InteressesEu era uma ilha abandonadano meio do oceano,sem passado e sem futuro.Navegar em modo anônimo para não deixar rastros foi mais simplesdo que imaginei que seria, jogar o sobrenome Pipermen no Google metrouxe uma enxurrada de resultados, mas com a ‘perfeita’ da poderosafamília ostentando suas riquezas, em poucos menos de uma hora, eu játinha um número. O jogo havia começado.Destinatário Nº 51 95322233O império Pipermen está manchado.#vídeo em anexoO celular vibrou menos de um minuto após eu ter enviado a mensagem.Remetente Nº 51 95322233Não é muito sensato ameaçar alguém por sms. O que você quer?Respondi a mensagem, sorri diante da posição de vantagem quefacilmente conquistei sobre Pipermen.Destinatário Nº 51 953222332 milhões em minha conta, sem gracinhas, tenho cópias de segurança, sepor acaso eu desaparecer como a noiva, a mídia ficará feliz com o novovídeo viral que se espalhará pela web. Ana ainda está grávida, em comainduzido.Bati
LabaredasSim, sei de onde venho!Insatisfeito com a labaredaardo para me consumir!Aquilo em que toco torna—se luz.Carvão aquilo que abandono.Sou certamente labareda!O que ela está fazendo? Buzinei tentando chamar sua atenção.Balancei a mão na tentativa de que ela me esperasse.—Bella ! Não! — gritei, jogando o capacete no chão.Corri até a escada de emergência suspensa na lateral do prédio.Pendurei-me e o subi os degraus até chegar no sétimo andar, dei umaolhada rápida para baixo e o estômago embrulhou.— Por favor, Bella! — implorei, vendo que Ana continuava olhandopara baixo, pronta para saltar.Com cuidado, caminhei até o seu lado. Agora eu precisava ter cuidado,podia ver as lágrimas rolando por seu rosto.— Então é isso?! Esperei meses por você e agora vai simplesmentedesistir da vida, assim? Vou dizer uma coisa, uma página em branco é umrecomeço, Bella, sei que a dor que está sentindo é forte, mas esse é umcaminho sem volta. Não seja covarde, quand
ReencontroA vitória está reservada para aquelesque estão dispostos a pagar seu preço.Ana me encarava aturdida.—Vem, Bella, deve estar a confundindo com outra pessoa — eleinsistiu, tentando convencê-la.— Para, Diego! — protestou, desvencilhando-se para caminhar atémim.Não pude evitar de sorrir ao ver como ela o afastara. O rapaz meencarava, um olhar furioso, talvez fosse uns dez ou quinze anos maisjovem que eu e, mesmo com aquele porte atlético que ostentava, eu seriacapaz de eliminá-lo, aquela seria uma boa luta.— Disse que me chamo Ana Karvat, mas não disse o seu nome —respondeu em tom investigativo.—Robert Pipermen, mas quando estávamos sós, você me chamavade Dom.Quase pude ouvir seus pensamentos, maquinando tão rápido àprocura de nossas memórias e não consegui evitar a dor dodesapontamento quando ela balançou a cabeça e suspirou.— Desculpe, mas não lembro de nada.Precisava pensar rápido antes que fosse tarde.— Ninfa, cinco minutos é só o que
Regras, Castigo e RecompensaBaby, serei seu predador essa noiteTe caçarei, te comerei vivaAssim como animaisConviver com Bella foi completamente diferente do que euimaginava... Depois de semanas em um luto silencioso, ela havia decididomudar e a maneira como me provocou naquela padaria e depois voltou aagir como se nada tivesse acontecido... Esforçava-me paraconseguir almoçar com ela o maior número de vezes possível.Conversávamos sobre tudo, inclusive minhas conquistas que, porinsistência dela, me fazia contar tudo com o maior número de detalhes.Então, percebi que aquele flerte não se repetiria e nossorelacionamento estava limitado apenas a uma boa amizade, quandorecebi a mensagem em que ela avisava que partiria, nunca me passariapela cabeça que aquele poderia ser um trote sensual. Novamente, elavoltou a agir apenas como uma boa e curiosa amiga. Quatrosemanas se passaram desde que ela se mostrara como Ama, e eu queriamais...— É isso? Vamos continuar v
