POV: ARCHER
Avril ruborizou, a confusão evidente em seus olhos enquanto se afastava, sendo guiada por Cassandra. No entanto, antes de desaparecer no corredor, ela olhou para trás, lançando-me um olhar que parecia buscar respostas, ou talvez algum tipo de entendimento. Suspirei profundamente, sentindo o peso da situação enquanto ela sumia de vista.
Mal tive tempo de processar meus pensamentos quando meu telefone tocou. Atendi rapidamente, ainda imerso em meus pensamentos que aquele momento havia despertado.
— Archer, o que está fazendo? — A voz de Jasper soou do outro lado da linha, carregada de nervosismo. — Soube que a levou à clínica. Não tínhamos decidido mantê-la longe de tudo isso?
— Foi necessário. — Respondi vagamente, limpando a garganta, tentando esconder a incerteza em minha voz. — E a a
POV: AVRILO dia dentro da clínica passou rápido, apesar de todas as lagrimas e canções, me sentia leve por estar ali. Vaguei pela área neonatal, Cassandra me permitiu entrar no berçário e pegar um bebê no colo, caminhava de um lado para o outro com cada um que iniciava os chorinhos, cantarolando e acalmando suas emoções:— Vocês são as coisinhas mais lindas deste mundo, sabia? — Murmurei para o pacotinho embalado em meus braços. — Ai que vontade de adotar todos vocês!— Acho que você ficaria muitas noites em claro. — Sua voz ressoou cansado e imponente dentro do berçário, virei para encontrar Archer que estava encostado no batente da porta olhando-nos com intensidade. — Boa noite.— A quanto tempo está aí parado? — Arqueei a sobrancelhas o encarando quando o bebezinho resmungou. &
POV: ARCHERFoi um golpe vê-la ali, segurando o bebê com tanto cuidado e ternura enquanto cantarolava uma melodia suave. A imagem que se formou em minha mente foi tão vívida que quase pude sentir o calor de nosso filho nos braços dela, algo que eu tinha sonhado tantas vezes. Engoli em seco, lutando contra o suspiro que ameaçava escapar da minha garganta e romper o silêncio entre nós. Ela parecia tão perdida em seus próprios pensamentos e dores, tão absorta em restaurar a si mesma enquanto ajudava as outras mulheres daquele lugar a se reconstruírem, que nem notou o quão tarde já era.Quando finalmente chegamos em casa, o silêncio se instalou entre nós como uma parede invisível. Antes que eu pudesse sugerir que jantássemos juntos, Avril subiu as escadas em disparada, batendo a porta do quarto com força. Fiquei parado ao pé
POV: ARCHERO peso de todas essas perdas e responsabilidades parecia querer me esmagar, mas eu não podia me dar ao luxo de fraquejar. Havia muito mais em jogo do que apenas meu bem-estar.Falei com desdém, passando a mão pelos olhos cansados enquanto retirava as fotos da gaveta. Cada imagem, cada anotação era uma peça de um quebra-cabeça que, de alguma forma, girava em torno de Avril Fox e dos motivos que a levaram a perder o bebê. Um turbilhão de pensamentos cruzava minha mente, mas então, um pensamento permeou minha mente, uma ideia surgiu. Levantei-me de repente, com o coração acelerado, e corri até o cofre embutido na parede. Ao abrir a pesada porta de metal, minhas mãos tremiam levemente ao retirar o testamento do avô. Eu sabia que havia algo ali, uma cláusula que poderia mudar tudo.Folheei as páginas rapidamente, buscando o tr
POV: AVRILCheguei à boate, surpresa ao ver que, apesar do temporal lá fora, o lugar estava lotado. As luzes neon piscavam através das janelas, e a música vibrava no ar, fazendo o chão tremer sob meus pés. Assim que entrei, Francis, primo de Nathaniel e um dos donos do lugar, me avistou de longe. Com um sorriso largo, ele gesticulou para liberar a entrada para mim.— Avril, minha garota de voz angelical! Quanto tempo! — Ele exclamou, visivelmente animado, enquanto se aproximava para me envolver em um abraço caloroso. — Achei que tinha nos esquecido.— Como se fosse possível. — Respondi com um sorriso suave, retribuindo o abraço. Havia algo reconfortante em estar ali, em meio a rostos familiares, apesar de tudo.— O que te traz aqui hoje? — Ele perguntou, arqueando uma sobrancelha de forma divertida. — Vei
