Na fazenda de Joaquim, Matilda estava feliz por Marina e Celina, porém algo parecia perturbá-la, ao perceber isso Joaquim se aproximou dela, a fim de descobrir o que lhe causava tanta inquietação: - O que há convosco, Matilda? Tenho notado sua inquietação, minha querida. - Estou muito preocupada com João Manoel, sei que ele estava muito errado, e que o senhor meu marido agiu de boa fé com ele, mais meu coração de mãe muito se aflige. Há dias que não temos noticias dele. O que será dele, meu querido? - Acalme seu coração, minha querida. Ele vai voltar para casa um dia. Esse tempo fora, o fará muito bem. A vida o ensinará, as lições que tanto precisa aprender. - O senhor meu marido, não se preocupa com ele? - Mais é claro que sim! No entanto sei que João Manoel, agia monstruosamente, a ponto de não medir mais as conseqüências de seus atos, isolar-se do mundo, o obrigara a mudar, a trabalhar para obter fontes de renda... - É isso que me preocupa, João Manoel, saiu daqui desampara
Rafael e Marina, viviam em constante lua de mel. Mais algo talvez fosse capaz de separá-los, a saúde de Marina. Há alguns dias Marina sentia-se mal, um mal estar profundo, que nem o próprio Rafael conseguia distinguir o que era, o que lhe causava um profundo sofrimento. O que estava acontecendo a Marina? Cheio de preocupações, Rafael decidiu partir juntamente com Marina, para a fazenda de seus sogros. “Estar ao lado da mãe a fará bem, com certeza”. Pensava Rafael. Que doença seria essa que afligia o jovem médico? Que mal estar seria esse, tão constante? Pobre Rafael, não sabia mais o que fazer a fim de curar a jovem e recente esposa. Na fazenda do senhor Joaquim: - Rafael, meu genro? Marina, minha filha? Mais que surpresa tê-los aqui. - Olá senhor Joaquim, meu sogro. - Olá papai. - Mais o que houve para essa visita tão repentina? - Meu sogro, Marina está doente. Tão doente, que nem eu que sou medico, consigo diagnostificar a causa de tal doença. - Mais o que? Doente, que doen
Durante a viajem Marina sentiu-se muito mal. E contou com os cuidados de Rafael, que não podia conter seu desespero. Rafael deu graças a Deus quando chegaram à fazenda, sãos e salvos. Marina subiu a sua alcova a fim de repousar. Rafael não queria desgrudar nenhum minuto de sua esposa, temia que ela pudesse piorar.Celina assim que soube, ficou desolada, não queria perder de jeito algum a amada irmã. Diogo, ficou a seu lado tentando consola-la. :- Não fique assim, meu anjo. Marina ficará bem. Não devemos pensar o pior. - Eu queria tanto vê-la. - Se quiser, meu anjo, posso levá-la até a fazenda dela para que assim, vós possais vê-la. - Vós faríeis isso Diogo? - Sim meu anjo. Por vós eu faço tudo. Amanhã bem sedo partiremos para a fazenda Almeida Bastos. - Obrigada, Diogo, muito obrigada. - Não me agradeça, meu anjo. É um gosto realizar seus desejos. E além disso, também estou preocupado com a saúde de minha prima. - Diogo, é importante que saibamos disfarçar nossa preocupa
Rosana, assim que soube que Diogo seu filho estava sozinho em sua fazenda, resolveu visitá-lo. Contrariando seu esposo o Conde Diogo, partiu para a fazenda do filho. Na manhã seguinte: - Diogo, meu filho. - Mamãe? - Quantas saudades, meu bem. - Que surpresa ter a senhora aqui, em minha casa. - Resolvi fazer uma visita, meu filho. - Mais onde está o senhor meu pai? - Ele não veio, meu filho. Eu vim sozinha. Mais me diga onde está Celina, minha querida nora? (Rosana, por algum motivo fingiu não saber que Celina não estava na fazenda). - Celina não está minha mãe. Ela está na casa de Marina, não sei se a senhora soube mais Marina está muito debilitada. - E isso é motivo para deixa-lo aqui sozinho? - Claro minha mãe. Celina foi prestar socorro a sua irmã que não está bem de saúde. - Ora, para isso Marina tem mãe. Matilda é que deveria estar ao lado da filha cuidando dela, e não Celina que é uma mulher recém casada. É um absurdo ela deixa-lo meu filho. Celina é uma inconseqüent
