RICARDO— Não — Não me rejeite. Dói até ouvir ela dizer isso. Eu fiquei surpreso por não ter considerado rejeitá-la nem uma vez.Sim. Britney voltou e tudo, mas eu ainda não consegui pensar em deixá-la ou deixá-la ir.— Eu não vou te rejeitar. — Eu disse a ela, esperando que isso fosse suficiente para dizer uma vez.— Não. Você — Você vai me rejeitar agora que ela voltou. — Ela esfregou o nariz contra minha camisa, chorando alto pra caralho.— Não. Eu não vou fazer isso. — Eu acariciei suas costas suavemente.Ela se afastou de repente e olhou para mim com seus olhos âmbar ardentes. Aqui estava — a miséria se transformando em raiva.— Você deve estar tão feliz. Tudo o que você queria era ela e ela está viva! — Ela se soltou do meu abraço, dando um passo para trás. — E agora você vai me jogar fora porque eu não sou útil para você.— Eu não tenho a intenção de te jogar fora. — Eu rosnei, frustrado com essa reviravolta porque eu não sabia como reagir, o que fazer.Uma coisa da q
RICARDOEu andei até ela e peguei sua mão na minha antes de levá-la até a mesa e sentá-la sobre ela. Ela me deixou fazer isso — eu fui grato por isso.Eu não tinha vontade de lutar naquele momento. Eu me sentia como um maldito fantoche feito para correr em círculos para se vingar de algo que nunca aconteceu.Sim. Eles mataram meu filho e era algo que eu nunca poderia esquecer. Mas ver Britney me desestabilizou, fazendo-me ponderar sobre muitas coisas.Eu me deixei cair na cadeira, colocando minhas mãos sobre suas coxas nuas para sentir a delicada pele fria sob minhas pontas dos dedos.— Você a ama.Minhas mãos congelaram perto de seus joelhos, tremendo levemente. Eu arrastei meu olhar para cima para encarar seus olhos.— Eu a amava. — Foi tão fácil corrigi-la.— Você ainda a ama. É por isso que a trouxe para nossa casa. — Ela balançou a cabeça, usando sua arma definitiva contra mim.Nossa casa. As palavras ecoaram em minha mente. Minhas mãos apertaram seus joelhos instinctivam
NATÁLIA— Ela foi para a Matilha da Floresta do Norte? — Eu perguntei a Ricardo, que estava sentado na cadeira em frente a mim.Os guardas da patrulha informaram a Bernardo que Ana deixou o local. Eles tentaram impedi-la, mas ela não ficou. Bernardo se conectou mentalmente a Ricardo e contou a ele sobre a partida dela.Agora, ele estava enviando mensagens para Zero para verificar como ela estava. Eu me sentia horrível pelo que fiz. Eu decidi lidar com ela de maneira calma antes, mas ela apareceu no pior momento, e eu descarreguei minha raiva nela.Pela primeira vez desde que descobri tudo, eu senti que minhas ações foram injustas. Ana não merecia isso.— Ela acabou de chegar. — Ricardo assentiu, desviando o olhar da tela do telefone e me encarando.Eu suspirei, meus ombros relaxando. Graças à Deusa!— Por que você pediu para ela ir embora em primeiro lugar se você estava tão preocupado? — Ele voltou a ser o que costumava ser, então não foi surpreendente que ele estivesse me zomb
NATÁLIAEle com certeza sabia como me fazer jogar todos os pensamentos racionais pela janela bem aberta da minha mente.Minhas unhas arranharam seu couro cabeludo enquanto eu aproveitava sua chamada reação selvagem ao meu toque.Ele fez uma careta e me virou. Minhas mãos caíram de sua cabeça, disparando para seu braço ao redor da minha cintura.Minhas costas se arqueavam contra seu corpo, minha cabeça caindo em seu ombro enquanto ele pressionava minha frente contra a parede firmemente.Depois de empurrar meu cabelo para meu ombro direito, seus lábios encontraram a marca de mate em meu pescoço. Sugando, mordendo e lambendo intensamente.Eu gemi, empurrando meu corpo mais perto do dele para senti-lo contra mim. Ricardo abriu meu vestido, deixando-o cair e se acumular ao redor dos meus tornozelos. O ar frio beijou minha pele, fazendo arrepios surgirem por todo o meu corpo.Pela maneira como suas mãos apressadamente desabotoaram meu sutiã e depois puxaram minha calcinha para baixo,
