Viviane,
Depois do nosso jantar, decidi que esse casamento realmente vai acontecer. Só assim ele vai aprender que mulher não é brinquedo que se usa e se j**a fora. Chego na casa dos pais dele e os nossos pais já estavam me esperando para dar uma resposta. – E então, Vivi, aceita se casar com ele? – Ele está bem diferente de quando nos conhecemos. Mas ainda sou muito apaixonada pelo seu filho. Se for eu a decidir, eu quero muito me casar com ele. Eles praticamente pulam de alegria, e eu sorrio, pois tudo está caminhando pelo caminho certo. Ele chega bem na hora da comemoração, e eu sorrio para ele, dando o meu melhor para parecer uma namorada apaixonada. Ele e o pai dele saem e o meu olha para mim. – Estou feliz que você tenha ficado alegre com esse pedido de casamento, eu já não aguentava mais ver naquela depressão minha filha. Mas, será que agora você pode me contar o que te fez ficar daquele jeito? – Pai, quero deixar isso no passado, se eu me lembrar eu vou começar a chorar, e eu não quero estragar esse momento que está me deixando feliz. Ele pega na minha mão e dá um beijo nela, sorrindo. Os dois entram e eu lanço um olhar desafiador para ele, que me devolve outro com a mesma intensidade. É assim que eu gosto, de ser retribuída da mesma forma. – Bom, meu filho também aceitou o casamento. – olho para ele mais uma vez sorrindo, e vejo ele soltando um suspiro. Para ele, esse é um casamento beeeem forçado. – E como havíamos combinado, amanhã vamos reunir as nossas famílias e vamos festejar o noivado desse novo casal. O casamento será no final de semana. – Pai, o senhor tem que dar um tempo maior para que a Vivi e eu possamos nos conhecer melhor. – Detesto esse apelido, na minha casa proibi todo mundo de me chamar assim só por causa dele. Mas agora tenho que ficar engolindo aqui na casa desse traste. – Vocês têm uma semana para se conhecer. Amanhã você vai até a casa dela de manhã e a leve para comprar um vestido para a festa de noivado. Passeiem durante o dia e só voltem à noite para o jantar. Vocês fazem um belo casal, sei que vão se dar muito bem. – Serei a melhor esposa do mundo. Pode confiar, meu amor. – Olha, Julio, sua filha já até chama ele de amor. Você é tão fofa, que sua inocência vai colocar o meu filho na linha. – Com certeza eu vou. Olho para ele de novo, dando um sorriso fofo carregado de ironia, e posso ver as suas veias saltando de tanta raiva. Meu pai se levanta e eu o acompanho. Nos despedimos do senhor Sebastiam e seguimos para fora, com os dois nos levando até a porta. Eles saem de perto para que possamos nos despedir a sós, e ele fala. – Desista dessa palhaçada, Viviane, ou vou fazer da sua vida um inferno. – Então veremos quem vai descer de tobogã primeiro, noivinho. – Me aproximo mais dele e fico na ponta dos pés. Deposito um selinho em seus lábios e ele ergue uma das sobrancelhas. – Te espero amanhã às 10h da manhã na minha casa. – Estarei lá com muito prazer. – Ele fala entre os dentes e eu o deixo lá, e vou embora com o meu pai. No carro, meu pai fica toda hora olhando para mim, pois o meu jeitinho fofo ficou lá na casa do Peter. Olho para ele e dou-lhe um sorriso para disfarçar. – Vamos organizar tudo para o seu casamento, mas se você não estiver se sentindo preparada, a gente cancela, meu amor. – Não, pai, estou bem. Esse casamento é tudo que eu preciso para conseguir seguir a minha vida. – Então tá bom. – ele sorri para mim, me dando um beijo na cabeça. Chegamos em casa, eu subo direto para o meu quarto. Abro a porta do meu guarda-roupa e tiro todas as fotos que eu ia recortando dele e colando, já sabendo que um dia minha vingança chegaria. E como chegou, eu não preciso mais dessas fotos. No outro dia de manhã, espero por ele às 10h, como havíamos combinado. Mas claro que não posso esperar por ele no horário certo, pois até mesmo ontem ele não veio me buscar para jantar. O problema é que ele chega aqui às 12:00, só para me deixar irritada. Ele entra, fala com a minha mãe e com o meu pai, parecendo até amiguinho deles. Do mesmo jeito que vesti a roupa da inocente na casa dele, ele vestiu a de bom moço na minha. – Está atrasado, Peter. – falo abrindo a porta do carro dele. – Quando você me pagar um bom salário, você dita os meus horários, caso contrário, só me espere que uma hora eu chego. Reviro os meus olhos para tamanha ignorância dele. Me sento e tento puxar a fivela do cinto, que parece emperrado e não vem. Vejo as mãos dele passando na minha frente, indo até o cinto, e posso sentir o seu perfume, o mesmo que ele usava quando saía comigo. – O que está fazendo? – Pergunto olhando bem séria para ele. – Te ajudando a puxar o cinto, é errado também? – Empurro o braço dele com o corpo e tudo, e puxo o cinto com calma, e ele