Capítulo 97
NATÁLIA

— Ana. — Eu chamei seu nome novamente, mais alto desta vez.

Ela não respondeu. O som do seu coração batendo se afundou ainda mais até se tornar um fraco tik-tik nos meus ouvidos e nada mais.

— Ana. — Eu gritei, lágrimas escorrendo pelas minhas bochechas.

Eu baixei a cabeça, a raiva tomando o lugar da dor rapidamente. Um espinho perfurou meu coração, fazendo-me sangrar por dentro.

Fechando os olhos, eu respirei fundo. Era tudo minha culpa.

Meu aperto se tornou mais forte em torno da mão dela até que eu estivesse inconscientemente puxando seu sangue. A onda de energia disparou pela minha mão até sua carne, rápida e tranquilizadora.

Todas as memórias, todos os momentos, toda a minha vida passaram diante dos meus olhos. Seu sorriso brilhante, os modos travessos e aqueles hábitos estranhos me fizeram chorar ainda mais.

Nós éramos amigas — verdadeiras amigas. Ela cuidou de mim melhor do que minha própria família. Se alguém disser que isso não é verdade, eu nunca acreditarei.

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