Charles vestia vermelho. Um terno feito sangue, alinhado ao seu corpo perfeitamente trabalhado, olhos verdes e sorriso grandioso. Foi dessa forma com a que Kally sonhou minutos atrás, e depois de acordada, descobriu que ter-lo ao seu lado logo pela manhã era melhor que qualquer sonho que tivera.
ー Bom dia querida. ー Deslizou sua mão pelas madeixas bagunçadas da moça com um sorriso galante.
ー Bom dia. ー Desejou um pouco sonolenta. Ela rolou pela cama e beijou a face do homem. Repousou sua cabeça no peito desnudo dele. ー Vejo que não é o único acordado… ー Provocou descaradamente ao agarrar o membro do homem que já estava ereto sob os lençóis.
ー Que tal mais uma rodada? ー Charles propôs enquanto ficanva sobre o corpo da mulher, devorando seu pescoço com beijos e fortes cupões.
ー Ainda pergunta?! ー Kally sussurra ao lado da cabeça dele que investia em chupar a carne alva do pescoço dela. Agora vem, traz esse pauzão pra cá.
Charles retribui o sorriso e aprox
O céu estava cinza-chumbo, o que deixava bastante claro que iria cair um pé d'água. Kally estava para adentrar o Palácio, esgueirou-se pelas sombras sigilosas das paredes, e adentrou o quarto de seu amado.ー Charles, você tá aí? ー Indagou ao notar somente a cama bagunçada.Kally caminhou em busca dele, mas não havia nada, olhou tudo ao redor, a única coisa que lhe chamou sua atenção foi uma peça de roupa sob a cama. Ela se agachou e pegou em mãos um sutiã de renda, mas se parecia com uma langerie.ー Kalinda, é você? ー Indagou Charles saindo do banheiro com os cabelos molhados e desgrenhados, tinha uma toalha branca em torno de sua cintura.ー O que merda é isso, Charles? ー Inquiriu levantando e se virando com a face molhada por lágrimas salinas, em mãos tinha a peça de roupa. ー Quem foi a vagabunda que dormiu aqui?ー E-eu não sei. ー Will disse com a voz um pouco trêmula. ー Não veio ninguém ao meu quarto. Eu juro! Dormir sozinho.ー Ah, e
O sol já se escondia por detrás das densas nuvens carregadas, era fim de tarde, a temperatura estava agradável. O rei e seu filho estavam a caminho da maternidade particular, apenas pessoas da alta sociedade podiam arcar com as despesas, o que, não é o caso dos plebeus de classe média baixa.ー Está ansioso para ver o seu irmão, Arthur? ー Inquiriu o rei sem olhar seu filho diretamente nos olhos, seu semblante como quase sempre estava sério.ー Sim papai, e a mamãe também, ela deve 'tá' cansada. ー Disse o pequeno entusiasmado.ー Ela está sendo cuidada pelos melhores cirurgiões do reino, fique tranquilo, logo mais estaremos juntos deles. ー Disse o rei olhando para o seu filho oferecend
O fim de tarde era a melhor parte do dia de Kalinda, pois era o horário em que ela era liberada do serviço. Aos quatorze anos de idade ela começou a trabalhar para ajudar os seus pais nas dispersas, o pouco que ganhava era investido totalmente em mantimentos, e está sendo assim desde então.Ela estava vestindo o fardamento da confeitaria em que trabalha, rosa bebê com um círculo de flores nas costas com o nome do estabelecimento, e em seu peito do lado esquerdo tinha seu nome em dourado, vestia também uma calça jeans azul surrada e quase sem cor, quase tão gasta quanto o seu tênis encardido.No caminho para casa ela pôde notar muitos e muitos cartazes anunciando a chegada do príncipe Charles no reino. Ele esteve fora por muito tempo, não que ela ficasse
O barulho matinal acaba por acordar Kalinda, na hora certa de ir à escola. Ela se levantou do sofá com o estofado um pouco precário e foi em busca de se arrumar.Não demorou muito, nem ao menos tomou o café-da-manhã. Vestiu apenas uma calça jeans com um azul fraquíssimo ー também gasta ー, e a blusa da farda, nas cores verde, amarelo e azul, e com o nome dela gravada na parte inferior de trás.ー Gostosa pra caralho! ー Disse confiante olhando o próprio reflexo no espelho. Logo em seguida começou a rir.A escola foi a mesma coisa monótona, chata e cansativa de todos os dias. Mas, necessária.&nb
Por conta das inscrições para o concurso, o conselho decidiu anunciar um feriado de última hora, possibilitando a inscrição de várias jovens, inclusive a de Kalinda, que se ocupavam com, trabalho, escola, ou qualquer outra coisa.O pátio enorme da instituição estava lotado, um grande tumulto tomou conta dos corredores. Kalinda observava tudo com muito medo, temia ser pisoteada, caso algo acontecesse, ou pior, ser morta por alguém, e não poderem identificar o responsável.A sua mãe havia se desprendido de si, assim que entrou, com a desculpa de ir se informar. E ela ficou ali, debaixo de uma árvore, sentada em um banco de mármore falso, com as pernas cruzadas e um livro em mãos, por mais que ela quisesse que fosse um belo livro de fantasia romântica, a realidad
Os dias passaram de forma rápida, mas, ainda sim, muito cansativos. A mãe de Kalinda a obrigou a ficar na imensa fila de espera, tinha jovens de todas as formas, tamanhos e etnias diferentes, cada uma mais bela que a outra. Todas elas tinham sonhos com a realeza, diferente de Kalinda que apenas usaria o diploma para entrar em uma universidade respeitada.Ainda que, pobres igualmente, ou até mesmo pior que Kalinda, todas estavam com suas melhores roupas, e maquiagens que até mesmo as princesas não usavam. Enquanto a morena usava apenas um vestido florido de um tecido vagabundo, nem de longe poderia ser comparado aos das demais candidatas, também usava tênis surrados e gastos, com o cabelo preso em um rabo de cavalo baixo.
O dia tão esperado tinha chegado, todas as candidatas do reino estavam alvoroçadas. O que o príncipe Charles mais temia aconteceu, as ruas estavam lotadas, nem mesmo as vielas clandestinas estavam livres.ー O que o conselho decidiu fazer em relação ao tumulto? ー Indagou o príncipe Arthur encarando o rosto sério do irmão.Charles vestia roupas formais na cor azul escuro quase pretas. O paletó estava justo em sua cintura, as lapelas eram grossas e brilhantes, a gravata era preta com minúsculos pontinhos brancos, e a calça na mesma tonalidade do paletó. Usava sapatos sociais devidamente engraçados. O seu topete molhado alinhado perfeitamente as laterais baixas.Arthur não sairia
As questões eram desafiadoras e poderiam fazer até mesmo grandes diplomatas terem uma dorzinha de cabeça para respondê-las corretamente. Kalinda poderia não ter acreditado de início, mas ali no meio daquela disputa acirrada ela percebe o quão bom foi ter estudado o máximo que pôde sobre táticas diplomáticas. Não que ela precisasse, já que as questões eram feitas apenas para jovens plebeias com um mínimo de conhecimento geral.Na primeira questão tinha uma situação hipotética, onde cabe somente à princesa impedir uma guerra contra países vizinhos. Sem rei, ou qualquer outra pessoa a quem ela poderia recorrer, tinha dez linhas onde ela deveria escrever sua tática. Segundo os ensinamentos que todo Genovyano deveria receber.Ao dar uma pausa para analisar suas adv