vem. – Não quero a sua ajuda em nada. Se me vir morrendo, me deixe morrer, porque não quero dever nada a você. – Ok, você quem manda, Vivi. – Pare de me chamar assim, sabe o meu nome e quero que me chame de Viviane. Não somos íntimos e nem seremos. – Ele dá mais um “ok” e liga o carro. Seguimos até a primeira loja, e como eu sei o quanto homem aprecia estar com uma mulher nas compras, resolvo entrar em várias lojas, só para vê-lo entediado. Até que encontro o vestido perfeito, e ele achando que acabou, eu digo que ainda não. – Como assim outra loja? Você já está com o vestido aí. – Fala resmungando. – Não tenho nenhuma lingerie que combine com esse vestido. Vamos lá naquela loja. – Agora é a hora de deixá-lo louco e babando, sem poder tocar. Entramos na loja e eu saio escolhendo algumas peças e pago, pois eles não permitem experimentar calcinhas antes da compra. Ele fica me esperando do lado de fora, enquanto eu me troco no provador. Escolho o vermelho que, além de ser um fio dental, tem uma pedrinha prateada na parte de cima. Depois que me visto, abro um pouquinho a cortina do provador e peço para ele me ajudar a abrir o sutiã, pois não estou conseguindo. – Vou não, você me disse que não era para te ajudar em nada. – Se você não vier, vou fazer um desfile de sutiã no meio da rua. – Ele bufa e se levanta. Assim que ele entra, fica olhando para minha bunda, posso até vê-lo mordendo os lábios pelo espelho. E isso era tudo que queria ver, ele morrendo de desejos por mim. Que pena que não vai poder aproveitar nada.Peter,Estava já entediado, pensando em até ir embora e deixá-la aqui sozinha. Porém, as palavras do meu pai, de que me botaria na rua sem dinheiro nenhum, me faz ficar aqui esperando por ela.Ela me chama para ajudá-la com o sutiã, já mudou rápido demais, já que me disse que era para deixá-la morrer, ao invés de ajudá-la. Mas quando eu entro no provador, meu pau dá um pulo violento nas calças. Uma calcinha vermelha com pingente. Um verdadeiro convite para ser arrancado com os dentes.Pu-ta que pa-riu, ela está tão gostosa como antes, exceto a sua cintura, parece estar mais fina e eu já até calculo que pelo tamanho das minhas mãos, eu consigo até juntar os meus dedos ao redor dela.Vou andando em sua direção, que continua de costas para mim, e assim que chego bem perto, ela me olha pelo espelho chamando a minha atenção.– Pode abrir para mim. – Ela pega seus cabelos castanhos e coloca na frente, me dando acesso maior ao seu corpo.Levo minhas mãos até o sutiã e abro o fecho. Sinto a s
Peter,Ela está exatamente como eu a conheci, com um vestido que a faz parecer uma mulher delicada. Seu sorriso envergonhado me faz viajar no passado. A conduzo até a mesa, puxo a cadeira para ela se sentar e me sento ao seu lado.– Realmente, você está muito bonita. – ela olha para mim com um sorriso fofo, totalmente diferente de hoje cedo, o que me faz pensar que talvez ela esteja apenas jogando comigo.Pego em sua mão e levo até os meus lábios, e seu olhar fofo se transforma. Sim, ela só está jogando. E eu não sou um cara de dar para trás, vou entrar no joguinho dela.– Estou muito feliz por vocês estarem assim, isso só mostra o quanto serão felizes no casamento. – ah, se o meu pai pudesse ler a mente dessa mulher, com certeza me afastaria dela na mesma hora. – Vamos brindar a isso. Teremos um filho responsável em nossa casa.Todos começam a rir, principalmente a minha noivinha. Tudo que ele poderia falar, ela vai logo e me chama de irresponsável na frente dela. Parabéns, papai.–
Viviane,Chegando em casa, vou direto para o meu quarto furiosa. Não era para o meu pai falar da minha depressão na frente do Peter, não quero que ele saiba o que eu sofri por causa dele. Me sento na minha cama e fico pensando no que fazer para atormentar a vida dele agora.Olho para o espelho e me lembro dos seus olhos quando estávamos no trocador da loja. Ia fazer uma brincadeira na casa dele, mas o meu pai estragou todos os meus planos. Tive uma idéia. Me levanto, tiro o vestido e tiro uma foto da cintura para baixo, isso vai deixá-lo bem animado.Envio, mas depois que vejo que ele visualizou, apago a foto. Vai que ele mostra para o pai dele, e a minha máscara de boazinha vai acabar caindo por terra. Depois do boa noite, coloco o celular para carregar e vou dormir. De manhã, acordo já tomando o meu remédio e me preparo para o meu dia.Desço até a sala de jantar para falar com os meus pais que vou sair, vou comprar algumas coisas para começar a trabalhar na empresa. Desejo bom dia a