Na fazenda de Joaquim, Matilda estava ansiosa: - Joaquim, meu marido estou que não me agüento de ansiedade. - Eu sei minha querida, me encontro da mesma forma. Não paro de pensar em Marina. - Sim meu querido, estou ansiosa por vê-la. Como estará nossa menina? - Espero que esteja bem. - Desejo ir à casa de Marina, o quanto antes. - No momento minha querida não posso me ausentar da fazenda, sabe que tenho esses benditos negócios a tratar. Também quero muito ver Marina, mais só poderei me ausentar da fazenda daqui a alguns dias. - Céus, eu morrerei de preocupação. - Não minha querida. Vós e Julio César, podeis viajar, se quiserem hoje mesmo até a casa de Marina. Ficarei preocupado, porém menos ansioso pois saberei que vós cuidareis muito bem de nossa menina. - Obrigada meu querido. Muito obrigada. Sinto ter de deixá-lo sozinho, mais sabe que é por uma boa causa. - Saiba, Matilda que sofrerei cada segundo de sua ausência. Mais não posso ser egoísta a tal ponto de querê-la ao m
Na fazenda de Diogo, Rosana usava de várias artimanhas para tentar colocar Diogo contra Celina, e até mesmo provocar nele a ira contra ela: - Já se passaram muitos dias meu filho, sua esposa não se importa com vós . Se importasse voltaria para casa, além disso soube que Matilda está ao lado da filha. Já era hora de Celina voltar. - Ela esta auxiliando nos cuidados com a irmã. Estou sentindo muito a falta dela, mais devo ser compreensível. - Falo isso meu filho pois me preocupo com vós, meu querido. Além disso Celina é uma moça muito bonita e... - Prossiga minha mãe, prossiga. - Marina mora na corte, sabe que a corte é cercada por cavaleiros. E Celina está lá desacompanhada, com certeza deve sair as tardes como qualquer moça faria quando se esta na corte, e vós sabeis meu filho, Celina deve ser muito cortejada. - O que diz minha mãe? - A verdade meu filho. Não existe mais a necessidade da presença de Celina lá na casa da corte. E se ela ainda esta por lá, é por que deve ter a
Já na fazenda de Rafael e Marina, Rafael procurava tratar Marina da melhor forma possível, era pesaroso o fato de pensar, que talvez sua amada esposa não resistisse ao parto, o desespero de Rafael aumentava dia a dia, ao ver a barriga de Marina crescendo, pois sabia que em breve chegaria à hora de Marina dar a luz a criança, e durante toda a gestação, Marina adoentou-se por varias vezes, chegando a ficar de cama. Diante de toda a situação, cabia a todos da família o fato de ficarem de sobreaviso para qualquer emergência. Matilda e Joaquim assim como seu irmão Julio César, sempre que podiam visitavam Marina, visando acompanhar de perto todo o sofrimento dela, sabiam que em nada poderiam ajuda-la, mas jamais perdiam a fé em nosso senhor Jesus, sabiam que ele poderia realizar o milagre de salvar a vida de Marina e o bebê, e apegavam-se com fervor a essa fé. De tudo, Rafael sempre procurava demonstrar o grande amor que tinha pela esposa. Procurava compreende-la em tudo, quase chegando a
Celina, assim que soube do grande milagre, almejou ir ver a irmã e o sobrinho que nascera. Rosana sem perder a chance de atormentar a nora, argumentou com o filho: - Meu filho, sei que é da vontade de Celina, visitar a irmã, mais meu filho vós haveis de convir comigo que isso só o atrapalharia no momento, já que está para negociar a venda das safras de café ainda por esses dias. Não pode deixar a fazenda às moscas, e ir satisfazer um mero capricho de sua esposa. - Minha mãe, Celina tem a mais absoluta razão em querer ver a irmã, afinal por pouco que Marina não deixou esse mundo. - Então meu filho, acho que deve deixar sua esposa viajar sozinha, já que ela é incapaz de compreender a situação na qual vive. - Se assim for da vontade de Celina... - Não, minha sogra, se é para ir sem o senhor meu marido, prefiro não ir, e esperar o dia em que ele possa estar comigo. Rosana se enfureceu, pois tinha a intenção de afastar Celina de Diogo, para que assim pudesse despertar nele desconfia