Desculpem a demora para publicar novos capítulos. Meu trabalho oficial está consumindo todo meu tempo, mas espero voltar ao normal na semana que vem. Beijos e até a próxima.🙏🏽😘
***ANDRÉ BURCK*** Depois de muito tempo ansiando por esse momento, finalmente tive minha primeira noite íntima com Gaya. Eu sabia que quando esse dia chegasse, eu estaria decidido a aproveitar cada momento, mas não esperava que a mistura de timidez angelical com a sensualidade de sua lingerie vermelha e transparente me deixasse tão sem palavras. Foi uma noite de descobertas e prazer, em que exploramos nossos corpos e desejos. Experimentamos uma mistura de nervosismo, excitação, intimidade e cumplicidade, em que nos abrimos completamente um para o outro. Apesar de senti-la tensa em alguns momentos, a energia entre nós fluiu de forma natural e inebriante. Para minha felicidade, Gaya não resistiu aos meus toques e se entregou de corpo e alma aos orgasmos intensos que lhe proporcionei. Ela foi a personificação da dualidade, anjo e demônio, completamente entregue à experiência. Nos tornamos uma sinfonia de prazer e paixão, uma combinação perfeita. Dormimos saciados e aninhados nos br
***GAYA MATARAZZO*** André interrompe abruptamente nossa caminhada, mas mantém firme o aperto em minha mão. Lorenzo se aproxima com uma expressão preocupada. — Doutor, temos um imprevisto… — Já vi, Lorenzo. — O que o senhor quer que eu faça? — Está tudo bem, eu resolvo… só recolha a motocicleta pra garagem, por favor. O homem assente com um meneio de cabeça e vai atender à solicitação do chefe. Assim que o segurança se afasta, fixo meus olhos em André, que parece estar à beira de um ataque de nervos. — Quem é aquela mulher, Déco? O que ela faz aqui? Ele não responde de imediato. Observo-o engolir em seco, como se estivesse enfrentando algo indigesto diante da presença daquela pessoa. Com as mãos na cintura, ele inclina a cabeça para trás, contemplando o céu sem nuvens. Só após um suspiro profundo é que ouço sua voz novamente. — Gaya, eu… bom, você sabe que sou viúvo, não é? — Sim, eu sei. — Bom, aquela mulher na varanda é Amélia, mãe da minha esposa. — E por que ela está a
***ANDRÉ BURCK*** A discussão com Amélia mexeu demais comigo. Por um momento me senti culpado por tudo, inclusive por trazer Gaya para essa casa. Por isso preferi me afastar para pôr as ideias no lugar. Depois de um tempo sozinho, refletindo e andando pela praia, sinto que é hora de voltar para Gaya. Ao entrar em casa a encontro dormindo no sofá da sala. Opto por não acordá-la, pego nossas coisas e vou direto para o banho. Volto logo depois, uma Gaya sonolenta boceja e se estica, surpresa ao me ver entrar de banho tomado. — Oi, já voltou e até já tomou banho? — Sim, você estava num sono profundo, tão serena e linda, não quis te acordar. Sento ao seu lado, deposito um beijo rápido em seus lábios e passo o braço pelos seus ombros. — Desculpe por afastá-la aquela hora. Eu precisava muito desse tempo sozinho. — Tudo bem, eu compreendo, mas preferia que tivesse desabafado comigo. Agora que arejou a cabeça, podemos conversar? — Podemos, mas antes quero comer alguma coisa, você tamb
***GAYA MATARAZZO***Depois que Déco se abriu comigo, tudo ficou melhor, nos sentimos mais leves e nos amamos de forma ardente e apaixonada a noite toda.Acordo com uma leve brisa tocando meu rosto, rolo para o lado e não o encontro. Meus olhos percorrem o quarto e o vejo parado perto da porta de saída para o deck da área particular da praia.Saio da cama, cubro-me com a camisa de André e me aproximo em silêncio.Ele está distraído e visivelmente emocionado segurando um porta-retratos que eu já tinha visto no quarto ao lado, onde costumava dormir com Cíntia e que, por motivos compreensíveis, ele não quis que dormíssemos ali.Não tendo notado minha aproximação, André se surpreende quando envolvo meus braços em sua cintura e apoio minha cabeça em suas costas.