NATÁLIAEu não conseguia acreditar nessa merda. Aquele idiota saiu sem nem me dizer para onde caralhos estava indo logo após o ataque à matilha, e o perigo ainda estava à espreita.Além disso, ele prometeu me acompanhar aonde eu fosse e eu acordei para descobrir que ele tinha ido embora.Minha energia estava de volta, não totalmente, mas o suficiente para me fazer querer queimar a casa inteira dele para me vingar.Eu tomava um gole do meu smoothie que Rhianna havia feito para me acalmar. Minha pele brilhante assustava todo mundo, incluindo ela.— Quando ele vai voltar? — Eu coloquei o copo de lado, não muito educadamente, e a questionei.Ela me lançou aquele olhar travesso e ensolarado que já estava ficando cansativo.— Se eu soubesse, teria te contado ontem. — Rhianna se deixou cair no banco da cozinha, virando-se para me encarar.Já se passavam dois dias. E ele não havia retornado. Para piorar as coisas, eu continuava me sentindo miserável de vez em quando. Eu tinha certeza d
NATÁLIA— É você. É realmente você. Eu não consigo acreditar nisso. — Rhianna apertou os braços da garota, se certificando de sua presença.Eu desviei o olhar de Ricardo e observei a garota magra. De fato, ela era linda... e estava viva.Viva. Eu estou sonhando? Até a palavra "viva" soa estranha.Ela estava morta. Ela está...Eu respirei fundo, me perguntando se ainda estava dormindo e se tudo isso era um pesadelo fodido.— Eu... Você... o que aconteceu com você? — Os soluços de Rhianna me tiraram da letargia.— Leve-a para o quarto. — Ricardo disse a Bernardo.Meu olhar mudava entre eles um por um. Eu realmente acreditava que estava prestes a acordar do pesadelo. Já era suficiente, não era?Bernardo puxou Britney para longe de Rhianna e segurou seus ombros para ajudá-la a caminhar para frente. Em vez de andar com ele, ela pulou para Ricardo, agarrando seu bíceps e pressionando seu corpo contra o dele.A dor se enrolou ao meu coração mais uma vez. Não era para doer em sonhos.
RICARDO— Não — Não me rejeite. Dói até ouvir ela dizer isso. Eu fiquei surpreso por não ter considerado rejeitá-la nem uma vez.Sim. Britney voltou e tudo, mas eu ainda não consegui pensar em deixá-la ou deixá-la ir.— Eu não vou te rejeitar. — Eu disse a ela, esperando que isso fosse suficiente para dizer uma vez.— Não. Você — Você vai me rejeitar agora que ela voltou. — Ela esfregou o nariz contra minha camisa, chorando alto pra caralho.— Não. Eu não vou fazer isso. — Eu acariciei suas costas suavemente.Ela se afastou de repente e olhou para mim com seus olhos âmbar ardentes. Aqui estava — a miséria se transformando em raiva.— Você deve estar tão feliz. Tudo o que você queria era ela e ela está viva! — Ela se soltou do meu abraço, dando um passo para trás. — E agora você vai me jogar fora porque eu não sou útil para você.— Eu não tenho a intenção de te jogar fora. — Eu rosnei, frustrado com essa reviravolta porque eu não sabia como reagir, o que fazer.Uma coisa da q
RICARDOEu andei até ela e peguei sua mão na minha antes de levá-la até a mesa e sentá-la sobre ela. Ela me deixou fazer isso — eu fui grato por isso.Eu não tinha vontade de lutar naquele momento. Eu me sentia como um maldito fantoche feito para correr em círculos para se vingar de algo que nunca aconteceu.Sim. Eles mataram meu filho e era algo que eu nunca poderia esquecer. Mas ver Britney me desestabilizou, fazendo-me ponderar sobre muitas coisas.Eu me deixei cair na cadeira, colocando minhas mãos sobre suas coxas nuas para sentir a delicada pele fria sob minhas pontas dos dedos.— Você a ama.Minhas mãos congelaram perto de seus joelhos, tremendo levemente. Eu arrastei meu olhar para cima para encarar seus olhos.— Eu a amava. — Foi tão fácil corrigi-la.— Você ainda a ama. É por isso que a trouxe para nossa casa. — Ela balançou a cabeça, usando sua arma definitiva contra mim.Nossa casa. As palavras ecoaram em minha mente. Minhas mãos apertaram seus joelhos instinctivam
