Capítulo 30-CELEBRAÇÃO INUSITADA
***ANDRÉ BURCK***

No gramado ao lado dos túmulos há uma toalha xadrez estendida no chão e sobre ela uma pequena cesta com flores, velas e fotos das duas pessoas mais preciosas que perdi.

Além disso, uma garrafa térmica, que eu suponho ter alguma bebida quente, duas xícaras e uns biscoitos amanteigados.

— Uau, Gaya... Nem sei o que dizer!

— Você odiou, não é? Eu não sei porque aceitei a sugestão da maluca da Ceci.

Ela esconde o rosto com as mãos, fica constrangida e eu sem reação.

— Me perdoa? — pede fazendo uma careta engraçada. — Sei que não parece coisa de gente normal pensar em um piquenique no meio do cemitério. Mas eu queria que elas soubessem que não foram esquecidas, que ainda são amadas e lembradas com alegria pelo tempo que estiveram aqui e não apenas pela tristeza que deixaram ao partir.

Num primeiro momento a ideia parece absurda, contudo, os argumentos de Gaya são totalmente plausíveis.

Mesmo não sendo a hora e nem lugar, repentinamente me dá um ataque de riso.

— I
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