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Eu estava adentrando o quarto de Aurora, ela estava com os olhos fechados e inchados, me aproximei devagar, pensando que ela poderia estar dormindo.

— Quem está aí? — Perguntou com a voz embargada.

— Sou eu, Oliver.

Me aproximei e toquei sua mão.

— Eu não consigo abrir meus olhos.

— Tudo bem, não precisa se esforçar.

Os olhos dela estavam muito roxos, meu peito chegou a doer de tanta pena. Ela era uma pessoa tão doce, não merecia passar por algo assim na vida.

— Oliver. — Apertou minha mão. — Obrigada pelo que fez por mim, se você não tivesse chegado naquele momento. — Logo uma lágrima desceu de seus olhos. — Eu não sei o que teria acontecido.

— Ei, não pense mais nisso, tudo bem? Você está aqui e ficará tudo bem agora.

— Não me deixa aqui sozinha, por favor.

— Eu não vou a lugar algum.

— Tinha um homem com ele, esse homem trabalha aqui, eu estou com medo, ele é primo do Sandro.

— Primo? — Isso explicava algo. — Não se preocupe, ele também está preso. Não fica assim não, tu
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