Fogo— Não ouse. — Ana estendeu a mão aberta, tentando manter umadistância segura.Segurei-a pelo fino pulso e lambi sua pele macia e quente, aí a puxeipara perto, seu corpo chocou-se contra o meu.— Calada! — bradei.Ana passou a mão, acariciando o contorno de meu maxilar.— Eu sei o que você quer, Robert — sussurrou sedutoramenteroçando os lábios nos meus.— Quero te foder como merece — respondi, mordendo seu lábioinferior.O estalo do tapa em meu rosto fez minha pele queimar, devido a dore a força com que me acertou.— Ah, sua peste. — Agarrei suas duas mãos puxando-as para trás.— Eu vou gritar.Olhei a sala, procurando achar algo pudesse prender suas mãos.— Não vai, não.Calei seus desaforos com um beijo desvairado, suguei sua língua,saboreando seu gosto com imensa satisfação. Ana soltou um gemido,prestes a me levar à loucura, minha língua acariciou a sua de maneiraexperiente e voraz. Um beijo destinado a deixá-la sem palavras...Agora ela me encarava
Apenas Negócios...Como eu me tornei tão detestável?O que você tem que me faz agir desse jeito?Eu nunca fui tão indecenteNão foi fácil convencer a diretora do hospital a me deixaracompanhar o caso da misteriosa noiva que havia sido baleada, masalgumas artimanhas, como uma boa trepada, a fizeram mudar de ideia.— Eu sei que está muito envolvido com essa moça, mas, já queinsiste tanto, permitirei que acompanhe o caso ao lado do doutor Israel.Uma noite, segui o velho até um bar onde alguns médicoscostumavam beber. Ele estava sentado sozinho em um canto maliluminado, observando uma dançarina rebolar sensualmente, esfregando-se no mastro localizado bem no centro da taverna.— A próxima rodada é por minha conta — anunciei, sentando defrente para ele. Israel balançou os ombros com indiferença e continuou admirando adança erótica. Sinalizei para a garçonete para que trouxesse mais duascervejas.O senhor acha que a noiva tem alguma chance de sobreviver? —pergun
Passado— Pipermen! A delegada vai vê-lo agora — disse o guarda destrancandoo cadeado.Diego estava na mesma cela que eu, escorado nas barras de ferro,observando Ana, que dormia na cela ao lado, ainda sob efeito do álcool.— Mãos para trás — ordenou.As algemas foram presas em meus pulsos sem folga alguma.— Vamos. — Ele me deu um empurrão nas costas, indicando parasegui-lo.Quando vi a delegada, soltei um suspiro mais aliviado. Eu e Lennanos conhecemos em uma festa BDSM há alguns anos. Assim como eu,Lenna Pesci fazia parte do clube para Dominadores.— Ah, Robert! Quanto tempo...Lena tinha trinta e quatro anos e um corpo de uma jovem de vinte, oscabelos pretos e a franja contrastavam com sua pele branca, ela me deuuma olhada rápida e abriu uma gaveta, tirando um batom de dentro.— Bom te ver, Cleópatra — respondi em voz baixa.Aquele era o apelido quando estava em alguma cena D&S. Ela meencarou enquanto passava o batom vermelho nos lábios sem precisar deum
CastigoRoleta Russa não é a mesma coisa sem uma armaE, querido, quando é amorSe não tiver dor, não é divertidoAs lágrimas rolaram pelo meu rosto, joguei mais um punhado deágua e respirei fundo. Ergui o anel lendo as inscrições em letras cursivas:Ana Karvat e Robert Pipermen. Coloquei-o no dedo anelar da mão direita.Eu precisava encontrar Robert, mas não poderia deixar minha mãe ali,naquele estado, seu sofrimento era visível. Engoli duas capsulas em secoe fui para a sala.— Mãe, é muito mais complexo do que parece, mas eu não possoexplicar agora.— Como assim, Ana? Eu preciso saber o que aconteceu —respondeu exaltada. — Dois anos sem dar notícias?Eu queria que houvesse uma maneira mais simples de explicar, averdade era tão absurda. Ergui a blusa e mostrei a cicatriz na barriga.— Há um ano, eu me apaixonei e o amor da minha vida preparou umcasamento surpresa. Quando eu estava a caminho da igreja, houve umdesvio e levei um tiro, perdi meu bebê, fiquei em c
