Majú...
Quando contei para Kadu sobre ter visto Lyon na praia, ele ficou enlouquecido, até ele estava decepcionado com o que Lyon havia feito com a gente, mas diferente de mim, ele ainda queria encontrar o irmão para saber a história completa, eu não, eu não queria mais saber dele e já deixei avisado a ele e aos meninos que não quero mais saber desse assunto, eles podiam procurar, fazer o que quiser, mas não quero que me contem nada, eu estou disposta a seguir.Estou em meu plantão, na minha hora de descanso quando o dr Alex se aproxima. Tábata está comigo em um quartinho onde os médicos descansam, ela olha pra mim e diz com um leve sorriso ordinária no rosto.— Lá vem ele!Olho para Alex que já está ao meu lado e é inevitável o rubor em minhas bochechas.— Majú, posso dá uma palavrinha com você?Tábata se levanta do sofá em um pulo e inventa uma desculpa qualquer.— Vou no banheiro.Assim que ela eEnquanto o carro começa a se movimentar, dou uma leve olhada pra ele que está com seus olhos fixos nos meus, eu conheço Lyon perfeitamente e sabia exatamente o que se passava em sua cabeça, ele estava com ódio, queria tirar satisfação, mas não tinha coragem... O ápice da noite foi quando Alex envolve seu braço em minha cintura, ali eu tive quase a certeza de que ele ia estourar, mas não aconteceu... Talvez realmente ele não me ame mais como me amou, se é que me amou algum dia. — Você ficou quieta do nada, aconteceu alguma coisa? Alex havia percebido minha mudança de humor e de verdade, eu não estava nem um pouco afim de ir para praia, perdi a vontade. — Você ficaria chateado se eu lhe pedisse pra me deixar em casa? Digo sem olhar em sua direção, sinto seu olhar se desviar a mim, mas permaneço imóvel. — Claro que não! Ele não diz mais nada, só segue o caminho de volta em silêncio. Assim que o carro para na porta da
Kadu... Desde de quando recebi aquele envelope com a foto de Lyon que minha vida deu um giro de 360 graus, um monte de perguntas na minha cabeça, acho que nós todos temos muitas perguntas. Liguei para Ramon e já fui direto ao assunto. — E aí Ramon, tudo beleza? — Tudo suave Kadu e geral aí? — Tranquilo... Ramon o que você descobriu sobre Lyon? — Cara... Seja lá o que teu irmão tenha feito, fez muito perfeito. Eu cacei as imagens de câmeras de segurança da rua que ele passou, eu até vejo o carro dele passando, mas a imagem do condutor não aparece em nenhuma das câmeras. Tentei até as câmeras da prefeitura e também não aparece seu rosto nelas, é como se ele fosse um fantasma, como se ele soubesse exatamente onde cada uma delas estão e desvia delas perfeitamente. Bufo com a informação, então agradeço e desligo. Eu conheço Lyon, se ele não quer ser achado, ninguém vai acha-lo!
Fael ... Caralhouuu... Ele está vivo mesmo! Depois que tudo se resolveu na comunidade de bazuca, eu e meu grupo voltamos pro complexo, nem vou pra casa. Entro na boca e me sento em minha cadeira, fico ali marolando um baseado, tava perdidão em meus pensamentos quando escuto FM falar. — Ei! Tá dormindo de olhos abertos porra! Desvio meu olhar pra ele que na hora entende que tem algo errado comigo. — Eta porra... O que aconteceu? — Você não sabe quem me salvou hoje, na comunidade do bazuca... — Ai caralho, deixa eu sentar que lá vem bomba. FM senta a minha frente. — Lyon! — Caralho! Como assim? — Eu entrei em um beco para poder cercar o pessoal do comando vermelho... — Ué... Não era milícia? — Não! Também pensamos, mas interceptamos a comunicação deles no rádio e descobrimos que era o CV... — Tá, e aí? — Estava no beco quando dou de cara com Lyon, ele apontou a arma em minha direção e atirou. Eu podia ter atirado também, mas travei na hora. — Porra! Fael só xinga
Ela estava confusa, fragilizada com toda essa porra que a mãe dela fez, acho que ela queria era se distrair, no final ela ia se arrepender, isso se chegássemos no final, era capaz dela me deixar na mão de novo. — Você come de tudo? Pergunto me afastando dela e abrindo a porta da geladeira. Ela não me responde e quando volto minha atenção para ela, a vejo na sala pegando sua bolsa para ir embora. — Não tô com fome, pode me levar até o meu carro? — Não vou levar você a lugar nenhum, não até você comer. — Ok... Vou pedir um Uber. Ela tira o celular da bolsa, mas eu tomo da sua mão. — Vai pegar Uber nenhum... — Rafael... — Não Júlia! Você vai comer primeiro e depois eu te levo até seu carro. Ela bufa e vai pra cozinha. Faço uma pizza que tinha congelada na geladeira, estávamos sentados em um banco na bancada da cozinha quando escutamos um estrondo e a luz acaba, a ch
