Casei com meu professor por acidente
Casei com meu professor por acidente
Por: Ela Ferreira
Capítulo 1 Um homem

Tudo estava escuro, a cabeça doía como marteladas decisivas em um julgamento, os olhos não tinham foco, fazendo a jovem de cabelos castanhos tentar se sentar com certa rapidez.

Seu erro, a cabeça girou, a levando de volta ao colchão.

— hm!

Expressou seu desagrado e confusão em sentir a escuridão balançar a frente. Apertou os olhos, levando a mão direita ao rosto.

“O que aconteceu?” Se perguntou.

Moveu seu corpo, se arrependendo no processo. Um leve desconforto partiu das partes mais inusitadas do seu corpo, além de todo ele parecer dolorido.

Então sentiu falta de roupas, fazendo seus olhos saltarem.

O coração acelerou enquanto suas mãos buscavam suas roupas por baixo do tecido que lhe cobria.

“O que aconteceu???” Agora havia tido um estalo.

A cabeça doeu novamente, fazendo-a parar de repente, quando seus dedos não encontraram nenhuma peça no próprio corpo.

O medo a cobriu, assim como alguns flashes de memória a atingiram…

Um homem estava com ela, ambos desfrutavam de algo que ela acreditava que não faria tão breve.

O calor dos corpos despidos, o som semelhante ao ofego daquele homem de mais de um e oitenta e seis, misturado aos gemidos que vinham dela.

Os movimentos insinuais a deixando incontrolada apesar da dor imensa no início, parecia rasgá-la por dentro, o qual não demorou para se transformar em puro desejo, incontrolável, prazeroso, inexplicável…

Ela repetiu mais uma vez, para si,

muito assustada, envergonhada:

“O que aconteceu?”

A mente tinha dado um nó? Ou ela criará aquilo tudo?

As imagens não paravam de passar na sua cabeça…

A leveza que desejou para um momento tão importante não existiu, era algo selvagem, sem hora para acabar, o que a levou à impureza. Cruzando o limite das regras, a levando a vergonha extrema.

Perder a pureza com um homem, antes do casamento, era a maior vergonha que uma pessoa como ela poderia passar. Malika não seria aceita em nenhum lugar do país, seria vista com enojo, com malícia.

Seria tratada como uma mulher da vida, alguém sem valor moral, sem perdão divino.

Ainda mais naquele país, onde as leis eram extremamente rígidas, desde a imagem que tinha de esconder embaixo de uma burca, quanto o comportamento, o meio que frequentaria, além da submissão e obediência.

Mas se ela não tivesse um pai ou marido para dar permissões para ela, como poderia sequer estudar?

Perderia tudo, desde os esforços ao meio, seria reclusa.

Quem irá aceitá-la sem o símbolo de pureza? Ninguém correria o risco de ser apontado, mesmo que a amasse muito, e infelizmente, esse alguém não existia para Malika.

“Eu… eu perdi… minha… vir… vir******e?”

Se encolheu com a realidade, quase tremeu. Agora sentia alguém do seu lado.

“Não Allah! Por favor, que seja apenas fruto da minha imaginação!” Pediu, começando a ficar desesperada.

Suplicou por muitas vezes para aquele que conhecia como o criador, enquanto a mão tateava fora da cama, em busca de um abajur, ou aparelho celular.

“Não me abandone agora!”

Suas defesas pareciam vidro agora, trincando aos poucos.

Seus dedos encontraram algo ao seu lado, parecia o pé de um abajur mediano.

Aflita, ela buscou o botão, apertando-o depressa. Parte do cômodo clareou, dando a ela a mesma ideia de como ela estava inclinada e com o busto desnudo.

Rapidamente voltou para o lugar que estava, puxando lençol vinho para se cobrir.

O vidro que visualizava em sua mente, se partiu em centenas de pedaços.

Temerosa virou seu rosto para averiguar quem permanecia na cama, do seu lado.

Rapidamente teve uma surpresa, os cabelos eram ruivos, as costas largas, denotando os músculos que o tal possuía.

