48 horas

- Oi.

- Oi. – Ela me falou, sem olhar na minha cara, continuando o que estava a fazer.

- O que eu faço se encontrei algo no elevador?

- Se não for dinheiro, leve para a seção de “achados e perdidos”, no segundo andar. – Ela seguiu no computador, sem demonstrar interesse no que eu dizia.

- E se for dinheiro? – perguntei por curiosidade.

Ela me encarou então, com cara de poucos amigos:

- Daí deixe aqui comigo.

Enruguei a testa. Que descarada! Certo que se era dinheiro, pegaria para ela.

- Encontrou algo? – ela questionou, agora interessada.

- Sim... – peguei uma moeda que não valia quase nada e entreguei para ela.

Ela pegou a moeda, olhou, rolou-a sobre a mão e disse:

- Pode ficar para você. – Sorriu debochadamente.

Não é uma moeda, sua idiota. Achei uma carteira do senhor Allan C. Mas você não é confiável. Eu mesma vou devolver, de um jeito ou de outro. Ele era um senhor tão gentil. Certamente estava preocupado, afinal, todos os seus cartões estavam ali. Quem não ficaria? Ainda mais c
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