— O que está acontecendo aqui? — Oliver perguntou, andando em direção à esposa a abraçando.— A Aurora não está nada bem com essa situação. Como foi que você deixou a cópia da Liana vir parar aqui? — Denise perguntou nervosa.— E eu lá sabia, que essa garota se pareceria tanto com a Liana? — Respondeu no mesmo tom que Denise havia usado.— Tem razão. — Aurora disse ainda chorando. — Não podíamos imaginar que ela se pareceria tanto coma tia.— Você precisa conversar imediatamente com o Noah e pedir que ele a mande de volta para o lugar de onde nunca deveria ter saído. — Denise continuou, sem se importar com o que os dois acabaram de falar.— Parem com isso! — Saulo interviu. — Somos os adultos aqui e devemos nos comportar com maturidade. Esta será uma semana difícil, mas devemos fazer de tudo para fingir que está tudo bem. O Noah ficará chateado se a mandarmos embora antes do tempo, proponho tentarmos ignorar a aparência dela e fingir que nada disso nos abala.— Saulo tem razão. — Auro
Estar à frente daquela mulher, estava sendo extremamente desconfortável para Oliver, que já estava completamente arrependido por concordar com aquela situação. No entanto, ao contrário dele, Luana estava montada no cavalo de trás, sorrindo, analisando Oliver de costas, o que a deixava ainda mais interessada. Com toda a certeza, aquele homem era extremamente viril.— Todas essas terras são suas, senhor Oliver? — Se aproximou dele, a fim de puxar conversa.— Sim, minha e de minha família. — Respondeu sem olhar para ela.— O senhor deve ser um homem muito influente, já que cuida de tudo isso sozinho desde muito cedo.— Eu cuidava com o meu pai, mas a sua tia arrumou um jeito de tirá-lo de mim. — A intenção de Oliver não era jogar a culpa dos crimes de Liana em cima da sobrinha e sim, apenas deixar Luana desconfortável o suficiente para não querer conversar com ele.— Sinto muito por sua perda, mas creio que quando isso aconteceu, eu ainda nem havia nascido. Eu não tenho culpa pelas coisa
A fala de Saulo acabou gerando mais desconforto em Oliver, que o olhou com um olhar mortal, desejando pular no pescoço do amigo, porém ele sabia que o que Saulo disse, era totalmente verdade, aquela situação estava saindo do controle.Estar sozinho dentro do carro com uma mulher desconhecida e bem mais jovem, não pegava nada bem para ele.— Vá direto para casa. — Saulo o alertou.— É claro, para onde iria? — Oliver, respondeu nervoso. Ajudando Luana a entrar no carro, sob o olhar de Saulo, ele dirigiu de volta a sua casa.— Vai para o seu quarto toma banho e descansa um pouco. — Disse a ela, quando entravam na residência.— Minhas costas deve está toda arranhada, dá uma olhada para mim. — Sem nem um pingo de pudor, ela levantou a blusa na frente do homem.— Abaixa isso! — Ordenou imediatamente, virando o rosto. — Se não estiver se sentindo bem, pedirei que alguém te leve ao hospital, eu não sou médico para te examinar.Dizendo isso Oliver saiu dali, deixando Luana sozinha, que ao con
Confidenciar aquilo com o amigo foi um alívio.— Eu não gostei do jeito dela, nem do modo como fala comigo. — O que aconteceu exatamente? — Saulo perguntou preocupado.— Ontem cheguei da plantação todo sujo e aproveitei que não havia ninguém, decidi me limpar no galpão. Quando já estava terminando, vi a Luana parada, me observando. Na hora até achei que era coisa da minha cabeça e que estava vendo alucinações, pois não sabia ainda que o Noah havia chegado. Daí a Aurora chegou na hora e ela correu.— A Aurora viu ela?— Não, ela saiu antes que a Aurora chegasse.— E você não contou nada a ela? — Como contaria? Nem eu sabia que aquela mulher era a sobrinha da Liana.— E depois disso, aconteceu mais alguma coisa? — Não, ela simplesmente pediu desculpas, entretanto, aproveitou para elogiar o meu corpo.— Que mulherzinha safada! — Dizia indignado. — E mesmo assim, você ainda teve coragem de sair sozinho com ela? — Eu já te expliquei como as coisas aconteceram, tem noção de como o Noah
