parada de justiça demora pra caralho, tá louco... Melhor ir do meu jeito mesmo! Eu sabia que Majú ia ter uma crise de ansiedade quando soubesse que o caixão estava vazio, FM é um vacilão, não era pra ter dado a notícia por telefone pra ela. Conhecemos muito bem a Majú, ela é forte, determinada, mas se tratando de Lyon ela fica muito fragilizada. Prometemos ao Lyon que cuidaríamos dela e do pequeno Leon e até hoje tem sido assim, ela não sabe, mas cada passo dela é monitorado por nós, quer dizer, por Ramon. O carro dela tem rastreador, o celular dela também tem, o relógio que ela usa que é um presente antigo de Lyon, tem um localizador. L
Quando deu 1:00 da madruga eu comecei a me arrumar, Eu tinha uma reunião com bazuca na boate dele, aqui na comunidade tudo estava nos conformes, o arrastão deu tudo certo, os moleques são tão brabos que até uma BMW eles conseguiram. De tênis da Nike branco, boné preto, cordão de ouro com pingente R que pesava mais que Leon no pescoço, calça jeans clara e blusa T-shirt preta colada deixando minhas tatuagens a mostra, parto para a Taj em um esquema de segurança fortíssimo. Assim que chego vou direto para o camarote, o local estava abarrotado de gente. O local era assim: Você entra na boate e já dá de cara com a pista central, no meu lado direito tem uma escada que dá para o primeiro camarote, ali fica um segurança e só sobe quem tem a pulseira vip e só tem essa pulseira quem tem muito dinheiro ou é muito influente. No meu lado esquerdo tem outra escada, ela leva a outro camarote, só que esse só tem acesso os convidados de bazuca, no caso, só a alta cúpula do crime organizado.Me apr
Chego em meu morro e assim que aponto o carro na minha garagem, um dos meus vapor se aproxima. — Chefe, sua mina tá aí! — Minha mina? Questiono. — É... Marina. Ele diz estranhado meu esquecimento. — Caralho! Xingo respirando fundo. Eu nem podia brigar com ele, já que eu não proibi a entrada dela e ela sempre teve acesso liberado aqui no morro e em minha casa. Paro o carro na garagem e já vou entrando em casa, logo vejo ela deitada no meu sofá. Marina é uma morena do rosto fino, cabelos lisos mais com algumas ondulações, era magra, mas nem tanto, era o tipo magra fitness. Ela ouve eu colocar as armas na mesa e já se levanta me olhando. — Precisamos conversar. Seu olhar é caído, ela sabe que vacilou. — Agora? Questiono. — Tarde demais. — Vamos conversar, por favor. — Marina eu tô de boa! Você é livre, não temos nada de importante... — Se está tão de boa assim, por que não me deixou falar com você no camarote? — Por que estava puto! Não por você está se pegando com um man
Continua...A semana passou voando, Marina não me ligou e nem enviou mensagem, eu não tive tempo de pensar em nada, a não ser na ninfeta loira. Essa semana vai ter invasão no morro do bazuca e como somos aliados eu tenho que dar essa força a ele, tinha que ir pra lá organizar minha equipe, cada ponto daquela comunidade tem que está palmeada por nós, só que sair daqui de dia é muito arriscado, então organizei um mini caos pela cidade. Separei um grupo de vapor que nunca foi fichado pela polícia e ordenei que eles fossem para o lado oposto da comunidade de bazuca, tipo: A comunidade de bazuca fica ao norte, então enviei meus vapor para o sul. Eles estavam encarregados de criar o caos pela cidade, parar a linha amarela e mandar os caminhoneiros pararem, não era para roubar nada, era só para criar um terror, alguém ia ligar pra polícia com certeza.Eles iam fazer os caminhoneiros descerem e tomariam suas chaves, a avenida ia parar, geral ia ficar com medo. A polícia ia chegar e ia pren