Peter,Isso só pode ser uma mentira dela, meu pai jamais faria eu assinar uma merda dessa. Vou à procura dele, entrando no elevador e descendo até o RH. Assim que as portas se abrem, ele está bem na porta.– Por que falou que o RH estava me chamando?– Porque estavam. Pai, assinei algum documento que tenho que pagar indenização para a Viviane?Ele olha para trás e manda eu entrar no elevador, pois aqui tem muitas pessoas e ninguém sabe desse acordo. Assim que as portas se fecham, ele aperta o botão do térreo, e eu refaço a pergunta para ele. E sua resposta me faz até suar frio.– Sinto muito, Peter, isso foi uma exigência do Júlio, levando em conta o que você é, a quantia até que não está alta. Pelo menos, mesmo que tiver alguma traição da sua parte, ambos permaneceram casados, e ela vai dar um jeito de resolver se caso houver fofocas.– Pai, está me mandando para um casamento ou para um internato com castidade? – Ele fica sem entender, e eu penso se devo contar para ele tudo que está
Peter,Ela se levanta do balanço irritada, o que me faz até dar um passo para trás.— O que você me fez? Quer que eu faça uma lista para você? Mentiu seu nome, falou que se chamava Peter Carte, e não Mourrett. Colocou um cara para tentar me estuprar, só para ser o meu herói. Tudo em torno de você é uma mentira. — Ela fala batendo de mão aberta no meu peito, me empurrando para trás.— Eu queria te conhecer melhor, e você só se fazia de difícil. Eu não tive outra alternativa. — E lá vem mais um tapa na minha cara. Pelo jeito vou virar saco de pancada dela. — Vamos parar de me bater? Você pode cancelar o casamento, já que eu fui tão mal assim com você. Por que insiste nisso?— Porque o seu pai está obcecado em te ver casado, e eu não vou permitir que você encontre uma boa mulher, que te faça feliz pelo resto da sua vida. Você me tirou tudo que eu tinha, me roubou a coisa que eu mais preservava. E com tudo que eu passei, acabei perdendo... — Ela para de falar do nada, o que me deixa curio
Viviane,O grande dia chegou, o dia em que finalmente começaria a fazer Peter pagar por tudo que me fez. Nossa casa é linda, parecendo uma casinha de boneca. Achei bom, sozinha com ele eu não vou precisar fingir nada, apenas ser eu mesma, e botar todo meu plano em ação . Após a equipe de maquiagem e o vestido colocado, meu pai chegou para irmos à igreja.— Você está linda, minha filha, mas não parece contente, está realmente feliz?— Estou sim, pai, só não consigo acreditar que estou me casando com ele. Parece um sonho. Um sonho que nunca pensei que se tornaria realidade. — Quem diria que o pai dele o obrigaria a se casar comigo e ainda aceitaria todas as minhas exigências.O carro parou e meu pai segurou minha mão. Vesti a máscara da mulher mais feliz do mundo, por estar casando com o canalha da Itália. Paramos em frente à porta da igreja e, após alguns minutos, ela se abriu, revelando ele lá no altar ao lado de seu pai e o homem que ele pagou para me abusar.Com certeza o trouxe par
Peter,— Vim dar os parabéns aos noivos. — Meu pai dá um abraço primeiro nela e depois em mim. — Espero que sejam muito felizes.— Senhor Mourrett, sobre o contrato que o Peter tem que me... — Coloco a minha mão em sua boca. Ela nem é louca de falar nada.— Deixa assim mesmo, querida, não vamos refazer nada não. — Meu pai olha para nós dois sem entender nada. Olho para ela dando um sorriso nervoso, e ela pisca para mim.Tiro a minha mão da sua boca, mas fico atento, caso ela tente falar novamente. Meu pai diz que é hora da dança dos noivos, pego na mão da Viviane e a conduzo até a pista de dança. Uma música clássica começa a tocar, e eu seguro em sua cintura, enquanto ela segura em meu ombro.Traçamos as mãos e começamos a mover nosso corpo de um lado para o outro, como se fôssemos um casal de verdade. Mas os seus olhos me mostram que isso está longe de acontecer.— O que te levou à depressão, Viviane?— Já te respondi isso. — Ela fala virando o rosto para o lado.— Qual é, vamos fica
Peter,Ele balança a cabeça concordando, mas sai dali apontando o dedo, como se fosse para eu ficar esperto. Assim que ele sai, a Viviane se aproxima de mim e fica do meu lado.— Bela mentira, conseguiu enganar teu pai, mas a mim, você não engana. Estava conversando com ela, e ela me falou que você a puxou para dentro do banheiro, mas ouvi o que você falou para o seu pai.— Ah, é claro que ela ia tirar o dela da reta. Acha mesmo que eu ia dar em cima daquela mulher?— Não acho não. Eu tenho certeza. — Olho para ela de cara fechada, e ela continua. — Se eu não te conhecesse, acreditaria 100% em você, mas eu te conheço bem e sei que ela não está mentindo.Imito ela falando sem emitir som, fazendo caretas. Ela é muito esperta, tenho que tomar cuidado com o que faço ou vou ir à falência.— Dessa vez passa, porque não conseguiu se divertir. Deveria ter deixado mais tempo para depois chamar seu pai até o banheiro. Mas não se preocupe, serei paciente na próxima.Pego na mão dela e a levo até