No setor, todos sabiam que Dalila era uma CEO implacável e justa no mundo dos negócios. Mas o que ninguém imagina era que ela já foi uma garota tímida e reservada. Naquela época, ela era colega de Álvaro. Os dois foram rivais e amigos desde o ensino fundamental até a universidade. Dalila esboçou um leve sorriso, abaixou os olhos e soprou delicadamente o café antes de tomar um pequeno gole. Em seguida, pousou a xícara branca sobre a mesa, deixando imediatamente uma marca de batom vermelho na borda. O olhar de Álvaro passou sutilmente pelo rastro deixado na xícara. — Você encontrou alguma pista do seu lado? — Perguntou Dalila, em um tom indiferente. Álvaro respondeu: — Fabiano foi para o País do Mar por causa daquele tal diamante rosa e aproveitou para se encontrar com alguns parceiros de negócios. Ele deve voltar ao país nos próximos dias. Se não estou enganado, a data de retorno dele coincide exatamente com um momento-chave do caso Emerson. As sobrancelhas bem delineada
Dalila ficou com a expressão sombria: — Você acredita nisso? Álvaro curvou os lábios num sorriso sarcástico: — Claro que não. Esse grupo é composto por criminosos desesperados. Quando foi que eles confessaram algo tão rápido assim? Acho que eles não passam de bodes expiatórios, empurrados para levar a culpa. Essa era basicamente a mesma suposição de Dalila. — Sim, eles não esperavam que as coisas fossem ficar tão sérias desta vez. Então decidiram encontrar um bode expiatório. Mas só agora pensaram nisso? Não acham que é tarde demais? Nós já temos todas as informações de que precisamos. Álvaro se aproximou e voltou a sentar no lugar onde estava antes. — Você encontrou os concorrentes do seu tio? Dalila assentiu. — Já encontramos. Recentemente, eles de fato têm se aproximado bastante de Fabiano, até mesmo ajudando a família Ribeiro nos negócios. A família Ribeiro trabalha no setor de vestuário. Embora tenham tido bastante sucesso nos últimos anos, ainda estão longe de a
A jovem sorriu: — Meu nome é Geovana. Sabrina elogiou sinceramente: — Que nome bonito! Qual é o seu curso? Em que ano da faculdade você está? — Estou estudando Ciência da Computação, no último ano. Logo vou começar a procurar estágio, mas ainda não consegui nada. Sabrina achou Geovana muito simpática, uma garota bem animada. Não imaginava que ela fosse trabalhar com programação. — Por que você decidiu estudar computação? Sempre achei que esses cursos de programação fossem mais para homens. Geovana coçou a cabeça, um pouco sem graça: — Eu gosto de computação e ouvi dizer que essa área paga bem. Quero ganhar um bom dinheiro para me estabelecer na Cidade do Sol o mais rápido possível. Sou órfã, fui criada pelos pais do Baltazar. Eles sacrificaram tudo para me colocar na universidade, venderam até o que não tinham. Não quero que ele tome o caminho errado. Podemos ser pobres, mas jamais devemos fazer algo ilegal. Quanto mais conversavam, mais Sabrina gostava dela. Depois
Geovana correu rapidamente em sua direção. Sem se importar com a sujeira que cobria todo o corpo dele, estendeu os braços e o abraçou. Baltazar a apertou com força e começou a chorar descontroladamente. Ele sabia que tinha cometido um erro. Sabia que seria preso. E se arrependia profundamente. Por que tinha feito algo ilegal por puro egoísmo? Desde que Emerson foi preso pela polícia, Baltazar não conseguia dormir havia dias. Toda vez que fechava os olhos, ouvia as vozes de todos o repreendendo. — Desculpa... Me perdoa de verdade, Geovana... Eu vi que você estava prestes a começar o estágio, mas não tinha um computador decente. Por isso, eu quis ganhar mais dinheiro. Aquele homem me disse que, se eu o ajudasse com aquela coisa, ele me pagaria dez mil reais. Eu pensei que dez mil reais seriam suficientes para te comprar um bom computador. Eu juro pra você, Geovana, eu realmente não sabia que aquilo era algo ilegal. Eu sempre achei que fosse um tempero, ou algum produto que prejud
