POV: ARCHER
— Estamos trabalhando nisso, você terá seu dinheiro em breve! — Respondi com frieza, tentando manter o controle enquanto minha mão firme puxava a arma da gaveta e a colocava discretamente sobre a mesa. — Precisamos estender um pouco o prazo.
Do outro lado da linha, Viktor soltou uma risada baixa, como se já tivesse antecipado minha resposta.
— Não temos mais tempo para extensões, Sr. Stone. — A risada se dissipou e o tom de sua voz ficou mais sombrio. — Eu tinha grandes expectativas para você. Pensei que fosse mais... eficiente. Mas aqui estamos, duas semanas se passaram, e meu dinheiro ainda não foi devolvido. — Ele fez uma pausa, como se estivesse refletindo sobre a melhor forma de aplicar o golpe. — Talvez eu precise acelerar as coisas.
— O que você quer, Viktor? — Apertei os dente
POV: ARCHEROlhei para o chão, o sangue escorrendo pela minha testa, misturando-se ao pó que cobria tudo ao redor. As mortes, o caos, tudo orquestrado para me desestabilizar. Mas agora, só havia uma opção.— Briston! — Chamei, minha voz firme e fria, o olhar de aço. — Acione a equipe externa. Use o rádio. Os russos ainda não sabem que eles estão prontos para o ataque. Quero que cerquem esses desgraçados e os eliminem! Não quero nenhum deles vivos.— Sim, senhor! — Briston respondeu prontamente, já puxando o rádio e transmitindo as ordens com precisão.— Temos seguranças de pé? — Indaguei, meus pensamentos girando em busca de soluções rápidas.— Poucos. Alguns caíram na explosão. — Jasper respondeu, seu tom carregado de preo
POV: ARCHERO caos era a única palavra que conseguia descrever os últimos meses desde que os russos explodiram o meu império. Cada decisão, cada movimento, parecia empurrar tudo para mais perto do abismo. Fomos forçados a fechar as portas, não só pelos ataques constantes, mas também pelas investigações incansáveis que nos cercavam. As acusações de desvio de verbas e envolvimento na compra de armamentos ilegais dentro do país estavam nos sufocando. Cada alegação, cada prova fabricada, era uma peça do quebra-cabeça montado pelo próprio Ethan Stone, o homem que deveria ter protegido a família, mas que escolheu destruí-la.Fotos e filmagens comprometedores começaram a aparecer de novo, como fantasmas do passado voltando para assombrar. Minha mãe, vítima silenciosa, estava pagando o preço
POV: ARCHERJasper assentiu, sua expressão dura.— Ou ele pode estar vivo, mas em algum lugar onde não pode falar ou se defender. Essa pessoa que você tem enfrentado... pode ser um impostor. Alguém com motivos próprios para destruir você, o império, e quem sabe até sua mãe.Jasper puxou uma série de fotos antigas de meu pai e as colocou sobre a mesa, apontando com determinação.— Veja aqui, Archer. — Disse Jasper de forma firme, apontando para uma das fotos. — Nesta foto antiga, seu pai tinha uma verruga na mão esquerda. Ele sempre usava aquele anel grosso no dedo para disfarçá-la, lembra?Eu observei com atenção, comparando com uma foto recente do homem que dizia ser meu pai. A verruga havia desaparecido, e o anel grosso não estava presente.— Isso
POV: ARCHERArregalei os olhos, sentindo o choque me atravessar.— Como? — Avril me olhou curiosa, seus olhos fixos nos meus, esperando uma explicação.— Os russos! — Exclamei, pegando os relatórios antigos sobre o passado de Ethan e sua família. — Aqui diz que os pais de Ethan e o irmão foram brutalmente assassinados após uma explosão de bomba em sua cidade, um ataque terrorista cometido pelos russos naquela época. Ethan sobreviveu porque estava trabalhando em uma festa de gala como garçom quando tudo aconteceu.Avril franziu o cenho, processando a informação.— Você acha que o irmão dele não morreu no ataque? — Jasper se aproximou, puxando o relatório das minhas mãos e avaliando as informações com olhos críticos. — Digo, se o irmão est
POV: ARCHER— Sim... — Ela suspirou, o som suave, carregado de frustração e resignação. — Ainda acho que deveríamos doar mais células-tronco e sangue. Eu aguento. — Com uma expressão inquieta, ela se remexeu, levantando-se do meu colo e se afastando alguns passos. — Já tomei muito dela...— Você não tomou nada, — rebati, me levantando também. — Me sinto ofendido quando fala assim. — Ela me olhou intrigada, e continuei, sério, mas com um toque de provocação. — Eu não sou posse de ninguém, dona Fox, muito menos o pet de alguém para ter sido 'tomado'.— Tem certeza sobre a última parte? — Avril levantou uma sobrancelha, seu sorriso travesso surgindo enquanto soltava uma risada suave. — Às vezes você morde.<
POV: AVRILChegamos ao hospital em um borrão de velocidade. Mal pude registrar o caminho, como se o mundo ao redor estivesse distorcido, girando em torno de uma única coisa: o medo. As palavras da assistente social ecoavam na minha mente: “Venha imediatamente, a situação da sua mãe piorou.” Só isso. Sem detalhes, sem explicações. Só o alerta frio que fazia meu coração bater descompassado.Assim que o carro parou, abri a porta com tanta pressa que nem esperei Archer me acompanhar. Meus pés batiam contra o chão do estacionamento, as batidas do meu coração ecoando nos meus ouvidos como uma contagem regressiva. Entrei correndo pelos corredores do hospital, o som dos meus passos reverberando pelas paredes brancas, parecendo tão distante quanto a própria realidade. Não havia tempo para processar, para pensar; só havia
POV: AVRIL— Não, ela prometeu que sempre estaria aqui... — Minha voz saiu em um grito trêmulo, meus olhos inchados e vermelhos se voltando para cada médico na sala, como se estivessem todos contra mim. Como se fossem eles os culpados. — Por que todos estão desistindo dela?Meus olhos, agora cheios de raiva e desespero, se fixaram em Archer, que me olhava com compaixão, mas aquilo só me enfurecia mais. Eu precisava de ação, precisava de vida. Não de condolências.— Por que você quer que eu desista dela? — Minhas palavras saíram como um rosnado, um misto de dor e incredulidade. — Eu não posso, Archer... Minha voz se partiu, meus lábios tremendo incontrolavelmente. — Eu não aguento...Voltei meus olhos para minha mãe, ignorando tudo ao redor, como se o mundo tivesse d
POV: ARCHERPousei Avril cuidadosamente na maca que prepararam para ela, meu coração acelerado e pesado, cada batida parecendo uma explosão de medo e preocupação. Seus olhos estavam úmidos, as lágrimas ainda escorrendo silenciosas pelo canto de seu rosto. Eu as enxuguei delicadamente, mas outras logo surgiam, como um reflexo da angústia que ela estava sentindo. Curvei-me, pressionando um beijo suave em sua testa, tentando transmitir toda a força que ela precisava naquele momento.— Vocês vão ficar bem, meu amor... eu prometo. — Murmurei, minha voz embargada de emoções que eu tentava controlar. Eu queria que minhas palavras fossem uma verdade incontestável, mas o pavor no fundo da minha alma não me deixava esquecer da realidade cruel que enfrentávamos. Você e nosso bebê... fiquem comigo.Observei enquanto os médicos e enfermeiros se aproximavam rapidamente, suas expressões sérias e focadas. Eles pareciam organizados, mas nada me tirava a sensação de que tudo estava escapando do meu con