— Bom dia! — digo — Está tudo bem? Não vi você levantar.Ele nada responde, apenas acaricia minha mão e lentamente se vira para que seus olhos encontrem os meus.Pela primeira vez nesses meses que convivemos, o vejo tão vulnerável a
***GAYA MATARAZZO***Acomodada em meu escritório, respiro profundamente e contemplo a paisagem além da janela. Enquanto observo o movimento dos pássaros que voam tranquilamente, nesta tarde ensolarada, de céu azul e nuvens dispersas, minha mente se perde em pensamentos.Um mês se passou desde aquele fim de semana turbulento na casa de praia. Apesar do tenso encontro com Amélia, todas as emoções que André e eu compartilhamos naqueles dias serviram como chave para transformar a nossa relação.É incrível como me sinto ainda mais conectada com ele depois que passei a conhecer detalhes do seu passado e entender a profundidade da dor que carregava e ainda carrega. Afinal, Cíntia e Manuela sempre farão parte de quem ele é.Mergulhada em lembranças, me assusto um pouco quando alguém b**e à porta.— Entre. — autorizo e um Daniel sorridente cruza a sala.— Olá, cunhadinha.— Dani! A que devo a honra dessa visita?Levanto-me e faço a volta na mesa para abraçá-lo. Apesar do sorriso estampado no ro
***GAYA MATARAZZO***Sinto uma mistura de raiva e desespero se apossar de mim ao me depara com a cena na suíte de André. Minhas pernas vacilam, quase ao ponto de ceder.Queria ser o tipo de pessoa que reage rapidamente, que grita, esbraveja e expulsa seus demônios, mas não é o meu perfil. Sou do tipo que trava em choque e não consegue reagir.André percebe imediatamente o meu mal-estar. A sensação é de que meu sangue abandonou meu corpo. Logo estou amparada por seus braços e, mesmo que eu não queira que ele me toque, não consigo impedi-lo de me carregar até a poltrona perto da janela.A expressão dele é de pânico.— Gaya! Gaya o que houve? Você está tão pálida. Respira, amor, respira!— André… não… não pode ser! Outra traição… — balbucio com a voz trêmula.— Amor, o que você está dizendo? Não estou te traindo. — ele afirma, confuso.O olhar de André alterna entre mim e a mulher em nossa cama, que começa a acordar e esfrega os olhos, sonolenta.— Ah, André! Não me subestime, por favor
***ANDRÉ BURCK*** Ontem à noite, tive um tempo agradável com meus irmãos, Cecília e Gaya. Mesmo assim, foi complicado dormir. No meio da madrugada, inquieto, após ter me virando de um lado para o outro na cama. Decidi subir para o terraço antes que acordasse minha namorada, que dormia serenamente. Hoje é uma data que traz lembranças dolorosas, que me fazem reviver o pior momento da minha vida. Por não mencionar nada com Gaya sobre isso, preferi ficar aqui quietinho, onde posso lidar com minha dor sem magoar ou deixar ela preocupada. Assim que o sol aponta no horizonte, desço para tomar banho. Gaya não está no quarto, deve estar com Kiara no andar de baixo, já que a espoleta avisou que iria cedo pra fazenda. De banho tomado, desço e encontro as duas na cozinha. Elas estão rindo de algo que Kiara mostra no celular. — Bom dia, meninas! Madrugaram? — Oi, irmãozinho! — Kiara pula em cima de mim e me dá um beijo na bochecha. Eu retribuo com um beijo em sua testa. — Bom dia, amor. Que
***ANDRÉ BURCK*** No gramado ao lado dos túmulos há uma toalha xadrez estendida no chão e sobre ela uma pequena cesta com flores, velas e fotos das duas pessoas mais preciosas que perdi. Além disso, uma garrafa térmica, que eu suponho ter alguma bebida quente, duas xícaras e uns biscoitos amanteigados. — Uau, Gaya... Nem sei o que dizer! — Você odiou, não é? Eu não sei porque aceitei a sugestão da maluca da Ceci. Ela esconde o rosto com as mãos, fica constrangida e eu sem reação. — Me perdoa? — pede fazendo uma careta engraçada. — Sei que não parece coisa de gente normal pensar em um piquenique no meio do cemitério. Mas eu queria que elas soubessem que não foram esquecidas, que ainda são amadas e lembradas com alegria pelo tempo que estiveram aqui e não apenas pela tristeza que deixaram ao partir. Num primeiro momento a ideia parece absurda, contudo, os argumentos de Gaya são totalmente plausíveis. Mesmo não sendo a hora e nem lugar, repentinamente me dá um ataque de riso. — I