LaçosNa na na Come on! A música S&M de Rihanna reverberava pelagaleria de Pierre Morrice alto o suficiente para abafar meus gritosenquanto ele me fodia contra a parede. Um andar abaixo de nós, todos osconvidados aguardavam sua chegada enquanto eu tinha o passaporteVip...— Julian, ma chère. — Suas mãos agarravam meus seios comviolência por baixo do vestido rosa Louis Vuitton que eu havia compradoespecialmente para essa noite.O corpo de Pierre contra o meu, pressionando, socando cada vezmais forte, seus olhos azuis cheios de desejo enquanto me lambia entrebeijos e mordidas, meu corpo parecia em chamas.— Agora... — sussurrei, puxando seus cabelos pretos para trás,então ele beliscou meu mamilo endurecido, tornando suas estocadasainda mais vigorosas, com todo o seu farto pau enterrado dentre de mim.— Não aguento — confessei em um delírio prazeroso.Pierre afastou ainda mais minhas pernas com a mão que percorriapor meu corpo inteiro, senti seu membro pulsar e
Olhei o relógio, duas da manhã, esse filho da puta está atrasado. ViHunter pela primeira vez há quase quinze anos, no meu aniversário de 29quando resolvi aliviar o estresse no clube da Luta.— Hoje eu quero lutar até cansar! — gritou o alemão com umacamisa azul com estampa de motoqueiros por debaixo da jaqueta decouro vermelho e óculos da mesma cor. — Quero o melhor daqui!Seria interessante arrebentar a cara desse folgado, se ele queria omelhor, então era contra mim que teria que lutar. Desabotoei meu terno etirei a camisa branca.— Ô, garoto! Já tem idade para entrar aqui!? — provoquei enquantoatirava as roupas em um canto qualquer.— Dezoito hoje. Aguenta meu pique, vovô — ele retrucou dandopulos de um lado para o outro enquanto se aquecia, dando alguns socosno ar.— É melhor tirar isso que está vestindo, seria uma pena estragar ummodelo tão... peculiar.Algumas risadinhas na roda que se formara ao nosso redor foramouvidas. O alemão deu uma gargalhada al
O Prazer da caçaEu já não fazia ideia do tempo que estava ali, Bella saiu antes deanoitecer, mas agora já havia escurecido. Meus braços pareciam prestesa arrebentar, a gagball metálica ainda presa, me impedindo de emitirqualquer barulho. Os cortes provocados pelas chicotadas ardiam menosagora. E se ela não voltar? Não queria pensar naquilo. Ouvi a maçanetagirando, e a porta foi aberta. Inclinei a cabeça, tentando vê-la.Um homem vestido de preto se aproximou da mesa, um gorro pretoencobria seu rosto. Os olhos verdes me lançaram um olhar venenoso, oestranho olhou para o retrato de Bella, minha dominatriz, pintado naparede e pegou a lâmina que ela havia deixado ao lado da cane e dochicote.—Shiiiiuuu. — Ele gesticulou fazendo sinal de silêncio.Cortou as cordas que prendiam meus tornozelos e jogou a calçasobre meu corpo nu. Sem dizer uma única palavra, cortou as cordasrestantes e atirou a lâmina no chão, posicionando-se em frente à portacom as mãos voltadas p
Destranquei a porta usando a chave micha. A sala, um completobreu, caminhei com cuidado para não pisar nos cacos. Tirei o celular dobolso e fotografei tudo o que podia. Parecia que um furacão haviapassado por ali, na mesa, algumas cordas, lâminas e chicotes. Pareceque alguém curte sado. Pensei enquanto vasculhava a estante de livros,esse cara não tem tevê? Ao lado de uma enciclopédia, o Macbookpiscava sinalizando estar sem bateria. Abri a tela com cuidado e umajanela surgiu pedindo para que eu preencha o login e a senha. Merda.Tirei o pendrive que estava conectado na lateral e o guardei no bolso dajaqueta. Coloquei o notebook no mesmo lugar e caminhei até o quarto,Ana dormia ao lado de Diego.Explicado o porquê da sala destruída, parece que o garotão irritou algumcasca grossa. Ana ainda usava o mesmo sobretudo.— Dom, por favor — ela murmurou sonâmbula.Ela se moveu na cama e virou para o lado. Diego acordou e meencarou. Puxei a Magnum presa à cintura e apon