NATÁLIA— É um erro. — Eu disse a Diana Mendes assim que entramos no clube lotado.O cheiro de suor, sexo e álcool irritava minhas narinas, me fazendo engasgar.— Ah, vamos! Viva um pouco! É seu vigésimo aniversário. — Ana Jorge jogou o braço ao redor do meu ombro, puxando-me para perto de seu corpo.— Nunca acaba bem quando você diz isso. — Eu balancei o braço dela do meu ombro e dei um passo à frente.— Não estrague o clima! Vamos festejar! — Diana gritou no meu ouvido esquerdo e me agarrou pelo braço, me arrastando direto para o bar.Lá no fundo, eu sabia que agora não tinha nenhuma chance.Ana fez o pedido no bar e eu me virei, observando o lugar lotado.A música alta pulsava nos meus ouvidos e vibrava no meu corpo, me fazendo suspirar. As luzes neon faziam meus olhos doíam.— Me diga de novo por que estamos aqui, de todos os lugares? É terra livre. Qualquer um pode nos atacar aqui. — Gritei para Diana, que estava balançando o corpo ao som da música.— É o melhor clube da
NATÁLIA Meus lábios pousaram nos dele e comecei a devorá-lo como uma fera faminta. Ele não me afastou por um segundo, mas então parecia sair de algum tipo de transe e me empurrou para longe.Tropecei nos pés, gemendo, estendendo a mão para ele mais uma vez.As mãos dele na minha cintura me viraram, minhas costas batendo contra o peito duro dele.— Bem. Bem. Bem. Você não é jovem demais para estar por aqui? — Ele sussurrou perto do meu ouvido direito.Engoli minha saliva, com o gosto de vinho caro espalhado sobre meus lábios.Parecia que eu não era a única bêbada ali.— Eu sou adulta! — Retruquei, lutando para me libertar do toque quente dele.Uma onda de calor percorreu meu corpo e eu parei de lutar. Minha cabeça caiu no peito dele atrás de mim, minhas costas se arquearam e outro gemido escapou dos meus lábios.Pressionei as coxas juntas, minhas mãos pousando nas grandes mãos dele para afastá-las de mim. O toque dele não ajudava minha situação e minha mente estava muito longe
NATÁLIA A luz eterna e ofuscante bateu no meu rosto, me fazendo gemer e me mexer no colchão macio. Meu corpo doía como se alguém o tivesse espancado até quebrar enquanto minha cabeça girava.Demorei um momento para abrir os olhos e encarar o teto em completa confusão.“Onde estou?” Essa foi a primeira pergunta que penetrou meus pensamentos.Os eventos da noite anterior passaram diante dos meus olhos quando tentei me levantar, apenas para perceber que estava nua, estranhamente pegajosa entre as pernas, inegavelmente dolorida.O pânico percorreu minhas veias, minha vida inteira começando a girar na minha cabeça.Um suspiro escapou dos meus lábios e rolei para o lado, caindo no chão com um baque. Um som de gemido veio de cima.Todos os meus sentidos voltaram à vida enquanto eu esquecia toda a dor na minha cabeça e no meu corpo.Merda! O que eu fiz?!Coloquei a mão sobre a boca, me impedindo de fazer qualquer barulho. Eu não queria gritar e acordá-lo. Meu rosto se contorceu e eu
NATÁLIA— Eu vou morrer. — Falei seriamente.Meus olhos arregalados encararam a marca no meu pescoço. Por um momento, esfreguei-a o mais forte que pude para tentar me livrar dela, idiotamente, mesmo sabendo que essa marca não estava gravada apenas no meu pescoço, mas na minha alma agora.— Você não vai morrer. — Diana revirou os olhos, suspirando.— NÃO! Aquele homem não é meu companheiro e ele me marcou... o que significa que eu vou morrer. — Engoli em seco.Lágrimas encheram meus olhos depois de imaginar minha vida terminando por causa desse único erro.Eu já ouvi muito sobre isso. Se alguém que não é seu companheiro te marcar sem seu consentimento, então você morre em vinte e quatro horas. Acontece de repente e você nem tem tempo de pensar em nada antes de desaparecer para sempre.— Você não está ficando doente nem nada. Você não parece estar morrendo também. — Ana me inspecionou antes de chegar à sua própria conclusão.— Vocês duas não estão nem um pouco preocupadas comigo?