Fogo— Não ouse. — Ana estendeu a mão aberta, tentando manter umadistância segura.Segurei-a pelo fino pulso e lambi sua pele macia e quente, aí a puxeipara perto, seu corpo chocou-se contra o meu.— Calada! — bradei.Ana passou a mão, acariciando o contorno de meu maxilar.— Eu sei o que você quer, Robert — sussurrou sedutoramenteroçando os lábios nos meus.— Quero te foder como merece — respondi, mordendo seu lábioinferior.O estalo do tapa em meu rosto fez minha pele queimar, devido a dore a força com que me acertou.— Ah, sua peste. — Agarrei suas duas mãos puxando-as para trás.— Eu vou gritar.Olhei a sala, procurando achar algo pudesse prender suas mãos.— Não vai, não.Calei seus desaforos com um beijo desvairado, suguei sua língua,saboreando seu gosto com imensa satisfação. Ana soltou um gemido,prestes a me levar à loucura, minha língua acariciou a sua de maneiraexperiente e voraz. Um beijo destinado a deixá-la sem palavras...Agora ela me encarava
Apenas Negócios...Como eu me tornei tão detestável?O que você tem que me faz agir desse jeito?Eu nunca fui tão indecenteNão foi fácil convencer a diretora do hospital a me deixaracompanhar o caso da misteriosa noiva que havia sido baleada, masalgumas artimanhas, como uma boa trepada, a fizeram mudar de ideia.— Eu sei que está muito envolvido com essa moça, mas, já queinsiste tanto, permitirei que acompanhe o caso ao lado do doutor Israel.Uma noite, segui o velho até um bar onde alguns médicoscostumavam beber. Ele estava sentado sozinho em um canto maliluminado, observando uma dançarina rebolar sensualmente, esfregando-se no mastro localizado bem no centro da taverna.— A próxima rodada é por minha conta — anunciei, sentando defrente para ele. Israel balançou os ombros com indiferença e continuou admirando adança erótica. Sinalizei para a garçonete para que trouxesse mais duascervejas.O senhor acha que a noiva tem alguma chance de sobreviver? —pergun
Passado— Pipermen! A delegada vai vê-lo agora — disse o guarda destrancandoo cadeado.Diego estava na mesma cela que eu, escorado nas barras de ferro,observando Ana, que dormia na cela ao lado, ainda sob efeito do álcool.— Mãos para trás — ordenou.As algemas foram presas em meus pulsos sem folga alguma.— Vamos. — Ele me deu um empurrão nas costas, indicando parasegui-lo.Quando vi a delegada, soltei um suspiro mais aliviado. Eu e Lennanos conhecemos em uma festa BDSM há alguns anos. Assim como eu,Lenna Pesci fazia parte do clube para Dominadores.— Ah, Robert! Quanto tempo...Lena tinha trinta e quatro anos e um corpo de uma jovem de vinte, oscabelos pretos e a franja contrastavam com sua pele branca, ela me deuuma olhada rápida e abriu uma gaveta, tirando um batom de dentro.— Bom te ver, Cleópatra — respondi em voz baixa.Aquele era o apelido quando estava em alguma cena D&S. Ela meencarou enquanto passava o batom vermelho nos lábios sem precisar deum
CastigoRoleta Russa não é a mesma coisa sem uma armaE, querido, quando é amorSe não tiver dor, não é divertidoAs lágrimas rolaram pelo meu rosto, joguei mais um punhado deágua e respirei fundo. Ergui o anel lendo as inscrições em letras cursivas:Ana Karvat e Robert Pipermen. Coloquei-o no dedo anelar da mão direita.Eu precisava encontrar Robert, mas não poderia deixar minha mãe ali,naquele estado, seu sofrimento era visível. Engoli duas capsulas em secoe fui para a sala.— Mãe, é muito mais complexo do que parece, mas eu não possoexplicar agora.— Como assim, Ana? Eu preciso saber o que aconteceu —respondeu exaltada. — Dois anos sem dar notícias?Eu queria que houvesse uma maneira mais simples de explicar, averdade era tão absurda. Ergui a blusa e mostrei a cicatriz na barriga.— Há um ano, eu me apaixonei e o amor da minha vida preparou umcasamento surpresa. Quando eu estava a caminho da igreja, houve umdesvio e levei um tiro, perdi meu bebê, fiquei em c