Presente — Querida, você está quase pronta? — a voz do meu marido chama do outro quarto.
Eu olho para o meu reflexo no espelho enquanto coloco meu brinco de pérola, sussurrando para mim: — Sim.
Ajeito a minha postura, aliso o tecido do meu vestido, corro os dedos pelo meu cabelo longo, vermelho. Um cobertor de carmim. Ondas soltas caindo sobre meus ombros nus. A frieza da seda azul da meia-noite que se agarra às ligeiras curvas da minha pequena forma. A boa esposa estoica. Meu marido, o farol da minha admiração, ou assim parece.
— Impressionante.
Meus olhos se deslocam, do espelho para Bennett, conforme ele caminha para dentro do meu closet, onde estou. Ele arrasta meu cabelo para o lado, expondo meu pescoço para seus lábios.
— Mmm. — eu cantarolo ao seu toque antes de virar em seus braços, para ajustar sua gravata borboleta preta.
Seus olhos estão presos em mim enquanto concentro-me em seu pescoço e quando lhe dou minha atenção, ele me dá um sorriso suave. Eu devolvo. Ele é impressionante com sua estrutura óssea forte, queixo quadrado e cabelos castanhos com alguns reflexos prateados. Um sinal dos seus 34 anos e seu status influente. Um magnata. Dono da maior empresa de aço do mundo. Ele é poder. E eu a favorecida.
— Baldwin está pronto com o carro. — ele diz antes de beijar a minha testa.
Pego minha bolsa e Bennett me ajuda com o meu casaco e descemos pelo elevador. À medida que atravessamos o lobby do The Legacy, a minha casa durante os últimos três anos, Bennett mantém sua mão sobre a base das minhas costas, guiando-me para a noite fria de inverno.
— Sr. Vanderwal. — Baldwin, o nosso motorista e bom amigo do meu marido há anos, cumprimenta com um aceno de cabeça antes de voltar sua atenção para mim. — Sra. — Boa noite. — eu digo, quando deslizo minha mão na sua, e ele me ajuda no banco de trás do Land Rover.
Bennett escorrega para dentro comigo e pega a minha mão em seu colo, enquanto Baldwin fecha a porta e então pula no banco da frente. 'Metamorphosis' por Glass, o favorito de Bennett, engole o silêncio e enche o carro. Levanto a minha mão livre, e a coloco na janela gelada, sentindo a umidade e o frio, que se infiltram em minha pele.
— Eu amo a neve. — murmuro, mais para mim do que para o meu marido, mas ele responde de qualquer maneira.
— Você diz isso a cada inverno.
Viro-me para olhar para ele e, em seguida, para as nossas mãos unidas, solto um leve murmúrio antes que ele mexa e diga: — Então, Richard disse que ele passou por este hotel no outro dia e mencionou que seria um bom local para realizar nossa festa de ano novo este ano. — Qual é o nome?
— Lotus.
— Interessante. — observo e pergunto: — Esse é o novo hotel de McKinnon, certo?
— Filho dele, na verdade. Eu ainda tenho que conhecê-lo. — Hmm.
Apertando de leve minha mão, ele questiona. — O que é esse olhar?
— McKinnon pode ser, bem... — Um idiota?
Eu sorrio e concordo — Sim. Eu só não sabia que tinha filhos, só isso.
Dirigimos através do tráfego de sábado à noite no circuito de Chicago, finalmente chegamos até o recém-construído hotel que divertirá a elite da cidade. Nós tendemos a ir a uma série monótona de eventos como este. Com o status de Bennett, não só na cidade, mas em todo o mundo, a sua presença faz parte de um acordo que é procurado pela publicidade e por outras razões. Mas Bennett fez vários negócios com Calum McKinnon ao longo dos anos, de modo que o evento de hoje à noite não era um que ele podia pular para fora.
Quando Baldwin abre a porta e me ajuda a descer, eu me endireito e ajusto o meu vestido longo, antes de ser conduzida pelas portas de vidro e para dentro do lobby do Lotus. Enquanto Bennett sai do meu lado para levar nossos casacos, eu observo a compostura dos convidados e mordo o interior da minha bochecha. Eu sei que eu estou com o homem mais rico aqui, mas meus nervos tendem a revirar o meu intestino, imaginando se essas pessoas podem ver através de mim.
Eu sou recebida com uma taça de champanhe e pelos olhos de algumas mulheres que servem em alguma das festas de caridade que eu costumo ir.
— Você está pronta, querida?
