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***GAYA MATARAZZO***André tenta, sem sucesso, abrir minha camisa. Ele ri da minha cara de espanto quando perde a paciência com os botões e, num puxão, todos eles voam para longe. — Oh! Alguém tá com pressa… Me deve uma camisa nova, senhor promotor.— Quantas você quiser, amor. — sorri com malícia.Enquanto continua a explorar cada centímetro do meu corpo, Déco se inclina sobre mim no sofá, como um lobo faminto, devorando meus mamilos com mordidas, sugando-os e lambendo-os com ganância voraz. Suas mãos não descansam nem por um segundo, explorando cada célula e pedaço de mim, arrancando gemidos despudorados.Aproveito o encaixe de sua perna entre as minhas e permito que o calor do contato se torne uma dança provocante. O roçar suave alivia a ardente excitação que me consome. André se farta sem miséria, como se eu fosse a refeição proibida após uma longa abstinência.Seus lábios se aproximam do lugar onde mais necessito. Ele levanta minha saia até a cintura e observa minha calcinha minú
***ANDRÉ BURCK***A noite com Gaya foi deliciosamente surpreendente.Por tudo que ela passou, nunca imaginei que aceitaria tão facilmente esse meu lado selvagem. Sempre gostei de sexo intenso. Não que eu seja adepto de BDSM, longe disso. Nem conhecimento suficiente do assunto eu tenho. No entanto, gosto dessa pegada mais firme e dominante.Desde o início do relacionamento, quando ela confessou não ter tido boas experiências sexuais, imaginei que seria difícil chegar a esse nível entre nós e optei por conter meus impulsos. Porém, ver ela tão entregue a mim, sentindo prazer com isso, foi o ponto alto da noite.Como hoje é sábado, dormimos um pouco mais e resolvemos passar o resto do final de semana na fazenda.Aproveitamos a tarde ensolarada para passear a cavalo e nadar na cachoeira.Daniel chegou ao cair da noite, ele está de folga e Cecília viajando a trabalho, só por isso a turma do deboche não está completa.Para passar o tempo, ao invés de cada um ficar com a cara enfiada no própr
***GAYA MATARAZZO*** Nossa madrugada foi insone. Mesmo que André tentasse transparecer calma e tranquilidade, a preocupação estava estampada em seu rosto. Ficamos na fazenda até a equipe de investigação colher todos os depoimentos e terminar o trabalho no local. Ainda estamos todos apreensivos, por isso foi difícil convencer meu namorado de que eu precisava vir ao escritório hoje. Mas, no fundo, o que eu realmente queria era sair daquele ambiente tenso. Conversar com Maurício está me fazendo bem. Ele sabe de tudo pelo que estamos passando, então fiz um resumo dos acontecimentos. — Poxa, Gaya! A coisa ficou bem feia mesmo. Como ficou sua sogra e os outros? — Depois de muita conversa com os filhos, junto com Kiara e Beta, dona Vilma concordou em passar uns dias na cidade com a gente. A cobertura tem três quartos vagos, todas estão confortavelmente instaladas. Bruno, o rapaz que me salvou, também veio e está com Daniel no apartamento dele, que é no mesmo prédio. — Bom, acredito que
***GAYA MATARAZZO***— Bom dia, Betinha! — digo assim que entro na cozinha e vejo Beta preparando o café da manhã.— Bom dia, querida! — ela responde e deixo um beijo carinhoso em sua bochecha.Há dois meses, desde o ataque à fazenda, ela passou a morar definitivamente comigo e André. Dona Vilma e Kiara ficaram conosco por duas semanas. Quando elas decidiram voltar, Beta, já completamente recuperada fisicamente, optou por permanecer junto a mim. O que é um alívio, pois estou podendo cuidar dela como eu desejava.Eu abro a geladeira em busca de um algo refrescante. Ultimamente, é o único remédio para acalmar a ardência e desconforto no estômago. O alívio ao beber o líquido gelado me faz soltar um suspiro de prazer e quando me viro, vejo Beta me encarando com curiosidade.— O que foi? Por que tá me olhando assim?— Conseguiu dormir? Ainda tá ruim do estômago?