Atendo o telefone... — Tá aonde? Ela pergunta de primeira. — Oi pra você também! Digo. — Oi... Ela fica sem graça. — É que estou aqui na sua casa e me disseram que você tinha ido vê o jogo dos meninos, mas isso já tem horas. Fiquei preocupada. — O tempo mudou e resolvi parar em uma casa que tenho aqui no recreio, assim que a chuva diminuir eu vou embora. — hum... Era para eu ter ligado antes. — Qual o b.o da vez? Pergunto já sabendo que ela não iria lá em casa a toa, pelo menos não depois dela ter saído da casa da Majú puta comigo. — B.o nenhum, só queria te pedir um favor. — Sabia que tinha alguma coisa por trás dessa sua ligação, mas me aguarda aí, quando a chuva diminuir eu vou embora. — Ta bom... Depois de desligar o telefone e vê que Julia não desceu, resolvo subir as escadas e ir até o meu quarto, a chuva estava mais fraca e os raios tinham diminuídos, a luz ainda não havia voltado. Chego no quarto e ela está sentada em uma poltrona, cabeça levemente inclinada e olhos
Lyon... — Quero todo mundo ligado na operação hoje, se todo mundo fizer seu papel, a operação será um sucesso e bazuca vai pro ralo! Digo para os mais de 30 homens a minha frente. — E a porra daquela comunidade será nossa! Grita pezão. Isso mesmo, eu estou na comunidade de pezão, quem diria que depois de tudo que ele me fez passar na prisão, aqui fora seríamos parceiros. Foi graças a ele que estou vivo hoje e minha família em paz. Na verdade, meu irmão! Infelizmente eu fui obrigado a me afastar e seguir minha vida, mas no momento certo eu vou me vingar, não agora, mas um dia com certeza. — Vamos sair daqui que horas? Pergunta olho de vidro. Os homens do olho de vidro também vão nos ajudar nessa missão. — Por volta das 2 da madruga, quero geral ligado, não quero ninguém usando droga, hoje quero geral esperto! Geral concorda com a cabeça e quando dá dez pras duas começamos
Vocês devem está se perguntando se eu a amo, se eu esqueci Majú... A resposta é NÃO para ambas perguntas, Majú é o grande amor da minha vida e ninguém ocupará o lugar que ela está em meu coração, mas a vida precisa seguir e entre ficar piranhando por aí, resolvi ficar com uma só, viver mais sossegado. ... Alguns dias depois...Acordo com ela fazendo carinho em meu amigão e porra, que bela forma de ser recepcionado de manhã. — Vamos sair hoje? Ela me pergunta deitada ao meu lado depois de uma bela manhã de sexo. — Não tô com cabeça Emilly! — Poxa Dan, geral vai para um pagode que vai ter no recreio, queria ir. — Vai ué, tú sabe que não ligo. — Eu sei! Mas eu queria ir com você! Ela está me olhando com aqueles olhos azuis, sua cabeleira está espalhada pela cama e suas bochechas levemente coradas ainda, pela manhã inteira que tivemos. — Ok, você venceu! Digo rindo, não tinha como negar nada a ela, não depois de tudo isso. Ela rir e pula em cima de mim, parecia uma criança quan
Ainda Lyon...Quatro dias que Emilly não fala comigo direito, só o essencial. Ouvi várias vezes ela chorando no banheiro, isso me deixava pior ainda. Emilly era maneira, delicada, atenciosa e o principal... Não tinha culpa da merda que minha vida se transformou. — Abre a porta! Peço batendo na porta do banheiro. Mais uma vez ouço ela chorando. Sem dizer nada ela abre a porta e saí de lá me dando passagem para entrar, como ela era bem branquinha, era perceptível o nariz vermelho, os olhos também vermelhos. Seguro ela pelo braço e a puxo para um abraço. — Me perdoa! Digo ainda abraçado a ela. — Você era o cara que ela falou neh? O tal Lyon! Eu sabia que ela ia perceber, Emilly era muito inteligente e me conhecia bem. — É complicado... Tem coisas do meu passado que não posso contar. — Eu sabia! Você em nenhum momento olhou nos olhos dela e mesmo quando me defendeu, suas palavras saiam forçadas. Fico em silêncio, não tinha o que falar, na verdade eu não podia. — Preciso me pr