Sila
— Senhora Arslan, a Senhora tem uma visita. — Samia avisa após dar uma batidinha na porta do meu quarto, fazendo-me olhá-la através do reflexo do espelho.
— Quem é, Samia? — Procuro saber, ansiando que não seja alguém da minha família nas primeiras horas do dia.
Por favor, agora não!
— É o Senhor Miller, Senhora.
Confusa, uno as sobrancelhas.
— Você disse, Senhor Miller? — A mulher faz um aceno positivo. — E, ele disse o queria?
— Disse que era importante, Senhora.
... Fique longe do Taylor!
O pedido de Murat se repete dentro da minha cabeça.
Respiro fundo.
— Tudo bem, Samia, avise que descerei em alguns minutos.
— Sim, Senhora! — A porta se fecha e com uma respiração alta me pergunto o que Taylor teria para me d
Murat— Senhor Arslan, o Senhor Besim está aqui.— Besim? Mande-o entrar por favor! — Em segundos a minha porta se abre e um sorriso gigante se espalha pelo meu rosto, e imediatamente fico de pé para receber o meu primo e diretor geral da BlacSea na Turquia. — Besim! — O abraço fortemente.— Murat, meu primo!— Aceita beber alguma coisa? — indago, apontando uma cadeira para ele.— Um café turco bem forte, por favor! — Seguro o telefone e aperto o ramal da minha assistente.— Isla, traga dois cafés turcos, por favor! — peço, devolvendo o objeto para o seu lugar e encaro o meu primo que está sentado de frente para mim. — O que o traz a Londres, Besim?— O que, não sentiu saudades de mim? — Sua pergunta me faz abrir mais um sorriso. — Eu trouxe a minha mãe para
MuratA ideia de me tornar um homem de negócios me dá uma visão além do meu real produto, portanto, procuro ter algumas ações de várias empresas e de vários setores produtivos, e assim mantenho os meus ganhos em dia. Investir nas empresas de café Yilmaz Kahve S/A é uma delas. A princípio tudo não passou de uma jogada de controle, caso a minha esposa decidisse dificultar as coisas para mim, porém, agora ela tornou-se apenas mais uma base de lucro. Não demora para estacionar o meu carro na minha vaga e logo adentro o hall extremamente espaçoso e elegante da empresa Yilmaz, onde os tons marrom e creme são predominantes nesse lugar, recebendo um destaque especial por causa das luzes amareladas dos sofisticados lustres e das enormes colunas. Ao aproximar-me do elevador aperto o botão para o terceiro andar e aguardo um pouco. Entretanto,
Murat— Para onde estamos indo? — Ela inquire irritadiça após um longo tempo em silêncio.— Precisamos conversar, Sila e não dá para fazer isso lá na mansão. Não com tantos empregados ao nosso redor e ainda tem o Ali por perto.— Não se preocupe, Murat, eu não estou com raiva de você. A final, você é um homem de negócios, certo?Não respondo ao seu tom acusador porque quero olhá-la dentro dos seus olhos e dizer-lhe a verdade por trás daquele documento. Preciso esclarecer alguns fatos sobre o valor pago nas ações da empresa da família Yilmaz. Portanto, minutos depois estaciono o carro em frente a uma ampla casa de veraneio, rodeada por lindos jardins e de onde estamos é possível ouvir o barulho do mar que fica de frente para ela. Assim que saímos do veículo, seguro na su
SilaPor favor, se isso for um sonho eu não quero que me acordem. Penso, abrindo um sorriso languido quando sinto os seus beijos delicados se arrastar pelas minhas costas nuas, causando-me alguns arrepios gostosos e o meu corpo automaticamente fica relaxa preguiçosamente.— Bom dia! Bom dia e… bom dia! — Ele sussurra contra a minha pele, deixando-a febril e no ato, não seguro um gemido apreciativo. — Está na hora de acordar, minha linda esposa.Suspiro.Não, eu não quero acordar, já disse isso! Resmungo mentalmente, virando-me na cama para ficar de frente para ele e para a minha frustração Murat já está de banho tomado, perfumado e pronto para sair.— Não podemos ficar aqui só mais um pouco? — retruco, sentindo a minha voz rouca de sono, tentando me virar para o outro lado para voltar a dormir, mas ele n&
Sila— Bom dia, Senhor e Senhora Arslan! — Samia nos recebe na entrada com seu sorriso profissional de sempre.— Bom dia, Samia e o Ali? — Procuro saber quando não o vejo em lugar nenhum.— Acredito que ainda está dormindo, Senhora.— Samia, eu preciso que venha comigo e que traga dois empregados, por favor!— É claro, Senhor!— Eu vou ver o Ali — aviso, o beijando calidamente na boca, porém, o meu marido resolve aprofundar o nosso beijo, enquanto envolve a minha cintura, colando-me ao seu corpo e roubando literalmente o meu fôlego. E quando esse beijo se acaba, os seus olhos invadem os meus com a sua intensidade avassaladora.Tento respirar, mas é quase impossível.— Eu te amo! — Essa declaração soa tão impetuosa e tão quente que a minha reação é puxar a respira&cced
Murat— O Senhor tem certeza de que quer fazer isso, Senhor Arslan? — Samia pergunta um tanto incrédula.— Absoluta! Junte tudo que precisar para doação e as outras coisas pode mandar queimar — ordeno, porém, ela balbucia.— Certo, Senhor Arslan!Apenas aceno sutilmente, saindo do cômodo em seguida e vou direto para a varanda onde encontro o meu filho tomando café na companhia de Ayla. Intrigado, olho para os lados a procura da minha esposa, mas não a vejo em lugar nenhum.— Papai! — Meu garoto praticamente grita, saltando da sua cadeira quando percebe a minha presença e imediatamente ele corre na minha direção. Com um sorriso largo o seguro nos meus braços, jogando em cima dele uma enxurrada de beijos. — Você viu a Sila?— Ela disse que tinha uma coisa para resolver, papai.Franzo o cenho com e
Murat— Diga que estou em uma reunião agora, Isla e que retornarei à ligação assim que puder.— Claro, Senhor Arslan!Emine Arslan, o que você quer comigo agora? Resmungo mentalmente.— Murat, você ainda está aí?— Claro, Deniz.— Ótimo, estou enviando a proposta para você agora e fico aguardando o seu retorno em breve.— Até mais, Deniz!***Horas mais tarde…— Ele está se divertindo muito! — Sila fala, enquanto encosta o seu corpo no meu.Estamos sentados debaixo de uma árvore o assistindo interagir com outras crianças e sim, o meu garoto está muito feliz. Ele simplesmente não para de falar e de sorrir para elas, enquanto brinca em um parquinho no meio de uma praça movimentada.— Você é um &oac
Sila— O que é tudo isso, Samia? — pergunto, observando com curiosidade uma quantidade de caixas de papelão espalhadas pela ampla sala de visitas.— São as coisas da Senhora Cecília, Senhora Arslan. — Curiosa, vou até uma delas e a abro, encontrando algumas roupas lá dentro.— E por que elas estão aqui? — inquiro, enquanto vou para outra caixa, encontrando mais pertences da falecida.— O Senhor Arslan está fazendo algumas doações. — Ergo um olhar surpreso para a mulher que está fazendo algumas anotações em um caderno à medida que mais caixas vem surgindo pelas escadas.— Ele pediu para você fazer isso? — Procuro saber com um certo tom de desdém, apenas para não expressar o meu interesse genuíno nesse assunto.… Não pensei que amaria outra mul