Meu marido envolve seu braço no meu quadril e orienta-nos para a primeira de muitas interações que teremos. Eu visto o meu sorriso, levanto meu queixo, e desempenho o papel. O papel que eu tenho desempenhado desde que conheci Bennett. Ele é um marido amoroso, sempre foi. Firme em seu negócio, mas muito gentil comigo, como se eu fosse frágil. Talvez eu costumasse ser, mas não mais. Eu sou tão forte quanto eles vêm. Fraqueza deriva da alma. A maioria das pessoas tem uma, o que dá, a uma mulher como eu, uma alavancagem. A influência para jogar com as pessoas ao meu gosto, e é assim que eu faço.
— Nina! — eu ouço meu nome ser chamado por uma das minhas amigas.
— Jacqueline, você está linda. — eu digo quando ela se inclina para beijar minha bochecha.
— Bem, eu não posso nem competir com você. Linda como sempre. — ela fala antes de voltar sua atenção para Bennett e cora no momento que diz olá. Tenho certeza que ela acabou de molhar a calcinha também. Ela é uma namoradeira desesperada. Seu marido é uma desculpa para um homem. Mas o marido é parceiro de negócios do Bennett, então eu coloco sua merda misógina de lado e sinto pena daquela idiota que se casou com ele. Ela está tentando entrar nas calças do meu marido desde que a conheci. Eu nunca disse uma palavra, porque o desespero não é algo que atrai Bennett.
Enquanto Jacqueline flerta com o meu marido, eu faço a varredura da sala. Todos vestidos em seu melhor, bebendo e socializando. Eu me afasto das pessoas irracionais e foco no design elegante e moderno do hotel. A montagem minimalista, mas claramente banhada em dinheiro. Enquanto flutuo meu olhar ao redor da sala, pouso em um par de olhos me encarando. Olhos que captam meu interesse. De pé, em um pequeno grupo, sem prestar atenção a uma única pessoa em torno dele, um homem - um homem surpreendentemente atraente - está me observando. Mesmo quando eu olho para ele do outro lado da sala, ele não desvia o olhar fixo de mim; simplesmente ergue um pequeno sorriso antes de tomar um gole do seu uísque com soda. Quando uma loira esguia acaricia o braço dele, o contato é perdido. Impecavelmente vestido em um terno sob medida, ele tem uma aparência um pouco indiferente nele. Seu cabelo é estilizado vagamente, como se tivesse apenas passado as mãos pelos cachos volumosos e dito foda-se, e seu maxilar definido é coberto por dias de barba por fazer. Mas aquele terno... sim, aquele terno está claramente cobrindo um corpo bem conservado. As linhas e cortes abraçam sua forma, acentuando ombros largos em V até os quadris finos.
— Querida?
Distancio do seu olhar persistente, dirijo-me ao olhar curioso do meu marido e percebo que Jacqueline não está mais ao seu lado.
— O que chamou sua atenção? — ele pergunta.
— Oh. Só estou absorvendo tudo. Este lugar é incrível, né? — Eu estava perguntando sobre a festa, mas eu acho que você estava distraída. Então, o que você acha? — Sim, eu concordo. Este seria um ótimo local e uma boa mudança de cenário. — eu digo a ele, e enquanto faço isso, vejo o cara foda-se aproximar. Ele tem uma calma no seu passo, e as outras mulheres na sala o notam também.
— Você deve ser Bennett. — ele diz em um sotaque escocês sedoso, áspero, que é uma reminiscência do sotaque do seu pai, e estende a mão para o meu marido. — Sou Declan McKinnon. Meu pai fala muito bem de você. — É bom finalmente conhecê-lo, Declan. Eu não vi Cal aqui esta noite. — diz Bennett, conforme balança a mão do cara foda-se, que agora tem um nome.
— Ele não está aqui. Ele teve que voar para Miami para cuidar de alguns negócios. — Aquele velho bastardo nunca para de se mover, não é? — Bennett ri e Declan une-se a ele, balançando a cabeça, dizendo: — Sessenta anos de idade e ainda latindo ordens para quem quiser ouvir. Inferno, mesmo para aqueles que não querem.
Quando Declan olha para mim, meu marido pede desculpas e diz: — Declan, esta é a minha esposa, Nina.
Tomando minha mão, ele se inclina e beija minha bochecha antes de se afastar e elogia: — É um prazer. Eu não pude deixar de notá-la através da sala mais cedo. — olhando para Bennett, acrescenta. — Você é um homem de sorte.
— Eu digo a ela todo dia.
Eu uso o meu sorriso como uma boa esposa deveria. Eu venho fazendo isso há anos, entorpecida pelos elogios ridículos que esses homens tendem a lançar, nas suas tentativas desastrosas de maneiras cavalheirescas. Embora, eu possa perceber que Declan não faz nenhum esforço. Seus ombros estão relaxados. Ele está descontraído.