[Faltam apenas dois dias para eu e o Fabiano irmos ao cartório.]Sabrina digitou essa frase com cuidado no bloco de notas do celular, depois colocou o aparelho virado para baixo na mesa e continuou a limpar o quarto, sorrindo. A casa era um presente dos pais de Fabiano para eles como lar de casados, onde Fabiano morava sozinho. Como ele estava ocupado e não tinha tempo para limpar, Sabrina passou esses dias ajudando por lá.As famílias de ambos eram muito próximas, e, após dois anos sendo unidos pelos pais, finalmente estavam prestes a se casar. Todos pensavam que ela estava sendo forçada a ficar com Fabiano, mas só alguns sabiam que ela secretamente o amava há anos. Quando ele concordou em namorá-la diante de ambos os pais, ela ficou tão feliz que não conseguiu dormir aquela noite.Sabrina estava no escritório, com um doce sorriso nos lábios enquanto limpava a mesa, imaginando a vida feliz que teriam ali. Porém, ao se virar, acidentalmente esbarrou em um vaso de gardênia na mesa.O
O tempo em junho mudava rapidamente. Quando Sabrina chegou, o céu estava limpo, mas agora estava coberto de nuvens escuras e chovia torrencialmente.Sabrina saiu correndo da casa de Fabiano, chorando, tão apressada que esqueceu as chaves do carro. Ela correu para a chuva e pegou um táxi na porta para voltar para casa.Quando o táxi parou no destino, Sabrina pagou a corrida com um QR code e correu para o prédio sob a chuva.No elevador, após apertar o botão do décimo terceiro andar, ficou num canto, enxugando as lágrimas incessantemente.O elevador parou, e ela, de cabeça baixa, caminhou até o apartamento e começou a digitar a senha.Estranhamente, a porta, que normalmente se abria de imediato, continuava mostrando erro na senha.Será que ela estava tão perturbada que se esqueceu da senha?Sabrina enxugou as lágrimas e decidiu tentar novamente.Ela tinha acabado de pressionar o primeiro número quando a porta se abriu subitamente de dentro.Eles se encararam, e Sabrina ficou paralisada.
Sabrina havia acabado de abrir a porta quando a voz de sua mãe, Bianca Pires, chegou carregada de soluços:— Sabrina! Por que você não atende o telefone? Término é término, mas por que não atende? Quer me matar de preocupação?"O quê?" "Como isso é diferente do que eu imaginei?"Sabrina piscou, confusa.— Ah... Meu celular estava no silencioso, eu não ouvi.O rosto de seu pai, Rodrigo Amorim, estava tenso como água parada. Ele e Bianca entraram, trocaram os sapatos e se sentaram no sofá.Sabrina trouxe água morna da cozinha e os serviu.— Mamãe, papai, bebam um pouco de água.— Sabrina, o que aconteceu com sua testa e seu braço? — Indagou Rodrigo ao notar o braço dela envolto em várias camadas de ataduras e um grande hematoma roxo na testa, onde até a pele parecia ter sido rompida.Sabrina baixou a cabeça, em silêncio.Bianca examinou mais de perto e percebeu que ela estava gravemente ferida, no braço enfaixado parecia que ficaria uma cicatriz permanente, a testa brutalmente agredida.
Sabrina apontou para o lugar ao seu lado e disse:— Se sente.O homem sorriu levemente e se sentou, segurando um molho de chaves. O chaveiro ostentava um personagem de desenho animado que lhe era vagamente familiar. Sabrina teve a impressão de já ter visto aquilo em algum lugar. Além disso, o personagem de desenho era adorável, o que não combinava com a aparência firme e atraente do homem.— Peço desculpas por esta tarde, eu realmente acabei indo para o andar errado sem querer, espero não ter te causado nenhum transtorno.Sabrina considerou que qualquer pessoa normal acharia absurda a situação de alguém tentar digitar a senha na porta de sua casa.— Não tem problema, eu entendo. – Respondeu ele, com uma voz calma.Sabrina encolheu as pernas, apoiou os pés na cadeira, abraçou os joelhos e repousou a cabeça nos braços.— Meu nome é Sabrina, e o seu?O homem, que tinha lábios finos e um sorriso atraente, respondeu com uma voz suave:— Emerson.Ele fixou o olhar nos olhos brilhantes de Sa