Sophie narrando.- É o que? - perguntei assustada. Gabriel tinha me falado sobre a mensagem da Marcela.Meu coração se apertou quando eu soube disso. Sei que no início não foi fácil eu aceitar o bebê aqui, mas eu estava passando por muita coisa e eu não saberia lidar com um bebê também. Arrependo-me todos os dias de ter o tratado mal, mas agora tudo mudou. Eu me esforcei pra saber cuidar dele, eu já o amava como se fosse meu filho e eu não queria ela de volta pra tirar ele de nós.- Ela não vai pega-lo Gabriel. Você entendeu?- Eu não vou deixar. Amanhã mesmo vou buscá-lo na minha mãe.- Isso. Não quero que ela chegue perto dele. - Sussurrei.Por um momento me deu medo, tristeza. Abaixei a cabeça e fiquei olhando pro chão. Não quero de jeito nenhum ela chegando perto dele.- Calma, ela não vai chegar perto dele, entendeu? Eu não vou deixar, e não vai tirá-lo de mim!- Tá bom. - Sorri de lado, olhando ele.Levantei e fui até a cozinha. Bebi um copo d'água e voltei pro quarto. Gabriel e
Sophie narrando.- Senhoras e senhores, depois de tudo que aconteceu, sobre termos ouvido todos presentes aqui, quero informar que a guarda definitiva de Arthur Ferreira ficará com o pai Gabriel Ferreira. Encerrado. - Juiz terminou.Alguns meses depois estávamos todos no tribunal pra uma audiência de guardar do Arthur. Marcela não desistiu de Arthur, tentou de tudo pra conseguir ficar com o garoto e o motivo que ela voltou? O marido queria cuidar do filho dela e ai ela tinha que estar com o menino. Quando soubemos disso, a raiva que eu sentia por ela aumentou mais e Gabriel não queria nem saber de amizade, entrou na justiça pra ter a guarda total de Arthur.Hoje foi o grande dia, eu e Gabriel tínhamos ganhado a guarda do Arthur. Abracei com força o Gabriel que sorria todo contente. Até porque a mais errada foi ela e agora não adianta querer voltar querendo mudar tudo ou fazer do jeito dela, como se ninguém tivesse sentimentos. Olhei pra ela, que pegou a bolsa e saiu. Recebi compriment
Flávia narrando.Depois de tudo que aconteceu com Sophie, eu só queria estar em paz e na minha casa, na minha segurança. O que levava uma pessoa como Letícia ter feito tudo aquilo? Era amor de verdade? Se for amor, eu não quero viver assim. Não quero ser obcecada a um homem, não quero ficar sofrendo por um. E acho que até hoje não conseguir alguém por causa disso. Eu até tive um caso com o amigo do Gabriel, cheguei até pensar que iríamos ficar meses ou até anos juntos, mas não foi nada disso. Ele é cafajeste, é de todas e não se apega. Um típico homem que toda mulher quer mudar um dia, e não é todas que conseguem isso. Eu sou uma dessas que não conseguir mudar alguém por amor. Mas fazer o que, é a vida.Joguei minha bolsa no sofá quando cheguei em casa depois de um dia longo de faculdade e trabalho. Tirei o sapato e joguei longe, e fui pra cozinha. Peguei uma garrafa de vinho que tinha ali e coloquei numa taça. Prendi o cabelo em um coque e escutei meu celular tocando me avisando que
Três meses depois...Hoje é o meu grande dia. O dia que será meu casamento de verdade com Gabriel. Passava um filme passando em minha cabeça sobre o que aconteceu alguns meses atrás quando eu tive um casamento forçado. E hoje eu tenho um de verdade, com amor. Eu estava linda com o vestido branco. Meu casamento seria na praia, seria só pra os mais chegados. E estava perfeito. O Arthur estava cada vez maior, e já tentava andar. Tão pequeno e tão esperto.- Ei amiga, tá bem? - Flávia perguntou, entrando no quarto.- Estou sim. E você?- Tudo. Bom, eu queria te falar uma coisa. - Ela disse.- O que é?- Eu estou namorando o Rafael. - Choquei!- O que? Como assim? Mas ele é gay. - Fiz uma cara de espanto.- Ele era, só que a gente ficou e fomos ficando, deu nisso que estamos hoje.- Bom... Isso é meio estranho. Mas se vocês estão felizes, também estou. Vocês merecem toda felicidade do mundo. - Rir.- No inicio foi difícil pra nós também, mas nossos sentimentos falaram mais altos.- Então f
