Gabriel Narrando.
Tenho tudo que quero. Nenhuma resiste a mim. Quer apostar? Se já te vi algum lugar e te cantei, sabe aonde você terminou a noite? Isso mesmo, na minha cama. Na verdade, na cama de algum motel. Mas teve um rei ao seu lado, quer mais o que?Se apegar? Isso não é comigo mesmo, não me apego a ninguém, a única pessoa que sou apegado é minha mãe e olhe lá. Mulher hoje em dia só quer usar o homem, pega logo um rico pra casar, diz que ama, e começa a gastar o dinheiro todo, quando acaba... Cadê o amor que dizia sentir? Tá, não são todas assim, só que a maioria que eu conheço é assim mesmo.Meus pais enchem o meu saco querendo que eu me case, que eu tenha mil e um filhos e seja feliz para sempre. Mas as coisas não são assim , eu não quero me casar. Só amei apenas uma mulher na minha vida e para nunca mais. Éramos felizes, da minha parte sim, eu fazia de tudo por aquela garota e de repente ela veio me dizer que estava indo morar do outro lado do mundo, aquilo acabou comigo. Letícia era tudo pra mim, mas a vida seguiu e fiquei do jeito que sou hoje. Só que isso não justifica nada, só que eu escolhi ser assim. E assim ficarei, sou muito feliz do jeito que sou. Sou dono de uma grande empresa e tenho tudo que quero, não importa o que seja, eu tenho.Meus melhores amigos se chamam Matheus e Caio, que são meus amigos desde moleque. Matheus é o mais colado comigo, onde estou o mesmo está atrás, muito meu fã mesmo. Ele tem uma boate, onde passo a maioria do meu tempo e adoro. E tenho o meu amigo, o Caio, ele sempre foi mais certinho entre nós, mas quando quer sempre tá na boate pegando algumas e bebendo demais. Ele bebe mais que pega, já viu isso? Pois é. Ele faz faculdade de direito e agora tá morando sozinho em frente à praia, o cara é parceiro demais, às vezes me pergunto o que seria de mim sem eles, pois sempre estão ao meu lado pra tudo e agradeço por ter amizades como eles ao meu lado, o que é difícil hoje em dia. Mas também tenho aquela amizade que todos têm aqueles que são só amigos na hora da balada, esse eu tenho até demais.Acordei sentindo alguém me cutucando e quando abrir os olhos percebi que estava dormindo no sofá. À noite anterior eu tinha ido à boate e que noite foi aquela, meu Deus.- Acorda Gabriel, você tá todo torto ai meu filho - ouvi a voz da minha mãe e me cutucando com a mão.- Eu já estou acordado, calma - falei, levantando devagar.- Você tem que parar com isso. Sai, me deixa preocupada e quando acordo vejo você igual morto nesse sofá. Você veio bebâdo para casa Gabriel?- Calma mãe, to vivo ainda. Só bebi demais e nem sei como vim parar aqui - falei, rindo.- Não tem a menor graça nisso viu? - minha mãe falou, me dando uma tapa. - Você tem que se cuidar quando beber, já pensou se acontece algo com você?- Mãe, eu sei que eu fui...- Coisa de homem irresponsável isso sim. Mas isso vai mudar senhor Gabriel - Meu pai me interrompeu, entrando na sala e parando perto de mim com expressão de raiva.- Ah é pai? Como? - perguntei, debochado.- Manuel, agora não - minha mãe disse, abaixando a cabeça.- Agora não, o que? - perguntei, confuso com aquela conversa.- Você irá se casar, Gabriel - Meu pai disse, me encarando sério.- O que? - perguntei sem reação. - Só podem tá de sacanagem com a minha cara né? Mãe? O que é isso?- Olha como você fala comigo, seu moleque! Você irá se casar, se casar com uma mulher que eu já escolhi. - meu pai disse.- Desde quando isso? Não vou não.- Desde que eu arrumei alguém pra casar contigo, alguém direita, menina de família e que fará uma grande família com você e terá filhos. - meu pai disse, sorrindo.- Um casamento forçado agora? Não vou fazer nada disso, não estamos no século antigo. Vocês não me mandam - falei, irritado.- Você vai fazer tudo que eu mandar, você está me ouvindo? - meu pai disse, vindo pra cima de mim e apertando minha roupa, ficando cara a cara comigo. - Se você não fizer o que estou mandando, você vai virar um mendigo, não irá conseguir nada nessa vida, pois eu mesmo terei o prazer de fazer isso - meu pai disse com raiva.- Para Manuel, largue ele agora - minha mãe disse, puxando meu pai pra longe e chorando.- Por que isso agora? Hein? - perguntei.- Você tem que crescer, daqui a pouco não terá mamãe e papai aqui pra você, daqui a pouco tem uma piranha aí se aproveitando, casando contigo e se aproveitando de tudo. Se você não liga, eu ligo para nossa família. Se você não sabe fazer isso direito, então isso eu irei fazer. - meu pai disse.