— Este lugar é uma grande proeza. Parabéns. — Bennett fala para ele.
— Obrigado. Levou apenas alguns anos da minha vida, mas... — ele diz conforme observa o entorno. — Ela é exatamente como eu imaginava. — antes de voltar a olhar para mim.
Esse cara está flertando abertamente, e eu estou surpresa que esse deslize tenha passado por Bennett enquanto ele continua na conversa.
— Eu estava acabando de falar para Nina que seu hotel forneceria um cenário perfeito para a nossa festa de fim de ano, que damos para os nossos amigos.
Eu me intrometo com um sorriso, dizendo: — É uma ocasião de uma vez por ano, onde meu marido libera as rédeas, permitindo-me criar um evento para acentuar o seu poder financeiro, simplesmente para lembrar a todos quem está no topo. Um extensor de pênis, se você me entende, e é decorrente da visita anual. — eu provoco com uma feminilidade macia que fazem os meninos rirem em diversão com as minhas palavras azedas. Eu sorrio junto com eles enquanto atiro, ao meu marido, uma piscadela sedutora.
— Ela tem uma boca doce. — diz Declan.
— Você não tem nem ideia. — Bennett responde e olha para mim com seu sorriso. — Mas, apesar do que ela diz, ela ama o planejamento deste compromisso anual, e observo com emoção vê-la gastar todo o meu dinheiro suado. Mas estamos em um dilema, porque o local que selecionamos alguns meses atrás, agora está em reforma e o espaço não ficará pronto a tempo. — Quando seria este evento?
— É na Véspera de Ano Novo. — ele responde.
— Parece que é factível. — diz Declan enquanto pega um cartão de dentro de seu paletó, e em vez de entregá-lo a Bennett, entrega-o para mim, dizendo: — Uma vez que parece que você é a mulher a quem responderei, aqui estão os meus números de contato. Pego o cartão entre os dedos, e vejo quando ele se vira e diz para o meu marido: — Vou me certificar de supervisionar o planejamento para garantir que Nina receba tudo o que ela pedir.
— Parece que vou preencher um grande cheque este ano. — meu marido brinca. — Bem, Declan, foi ótimo finalmente colocar um rosto no seu nome, mas se você nos der licença, eu gostaria de exibir a minha esposa na pista de dança. Quando Bennett nos leva para o salão de dança cheio e me envolve em seus braços, eu aproveito a oportunidade para espreitar por cima do ombro para encontrar Declan me observando atentamente. Esse cara não tem nenhum escrúpulo sobre seu interesse, e uma pontada de alegria tamborila dentro de mim enquanto meu marido me move lentamente com facilidade.
Continuamos a nos misturar durante a noite e socializar com amigos e colegas de trabalho antes de nos retirarmos e voltarmos para o The Legacy. Saímos do elevador, para a cobertura de propriedade de Bennett, onde eu o conheci, há quatro anos e andamos pela sala escura. A única luz é a da lua, que está lançando seu brilho por trás das nuvens cheias de neve, das janelas que vão do chão ao teto e abrangem as duas paredes. Eu entro na suíte master atrás de Bennett e, enquanto eu escorrego para fora dos meus saltos, olho para cima para ver que ele já desfez sua gravata borboleta, que está pendurada na gola da camisa de smoking branca, agora desabotoada.
Seus olhos ficam extasiados conforme movem para baixo, no meu corpo. Eu continuo lá e ele se aproxima lentamente e, em seguida, desliza as mãos ao longo da minha forma, até que se ajoelha na minha frente. Ele passa as mãos pelas minhas pernas através da abertura da fenda no meu vestido, e assim que seus dedos batem na minha calcinha, eu desligo.
A gaiola de aço envolve em torno do meu coração, e antes que meu estômago se revolte, eu desligo.
Entorpecida.
Vazia.
Ele arrasta minha calcinha pelas minhas pernas e eu saio dela antes de sentir o calor da sua língua que desliza ao longo da junção da minha boceta, mas eu consigo me impedir de entreter pelo menor impulso de intimidade. Eu durmo com meu marido há anos, mas recuso a me permitir ter prazer ou a acreditar no que estou experimentando.
Por quê?
Vou lhe dizer o porquê.
Porque eu o odeio.
