Durante a viajem Marina sentiu-se muito mal. E contou com os cuidados de Rafael, que não podia conter seu desespero. Rafael deu graças a Deus quando chegaram à fazenda, sãos e salvos. Marina subiu a sua alcova a fim de repousar. Rafael não queria desgrudar nenhum minuto de sua esposa, temia que ela pudesse piorar.Celina assim que soube, ficou desolada, não queria perder de jeito algum a amada irmã. Diogo, ficou a seu lado tentando consola-la. :- Não fique assim, meu anjo. Marina ficará bem. Não devemos pensar o pior. - Eu queria tanto vê-la. - Se quiser, meu anjo, posso levá-la até a fazenda dela para que assim, vós possais vê-la. - Vós faríeis isso Diogo? - Sim meu anjo. Por vós eu faço tudo. Amanhã bem sedo partiremos para a fazenda Almeida Bastos. - Obrigada, Diogo, muito obrigada. - Não me agradeça, meu anjo. É um gosto realizar seus desejos. E além disso, também estou preocupado com a saúde de minha prima. - Diogo, é importante que saibamos disfarçar nossa preocupa
Rosana, assim que soube que Diogo seu filho estava sozinho em sua fazenda, resolveu visitá-lo. Contrariando seu esposo o Conde Diogo, partiu para a fazenda do filho. Na manhã seguinte: - Diogo, meu filho. - Mamãe? - Quantas saudades, meu bem. - Que surpresa ter a senhora aqui, em minha casa. - Resolvi fazer uma visita, meu filho. - Mais onde está o senhor meu pai? - Ele não veio, meu filho. Eu vim sozinha. Mais me diga onde está Celina, minha querida nora? (Rosana, por algum motivo fingiu não saber que Celina não estava na fazenda). - Celina não está minha mãe. Ela está na casa de Marina, não sei se a senhora soube mais Marina está muito debilitada. - E isso é motivo para deixa-lo aqui sozinho? - Claro minha mãe. Celina foi prestar socorro a sua irmã que não está bem de saúde. - Ora, para isso Marina tem mãe. Matilda é que deveria estar ao lado da filha cuidando dela, e não Celina que é uma mulher recém casada. É um absurdo ela deixa-lo meu filho. Celina é uma inconseqüent
Na fazenda de Joaquim, Matilda estava ansiosa: - Joaquim, meu marido estou que não me agüento de ansiedade. - Eu sei minha querida, me encontro da mesma forma. Não paro de pensar em Marina. - Sim meu querido, estou ansiosa por vê-la. Como estará nossa menina? - Espero que esteja bem. - Desejo ir à casa de Marina, o quanto antes. - No momento minha querida não posso me ausentar da fazenda, sabe que tenho esses benditos negócios a tratar. Também quero muito ver Marina, mais só poderei me ausentar da fazenda daqui a alguns dias. - Céus, eu morrerei de preocupação. - Não minha querida. Vós e Julio César, podeis viajar, se quiserem hoje mesmo até a casa de Marina. Ficarei preocupado, porém menos ansioso pois saberei que vós cuidareis muito bem de nossa menina. - Obrigada meu querido. Muito obrigada. Sinto ter de deixá-lo sozinho, mais sabe que é por uma boa causa. - Saiba, Matilda que sofrerei cada segundo de sua ausência. Mais não posso ser egoísta a tal ponto de querê-la ao m
Na fazenda de Diogo, Rosana usava de várias artimanhas para tentar colocar Diogo contra Celina, e até mesmo provocar nele a ira contra ela: - Já se passaram muitos dias meu filho, sua esposa não se importa com vós . Se importasse voltaria para casa, além disso soube que Matilda está ao lado da filha. Já era hora de Celina voltar. - Ela esta auxiliando nos cuidados com a irmã. Estou sentindo muito a falta dela, mais devo ser compreensível. - Falo isso meu filho pois me preocupo com vós, meu querido. Além disso Celina é uma moça muito bonita e... - Prossiga minha mãe, prossiga. - Marina mora na corte, sabe que a corte é cercada por cavaleiros. E Celina está lá desacompanhada, com certeza deve sair as tardes como qualquer moça faria quando se esta na corte, e vós sabeis meu filho, Celina deve ser muito cortejada. - O que diz minha mãe? - A verdade meu filho. Não existe mais a necessidade da presença de Celina lá na casa da corte. E se ela ainda esta por lá, é por que deve ter a