Pela tarde, na mesa do almoço, Noah estava com a prima, os irmãos e os pais, que comiam em silêncio.— Hoje a tarde irei para a capital. — Anunciou.— Que bom, acho que deve levar a Elisa também, ela esteve aqui mais cedo procurando por você. — Oliver disse, tentando evitar que o filho andasse sozinho com a prima.— Sério? Esqueci de avisá-la que iria trabalhar pela manhã.— Pode pegar meu carro, assim vocês irão à vontade, seu carro tem lugar apenas para duas pessoas.— Obrigado pai.Depois do almoço, Noah se preparava para sair com a prima, quando Oliver o chamou para conversar a sós.— O que aconteceu? — Noah perguntou desconfiado.— Sei que está empolgado com a sua prima, mas devia se preocupar com a Elisa também. Como você acha que estão os sentimentos dela?— Eu já expliquei a ela sobre a minha relação com a Luana.— Você se sentiria à vontade, se a Elisa aparecesse com um rapaz da mesma idade que ela e começasse a andar com ele para todos os lados? Independente do que tenha dit
Olhando pela janela do quarto e vendo que Noah já havia saído de casa, Luana decidiu colocar aquela oportunidade que estava tendo em ação. Indo até o armário, onde guardava suas roupas, pegou o pijama mais curto que havia trazido e o vestiu. O pano era bem transparente, e ela ainda fez questão de não usar nada por baixo do pijama. Saindo de seu quarto, ela caminhou pela casa, para ter certeza que estava sozinha mesmo, e acabou encontrando Oliver, sentado à mesa da cozinha, tomando seu café e usando seu notebook. Oliver estava concentrado e não notou a presença da garota, entrando semi-nua na cozinha.— Bom dia! — Ela se aproximou por atrás, colocando a mão em seu ombro, e o rosto próximo ao seu, o assustando.— O que faz aqui? Você não iria sair com o Noah?— Eu decidi ficar, hoje está sendo um dia muito quente e aqui é bem mais confortável.Andou em direção à geladeira e a abriu, se abaixando propositalmente, para pegar algum no lugar mais baixo.Quando ele viu aquela cena, fechou
Já se passavam das quatro da tarde e Noah ainda não havia chegado em casa. Todos estavam tão preocupados, que até os preparativos do aniversário de Eloá ficaram a cargo dos funcionários da casa. Noah ignorava as ligações.Elisa andava de um lado para o outro, angustiada, sem saber onde encontrá-lo. Sem pensar duas vezes, pegou o carro do pai escondido e dirigiu pela estrada da vila, ligando para Noah insistentemente, até ele atender.— Noah, onde você esta? Está todo mundo preocupado com você.— Digam para não se preocupar, eu vou voltar para casa quando me sentir melhor.— Eu não vou dizer nada a ninguém, para te falar a verdade, nesse momento estou ao volante. Acabei de pegar o carro do papai escondido e se não me disser exatamente onde posso te encontrar, eu pegarei a estrada para a capital e tentarei te achar.— Elisa, você está louca? — Perguntou preocupado. — Você nem sabe dirigir direito. Para essa carro agora e liga para seu pai ir te buscar.— Eu não vou voltar para casa, enq
Já passavam das dezoito horas, quando minha mãe chegou de frente ao portão de casa gritando. — Aurora, Aurora! — Apareci mais que depressa, ela carregava diversas sacolas em mãos. — Anda logo menina burra, não vê que está pesado? Minha mãe estava com a cara de péssimo humor, como sempre, Sandro devia ter feito ou falado algo que não tenha gostado, e com certeza, no final de tudo, ela iria descontar em mim sua frustração. — Estas são as compras do mês, arrume tudo no devido lugar, sabe que o Sandro odeia bagunça, e mais uma coisa! Não pegue nada sem permissão, quando tiver fome, me avisa que separo algo para você. — Nossa, não posso pegar algo sozinha para comer em minha própria casa? — Cala a boca, menina, ou quebro seus dentes, por conta dessas suas piadinhas. Sabe que aqui nestas compras não tem um centavo seu, você não ajuda em nada nesta casa. — Quero trabalhar, mas acabo tendo que olhar a Alice para você. De repente, só sinto um tapa no meio do rosto. As garras de minha mãe