7. CÉLIO

CÉLIO

Após a reunião tento me concentrar no trabalho, respondi e-mails minha noto que a minha mesa está bem arrumada, a agenda está organizada olho os meus compromissos um a um atendi alguns telefones, fiz algumas ligações o investimento de hoje foi xeque-mate, mas as palavras do Eduardo me voltam a mente se não fosse por Luna eu estaria ferrado, sei que deveria agradecê-la, mas sou orgulhoso demais para ter que me rebaixar a uma assistente que mal chegou.

Saí para almoçar sem falar com ninguém quando chego no restaurante encontro uma antiga amiga Ivana que vem rebolando em minha direção com o seu salto alto, assim que me ver.

— Como vai Célio, qual o segredo para tanta beleza? Está um gato como sempre. — Ela fala no meu ouvido pensando ela que ainda me causa arrepios.

— Estou muito bem! Você também está maravilhosa me acompanha? — Pergunto e a mesma pisca para mim.

— Já estou acompanhada, mas irei lhe visitar para relembrar os nossos velhos tempos, estou com saudades. — Ivana rir.

A safada me beija no rosto e sai, ela nunca deixou de ser louca, é incrível como uma criatura dessas nunca criou juizo, peço a minha refeição, como sozinho e em paz, quando terminei tive que comparecer em alguns compromissos que não exigia a presença da Luna e é melhor assim.

Quando voltei já era noite, Luna estava tão concentrada na frente do computador que não me viu chegar e fiquei a sua frente lhe observando ela usa o seu óculos de grau, seus cabelos levemente ondulados e claros como mel, presos num coque no alto da cabeça, seu rosto parece tão macio, suas franjas caem sobre as laterais do seu rosto, suas mãos delicadas teclam rapidamente como se tivesse pressa, suas roupas denunciam que ela é uma mulher simples, as suas unhas não tem esmalte vermelho, Luna é toda natural, parecendo ser uma garota inocente e enfim ela me nota na sua frente e para disfarçar a minha idiotice de estar na sua frente feito um bobo, digo que quero uns documentos imprimidos, nem eu mesmo entendo o porquê fiquei tanto tempo admirando uma mulher comum, Luna é muito diferente das mulheres que costumo sair, ela é linda do seu jeito.

Quando Luna entra no meu escritório, tratei de falar logo que ela será a minha secretária e assistente, Luna queria falar algo mas não deixei, todas as mulheres adoram impor as suas vontades e a mim cabe não ceder, e mesmo Luna concordando com tudo ela sai do meu escritório em silêncio, terminou todo o seu trabalho e quando ia saindo para ir embora Luna não estava mais lá.

E ao sair da empresa vou dar uma volta na cidade, casais de mãos dadas andam pelas ruas, aquilo desperta a minha curiosidade de como é sentir o verdadeiro amor, fui para casa, lembrando que a minha maior alegria era voltar para casa e ter os meus pais me esperando junto com Laerte nos juntavamos ao redor da mesa durante o jantar.

Mas quando adentro os portões da minha casa avisto o carro do Eduardo.

— Estava te esperando meu amigo! — Eduardo como sempre imprevisível.

— O que quer? Como viu hoje o dia não foi fácil para mim, devia estar namorando curtindo uma bela mulher, adivinha quem eu vi hoje Ivana ela está sensacional.

— Estou querendo conversar estava querendo sair e vim para cá. — Eduardo fala.

— O que aconteceu? Ainda bem que veio me fazer companhia afinal somos quase irmãos.

Sentamos no sofá ele me olha o conheço tanto que sei quando ele quer desabafar

— Conheci uma garota, ela é diferente, especial, meiga, viramos amigos estou conhecendo ela trabalha com causas sociais.

— Conheceu ela onde? Você apaixonado por uma garota, não estou te conhecendo Eduardo.

Sirvo-lhe uma bebida, tomo uma também, ele passa a mão no cabelo.

— Célio não é isso, só estou dizendo que fiquei encantado porque ela é diferente das mulheres que conhecemos.

— Sei, não vai me dizer que a garota é a Luna a minha assistente. — Falo alto e esperando uma resposta.

— Lógico que não está louco Célio, é um pouco parecido com ela, não se preocupe que com Luna não mexo. — O safado debocha de mim.

— Está insinuando algo Eduardo? — Arqueio a sobrancelha esperando ele falar.

— Pelo tom da sua voz, sim! Não estou entendendo tanta preocupação.

Depois disso expulsei Eduardo da minha casa, fiquei furioso com as insinuações dele, ele é muito corajoso de vir aqui me encher o saco, custei dormir, bebi um pouco para tentar dormir.

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