Já na fazenda de Rafael e Marina, Rafael procurava tratar Marina da melhor forma possível, era pesaroso o fato de pensar, que talvez sua amada esposa não resistisse ao parto, o desespero de Rafael aumentava dia a dia, ao ver a barriga de Marina crescendo, pois sabia que em breve chegaria à hora de Marina dar a luz a criança, e durante toda a gestação, Marina adoentou-se por varias vezes, chegando a ficar de cama. Diante de toda a situação, cabia a todos da família o fato de ficarem de sobreaviso para qualquer emergência. Matilda e Joaquim assim como seu irmão Julio César, sempre que podiam visitavam Marina, visando acompanhar de perto todo o sofrimento dela, sabiam que em nada poderiam ajuda-la, mas jamais perdiam a fé em nosso senhor Jesus, sabiam que ele poderia realizar o milagre de salvar a vida de Marina e o bebê, e apegavam-se com fervor a essa fé. De tudo, Rafael sempre procurava demonstrar o grande amor que tinha pela esposa. Procurava compreende-la em tudo, quase chegando a
Celina, assim que soube do grande milagre, almejou ir ver a irmã e o sobrinho que nascera. Rosana sem perder a chance de atormentar a nora, argumentou com o filho: - Meu filho, sei que é da vontade de Celina, visitar a irmã, mais meu filho vós haveis de convir comigo que isso só o atrapalharia no momento, já que está para negociar a venda das safras de café ainda por esses dias. Não pode deixar a fazenda às moscas, e ir satisfazer um mero capricho de sua esposa. - Minha mãe, Celina tem a mais absoluta razão em querer ver a irmã, afinal por pouco que Marina não deixou esse mundo. - Então meu filho, acho que deve deixar sua esposa viajar sozinha, já que ela é incapaz de compreender a situação na qual vive. - Se assim for da vontade de Celina... - Não, minha sogra, se é para ir sem o senhor meu marido, prefiro não ir, e esperar o dia em que ele possa estar comigo. Rosana se enfureceu, pois tinha a intenção de afastar Celina de Diogo, para que assim pudesse despertar nele desconfia
Naquelas semanas Rosana estava silenciosa. Seu silencio parecia palpável. Certamente aquela mente maléfica planejava algum plano maquiavélico, já que não media as conseqüências, nem a dor e o sofrimento causado nos arredores, ela tinha em mente somente o realizar de seus planos, mesmo que custassem altos preços, talvez até mesmo a vida...Pobre Conde, não fazia idéia do que estava por vir. Enquanto Rosana sufocava dentro de si um ódio imenso, e um desejo forte de vingança sem motivo, o casal Diogo e Celina, viviam dias maravilhosos, como um casal apaixonado que eram. Ambos estavam unidos num amor límpido, esbanjavam felicidade até mesmo pelo semblante. Celina desta vez assumiu seu papel como esposa legitima de Diogo, e ele a tratava como tal, coisa que jamais pode fazer na presença de sua mãe. Celina obtinha total autonomia em todos os aspectos, em relação a vida de Diogo, existia tanta união que seria impossível separar o casal, mesmo até com motivos consideráveis, principalmente a
Rafael e Marina, não se desgrudavam, ambos descobriam juntos o prazer de serem pais de uma criança, o pequeno Joaquim, se tornava aos poucos uma criança muito graciosa, ele de fato devolverá a luz, a aquela família que antes se via tão desmotivada diante das adversidades. Matilda e Joaquim caminhavam serenos pela fazenda, enquanto conversavam: - Minha florzinha, parece que enfim, alcançamos um pouco de paz e tranqüilidade. - Tens razão querido! Acho que enfim, essa nuvem negra que nos rodeava abandonou-nos. - Acho que enfim podemos nos aquietar. - No entanto, não posso deixar de me agoniar quando penso em Julio César, e principalmente em João Manoel. - Não tenha receio, Julio César afastou-se de nós, mudando para outra cidade, isso nos faz sofrer com sua ausência, mais isso foi necessário, afinal sempre soubemos que o sonho dele sempre foi estudar advocacia. Deixe-o estudar, um dia nos ele nos dará grandes alegrias com esse oficio. - Sim, nosso filho sempre foi para nós motivo