Doze anos depois...Hoje fazia seis anos que Gabriel tinha falecido. Ele sofreu um acidente de carro quando vinha de viajem a trabalho e não resistiu à batida do carro.Depois de quando nos casamos, nossos dias sempre foram de alegria. Em Campos do Jordão descobrir que estava grávida de dois meses, como eu era magrinha, não deu pra perceber muito. Tivemos nossa princesa Maria Gabriela. Ela tinha puxado tudo do pai, assim como era Arthur. Maria Gabriela só tinha o meu jeito, doce e calma. Não trabalhei mais pra me dedicar a minha família e Gabriel tinha feito o mesmo, ficava mais em casa que trabalhando. Mas quando tinha que viajar, não poderia negar de ir. E foi em uma dessas viajem que se despediu e não voltou mais. Depois da morte dele, tive que cuidar dos dois, Arthur estava com seis anos e Maria Gabriela estava com quatro anos.Eles ficaram mal assim como eu fiquei, mas não poderia deixar que a vida parasse. Ele não iria gostar de ver a gente mal, triste, parando nossas vidas por
Maria Gabriela me acordou cedo querendo ir a praia. Tentei convencê-la de ficar em casa, mas nada tirava aquela ideia da cabeça dela de ir à praia. Arthur já estava com quinze anos e já não queria sair tanto com nós duas, então deixei o mesmo dormindo, só deixei avisado que estávamos saindo.O dia tava lindo demais, um sol forte, a praia ainda estava vazio por ser cedo demais. Quando chegamos, pedi uma cadeira e um guarda sol com o rapaz que trabalha no quiosque e me sentei com Maria ali na areia. O rapaz abriu o guarda sol e arrumou tudo pra mim, o agradeci e me sentei ali brincando com Maria. Quando a mesma enjoou de ficar ali, ela se levantou e ficou em pé correndo na minha frente, até que um cachorro vinha correndo com um menininho e a assustou. O cachorro parou do seu lado e cheirou o seu pé, o menininho com os olhos verdes e o cabelo grande sorriu olhando pra Maria. Acabei sorrindo lembrando de como conheci Gabriel. Espantei meus pensamentos.- oi, desculpa pelo o Tom... Eu sou.
Sempre que podia minha ex sogra chamava meus filhos pra passarem o domingo com ela e seu marido pra aproveitarem o dia ensolarado. Desde que Gabriel partiu, eles se apegaram mais nas criancas e eu gostava muito disso. Dessa vez até eu não resistir e vim pra casa dela. Eu estava na rede sorrindo olhando a mensagem que Gustavo me enviava. Sim, quando fui embora naquele dia, Gustavo me deu seu número e trocamos mensagens desde daquele dia. A gente conversava o dia inteiro sobre nossas vidas, falei sobre a morte de Gabriel, sobre as crianças, como eu ficava com isso tudo. E assim eu soube que ele morava sozinho, era advogado como os pais. Ele sempre estava na praia com os amigos e o principal, não tinha ex doida.- Que sorrisinho é esse? - Minha ex sogra perguntou.Ela sorriu e se sentou na minha frente.- Não é nada. - Sorri de lado e guardei o celular.- Você sabe que não precisa se envergonhar né? Já tem bastante tempo da morte de Gabriel e eu não quero ver você presa nisso.- O... Que
Todos os dias eu conversava pelo o celular com Gustavo. A semana toda a gente se falava e nunca acabava o assunto. Era impressionante. Eu me sentia bem com ele como não me sentia tem meses. Teve dias que fiquei triste pensando em Gabriel e até quis desistir de sair, mas Flávia me convenceu a ir e esquecer Gabriel. Quem não estava gostando nada disso era Arthur. Ele já tinha ouvido Flávia falar de Gustavo e também lembrou da irmã falando dele, então ele estava desde quarta-feira com um bico na cara.Hoje seria o dia que eu sairia com Gustavo. Me arrumei cedo e enquanto eu terminava de passar o rímel, arthur entrou em meu quarto e parou perto da porta me olhando.- Oi meu filho, tudo bem? - Parei de me maquiar pra olhá-lo.- Tudo mãe. Vai sair?- Lembra daquele amigo da mamãe, o Gustavo? Vou sair com ele.- Mãe... - Ele se sentou na cama. - Você está com ele?- Não, eu te disse que é meu amigo.- Não precisa mentir pra mim.- E eu não estou mentindo. Eu te conto a verdade quando digo qu