Capítulo final II MarinaO dia já havia amanhecido quando ele chegou, eu estava calma e plena sentada fazendo uma maquiagem leve, dias turbulentos virão e enquanto der eu vou me manter equilibrada. Fael não é bobo, ele sabe que essa minha calmaria tem algo de errado, assim como eu o conheço muito bem e sei que ele está devastado por dentro, o filho da puta gosta dela mesmo, gosta de uma forma que nunca gostou de mim. A tristeza tenta me abater, mas eu me proíbo de deixá-la vir, então respiro fundo e faço o que havia planejado, vamos dá a grande notícia. Ele vai direto para o banho e enquanto ele caminha em direção ao banheiro eu falo: — Quando você sair do banho, tenho uma surpresa pra você! Ele não responde nada, estava aéreo demais para dizer alguma coisa. Ouço quando o barulho do chuveiro cessa, me levanto da cadeira, pego a caixa de presente e me sento na cama, só aguardando ele sair do banheiro e não demora muito para isso acontecer... Ele sai secando o cabelo, assim que
Capítulo final IV MarinaO bonito deu conta do meu sumiço já estava anoitecendo, a primeira mensagem foi:“Tá aonde?"A segunda foi:“Vai chegar que horas?"A terceira foi:“por que não me responde?”A quarta:“Cadê você, porra!”A quinta:“Tá de sacanagem Marina!”Em nenhuma delas eu respondi, mas visualizei e conhecendo ele como conheço, o bandidão estava bolado. Saio das mensagens dele e aciono as câmeras da casa dos meus pais. A casa dos meus pais tem várias câmeras espalhada pela casa e todos da família tinha acesso a elas. Bingo! Como eu previa, a câmera externa grava o exato momento em que ele estaciona seu carro enfrente a casa. Ele toca a campainha e assim que Tânia abre o portão ele entra na casa. — Porra Tânia, eu falei pra você ir embora! Falo comigo mesmo. Ele caminha pela casa toda, Tânia está paralisada, minha mãe diz alguma coisa que não dá pra saber, mas provavelmente está questionando quem é ele, meu pai também aparece e meu sangue gela quando Fael puxa a arma
Capítulo final V Marina... Ele caminha até a janela da casa e puxa a cortina devagar. Volta a sua antiga posição e rindo olha para a câmera. — Eu te subestimei demais... Golpe baixo esse hein Marininha! Ele continua rindo. — Mulher grávida e traída é capaz de tudo! — Tô vendo! Só guarda uma coisa, mas guarda direitinho... Eu vou pagar cadeia, mas se prepara que vai chegar o momento que sua dor vai ser tanta, que você vai preferir morrer... Se eu ter comido sua irmã foi uma dor terrível pra você, o que eu tenho preparado pra você não vai chegar aos pés dessa merda toda! Ele olhava para a câmera como se tivesse me olhando pessoalmente, sua calma diante do fato que a qualquer momento vai ser preso arrepia meu corpo todo, seu sorriso gélido faz eu tremer por inteira. — Isso foi... Eu ia perguntar se isso tinha sido uma ameaça, mas ele nem me dá a chance de dizer nada, só desliga o celular. Ainda olhando para a câmera, ele tira todas as balas da arma e deixa elas caírem n
Ps: Tentei colocar essa história separadamente, mas a plataforma não aceitou, então para vocês não ficarem sem vou continuar daqui. ❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️ Fael... A filha da puta me pegou bonito, subestimei demais ela. Marina estava tão puta comigo que armou pra mim, mas se tem uma coisa no mundo do crime que é inaceitável é trairagem... Eu sei que fui filho da puta com ela também, me envolver com a irmã dela foi demais pra cabeça da Marina, mas eu não tive escolha, Júlia é o grande amor da minha vida eu até que demorei demais para tê-la toda pra mim e porra, não tenho um pingo de arrependimento. Eu era puro ódio, eu sabia que não iria sair daqui tão cedo e não queria, eu ia cumprir o que tivesse que cumprir, por que o tempo que eu ficar aqui, vai ser o tempo do sofrimento dela lá fora. — E aí japa? Cumprimento meu companheiro de cela. — Fala aí Fael! — Tudo em ordem? Já soltou pipa*? Aqui dentro nós tínhamos nosso próprio dialeto, tudo para p