— Dormi melhor depois do chazinho que fez pra mim, obrigada. Mas ainda sinto aquele desconforto. Ela solta um estalinho com a lí
***GAYA MATARAZZO***Fico em silêncio por alguns minutos tentando digerir que essa estranha é a pessoa que deveria ter sido a minha mãe. Embora esteja apenas nos documentos da adoção, tenho certeza que não se chama Talitha.— Como pode Mariana Matarazzo ser Talitha Kruel? Isso é falsidade ideológica, é crime. — digo, tentando raciocinar e sair do estado de inércia.— Não, querida. Mariana Talitha Kruel é meu nome de solteira. Ao me casar, aderi ao meu primeiro nome e ao sobrenome do marido. Quando nos divorciamos, voltei a usar o nome de solteira. E, no mundo dos negócios, sou conhecida apenas como Talitha.— Ok, Talitha— deixo as formalidades de lado. — De qualquer maneira, a sua proposta é completamente descabida. Não vou retirar queixa alguma, Larissa tem que pagar pelos crimes que cometeu. Muito menos passarei parte da minha empresa pra você. Qualquer possibilidade de negócios entre nós acabou. O sorriso cínico dela se esvai. A máscara de mulher de negócios, séria e imperturbáve
***ANDRÉ BURCK***Me sinto extasiado com a notícia de que Gaya pode estar gerando um filho nosso.Após deixá-la na empresa, chego no fórum com a cabeça repleta de pensamentos contraditórios. Com passos rápidos, atravesso o pátio em direção ao prédio da promotoria. Apesar da preocupação constantemente com a segurança dela, só de pensar na possibilidade de sermos pais, meu coração dispara e um sorriso bobo estampa meu rosto.“Por mais que eu queira muito este filho, sei que não estaremos em paz enquanto Cláudio, Larissa e seus cúmplices continuarem foragidos.”Pelos corredores, cumprimento alguns colegas e procuro organizar meus pensamentos. Preciso deixar as questões pessoais de lado e me concentrar no julgamento de logo mais. No gabinete, Melinda me espera com o café de sempre. — Bom dia, doutor André.— Bom dia, Mel. Obrigada pelo café. Vou dar uma última olhada no processo de logo mais, por favor, não quero ser interrompido por ninguém.— Sim, senhor.Por cerca de trinta minutos
***GAYA MATARAZZO***— Parabéns, casal, vocês terão um bebezinho lindo daqui a mais ou menos 32 semanas.A voz da minha ginecologista soa como música aos meus ouvidos. “Tive tanto medo de não conseguir engravidar novamente depois da dificuldade que foi da primeira vez e pela forma como perdi meu bebê.”Deixo as lembranças tristes de lado e me concentro na tela onde um pequeno pontinho, do tamanho de um grão de uva, se mostra aos nossos olhos.— Obrigada amor. Você está me fazendo o homem mais feliz desse mundo. — exclama André com os olhos marejados, deixando um beijo na minha testa.Depois da tensão de mais cedo, terminar o dia com essa notícia maravilhosa é uma benção, uma alegria sem fim. Voltamos para casa sorrindo de orelha a orelha. Nem precisamos falar nada, só de ver nossa expressão de felicidade, Beta teve a confirmação para suas suspeitas. — Parabéns, meus queridos! Deus abençoe vocês e esse anjinho que vem por aí. — disse ela, abraçando a mim e ao meu namorado.Eufórico,
***GAYA MATARAZZO*** Após o farto café, nos reunimos na varanda. A brisa suave da manhã tornou o clima perfeito para conversarmos sobre os acontecimentos tensos da semana. Não é exatamente a conversa agradável que gostaríamos de ter com nossos familiares em um dia lindo como esse, mas é necessário para entenderem a verdade por trás de tantos mistérios. — Meu Deus, meu queixo foi ao chão quando Dani me contou que a ex senhora Matarazzo virou chefe do tráfico. — comentou Cecília. Assim como dona Vilma e Kiara, Ceci ainda não conhece todos os detalhes da prisão de Talitha. Elas sabem apenas um resumo da história que contamos por telefone. — Eu não consigo entender, como uma mulher rica, com posição social de alto nível, se envolveu com um bandido chamado Günther "Mão de Ferro" Braun. — minha cunhada comenta pensativa. — Bom, até onde sabemos, Talitha não tinha conhecimento dos negócios do marido até estarem casados. — replico o que André me contou — Há pouco mais de quatro anos, quan