Eu estava em pedaços, cada vez que tentava fechar os olhos a imagem que vinha em minha cabeça era ele sorrindo tão feliz após beijar aquela garota, suas palavras ríspidas comigo, ele defendendo ela, “Minha Mulher”... Ele encheu a boca para pronunciar essas palavras.
Mais uma vez meu rosto era tomado por lágrimas, chorei tanto que acabei enfim pegando no sono, talvez pelo efeito do remédio.Acordo no dia seguinte com Leon em cima de mim.— A senhora está bem?Ele está com aqueles olhos expressivos me encarando.— Não muito... Mas vou ficar.— Você viu meu pai neh?Fico sem palavras, então é verdade, Lyon aparece para Leon.— Ele fala com você?— Não! Só aparece as vezes quando estou dormindo, ele acha que eu não vejo ele, mas eu vejo.— Não era sonho? Tento me certificar de que realmente Lyon aparece para Leon.— Não mãe, eu vi a tatuagem que ele tem com meu nome no braço dele.Chego em casa e corro para arrumar minhas coisas, tomo outro banho e corro pra cozinha, precisava comer algo. Juju já está lá almoçando e graças a Deus mamãe não está. — Sumiu e nem disse nada. Ela diz enquanto mastiga. — Desculpa... Lembra do rolo que me chamou pra sair? Ela afirma com a cabeça. — Então, eu menti pra ele dizendo que estaria em um plantão, mas o boy me viu lá na Taj. — Caralho! Juju solta, fazendo Belinha nossa funcionária a repreender. — Pois é... Tive que ir pra casa dele tentar me redimir. — Pela sua cara, não conseguiu! — Eu achei que sim, mais o filho da puta aprontou uma comigo que nem quero contar! Juju rir e pergunta: — Por que você nunca fala dele com a gente? Eu só o conheço como “rolo”, “boy”, “idiota”... Se você gosta dele, por que não fica com ele de verdade? Apresenta ele a nossa família... — Não dá... Você não entenderia... E não quero mais falar dele!
Marina... Estou em um jantar de família, enquanto o papo rola mamãe começa. — Quando você vai nos apresentar seu namorado? Paro de comer e direciono meu olhar para ela, de novo esse papo!? — Já disse que não tenho namorado! — Logico que tem! Você está sempre dormindo fora de casa, quando chega está sempre com marcas, marcas de uma noite quente de... — Tereza, pelo amor de Deus! Papai a repreende. — Ué Geraldo, puta eu sei que ela não é pra ficar dando pra todo mundo, então ela tem um namorado. — Mamãe, por favor! Nem um almoço em paz podemos ter? Agora é Juju que a repreende. — Só pra lembrar a senhora, eu sou maior de idade, independente e posso dormir a onde eu quiser e com quem eu quiser! Me levanto da mesa. — Perdi a fome! Saio da mesa ouvido ela gritar.— É maior, é independente, mas mora na minha casa! A ignoro. Mamãe é observadora e controladora, ela nunca ac
continua...Chego em casa e corro para arrumar minhas coisas, tomo outro banho e corro pra cozinha, precisava comer algo. Juju já está lá almoçando e graças a Deus mamãe não está. — Sumiu e nem disse nada. Ela diz enquanto mastiga. — Desculpa... Lembra do rolo que me chamou pra sair? Ela afirma com a cabeça. — Então, eu menti pra ele dizendo que estaria em um plantão, mas o boy me viu lá na Taj. — Caralho! Juju solta, fazendo Belinha nossa funcionária a repreender. — Pois é... Tive que ir pra casa dele tentar me redimir. — Pela sua cara, não conseguiu! — Eu achei que sim, mais o filho da puta aprontou uma comigo que nem quero contar! Juju rir e pergunta: — Por que você nunca fala dele com a gente? Eu só o conheço como “rolo”, “boy”, “idiota”... Se você gosta dele, por que não fica com ele de verdade? Apresenta ele a nossa família... — Não dá... Você não entenderia... E não qu
Majú... Quando contei para Kadu sobre ter visto Lyon na praia, ele ficou enlouquecido, até ele estava decepcionado com o que Lyon havia feito com a gente, mas diferente de mim, ele ainda queria encontrar o irmão para saber a história completa, eu não, eu não queria mais saber dele e já deixei avisado a ele e aos meninos que não quero mais saber desse assunto, eles podiam procurar, fazer o que quiser, mas não quero que me contem nada, eu estou disposta a seguir. Estou em meu plantão, na minha hora de descanso quando o dr Alex se aproxima. Tábata está comigo em um quartinho onde os médicos descansam, ela olha pra mim e diz com um leve sorriso ordinária no rosto. — Lá vem ele! Olho para Alex que já está ao meu lado e é inevitável o rubor em minhas bochechas. — Majú, posso dá uma palavrinha com você? Tábata se levanta do sofá em um pulo e inventa uma desculpa qualquer. — Vou no banheiro. Assim que ela e
