NATÁLIAEu me sentia... calma. Estranho!Eu deveria estar furiosa, pronta para me transformar em algum maldito dragão e sugar a vida da mulher que afirmava ser minha amiga, mas que me traiu por tantos anos em segredo.Mas meus pés se recusavam a se mover. Minhas emoções enganavam minha mente, me compelindo a ficar ao lado da parede de vidro e encarar a casa do Beta.A maldita chuva decidiu que era o melhor momento para borrar o mundo e criar um barulho alto o suficiente para afogar todos os meus pensamentos inexistentes.— Ela dormiu com alguém para pagar pela poção? — Um sussurro fantasma escapou dos meus lábios.Era tão... inacreditável para mim.— Zero confirmou. Ele a seguiu por um tempo. — Ricardo respondeu.— O mate dela?O mate dela a pegou se prostituindo. Pode ficar pior?A mesma calma reinava em minha mente e mantinha meus olhos grudados na vista.— Isso é algum tipo de calma antes do... fogo? — Ricardo perguntou, parado no canto, com as costas contra a parede de v
RICARDOA pequena miss irritante estava mudando. Eu não sabia se ela estava crescendo ou o que diabos, mas eu conseguia ver a mudança.Ela não queria mais ser a segunda protagonista de sua própria história. Ela queria se envolver e mudar o fluxo de seu destino.Eu a observava enquanto dormia. Sua pele brilhava de vez em quando, me dando uma ansiedade desnecessária.Eu nunca me senti tão cauteloso em relação a ninguém antes. Era como se eu estivesse com medo de que ela pudesse fazer algo novamente e então se arrepender. Eu não me importava com os danos, mas me preocupava com seu estado de espírito. Eu não queria vê-la no chão do banheiro, sentada como um corpo sem vida.— Ele abriu a boca. Finalmente! — Bernardo bufou na minha mente, me fazendo pular.— O que ele te disse? — Eu rosnei pelo vínculo mental.Só havia alguns rogues vivos após toda a situação, e um deles conseguiu falar. Ele foi difícil de quebrar, mas Bernardo estava disposto a isso a noite toda antes de vir pela man
NATÁLIAEu não conseguia acreditar nessa merda. Aquele idiota saiu sem nem me dizer para onde caralhos estava indo logo após o ataque à matilha, e o perigo ainda estava à espreita.Além disso, ele prometeu me acompanhar aonde eu fosse e eu acordei para descobrir que ele tinha ido embora.Minha energia estava de volta, não totalmente, mas o suficiente para me fazer querer queimar a casa inteira dele para me vingar.Eu tomava um gole do meu smoothie que Rhianna havia feito para me acalmar. Minha pele brilhante assustava todo mundo, incluindo ela.— Quando ele vai voltar? — Eu coloquei o copo de lado, não muito educadamente, e a questionei.Ela me lançou aquele olhar travesso e ensolarado que já estava ficando cansativo.— Se eu soubesse, teria te contado ontem. — Rhianna se deixou cair no banco da cozinha, virando-se para me encarar.Já se passavam dois dias. E ele não havia retornado. Para piorar as coisas, eu continuava me sentindo miserável de vez em quando. Eu tinha certeza d
NATÁLIA— É você. É realmente você. Eu não consigo acreditar nisso. — Rhianna apertou os braços da garota, se certificando de sua presença.Eu desviei o olhar de Ricardo e observei a garota magra. De fato, ela era linda... e estava viva.Viva. Eu estou sonhando? Até a palavra "viva" soa estranha.Ela estava morta. Ela está...Eu respirei fundo, me perguntando se ainda estava dormindo e se tudo isso era um pesadelo fodido.— Eu... Você... o que aconteceu com você? — Os soluços de Rhianna me tiraram da letargia.— Leve-a para o quarto. — Ricardo disse a Bernardo.Meu olhar mudava entre eles um por um. Eu realmente acreditava que estava prestes a acordar do pesadelo. Já era suficiente, não era?Bernardo puxou Britney para longe de Rhianna e segurou seus ombros para ajudá-la a caminhar para frente. Em vez de andar com ele, ela pulou para Ricardo, agarrando seu bíceps e pressionando seu corpo contra o dele.A dor se enrolou ao meu coração mais uma vez. Não era para doer em sonhos.