- Eu posso até concordar, mas vou fazer a vida dessa garota um inferno - falei, indo pro meu quarto.Entrei no mesmo e bati a porta com toda raiva que eu sentia dentro de mim. Eles não podiam fazer isso comigo. Nunca fui um filho ruim, trabalhava na empresa da família, nunca faltei com nada la, mas meu pai nunca estava satisfeito com nada. O seu primeiro grande sonho era me ver trabalhando com os negócios da família, ficou feliz em conseguir isso. Mas o segundo sonho seria me ver casando, tendo filhos e uma mulher perfeita para isso. Mas isso já não era algo que eu queria agora, não me sentia pronto para isso. E por um momento fiquei pensando nessa mulher ter aceitado isso, se não tinha uma família que achasse um absurdo isso tudo. Deitei na cama, bufando e sentindo minha cabeça doendo, até porque eu ainda estava de ressaca do dia anterior.Mas uma coisa eu sabia, eu faria um inferno na vida dessa garota. Ela que me aguarde!Sophie Narrando.Acordei com alguém batendo em minha porta, e logo apareceu minha mãe. Eu mal tinha dormido aquela noite, e quando conseguia eu sonhava com esse casamento. E meus pensamentos estavam divididos entre o tal casamento e o Caio. Em pouco tempo, Caio mexeu comigo, de um jeito que ninguém mexeu até hoje. Lembrei do seu sorriso, das suas brincadeiras, do jeito de como queria me fazer sorrir. Como é raro alguém assim hoje em dia.- Alô? Tem alguém aí? - minha mãe perguntou, estalando o dedo na minha cara.- Desculpa, me distrai aqui. - falei, sem graça.- Hum, tudo bem. Só vim te chamar, já são dez horas e precisamos conversar. Certo? - ela perguntou.- Sim. Só vou tomar um banho e estou descendo, tá? - falei. Ela assentiu e saiu do quarto.Levantei assim que ela fechou a porta e fui até o banheiro. Fiz minha higiene, tirei a roupa e fui direto tomar um banho bem demorado, para limpar e tirar aquela tristeza de mim logo cedo. Assim que terminei, arrumei meu cabelo e coloquei u
A casa do meu futuro esposo, não era tão longe da minha casa, demorou cerca de quinze minutos para chegar. Quando sai do carro, olhei a casa vendo como ela é incrível por fora. Tinha um lindo jardim aos lados e a casa era uma mansão de tão grande que era. Uma mulher elegante saiu da casa e acenou feliz para nós.- Olá amiga - ela disse, cumprimentando minha mãe com um abraço.- Oi Isabel, tudo bom?- Tudo ótimo. - ela disse e virou para mim. - E você é Sophie, certo? - sorriu.- Sim. - sorri.- Prazer, sou Isabel e sua futura sogra - ela disse, me abraçando de um jeito carinhoso.- O prazer é meu. - falei.Minha mãe apresentou a Flávia para ela e meu pai apenas cumprimentou de longe, já que se conheciam.Entramos na casa, e na sala tinha algumas pessoas, todas bem vestidas. Fui apresentada a todas, mas havia três homens lá fora também, e tudo indicava que um deles era o meu marido. Tentei desviar os olhos, mas um parecia bem familiar. Isabel percebeu pra onde eu estava olhando e grito
Sophie Narrando.Quando voltei para a sala, Flávia me deu um olhar confuso por causa do meu estado nervoso. Desviei o olhar dela e fui até a mesa de bebida e peguei uma. Juntei-me na conversa da minha mãe com algumas mulheres que estavam ali, só que minha cabeça não estava ali. O selinho do Gabriel havia ficado em minha cabeça. Seus lábios são macios, grossos e me deixou arrepiada com apenas o encostar das bocas. Se assim já me deixou desse jeito, imagina se fosse um beijo de língua, eu não estaria respirando. Segurei uma risada dos meus pensamentos e vi quando o mesmo descia as escadas e deu um sorriso pra mim. Revirei os olhos e bebi o resto da minha bebida.- Então, Gabriel quer fazer um pedido, não é mesmo meu filho? - seu pai falou chamando atenção de todos.- Agora pai? - Gabriel perguntou fechando a cara, não gostando do que seu pai estava fazendo.- Sim, agora meu filho.Gabriel foi até seu pai e me chamou, acompanhei-o e vi tirando uma caixinha do bolso, e abrindo a mesma. De
Acordei com a Flavia levantando da cama e indo até o banheiro. Fiquei um tempo encarando o teto, e logo Flávia voltou do banheiro. Peguei o meu celular vendo que o relógio já marcava as dez da manhã.- Bom dia vaca - falou.- Bom dia, vamos descer? - falei, levantando.- Vamos.- Só me deixa ir ao banheiro. - falei, levantando e indo em direção ao banheiro.Fiz minha higiene e arrumei meu cabelo no espelho. Chamei Flavia e descemos. Quando chegamos à sala, minha mãe estava sentada no sofá com várias revistas de casamento.- Olá minhas filhas - ela sorriu. - Sophi vem me ajudar a preparar seu casamento ou você não quer?- Você se importa de fazer isso sozinha? - perguntei.- Não, mas você tem que escolher também, é o seu casamento. – Ela sorriu. - Por exemplo, olha esses bolos.Ela estendeu umas revistas com vários bolos, sentei com a Flávia pra ver, realmente tinha muitos bolos perfeito ali. Olhei as revistas que tinha ali e fiquei pensando se fosse um casamento de verdade o quanto e
