Capítulo 35

Sangue e Pólvora

A intolerância de ser acostumado

A viver intensamente apaixonado

Lhe reserva um coração

Predestinado a sangrar

Em um quarto vazio e frio ...

Diego

Remei na direção da orla do Guaíba, não havia iluminação nenhuma

ali, a não ser pelo céu estrelado que refletia nas águas negras. Respirei

fundo devagar, deixando aquele ar fresco encher meus pulmões. Olhei no

relógio, o visor embaçado pela água. Droga!

— Blá-blá-blá, olha como me importo... — ouvi vindo de um dos

contêineres. Que estranho? As vozes estavam exaltadas, larguei a

prancha na areia e me aproximei, uma loira empunhava uma pistola.

Encostei o corpo contra a parede metálica, abri um zíper da roupa e tirei o

celular. Em quem ela está mirando? Liguei a câmera e desativei o flash.

Não consigo ver o rosto. Talvez seja melhor ir embora.

Um estampido seco ecoou. Merda, preciso fazer alguma coisa! A

loira olhou rapidamente para os dois lados e guardou a pistola na bolsa.

Filha da mãe! Ela entrou na limu
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