Capítulo 96
NATÁLIA

Ricardo me levou até a enfermaria, que estava cheia de membros feridos da matilha e rogues. O fedor putrefato de carne queimada pairava no ar como um fantasma assombrando minha própria existência.

Meus dedos se apertaram em torno da mão de Ricardo enquanto a dor e a culpa ameaçavam me consumir por completo.

Cada passo que me levava perto de Ana enviava minha mente para um transe de entorpecimento. Eu não conseguia sentir meu corpo, meu lobo, meu coração. Eu me sentia fria e a única coisa que me mantinha aquecida era a mão de Ricardo entrelaçada com a minha, me assegurando que tudo ficaria bem.

— Aqui. Ela está dentro. — Ele parou do lado de fora de uma sala e me puxou para a frente.

A porta estava aberta, permitindo que eu espiásse para dentro. Meus olhos pousaram primeiro nas costas de um homem desconhecido. Ele estava ao lado da cama, olhando para Ana.

Meu olhar viajou para o rosto de Ana e minha respiração ficou presa na garganta. Meus pulmões doíam, meu rosto aquecia.
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