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***GAYA MATARAZZO***Depois que Déco se abriu comigo, tudo ficou melhor, nos sentimos mais leves e nos amamos de forma ardente e apaixonada a noite toda.Acordo com uma leve brisa tocando meu rosto, rolo para o lado e não o encontro. Meus olhos percorrem o quarto e o vejo parado perto da porta de saída para o deck da área particular da praia.Saio da cama, cubro-me com a camisa de André e me aproximo em silêncio.Ele está distraído e visivelmente emocionado segurando um porta-retratos que eu já tinha visto no quarto ao lado, onde costumava dormir com Cíntia e que, por motivos compreensíveis, ele não quis que dormíssemos ali.Não tendo notado minha aproximação, André se surpreende quando envolvo meus braços em sua cintura e apoio minha cabeça em suas costas.— Bom dia! — digo — Está tudo bem? Não vi você levantar.Ele nada responde, apenas acaricia minha mão e lentamente se vira para que seus olhos encontrem os meus.Pela primeira vez nesses meses que convivemos, o vejo tão vulnerável a
***GAYA MATARAZZO***Acomodada em meu escritório, respiro profundamente e contemplo a paisagem além da janela. Enquanto observo o movimento dos pássaros que voam tranquilamente, nesta tarde ensolarada, de céu azul e nuvens dispersas, minha mente se perde em pensamentos.Um mês se passou desde aquele fim de semana turbulento na casa de praia. Apesar do tenso encontro com Amélia, todas as emoções que André e eu compartilhamos naqueles dias serviram como chave para transformar a nossa relação.É incrível como me sinto ainda mais conectada com ele depois que passei a conhecer detalhes do seu passado e entender a profundidade da dor que carregava e ainda carrega. Afinal, Cíntia e Manuela sempre farão parte de quem ele é.Mergulhada em lembranças, me assusto um pouco quando alguém b**e à porta.— Entre. — autorizo e um Daniel sorridente cruza a sala.— Olá, cunhadinha.— Dani! A que devo a honra dessa visita?Levanto-me e faço a volta na mesa para abraçá-lo. Apesar do sorriso estampado no ro
***GAYA MATARAZZO***Sinto uma mistura de raiva e desespero se apossar de mim ao me depara com a cena na suíte de André. Minhas pernas vacilam, quase ao ponto de ceder.Queria ser o tipo de pessoa que reage rapidamente, que grita, esbraveja e expulsa seus demônios, mas não é o meu perfil. Sou do tipo que trava em choque e não consegue reagir.André percebe imediatamente o meu mal-estar. A sensação é de que meu sangue abandonou meu corpo. Logo estou amparada por seus braços e, mesmo que eu não queira que ele me toque, não consigo impedi-lo de me carregar até a poltrona perto da janela.A expressão dele é de pânico.— Gaya! Gaya o que houve? Você está tão pálida. Respira, amor, respira!— André… não… não pode ser! Outra traição… — balbucio com a voz trêmula.— Amor, o que você está dizendo? Não estou te traindo. — ele afirma, confuso.O olhar de André alterna entre mim e a mulher em nossa cama, que começa a acordar e esfrega os olhos, sonolenta.— Ah, André! Não me subestime, por favor
***ANDRÉ BURCK*** Ontem à noite, tive um tempo agradável com meus irmãos, Cecília e Gaya. Mesmo assim, foi complicado dormir. No meio da madrugada, inquieto, após ter me virando de um lado para o outro na cama. Decidi subir para o terraço antes que acordasse minha namorada, que dormia serenamente. Hoje é uma data que traz lembranças dolorosas, que me fazem reviver o pior momento da minha vida. Por não mencionar nada com Gaya sobre isso, preferi ficar aqui quietinho, onde posso lidar com minha dor sem magoar ou deixar ela preocupada. Assim que o sol aponta no horizonte, desço para tomar banho. Gaya não está no quarto, deve estar com Kiara no andar de baixo, já que a espoleta avisou que iria cedo pra fazenda. De banho tomado, desço e encontro as duas na cozinha. Elas estão rindo de algo que Kiara mostra no celular. — Bom dia, meninas! Madrugaram? — Oi, irmãozinho! — Kiara pula em cima de mim e me dá um beijo na bochecha. Eu retribuo com um beijo em sua