Majú... Minha conversa com Caíque, apesar de estranha, me deixou animada. Era estranho estar tão perto dele e era inevitável não pensar em tudo que passamos, sacudo minha cabeça afastando os pensamentos nostálgicos. — Se comporta hein! Falo com Leon dando um beijo nele. — Não dê trabalho a sua dinda. — Eu já sou um homem mãe! Ele diz de cara fechada. Leon está crescendo e a cada dia está com o gênio do pai, agora ele cismou que não quer ser tratado como criança, diz que é um pré adolescente. Essas crianças vem com cada uma! — Tá bom meu homenzinho, se comporta! Digo rindo e lhe dou um beijo de despedida. Entro no carro e sigo em direção ao meu trabalho, na metade do caminho decido passar pela rua que a foto de Lyon foi tirada. Passando pelo local devagar, observo cada detalhe, lojas de roupas, restaurantes, quiosques. Fico pensando que se Lyon passou por ali é por que mora próximo e se passou uma vez deve passar sempre. Assim que o carro para em um sinal eu pego a foto do Ly
Um papo legal com vcs... Galera, eu preciso que vcs adicionem essa história na biblioteca de vcs, se não eu não ganho da plataforma e por favor, deixem um comentário, isso ajuda na minha divulgação.Obg mais uma vez pela parceria de sempre, love you! Majú continua...Eu não sabia o que fazer, o que pensar. Minha cabeça parecia que ia estourar a qualquer momento e quando o ar começou a faltar em meus pulmões eu pego meu celular e ligo para Fael. Vejo seu carro passar como em câmera lenta por meus olhos e ir embora. Meus olhos acompanham os dele mesmo de dentro do carro, tudo em câmera lenta. Enfim consigo andar, caminho sem rumo pela areia da praia, eu estava desnorteada, sem saber o que pensar de toda essa loucura. Era ele! Eu não estou louca. Por que ele está fazendo isso comigo? Eu sentia que ia entrar em um colapso nervoso a qualquer momento. Em meio a crise de choro, resolvo ligar para
Eu estava em pedaços, cada vez que tentava fechar os olhos a imagem que vinha em minha cabeça era ele sorrindo tão feliz após beijar aquela garota, suas palavras ríspidas comigo, ele defendendo ela, “Minha Mulher”... Ele encheu a boca para pronunciar essas palavras. Mais uma vez meu rosto era tomado por lágrimas, chorei tanto que acabei enfim pegando no sono, talvez pelo efeito do remédio. Acordo no dia seguinte com Leon em cima de mim. — A senhora está bem? Ele está com aqueles olhos expressivos me encarando. — Não muito... Mas vou ficar. — Você viu meu pai neh? Fico sem palavras, então é verdade, Lyon aparece para Leon. — Ele fala com você? — Não! Só aparece as vezes quando estou dormindo, ele acha que eu não vejo ele, mas eu vejo. — Não era sonho? Tento me certificar de que realmente Lyon aparece para Leon. — Não mãe, eu vi a tatuagem que ele tem com meu nome no braço dele.
Chego em casa e corro para arrumar minhas coisas, tomo outro banho e corro pra cozinha, precisava comer algo. Juju já está lá almoçando e graças a Deus mamãe não está. — Sumiu e nem disse nada. Ela diz enquanto mastiga. — Desculpa... Lembra do rolo que me chamou pra sair? Ela afirma com a cabeça. — Então, eu menti pra ele dizendo que estaria em um plantão, mas o boy me viu lá na Taj. — Caralho! Juju solta, fazendo Belinha nossa funcionária a repreender. — Pois é... Tive que ir pra casa dele tentar me redimir. — Pela sua cara, não conseguiu! — Eu achei que sim, mais o filho da puta aprontou uma comigo que nem quero contar! Juju rir e pergunta: — Por que você nunca fala dele com a gente? Eu só o conheço como “rolo”, “boy”, “idiota”... Se você gosta dele, por que não fica com ele de verdade? Apresenta ele a nossa família... — Não dá... Você não entenderia... E não quero mais falar dele!