Enquanto o carro começa a se movimentar, dou uma leve olhada pra ele que está com seus olhos fixos nos meus, eu conheço Lyon perfeitamente e sabia exatamente o que se passava em sua cabeça, ele estava com ódio, queria tirar satisfação, mas não tinha coragem... O ápice da noite foi quando Alex envolve seu braço em minha cintura, ali eu tive quase a certeza de que ele ia estourar, mas não aconteceu... Talvez realmente ele não me ame mais como me amou, se é que me amou algum dia. — Você ficou quieta do nada, aconteceu alguma coisa? Alex havia percebido minha mudança de humor e de verdade, eu não estava nem um pouco afim de ir para praia, perdi a vontade. — Você ficaria chateado se eu lhe pedisse pra me deixar em casa? Digo sem olhar em sua direção, sinto seu olhar se desviar a mim, mas permaneço imóvel. — Claro que não! Ele não diz mais nada, só segue o caminho de volta em silêncio. Assim que o carro para na porta da
Kadu... Desde de quando recebi aquele envelope com a foto de Lyon que minha vida deu um giro de 360 graus, um monte de perguntas na minha cabeça, acho que nós todos temos muitas perguntas. Liguei para Ramon e já fui direto ao assunto. — E aí Ramon, tudo beleza? — Tudo suave Kadu e geral aí? — Tranquilo... Ramon o que você descobriu sobre Lyon? — Cara... Seja lá o que teu irmão tenha feito, fez muito perfeito. Eu cacei as imagens de câmeras de segurança da rua que ele passou, eu até vejo o carro dele passando, mas a imagem do condutor não aparece em nenhuma das câmeras. Tentei até as câmeras da prefeitura e também não aparece seu rosto nelas, é como se ele fosse um fantasma, como se ele soubesse exatamente onde cada uma delas estão e desvia delas perfeitamente. Bufo com a informação, então agradeço e desligo. Eu conheço Lyon, se ele não quer ser achado, ninguém vai acha-lo!
Fael ... Caralhouuu... Ele está vivo mesmo! Depois que tudo se resolveu na comunidade de bazuca, eu e meu grupo voltamos pro complexo, nem vou pra casa. Entro na boca e me sento em minha cadeira, fico ali marolando um baseado, tava perdidão em meus pensamentos quando escuto FM falar. — Ei! Tá dormindo de olhos abertos porra! Desvio meu olhar pra ele que na hora entende que tem algo errado comigo. — Eta porra... O que aconteceu? — Você não sabe quem me salvou hoje, na comunidade do bazuca... — Ai caralho, deixa eu sentar que lá vem bomba. FM senta a minha frente. — Lyon! — Caralho! Como assim? — Eu entrei em um beco para poder cercar o pessoal do comando vermelho... — Ué... Não era milícia? — Não! Também pensamos, mas interceptamos a comunicação deles no rádio e descobrimos que era o CV... — Tá, e aí? — Estava no beco quando dou de cara com Lyon, ele apontou a arma em minha direção e atirou. Eu podia ter atirado também, mas travei na hora. — Porra! Fael só xinga
Ela estava confusa, fragilizada com toda essa porra que a mãe dela fez, acho que ela queria era se distrair, no final ela ia se arrepender, isso se chegássemos no final, era capaz dela me deixar na mão de novo. — Você come de tudo? Pergunto me afastando dela e abrindo a porta da geladeira. Ela não me responde e quando volto minha atenção para ela, a vejo na sala pegando sua bolsa para ir embora. — Não tô com fome, pode me levar até o meu carro? — Não vou levar você a lugar nenhum, não até você comer. — Ok... Vou pedir um Uber. Ela tira o celular da bolsa, mas eu tomo da sua mão. — Vai pegar Uber nenhum... — Rafael... — Não Júlia! Você vai comer primeiro e depois eu te levo até seu carro. Ela bufa e vai pra cozinha. Faço uma pizza que tinha congelada na geladeira, estávamos sentados em um banco na bancada da cozinha quando escutamos um estrondo e a luz acaba, a ch