Peter,
Estava já entediado, pensando em até ir embora e deixá-la aqui sozinha. Porém, as palavras do meu pai, de que me botaria na rua sem dinheiro nenhum, me faz ficar aqui esperando por ela. Ela me chama para ajudá-la com o sutiã, já mudou rápido demais, já que me disse que era para deixá-la morrer, ao invés de ajudá-la. Mas quando eu entro no provador, meu pau dá um pulo violento nas calças. Uma calcinha vermelha com pingente. Um verdadeiro convite para ser arrancado com os dentes. Pu-ta que pa-riu, ela está tão gostosa como antes, exceto a sua cintura, parece estar mais fina e eu já até calculo que pelo tamanho das minhas mãos, eu consigo até juntar os meus dedos ao redor dela. Vou andando em sua direção, que continua de costas para mim, e assim que chego bem perto, ela me olha pelo espelho chamando a minha atenção. – Pode abrir para mim. – Ela pega seus cabelos castanhos e coloca na frente, me dando acesso maior ao seu corpo. Levo minhas mãos até o sutiã e abro o fecho. Sinto a sua pele macia, que faz a minha mente viajar. Fecho os meus olhos para sentir o seu perfume, que não é o mesmo que ela usava. Esse tem um chamativo a mais, o próprio aroma do prazer. Ela se vira de frente para mim e coloca uma das mãos no meu peito, e meu corpo reage totalmente a ela. Meu pau pulsa cada vez mais implorando para sair do pano que tanto o aperta. – Obrigada, Peter, pode me esperar lá fora que vou me trocar para irmos embora. – O quê? – volto à realidade do momento quando ela aponta para fora. Solto um suspiro irritado e saio. Ando de um lado para o outro passando a mão em meus cabelos, ela não pode fazer isso comigo assim, ela não pode me seduzir e me mandar sair como se eu não fosse nada. Será que ela não enxerga o quanto eu sou bonito, e poderia também aproveitar esse momento? Ela sai do provador com a sacola na mão, agradece a vendedora, e sai da loja. E eu agora estou ferrado com o meu pau duro sem poder me aliviar. Essa mulher não era assim quando nos conhecemos, era mais boazinha. – Vamos almoçar ali, já estou com fome. – Ela aponta para um restaurante que parece mais um botequinho. – Não, vamos almoçar em um restaurante de verdade, não vou comer em um lugar desse. – Sou rico e posso comer onde eu quiser, e não vou arriscar a minha saúde só porque essa louca está querendo. – Se acha importante demais para comer ali, Peter? – Não me acho, eu sou. Zelo pela minha saúde, deve ter até rato ou algo pior andando no meio das comidas. – Até sinto um arrepio percorrendo pelo meu corpo. – Acha que nos restaurantes chiques as comidas são feitas diferente? Acha mesmo que eles não usam as mãos sem luva para coçar o saco e depois mexer na comida? Meu estômago embrulha com ela falando isso, mas pareceu tão normal, que até parece verdade. Balanço a minha cabeça, e eu que não vou comer nem aqui e nem em lugar nenhum, vou comer quando eu chegar em casa. Meu celular começa a tocar, e quando olho na tela, é a minha secretária gostosa me lembrando da reunião que terei em uma hora. – Temos que ir embora, eu tenho que ir na empresa, tenho uma reunião importante. – Mais importante que a sua noiva? – Ela pergunta descendo o zíper da minha jaqueta, o que me causa uma sensação ruim, muito ruim. – Sim, muito mais importante do que você. — Tiro as mãos dela de mim, mas até esse pequeno contato acaba comigo. É como se o meu corpo todo se lembrasse da nossa noite juntos, e esteja querendo repetir. Mas eu sei que isso é só um jogo dela, e eu não vou cair em tentação. De mulheres, o mundo está cheio. Não preciso me humilhar para ela em nada. Entramos no carro e sigo dirigindo até a sua casa, deixo ela lá e nem um tchau ela me dá. Ingrata. Sigo para a empresa e vou direto para a sala de reunião, esperando todos os desenvolvedores chegarem. Mas essa reunião está sendo péssima. Além de ser chata, a imagem da Vivi só com aquela lingerie, com aquela bunda empinada não sai da minha cabeça. – O senhor está bem, senhor Mourett? – Oi, estou sim, só com uns problemas pessoais, mas estou bem. Podemos continuar. – E o que o senhor acha dos anúncios? – Os aplicativos já são pagos, se colocarmos anúncios, os clientes vão desinstalar e a empresa vai falir. Vamos deixar do jeito que está. A única coisa que quero de vocês agora é a renovação, novos aplicativos, e não mexer no que já está funcionando bem. – Mas com os anúncios iremos lucrar mais, podemos selecionar alguns aplicativos e colocá-los como gratuitos, e os anúncios farão a renda que queremos. – Eu prefiro pagar por um aplicativo a ter que ver anúncios chatos. Entendo