Murat
— Para onde estamos indo? — Ela inquire irritadiça após um longo tempo em silêncio.
— Precisamos conversar, Sila e não dá para fazer isso lá na mansão. Não com tantos empregados ao nosso redor e ainda tem o Ali por perto.
— Não se preocupe, Murat, eu não estou com raiva de você. A final, você é um homem de negócios, certo?
Não respondo ao seu tom acusador porque quero olhá-la dentro dos seus olhos e dizer-lhe a verdade por trás daquele documento. Preciso esclarecer alguns fatos sobre o valor pago nas ações da empresa da família Yilmaz. Portanto, minutos depois estaciono o carro em frente a uma ampla casa de veraneio, rodeada por lindos jardins e de onde estamos é possível ouvir o barulho do mar que fica de frente para ela. Assim que saímos do veículo, seguro na su
SilaPor favor, se isso for um sonho eu não quero que me acordem. Penso, abrindo um sorriso languido quando sinto os seus beijos delicados se arrastar pelas minhas costas nuas, causando-me alguns arrepios gostosos e o meu corpo automaticamente fica relaxa preguiçosamente.— Bom dia! Bom dia e… bom dia! — Ele sussurra contra a minha pele, deixando-a febril e no ato, não seguro um gemido apreciativo. — Está na hora de acordar, minha linda esposa.Suspiro.Não, eu não quero acordar, já disse isso! Resmungo mentalmente, virando-me na cama para ficar de frente para ele e para a minha frustração Murat já está de banho tomado, perfumado e pronto para sair.— Não podemos ficar aqui só mais um pouco? — retruco, sentindo a minha voz rouca de sono, tentando me virar para o outro lado para voltar a dormir, mas ele n&
Sila— Bom dia, Senhor e Senhora Arslan! — Samia nos recebe na entrada com seu sorriso profissional de sempre.— Bom dia, Samia e o Ali? — Procuro saber quando não o vejo em lugar nenhum.— Acredito que ainda está dormindo, Senhora.— Samia, eu preciso que venha comigo e que traga dois empregados, por favor!— É claro, Senhor!— Eu vou ver o Ali — aviso, o beijando calidamente na boca, porém, o meu marido resolve aprofundar o nosso beijo, enquanto envolve a minha cintura, colando-me ao seu corpo e roubando literalmente o meu fôlego. E quando esse beijo se acaba, os seus olhos invadem os meus com a sua intensidade avassaladora.Tento respirar, mas é quase impossível.— Eu te amo! — Essa declaração soa tão impetuosa e tão quente que a minha reação é puxar a respira&cced
Murat— O Senhor tem certeza de que quer fazer isso, Senhor Arslan? — Samia pergunta um tanto incrédula.— Absoluta! Junte tudo que precisar para doação e as outras coisas pode mandar queimar — ordeno, porém, ela balbucia.— Certo, Senhor Arslan!Apenas aceno sutilmente, saindo do cômodo em seguida e vou direto para a varanda onde encontro o meu filho tomando café na companhia de Ayla. Intrigado, olho para os lados a procura da minha esposa, mas não a vejo em lugar nenhum.— Papai! — Meu garoto praticamente grita, saltando da sua cadeira quando percebe a minha presença e imediatamente ele corre na minha direção. Com um sorriso largo o seguro nos meus braços, jogando em cima dele uma enxurrada de beijos. — Você viu a Sila?— Ela disse que tinha uma coisa para resolver, papai.Franzo o cenho com e
Murat— Diga que estou em uma reunião agora, Isla e que retornarei à ligação assim que puder.— Claro, Senhor Arslan!Emine Arslan, o que você quer comigo agora? Resmungo mentalmente.— Murat, você ainda está aí?— Claro, Deniz.— Ótimo, estou enviando a proposta para você agora e fico aguardando o seu retorno em breve.— Até mais, Deniz!***Horas mais tarde…— Ele está se divertindo muito! — Sila fala, enquanto encosta o seu corpo no meu.Estamos sentados debaixo de uma árvore o assistindo interagir com outras crianças e sim, o meu garoto está muito feliz. Ele simplesmente não para de falar e de sorrir para elas, enquanto brinca em um parquinho no meio de uma praça movimentada.— Você é um &oac
Sila— O que é tudo isso, Samia? — pergunto, observando com curiosidade uma quantidade de caixas de papelão espalhadas pela ampla sala de visitas.— São as coisas da Senhora Cecília, Senhora Arslan. — Curiosa, vou até uma delas e a abro, encontrando algumas roupas lá dentro.— E por que elas estão aqui? — inquiro, enquanto vou para outra caixa, encontrando mais pertences da falecida.— O Senhor Arslan está fazendo algumas doações. — Ergo um olhar surpreso para a mulher que está fazendo algumas anotações em um caderno à medida que mais caixas vem surgindo pelas escadas.— Ele pediu para você fazer isso? — Procuro saber com um certo tom de desdém, apenas para não expressar o meu interesse genuíno nesse assunto.… Não pensei que amaria outra mul
Sila— Não seja idiota, Sila, o que a Cecília teria para falar de mim nessa droga de livro? — repete na defensiva, porém, dou de ombros.— Eu não sei. Talvez ela tenha mencionado algumas de suas armações para fazer o Murat acreditar que ela o traiu com o seu melhor amigo.— Sila, do que você está falando?— Não a escute, Murat, ela só está querendo complicar a minha vida dentro dessa casa. Será que não ver? Desde que essa mulherzinha pisou os pés dentro dessa casa, ela me afastou de você e do Ali…— Essa mulherzinha tem nome, Dilara! Ela é minha esposa e eu exijo que tenha mais respeito com ela! — Murat rosna furioso e depois me olha. — Me diga de onde tirou isso, Sila?— Eu a escutei falando com o Taylor no dia que ele trouxe o documento para mim. — O semblante de Mu
Murat...Você precisa saber o quanto eu te amo, Murat.Lembrar dessa frase me faz ofegar violentamente. Eu tinha uma vida linda e tranquila. Eu vivi um amor verdadeiro e profundo, e esse amor me trouxe um fruto. Deus, eu era o homem mais feliz desse mundo e agora preciso descobrir quando tudo se afundou, e eu não percebi.Quando o meu amor por ela tropeçou e caiu?É doloroso pensar que o seu sorriso era só meu, mas aquelas malditas imagens me mostraram que outro homem o tinha. O ciúme veio como um vírus doentio, penetrou e queimou todo o meu sistema, me fez arder em cólera e perder toda, e qualquer coerência. Eu me esqueci do seu amor, Cecília. Me esqueci que possessão não é o mesmo que amar e me deixei ser dominado pela minha raiva. E consequentemente ateei fogo no meu próprio paraíso.... A Dilara o estava provocando. Ela d
MuratApenas meneio a cabeça, levantando-me do chão e caminhamos em silêncio para o seu carro. Não demora para Taylor estacionar em frente a um bar. E logo que nos acomodamos em uma mesa no canto da parede, ele pede uma garrafa de uísque e dois copos.— Uma semana antes do seu aniversário Cecília me ligou. — Ele começa a falar, enquanto serve nossos copos. — Ela queria fazer uma surpresa para você e claro, que me pediu para não o avisar que eu estava na cidade. Como sempre fiquei em um hotel e passamos a nos encontrar em segredo para organizar os detalhes da sua festa com uma generosa lista de convidados. Mas não fazíamos ideia de que estavam nos seguindo ou tirando fotos desses encontros.— Quando soube que a Dilara estava envolvida nisso?— Após o velório de Cecília a encontrei descartando algumas coisas em uma lixeira. De