testa. — Bom dia, amor. Que
***ANDRÉ BURCK*** No gramado ao lado dos túmulos há uma toalha xadrez estendida no chão e sobre ela uma pequena cesta com flores, velas e fotos das duas pessoas mais preciosas que perdi. Além disso, uma garrafa térmica, que eu suponho ter alguma bebida quente, duas xícaras e uns biscoitos amanteigados. — Uau, Gaya... Nem sei o que dizer! — Você odiou, não é? Eu não sei porque aceitei a sugestão da maluca da Ceci. Ela esconde o rosto com as mãos, fica constrangida e eu sem reação. — Me perdoa? — pede fazendo uma careta engraçada. — Sei que não parece coisa de gente normal pensar em um piquenique no meio do cemitério. Mas eu queria que elas soubessem que não foram esquecidas, que ainda são amadas e lembradas com alegria pelo tempo que estiveram aqui e não apenas pela tristeza que deixaram ao partir. Num primeiro momento a ideia parece absurda, contudo, os argumentos de Gaya são totalmente plausíveis. Mesmo não sendo a hora e nem lugar, repentinamente me dá um ataque de riso. — I
***GAYA MATARAZZO*** O clima tenso com a chegada repentina de Amélia, mãe de Cíntia. Após o encontro na praia eu não tive mais notícias dela, no entanto, aqui estamos, frente a frente. Só espero que não estrague o progresso emocional que consegui de André hoje. Aproveitando que ficamos momentaneamente sem palavras, a mulher começa a se explicar. — Perdoem-me se os assustei. — ela parece claramente constrangida. — Vi vocês aqui, pensei em protestar por esse estranho piquenique. Num primeiro momento me pareceu algum tipo de deboche, profanação da memória da minha filha e da minha neta. Mas eu escutei parte da conversa… e, me desculpem por isso. — ela pede, parecendo verdadeira em suas palavras. — Depois, decidi esperar que fossem embora, então me escondi ali atrás. No entanto, sinto que já é hora de aceitar os fatos e me desculpar com vocês. Principalmente com você, André. — Você tem todo o direito de estar aqui. — afirmo com sinceridade e estendo minha mão a ela. — Venha, se junte
***GAYA MATARAZZO*** As questões emocionais de André já não são empecilho para a nossa felicidade. De tudo, o que me incomoda mesmo é ainda ser casada legalmente com Cláudio. Meu advogado está fazendo o possível para acelerar o processo de divórcio litigioso e afirmou não haver grandes problemas, visto que não temos filhos e nosso casamento é em comunhão parcial de bens, o que não dá a Cláudio o direito a herança que recebi enquanto eu estiver viva. — No que você tanto pensa, minha flor de lótus? — André senta ao meu lado no terraço, alcançando-me uma taça de vinho. Faz uma semana desde que reencontramos Amélia e estamos compartilhando dias de paz e serenidade plena. — Nada de mais, apenas desejando que esse divórcio saia logo. — respondo recebendo um sorriso de tirar o fôlego em resposta. — E então você vai se casar comigo… — Quem te disse? — provoco e ele fecha a cara. — Nem faz essa cara de cachorro abandonado. Não posso aceitar sem um pedido oficial. — Ah, não seja por isso
***GAYA MATARAZZO***André tenta, sem sucesso, abrir minha camisa. Ele ri da minha cara de espanto quando perde a paciência com os botões e, num puxão, todos eles voam para longe. — Oh! Alguém tá com pressa… Me deve uma camisa nova, senhor promotor.— Quantas você quiser, amor. — sorri com malícia.Enquanto continua a explorar cada centímetro do meu corpo, Déco se inclina sobre mim no sofá, como um lobo faminto, devorando meus mamilos com mordidas, sugando-os e lambendo-os com ganância voraz. Suas mãos não descansam nem por um segundo, explorando cada célula e pedaço de mim, arrancando gemidos despudorados.Aproveito o encaixe de sua perna entre as minhas e permito que o calor do contato se torne uma dança provocante. O roçar suave alivia a ardente excitação que me consome. André se farta sem miséria, como se eu fosse a refeição proibida após uma longa abstinência.Seus lábios se aproximam do lugar onde mais necessito. Ele levanta minha saia até a cintura e observa minha calcinha minú