que há pessoas que não podem pagar pelas mensalidades dos aplicativos. Então, elas que usem as versões imitadoras, nós continuaremos com os originais pagos e sem anúncios. — Eles se olham e parecem não concordar, mas eu sou o futuro CEO aqui, se eles não aceitarem, é um problema deles. Olho no relógio e vejo que faltam poucas horas para o jantar do meu noivado com a Vivi. Se eu não for, meu pai me bota na rua amanhã mesmo. Por que será que ele quer me ver casado? Já me fez gostar de trabalhar na empresa, não há necessidade nenhuma nesse casamento. Levanto e saio para ir à minha casa trocar de roupa para os últimos dias da minha liberdade. O grande jantar chega, e meus pais já esperam pela família dela. Fico no sofá tomando uma dose de uísque até que a campainha toca, e todos se levantam, mas eu permaneço no mesmo lugar. Ouço as vozes deles, e quando ouço a minha mãe falando o quanto ela está linda, viro o meu rosto para olhar. Minha boca se abre e a baba escorre. Levanto e vou até a porta pegar na mão dela e levá-la até a sala de jantar. Acho que esse casamento não é tão ruim assim, ele pode me trazer algumas vantagens bem excitantes.Peter,Ela está exatamente como eu a conheci, com um vestido que a faz parecer uma mulher delicada. Seu sorriso envergonhado me faz viajar no passado. A conduzo até a mesa, puxo a cadeira para ela se sentar e me sento ao seu lado.– Realmente, você está muito bonita. – ela olha para mim com um sorriso fofo, totalmente diferente de hoje cedo, o que me faz pensar que talvez ela esteja apenas jogando comigo.Pego em sua mão e levo até os meus lábios, e seu olhar fofo se transforma. Sim, ela só está jogando. E eu não sou um cara de dar para trás, vou entrar no joguinho dela.– Estou muito feliz por vocês estarem assim, isso só mostra o quanto serão felizes no casamento. – ah, se o meu pai pudesse ler a mente dessa mulher, com certeza me afastaria dela na mesma hora. – Vamos brindar a isso. Teremos um filho responsável em nossa casa.Todos começam a rir, principalmente a minha noivinha. Tudo que ele poderia falar, ela vai logo e me chama de irresponsável na frente dela. Parabéns, papai.–
Viviane,Chegando em casa, vou direto para o meu quarto furiosa. Não era para o meu pai falar da minha depressão na frente do Peter, não quero que ele saiba o que eu sofri por causa dele. Me sento na minha cama e fico pensando no que fazer para atormentar a vida dele agora.Olho para o espelho e me lembro dos seus olhos quando estávamos no trocador da loja. Ia fazer uma brincadeira na casa dele, mas o meu pai estragou todos os meus planos. Tive uma idéia. Me levanto, tiro o vestido e tiro uma foto da cintura para baixo, isso vai deixá-lo bem animado.Envio, mas depois que vejo que ele visualizou, apago a foto. Vai que ele mostra para o pai dele, e a minha máscara de boazinha vai acabar caindo por terra. Depois do boa noite, coloco o celular para carregar e vou dormir. De manhã, acordo já tomando o meu remédio e me preparo para o meu dia.Desço até a sala de jantar para falar com os meus pais que vou sair, vou comprar algumas coisas para começar a trabalhar na empresa. Desejo bom dia a
Peter,Isso só pode ser uma mentira dela, meu pai jamais faria eu assinar uma merda dessa. Vou à procura dele, entrando no elevador e descendo até o RH. Assim que as portas se abrem, ele está bem na porta.– Por que falou que o RH estava me chamando?– Porque estavam. Pai, assinei algum documento que tenho que pagar indenização para a Viviane?Ele olha para trás e manda eu entrar no elevador, pois aqui tem muitas pessoas e ninguém sabe desse acordo. Assim que as portas se fecham, ele aperta o botão do térreo, e eu refaço a pergunta para ele. E sua resposta me faz até suar frio.– Sinto muito, Peter, isso foi uma exigência do Júlio, levando em conta o que você é, a quantia até que não está alta. Pelo menos, mesmo que tiver alguma traição da sua parte, ambos permaneceram casados, e ela vai dar um jeito de resolver se caso houver fofocas.– Pai, está me mandando para um casamento ou para um internato com castidade? – Ele fica sem entender, e eu penso se devo contar para ele tudo que está