RICARDO— Não — Não me rejeite. Dói até ouvir ela dizer isso. Eu fiquei surpreso por não ter considerado rejeitá-la nem uma vez.Sim. Britney voltou e tudo, mas eu ainda não consegui pensar em deixá-la ou deixá-la ir.— Eu não vou te rejeitar. — Eu disse a ela, esperando que isso fosse suficiente para dizer uma vez.— Não. Você — Você vai me rejeitar agora que ela voltou. — Ela esfregou o nariz contra minha camisa, chorando alto pra caralho.— Não. Eu não vou fazer isso. — Eu acariciei suas costas suavemente.Ela se afastou de repente e olhou para mim com seus olhos âmbar ardentes. Aqui estava — a miséria se transformando em raiva.— Você deve estar tão feliz. Tudo o que você queria era ela e ela está viva! — Ela se soltou do meu abraço, dando um passo para trás. — E agora você vai me jogar fora porque eu não sou útil para você.— Eu não tenho a intenção de te jogar fora. — Eu rosnei, frustrado com essa reviravolta porque eu não sabia como reagir, o que fazer.Uma coisa da q
RICARDOEu andei até ela e peguei sua mão na minha antes de levá-la até a mesa e sentá-la sobre ela. Ela me deixou fazer isso — eu fui grato por isso.Eu não tinha vontade de lutar naquele momento. Eu me sentia como um maldito fantoche feito para correr em círculos para se vingar de algo que nunca aconteceu.Sim. Eles mataram meu filho e era algo que eu nunca poderia esquecer. Mas ver Britney me desestabilizou, fazendo-me ponderar sobre muitas coisas.Eu me deixei cair na cadeira, colocando minhas mãos sobre suas coxas nuas para sentir a delicada pele fria sob minhas pontas dos dedos.— Você a ama.Minhas mãos congelaram perto de seus joelhos, tremendo levemente. Eu arrastei meu olhar para cima para encarar seus olhos.— Eu a amava. — Foi tão fácil corrigi-la.— Você ainda a ama. É por isso que a trouxe para nossa casa. — Ela balançou a cabeça, usando sua arma definitiva contra mim.Nossa casa. As palavras ecoaram em minha mente. Minhas mãos apertaram seus joelhos instinctivam
NATÁLIA— Ela foi para a Matilha da Floresta do Norte? — Eu perguntei a Ricardo, que estava sentado na cadeira em frente a mim.Os guardas da patrulha informaram a Bernardo que Ana deixou o local. Eles tentaram impedi-la, mas ela não ficou. Bernardo se conectou mentalmente a Ricardo e contou a ele sobre a partida dela.Agora, ele estava enviando mensagens para Zero para verificar como ela estava. Eu me sentia horrível pelo que fiz. Eu decidi lidar com ela de maneira calma antes, mas ela apareceu no pior momento, e eu descarreguei minha raiva nela.Pela primeira vez desde que descobri tudo, eu senti que minhas ações foram injustas. Ana não merecia isso.— Ela acabou de chegar. — Ricardo assentiu, desviando o olhar da tela do telefone e me encarando.Eu suspirei, meus ombros relaxando. Graças à Deusa!— Por que você pediu para ela ir embora em primeiro lugar se você estava tão preocupado? — Ele voltou a ser o que costumava ser, então não foi surpreendente que ele estivesse me zomb
NATÁLIAEle com certeza sabia como me fazer jogar todos os pensamentos racionais pela janela bem aberta da minha mente.Minhas unhas arranharam seu couro cabeludo enquanto eu aproveitava sua chamada reação selvagem ao meu toque.Ele fez uma careta e me virou. Minhas mãos caíram de sua cabeça, disparando para seu braço ao redor da minha cintura.Minhas costas se arqueavam contra seu corpo, minha cabeça caindo em seu ombro enquanto ele pressionava minha frente contra a parede firmemente.Depois de empurrar meu cabelo para meu ombro direito, seus lábios encontraram a marca de mate em meu pescoço. Sugando, mordendo e lambendo intensamente.Eu gemi, empurrando meu corpo mais perto do dele para senti-lo contra mim. Ricardo abriu meu vestido, deixando-o cair e se acumular ao redor dos meus tornozelos. O ar frio beijou minha pele, fazendo arrepios surgirem por todo o meu corpo.Pela maneira como suas mãos apressadamente desabotoaram meu sutiã e depois puxaram minha calcinha para baixo,