Anos terríveis... A penitenciária passou por inúmeras rebeliões, apanhei dos águias, fui parar três vezes na enfermaria com uma facada nas costas, um dedo do pé arrancado e 12 pontos na cabeça, teve dias que chorei igual criança, teve dia que quis contratar um tatu* para me ajudar a sair daqui, mas quando olhava para única foto que tinha do meu filho ainda bebê, minhas forças se renovam. Cada ano que passava era riscado na parede e essa semana seria decisiva para mim, kadu entraria com o meu pedido de liberdade, eu já havia cumprido praticamente toda minha pena e os três anos que faltava eu teria que ficar no sapatinho, para não voltar pra cá. As mesmas incertezas que tive quando fui preso, estou tendo agora que estou prestes a ser solto, só que agora eu não poderia voltar para o tráfico, não até reencontrar o meu filho e ter o perdão dele. Mas o que eu faria lá fora? Nunca trabalhei de nada fora o crime organizado. Meu coração estava a mil. — E aí, tá feliz? Japa me pergunta. —
17 anos de dor, medo e angústia... Não saber se ele come, bebe, se trocam suas fraldas constantemente ou se está bem agasalhado me consumia ano após ano. Um pedaço de mim havia sido arrancado a sangue frio e não consigo descrever tamanha dor. Lembro dos primeiros anos sem ele, meu pequeno e tão amado filho, chorei dia e noite, enfrentei presídio para tentar convencê-lo a devolver meu pequeno, mas o ódio que ele sentia era tão grande que era impossível fazer ele enxergar que aquela atitude dele era a mais cruel de todas que ele havia cometido na sua vida de traficante. Eu fiz de tudo que estava ao meu alcance para tê-lo em meus braços novamente, fui a delegacia, implorei Majú para interceder por mim junto a Lyon, viajei para as Bahamas e falei pessoalmente com ele, eu precisava tentar, ele precisava ver o farrapo que eu me encontrava, mas infelizmente não obtive sucesso, Fael não falava de forma alguma. Cada criança que eu olhava na rua era inevitável não pensar, será esse meu João
Estou me reparando para levar Jhudy para a escola, Caíque já havia ido trabalhar quando meu celular toca. Meu coração erra uma batida quando aparece um numero desconhecido, eu sabia que era ele, eu sentia. — Achou meu filho? É a primeira coisa que falo quando atendo o telefone. — Bom dia pra você também! — Bom dia! Respondo seca. — Precisamos conversar! Eu esperei tanto por esse dia, minhas mãos estão tremendo e uma falta de ar me domina, eu não consigo nem responder, Jhudy percebe meu estado e enquanto Fael fala do outro lado da linha, Jhudy fala comigo bem na minha frente. — Alô, ainda está aí? Fael fala enquanto Jhudy também diz: — Mamãe, a senhora está bem? Eu estou em meio a uma crise de ansiedade, isso já aconteceu outras vezes, mas nunca sozinha com Jhudy. — Marina?! Fael chama. — Mamãe?! Jhudy também me chama e começa a chorar. Eu tento falar alguma coisa para acalma-la, mas minha voz não saí. Meu coração parece que vai parar, minha respiração está pesada e
— Vamos cara, deixa de ser velho! Bêh me chamava para uma festa. — Amanhã cedo eu tenho moto Cross, vou nada! Rejeito. — Vamos sim! Diz Vanessa Entrando no meu quarto já toda arrumada. — Eu já disse que tenho moto cross amanhã cedo! — Ah vamos Leon, ficamos só um pouquinho. Vanessa diz sentando no meu colo e envolvendo seus braços ao redor do meu pescoço. Tem três anos que voltei a morar no Brasil, minha mãe não ficou nada feliz, mas eu queria fazer faculdade de administração e as melhores estão no Brasil, mentira, eu que queria voltar para o Brasil mesmo. Meu pai topou na hora, ele quer me preparar para administrar seus negócios e apesar dele não me dizer em qual tipo de negócios eu vou administrar na sua ausência, tenho certeza que não são lícitas. Atualmente eu moro na casa dos meus pais em um condomínio no recreio, dinda Lôh e tio Kadu me auxiliam em tudo que preciso já que moram ao lado. Vocês estão se perguntando quem é Vanessa. Bem, ela é uma mina que “pego”, conhe