Gabriel Narrando.Antes de eu sair de casa, vi que minha futura sogra estava na sala com minha mãe conversando sobre o casamento e ela me cumprimentou, dizendo que Sophie tinha saído desesperada de casa dizendo estar atrasada e ela estava desconfiada da filha. Na mesma hora, pedi o seu número que não tinha pedido e salvei em meu celular. Logo, me despedi delas e fui em direção ao meu carro. Iria me encontrar com Marcela. Ela é uma menina que fico já tem alguns meses, ficamos de vez em quando da vontade, nada serio, mesmo ela desejando por isso, mas Marcela também gosta muito da vida de solteira. Inclusive, ela não me deixa a tocar, pois queria tentar algo serio comigo e eu não aceitei, então já tinha um tempo que não a via. Até hoje ela me ligar e me chamar pra encontra - lá.Ela é uma morena, com cabelo grande, chama atenção por onde passa, mas não vale nada. Por isso que não tento nada sério com ela.Estacionei o carro e quando ia atravessar a rua, acabei vendo Sophie de longe com u
Cheguei em casa com uma raiva que eu poderia matar um se aparecesse na minha frente. E especialmente o Gabriel por ter mentido pra mim. Mas se ele pensa que vai ficar assim, está muito enganado. Se ele está a fim de brincar, então que comece os jogos. Peguei meu celular e liguei pra ele. Na quinta chamada, ele atendeu.- Fala Sophie - atendeu.- Cheguei aqui na sua casa, sua mãe está vendo a lista de convidados e tem muita gente aqui que são seus amigos, eu vou tirar alguns ok? - me segurei pra não rir.- Óbvio que não! Eles são meus convidados e você não tem que se meter.- Mas o casamento é meu, então posso fazer o que quiser.- Sophie não estou de brincadeira contigo.- Problema é seu, se você não vier aqui me ajudar eu vou mudar tudo.- Estou indo, merda.Desliguei na cara dele antes mesmo dele falar algo. Rir alto e me joguei no sofá, fiquei olhando pro teto por um tempo. Até escutar a porta sendo aberta e batendo com um pouco de força. Levantei o rosto e vi minha mãe vindo toda
Depois da sobremesa fiquei quieta e conversando com Caio pelo o celular, ele acabou ficando triste comigo que não avisei que tinha chegado e nem nada. Gabriel também tava mexendo no celular, então o deixei quieto. Quando fomos embora, Gabriel chegou perto de mim e me abraçou forte, mordendo a pontinha da minha orelha, eu fiquei arrepiada até o último fio de cabelo, e o cretino acabou percebendo e ficou rindo.No dia seguinte, não fiz muita coisa a não ser ter passado a tarde toda com Caio e cada vez estou mais encantada por ele. Ele era tudo que uma mulher queria, e ele não forçava nada comigo. Minha mãe me ligou desesperada querendo minha ajuda pro casamento, o que fez sair correndo pra casa e deixando Caio irritado.Meu casamento não seria na igreja, isso eu não permiti, era meu sonho casar na igreja e eu não faria isso com qualquer um. Minha mãe alugou um salão de festa, chamou o padre pra fazer uma pequena cerimônia e tudo ia ser feito ali. A semana toda fiquei com o Gabriel, prep
Gabriel Narrando.Quando deitei em minha cama, o único pensamento que veio em minha mente foi o dia que Sophie passou o seu pé em meu pau, e a cena de hoje à tarde. Eu quis fazer aquilo pra deixá-la com vontade, pra provocar, só que quase falhei. Quando beijei em seu pescoço, seu perfume invadiu meu nariz e me enlouqueci naquele cheiro. Só ela tinha aquele cheiro, parece que fizeram um perfume especialmente pra ela, pois eu nunca sentir algo parecido. Comecei a beijar seu pescoço e ela ficou logo arrepiada, e eu adoro ver ela assim, toda arrepiada, toda entregue, com uma cara de quero mais. Só que me lembrei do que ela fez e me vinguei, me afastei dela assim quando ela vinha me beijar, rir da sua cara brava e como ela tinha ficado linda daquele jeito. Ela ficou mais brava e depois a levei até sua casa. O caminho todo foi um silêncio e eu sorrindo de lado quando virava o rosto e via seu bico, saiu com tanta raiva de dentro do carro, que bateu com tanta força a porta, que pensei por um