Ela estava confusa, fragilizada com toda essa porra que a mãe dela fez, acho que ela queria era se distrair, no final ela ia se arrepender, isso se chegássemos no final, era capaz dela me deixar na mão de novo. — Você come de tudo? Pergunto me afastando dela e abrindo a porta da geladeira. Ela não me responde e quando volto minha atenção para ela, a vejo na sala pegando sua bolsa para ir embora. — Não tô com fome, pode me levar até o meu carro? — Não vou levar você a lugar nenhum, não até você comer. — Ok... Vou pedir um Uber. Ela tira o celular da bolsa, mas eu tomo da sua mão. — Vai pegar Uber nenhum... — Rafael... — Não Júlia! Você vai comer primeiro e depois eu te levo até seu carro. Ela bufa e vai pra cozinha. Faço uma pizza que tinha congelada na geladeira, estávamos sentados em um banco na bancada da cozinha quando escutamos um estrondo e a luz acaba, a ch
Atendo o telefone... — Tá aonde? Ela pergunta de primeira. — Oi pra você também! Digo. — Oi... Ela fica sem graça. — É que estou aqui na sua casa e me disseram que você tinha ido vê o jogo dos meninos, mas isso já tem horas. Fiquei preocupada. — O tempo mudou e resolvi parar em uma casa que tenho aqui no recreio, assim que a chuva diminuir eu vou embora. — hum... Era para eu ter ligado antes. — Qual o b.o da vez? Pergunto já sabendo que ela não iria lá em casa a toa, pelo menos não depois dela ter saído da casa da Majú puta comigo. — B.o nenhum, só queria te pedir um favor. — Sabia que tinha alguma coisa por trás dessa sua ligação, mas me aguarda aí, quando a chuva diminuir eu vou embora. — Ta bom... Depois de desligar o telefone e vê que Julia não desceu, resolvo subir as escadas e ir até o meu quarto, a chuva estava mais fraca e os raios tinham diminuídos, a luz ainda não havia voltado. Chego no quarto e ela está sentada em uma poltrona, cabeça levemente inclinada e olhos
Lyon... — Quero todo mundo ligado na operação hoje, se todo mundo fizer seu papel, a operação será um sucesso e bazuca vai pro ralo! Digo para os mais de 30 homens a minha frente. — E a porra daquela comunidade será nossa! Grita pezão. Isso mesmo, eu estou na comunidade de pezão, quem diria que depois de tudo que ele me fez passar na prisão, aqui fora seríamos parceiros. Foi graças a ele que estou vivo hoje e minha família em paz. Na verdade, meu irmão! Infelizmente eu fui obrigado a me afastar e seguir minha vida, mas no momento certo eu vou me vingar, não agora, mas um dia com certeza. — Vamos sair daqui que horas? Pergunta olho de vidro. Os homens do olho de vidro também vão nos ajudar nessa missão. — Por volta das 2 da madruga, quero geral ligado, não quero ninguém usando droga, hoje quero geral esperto! Geral concorda com a cabeça e quando dá dez pras duas começamos
Vocês devem está se perguntando se eu a amo, se eu esqueci Majú... A resposta é NÃO para ambas perguntas, Majú é o grande amor da minha vida e ninguém ocupará o lugar que ela está em meu coração, mas a vida precisa seguir e entre ficar piranhando por aí, resolvi ficar com uma só, viver mais sossegado. ... Alguns dias depois...Acordo com ela fazendo carinho em meu amigão e porra, que bela forma de ser recepcionado de manhã. — Vamos sair hoje? Ela me pergunta deitada ao meu lado depois de uma bela manhã de sexo. — Não tô com cabeça Emilly! — Poxa Dan, geral vai para um pagode que vai ter no recreio, queria ir. — Vai ué, tú sabe que não ligo. — Eu sei! Mas eu queria ir com você! Ela está me olhando com aqueles olhos azuis, sua cabeleira está espalhada pela cama e suas bochechas levemente coradas ainda, pela manhã inteira que tivemos. — Ok, você venceu! Digo rindo, não tinha como negar nada a ela, não depois de tudo isso. Ela rir e pula em cima de mim, parecia uma criança quan