“Ele não é…”

Levou as mãos contra a boca, ainda deixando seus olhos vagar pelas costas dele. A partir do início dos quadris ela não viu mais nada, a não ser a sombra do que poderia ter por baixo do lençol.

O homem era grande, como ela pensava, como lembrava-se. A cama que estava era desconhecida, assim como cômodo, apenas uma coisa a assustava mais agora, a identidade daquele homem.

Na mente de Malika, o homem com quem ela cometeu a loucura de perder sua pureza, era alguém inalcançável, mas com o mesmo cabelo ruivo e altura que aquele.

Tentando controlar seus nervos, agora abalados, deslizou da cama devagar, não poderia puxar o pano para si, pois uma parte estava sobre ele.

Deixando sua nudez e vergonha para outro momento, apenas caminhou na ponta dos pés para o outro lado da cama, onde finalmente pôde ver os traços do homem.

Novamente apertou as mãos contra a boca, abafando qualquer som que pudesse deixar escapar.

“Por Allah, é ele!”

Os olhos fechados seriam castanhos escuros, as sobrancelhas e barbas por fazer, eram ruivas, os lábios finos e nariz reto. Rosto oval e bonito.

Ela não pôde o admirar por mais tempo, sequer pensar se estava feliz ou triste por ser ele.

O homem pareceu sentir que alguém o observava, por isso, seus olhos se abriram.

Assustada, a jovem pulou para longe, buscando se esconder.

Ele pareceu se perguntar o que estava acontecendo, ouvindo alguém vasculhar o quarto, era Malika, em busca de um segundo tecido para cobrir sua nudez.

Então seus olhos se ajustaram, ele logo recordou de como chegou ali.

Sentou-se na cama, encarando fixamente, a jovem magra, de curvas proporcionais a sua beleza, cabelos longos e castanhos estavam um pouco bagunçados parte sobre os ombros e no tecido que tinha enrolado no corpo.

— Você? — ela foi a primeira a se pronunciar, de forma confusa, ainda não acreditava.

— O que você fez? — Ahmed deixou-a assustada.

— Você era pura? — a deixou envergonhada assim que a voz rouca saiu da boca dele. Ele lembrava-se de tudo.

Os olhos marejaram, infelizmente devia reconhecer a verdade. Notando o quanto Malika estava assustada, ele franziu o cenho.

“Ela armaria para mim? Como teria tanta coragem?”

— Eu não fiz nada. — tentou se defender, apertando o que tinha enrolado no corpo.

O homem bonito, de peitoral definido, músculos trabalhados e tanquinho exposto, espiou do outro lado da cama, onde havia uma mancha evidente da perda da castidade daquela jovem.

As mãos logo foram parar nos próprios fios ruivos.

— Não é possível. — resmungou ele.

Ficando com os cabelos ainda mais bagunçados, de forma sexy, onde alguns fios escapavam para a frente dos olhos castanhos, quase os cobrindo.

Foi apenas por um momento, quando recordou da jovem, a encarou intensamente. Acusando em seguida:

— Você planejou isso?

— Eu não seria capaz. — teve sua resposta, mas não acreditou.

— Você deu um tiro no escuro, por uma paixonite passageira? — acusou novamente.

Dos olhos avelã desceram lágrimas, os lábios rosados, pequenos e cheios, tremeram com a acusação. Em parte com a menção do sentimento dela por ele como passageiro e impulsivo.

“Ele já sabia, sabia que eu tinha sentimentos por ele e por isso está me acusando agora?”

— Eu não fiz nada! — quase gritou ao seu próprio favor.

— Não somos pessoas que devam estar juntos, sabemos nossas posições. Você é muito jovem, Malika, sua família é renomada, e eu, sou apenas um simples professor. Você não vê?

Foi duro com ela.

— Não me importa nada disso. E eu já falei que não fiz nada! — alterou-se.

— Vai se arrepender disso. Fique ciente! — não se importou com as lágrimas da jovem.

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