Peter,Ela se levanta do balanço irritada, o que me faz até dar um passo para trás.— O que você me fez? Quer que eu faça uma lista para você? Mentiu seu nome, falou que se chamava Peter Carte, e não Mourrett. Colocou um cara para tentar me estuprar, só para ser o meu herói. Tudo em torno de você é uma mentira. — Ela fala batendo de mão aberta no meu peito, me empurrando para trás.— Eu queria te conhecer melhor, e você só se fazia de difícil. Eu não tive outra alternativa. — E lá vem mais um tapa na minha cara. Pelo jeito vou virar saco de pancada dela. — Vamos parar de me bater? Você pode cancelar o casamento, já que eu fui tão mal assim com você. Por que insiste nisso?— Porque o seu pai está obcecado em te ver casado, e eu não vou permitir que você encontre uma boa mulher, que te faça feliz pelo resto da sua vida. Você me tirou tudo que eu tinha, me roubou a coisa que eu mais preservava. E com tudo que eu passei, acabei perdendo... — Ela para de falar do nada, o que me deixa curio
Viviane,O grande dia chegou, o dia em que finalmente começaria a fazer Peter pagar por tudo que me fez. Nossa casa é linda, parecendo uma casinha de boneca. Achei bom, sozinha com ele eu não vou precisar fingir nada, apenas ser eu mesma, e botar todo meu plano em ação . Após a equipe de maquiagem e o vestido colocado, meu pai chegou para irmos à igreja.— Você está linda, minha filha, mas não parece contente, está realmente feliz?— Estou sim, pai, só não consigo acreditar que estou me casando com ele. Parece um sonho. Um sonho que nunca pensei que se tornaria realidade. — Quem diria que o pai dele o obrigaria a se casar comigo e ainda aceitaria todas as minhas exigências.O carro parou e meu pai segurou minha mão. Vesti a máscara da mulher mais feliz do mundo, por estar casando com o canalha da Itália. Paramos em frente à porta da igreja e, após alguns minutos, ela se abriu, revelando ele lá no altar ao lado de seu pai e o homem que ele pagou para me abusar.Com certeza o trouxe par
Peter,— Vim dar os parabéns aos noivos. — Meu pai dá um abraço primeiro nela e depois em mim. — Espero que sejam muito felizes.— Senhor Mourrett, sobre o contrato que o Peter tem que me... — Coloco a minha mão em sua boca. Ela nem é louca de falar nada.— Deixa assim mesmo, querida, não vamos refazer nada não. — Meu pai olha para nós dois sem entender nada. Olho para ela dando um sorriso nervoso, e ela pisca para mim.Tiro a minha mão da sua boca, mas fico atento, caso ela tente falar novamente. Meu pai diz que é hora da dança dos noivos, pego na mão da Viviane e a conduzo até a pista de dança. Uma música clássica começa a tocar, e eu seguro em sua cintura, enquanto ela segura em meu ombro.Traçamos as mãos e começamos a mover nosso corpo de um lado para o outro, como se fôssemos um casal de verdade. Mas os seus olhos me mostram que isso está longe de acontecer.— O que te levou à depressão, Viviane?— Já te respondi isso. — Ela fala virando o rosto para o lado.— Qual é, vamos fica
Peter,Ele balança a cabeça concordando, mas sai dali apontando o dedo, como se fosse para eu ficar esperto. Assim que ele sai, a Viviane se aproxima de mim e fica do meu lado.— Bela mentira, conseguiu enganar teu pai, mas a mim, você não engana. Estava conversando com ela, e ela me falou que você a puxou para dentro do banheiro, mas ouvi o que você falou para o seu pai.— Ah, é claro que ela ia tirar o dela da reta. Acha mesmo que eu ia dar em cima daquela mulher?— Não acho não. Eu tenho certeza. — Olho para ela de cara fechada, e ela continua. — Se eu não te conhecesse, acreditaria 100% em você, mas eu te conheço bem e sei que ela não está mentindo.Imito ela falando sem emitir som, fazendo caretas. Ela é muito esperta, tenho que tomar cuidado com o que faço ou vou ir à falência.— Dessa vez passa, porque não conseguiu se divertir. Deveria ter deixado mais tempo para depois chamar seu pai até o banheiro. Mas não se preocupe, serei paciente na próxima.Pego na mão dela e a levo até
Peter,Quando a porta do banheiro se abre e revela o que ela levou consigo para lá, meu queixo cai no chão. Eu já tinha me esquecido o quanto ela é gostosa embaixo de tantas roupas. Ela passa por mim indo até a mala, mexe e encontra seu perfume, e o passa.Como se estivesse sob o efeito de uma hipnose, me levanto indo em direção a ela. Assim que fico em suas costas, posso sentir o seu aroma. Agora sim, ela está com o mesmo cheiro de quando nos conhecemos.Ela se vira para mim, olhando nos meus olhos, e eu a miro, de cima para baixo e de baixo para cima, pairando em seus olhos.— Você está... Uau. — Não consigo nem falar, pois ela está perfeita. — Isso tudo é só para mim?— Claro... — Ela coloca uma mão em meu peito e me empurra até a cama, onde caio sentado. Do jeito que ela está, se ela quiser me usar, eu não vou negar. — Isso aqui é tudo para você. Para você olhar, porque não vai tocar em nada. — Ahhh desalmada.Puxo a mão dela com força, fazendo-a deitar na cama. Me deito em cima d