Ainda Lyon...Quatro dias que Emilly não fala comigo direito, só o essencial. Ouvi várias vezes ela chorando no banheiro, isso me deixava pior ainda. Emilly era maneira, delicada, atenciosa e o principal... Não tinha culpa da merda que minha vida se transformou. — Abre a porta! Peço batendo na porta do banheiro. Mais uma vez ouço ela chorando. Sem dizer nada ela abre a porta e saí de lá me dando passagem para entrar, como ela era bem branquinha, era perceptível o nariz vermelho, os olhos também vermelhos. Seguro ela pelo braço e a puxo para um abraço. — Me perdoa! Digo ainda abraçado a ela. — Você era o cara que ela falou neh? O tal Lyon! Eu sabia que ela ia perceber, Emilly era muito inteligente e me conhecia bem. — É complicado... Tem coisas do meu passado que não posso contar. — Eu sabia! Você em nenhum momento olhou nos olhos dela e mesmo quando me defendeu, suas palavras saiam forçadas. Fico em silêncio, não tinha o que falar, na verdade eu não podia. — Preciso me pr
Ainda Lyon...Entrar naquele condomínio era fácil, eu soltava dinheiro para os seguranças da noite a anos, era assim que eu via cada passo do meu filho. Eu poderia já ir direto na casa dela, mas preferi aparecer para Kadu primeiro, queria que ele preparasse o terreno primeiro, eu conheço muito bem Majú, sei que quando ela quer ser tinhosa ela é! Cheguei na hora que Lorena fala mal de mim, não a julgo, eu sou um fodido mesmo. Depois de conversar com Kadu e ter a notícia que ela não quer me ver, meu psicológico fica meio que abalado, lembro do olhar frio dela pra mim. Eu até ia embora e arrumaria outro jeito de conversar com ela, mas não... Eu sou Daniel Barreto e não deixo nada pra depois! Entro na casa dela e vou direto ao seu quarto, a filha da puta me conhece muito bem, trancou a porta. Dou um sorriso. Desço as escadas em silêncio para não acordar Leon e vou direto a um pote que tem no painel da sala dela, dentro pego a chave da porta de seu quarto. Todas as chaves extras da
Continua...Chego na comunidade e vou direto pra boca, me sento na cadeira de pezão e acendo logo um baseado. Eu queria me acalmar, eu precisava... A dor no meu peito era tanta que mesmo eu tomando um tiro nele acho que não doeria tanto. Toda hora aquela porra martelava na minha cabeça “... Eu não gosto dele”. Me levanto e pego na mesa de embalar drogas dói pacotes de cocaína, faço seis carreiras e com uma nota de cem enrolada começo a cheirar uma a uma. — Que porra é essa? Pezão entra no escritório e passa a mão pela mesa espalhando toda droga. — Tá doidão viado? Que porra tá acontecendo? — Me deixa porra! Me deixa! Eu tentava pegar mais cocaína, mas pezão não deixava. — Porra Lyon... Não vou deixar tú entrar nessa, seja lá o que tenha acontecido, se enfiar nas drogas não vai resolver seus problemas. — Meu filho me odeia pezão, caralho... Ele me odeia! Digo me sentado na cadeira. — Vocês se encontraram? Pezão senta no sofá que tem ali. Conto a ele o que aconteceu... — Eu
Emilly... Foi amor a primeira vista! Na primeira vez que vi Dan, meu coração bateu forte... É eu sei, se envolver com bandido era furrada, eu sempre soube disse. Eu sabia muito bem, eu andava com eles pra lá e pra cá, sabia muito bem como eles eram, mas fazer o que se com Dan meu coração bateu forte? As coisas foram acontecendo entre nós, sem cobranças, sem pressão, quando vi já estava morando com ele. Tudo ia bem, até o dia da praia, ali tudo se desandou . Eu vi nos olhos dele que ele conhecia aquela mulher da praia, eu sabia que ela era o passado dolorido dele que geral comentava na boca, mas ele não tocava no assunto. Não sou ciumenta, não sou possessiva, eu me valorizo, sou inteligente, sou bonita e sei que tem um monte que arrasta um caminhão por mim, então não imploro amor. Ele disse que ela não era um problema, vejo que ele mentiu, algo que nunca havia acontecido até aquele dia. Quando ele saiu de casa, eu sabia que ele estava indo atrás dela, eu vi como ele ficou qua