POV: AVRILHavia uma malícia sutil nas entrelinhas de suas palavras, algo que fez meu rosto corar instantaneamente. Puxei minha mão de volta, sentindo um misto de desconforto e timidez.— Obrigada por tudo, Nathaniel. — Respondi, tentando manter minha voz firme, embora um pouco tímida. — Mas não precisa se preocupar. Consegui um novo emprego com uma boa remuneração... E estou conseguindo me virar.— Um novo emprego? — Seus olhos brilharam de entusiasmo, e ele se inclinou um pouco mais para perto. — Por favor, me diga que é de cantora. O mundo precisa ouvir sua voz maravilhosa! — Ele parecia genuinamente animado com a ideia, e sua proximidade me deixou ligeiramente desconcertada.— Si... Sim, sou cantora... em uma clínica. — Respondi, mexendo-me desconfortavelmente na cadeira. — Para bebês e m&a
POV: AVRILApesar do alívio momentâneo, a verdade ainda pesava em meus ombros. Contei a ele sobre meu pai e a dívida com Corand, sobre minha primeira noite como cantora no clube estar se aproximando, meus receios em relação à saúde de minha mãe e ao café. No entanto, escondi a parte mais sombria da minha vida: o retorno do meu ex-namorado, o homem que um dia eu tanto amei, e o contrato insano que havíamos firmado, no qual eu seria sua "esposa substituta" e doadora para sua verdadeira noiva. A possível obrigação de gerar um filho para ambos era uma ferida que eu não estava pronta para expor, nem para mim mesma.O tempo passou sem que eu percebesse, e entre risos e conversas, a madrugada se esvaiu. Drinks foram e vieram, e passamos horas conversando como bons amigos. E, no fundo, era exatamente isso que Nathaniel significava para mim: um bom amigo, alguém
POV: ARCHERAvril arregalou os olhos, surpresa com a intensidade da minha reação. Talvez fosse o álcool, talvez o desejo reprimido por anos, mas, naquele momento, nada mais importava. Ela era minha, e a ideia de compartilhá-la com qualquer outro me consumia, ecoando em minha mente e inflamando meu sangue.— Você enlouqueceu? — Ela gritou, agitada, segurando a mão que ainda tremia do tapa.— Estou louco por você, Avril Fox! — Declarei com firmeza, puxando-a para mim com um impulso irresistível. Inclinei-me, mergulhando o nariz em seu pescoço, inalando profundamente o aroma doce que sempre me deixou embriagado. — Sempre fui louco por você...— Pare com isso... — Ela murmurou, a voz perdendo força enquanto seu corpo se rendia ao calor do momento. — Eu não sinto o mesmo!
POV: ARCHERDeixei sua boca faminta e desci pelos contornos de seu pescoço, traçando um caminho de beijos e mordidas. Cada toque de meus lábios na pele dela era como uma explosão de necessidade; eu precisava sentir cada centímetro daquele corpo que tantas vezes habitou meus sonhos.Minhas mãos, impacientes, deslizaram por debaixo de sua blusa. Com um movimento brusco, puxei o tecido para o lado e rasguei-o, revelando o sutiã delicado que mal conseguia conter seus seios. Umedeci os lábios, ofegante, e parei por um instante para admirá-la. Avril estava deslumbrante, a boca vermelha e inchada pelo nosso beijo apaixonado, a face ruborizada pelo calor do momento, os olhos brilhando com uma mistura de desejo e desafio.— Você é minha, Avril! — Declarei com firmeza, a voz carregada de possessividade. Antes que ela pudesse protestar, inclinei a cabeç