NATÁLIA— Ela foi para a Matilha da Floresta do Norte? — Eu perguntei a Ricardo, que estava sentado na cadeira em frente a mim.Os guardas da patrulha informaram a Bernardo que Ana deixou o local. Eles tentaram impedi-la, mas ela não ficou. Bernardo se conectou mentalmente a Ricardo e contou a ele sobre a partida dela.Agora, ele estava enviando mensagens para Zero para verificar como ela estava. Eu me sentia horrível pelo que fiz. Eu decidi lidar com ela de maneira calma antes, mas ela apareceu no pior momento, e eu descarreguei minha raiva nela.Pela primeira vez desde que descobri tudo, eu senti que minhas ações foram injustas. Ana não merecia isso.— Ela acabou de chegar. — Ricardo assentiu, desviando o olhar da tela do telefone e me encarando.Eu suspirei, meus ombros relaxando. Graças à Deusa!— Por que você pediu para ela ir embora em primeiro lugar se você estava tão preocupado? — Ele voltou a ser o que costumava ser, então não foi surpreendente que ele estivesse me zomb
NATÁLIAEle com certeza sabia como me fazer jogar todos os pensamentos racionais pela janela bem aberta da minha mente.Minhas unhas arranharam seu couro cabeludo enquanto eu aproveitava sua chamada reação selvagem ao meu toque.Ele fez uma careta e me virou. Minhas mãos caíram de sua cabeça, disparando para seu braço ao redor da minha cintura.Minhas costas se arqueavam contra seu corpo, minha cabeça caindo em seu ombro enquanto ele pressionava minha frente contra a parede firmemente.Depois de empurrar meu cabelo para meu ombro direito, seus lábios encontraram a marca de mate em meu pescoço. Sugando, mordendo e lambendo intensamente.Eu gemi, empurrando meu corpo mais perto do dele para senti-lo contra mim. Ricardo abriu meu vestido, deixando-o cair e se acumular ao redor dos meus tornozelos. O ar frio beijou minha pele, fazendo arrepios surgirem por todo o meu corpo.Pela maneira como suas mãos apressadamente desabotoaram meu sutiã e depois puxaram minha calcinha para baixo,
NATÁLIA— É um erro. — Eu disse a Diana Mendes assim que entramos no clube lotado.O cheiro de suor, sexo e álcool irritava minhas narinas, me fazendo engasgar.— Ah, vamos! Viva um pouco! É seu vigésimo aniversário. — Ana Jorge jogou o braço ao redor do meu ombro, puxando-me para perto de seu corpo.— Nunca acaba bem quando você diz isso. — Eu balancei o braço dela do meu ombro e dei um passo à frente.— Não estrague o clima! Vamos festejar! — Diana gritou no meu ouvido esquerdo e me agarrou pelo braço, me arrastando direto para o bar.Lá no fundo, eu sabia que agora não tinha nenhuma chance.Ana fez o pedido no bar e eu me virei, observando o lugar lotado.A música alta pulsava nos meus ouvidos e vibrava no meu corpo, me fazendo suspirar. As luzes neon faziam meus olhos doíam.— Me diga de novo por que estamos aqui, de todos os lugares? É terra livre. Qualquer um pode nos atacar aqui. — Gritei para Diana, que estava balançando o corpo ao som da música.— É o melhor clube da
NATÁLIA Meus lábios pousaram nos dele e comecei a devorá-lo como uma fera faminta. Ele não me afastou por um segundo, mas então parecia sair de algum tipo de transe e me empurrou para longe.Tropecei nos pés, gemendo, estendendo a mão para ele mais uma vez.As mãos dele na minha cintura me viraram, minhas costas batendo contra o peito duro dele.— Bem. Bem. Bem. Você não é jovem demais para estar por aqui? — Ele sussurrou perto do meu ouvido direito.Engoli minha saliva, com o gosto de vinho caro espalhado sobre meus lábios.Parecia que eu não era a única bêbada ali.— Eu sou adulta! — Retruquei, lutando para me libertar do toque quente dele.Uma onda de calor percorreu meu corpo e eu parei de lutar. Minha cabeça caiu no peito dele atrás de mim, minhas costas se arquearam e outro gemido escapou dos meus lábios.Pressionei as coxas juntas, minhas mãos pousando nas grandes mãos dele para afastá-las de mim. O toque dele não ajudava minha situação e minha mente estava muito longe