Ele acha que, neste momento, nós estamos fazendo amor. Seu pênis me enche lentamente enquanto deito abaixo dele. Braços atados ao redor do seu pescoço. Pernas amplamente abertas, convidando-o a ir mais profundo enquanto ele se banqueteia em meus seios. Ele acredita que ele é tudo o que eu quero. Ele sempre acreditou. Mas isso é apenas um jogo para mim. Um jogo que ele caiu tolamente. Ele nunca questiona o meu amor por ele, e agora o meu corpo se contorce por baixo dele, entre gemidos de prazer simulados quando ele goza, empurrando seus quadris para dentro de mim, me dizendo o quanto ele me ama, e eu lhe devolvo suas palavras.
— Deus, Bennett, eu te amo tanto. — eu ofego.
Sua cabeça está situada no meu pescoço, enquanto ele tenta acalmar sua respiração, e no momento que ele levanta, eu corro meus dedos por seus cabelos e sobre o seu couro cabeludo úmido e ele olha nos meus olhos.
— Você é tão impressionante quando está assim.
— Assim como? — eu questiono suavemente.
— Saciada.
Idiota.
Presente Reviro na cama, eu me encontro sozinha. Nada de novo. Loção pós-barba de Bennett ainda paira no ar, e quando vou para a sala de estar muito aberta, eu o vejo sentado no bar na cozinha. Ele lê um arquivo enquanto bebe seu café. Amarro o cinto do meu roupão de seda em volta da minha cintura, me aproximo dele por trás, passando os braços ao redor dos seus ombros, dando-lhe um beijo. —Bom dia. — ele diz com um sorriso, feliz em me ver. — Você acordou cedo. — eu respondo, conforme observo seu terno de três peças. Ele abaixa o arquivo, e vira para me puxar entre as pernas. — Eu estou saindo para Dubai. Esqueceu? — Claro que não. Mas você não sai até algumas horas. — eu digo a ele e, em seguida, abaixo a minha cabeça, acrescentando em tristeza fingida: — Eu gostaria que você ficasse. Beijando meus lábios, ele se afasta e envolve os dedos no meu cabelo comprido, penteando-o para trás. — É só por alguns dias. Além disso, você vai estar ocupada. — Ocupada? — Eu preciso que você com
Presente Declan me ligou há dois dias para confirmar o meu encontro com a florista. Ele recomendou a empresa localizada em Andersonville que seu hotel utilizava para decorar o lobby, então eu concordei. Depois de discutir o tema do baile de máscaras com Bennett esta manhã, ele me deu a luz verde, o que me deixou feliz. Posso dizer que ele sente minha falta pelo nosso telefonema - ele não foi tão rápido para desligar - mas ele vai voltar de Dubai amanhã à noite. Apesar da sua solidão, ele estava feliz por ter adquirido a unidade de produção, que se propôs a comprar da empresa quase falida por lá. O caminho para Andersonville leva mais tempo do que o normal. Os invernos em Chicago são brutais para a cidade, mas é uma brutalidade que eu gosto. Então, como eu estou no banco de trás, assisto o branco da neve atingir a janela e derreter lentamente em uma cascata em forma de garoa escorrendo pelo vidro. Chegando ao Marguerite Gardens, entro na loja rústica. Paredes de tijolos, pisos de mad
Passado — Elizabeth. — papai grita do outro lado da porta do meu quarto. — Você precisa de ajuda? Eu luto contra o tecido brilhante do meu vestido de princesa, tentando encontrar a abertura da manga para empurrar meu braço completamente. — Não, papai. — eu respiro pesadamente ao torcer o meu braço, até finalmente encontrar a abertura. — Você está pronta? Vou até a minha caixa de brinquedos e pego os sapatos de salto alto de plástico rosa que combinam com meu vestido brilhante. Coloco-os e sigo adiante, até a minha porta e a abro. Olho para o meu pai, segurando um pequeno buquê de margaridas cor de rosa. — Eu nunca me canso de ver esse sorriso lindo. — ele fala antes de tomar minha mão e beijá-la. Então, me entrega as flores. — Para a minha princesa. — Obrigada, pa - quero dizer, Príncipe. — Posso entrar em seu castelo? — ele pergunta, e eu pego a sua mão, puxando-o para o meu quarto - nosso castelo de mentira esta tarde. — Você gostaria de um pouco de chá? — pergunto, à medida
Passado Já se passaram três anos que fui tirada da minha casa e colocada em um orfanato. Três anos desde que eu vi o meu pai. Disseram-me que ele traficava armas para a América do Sul. Eu ainda não entendo nada, mas, novamente, eu sou apenas uma garota de oito anos de idade. Em custódia do estado de Illinois. Três anos e eu sinto falta do meu pai todos os dias. Ninguém vai me levar para vê-lo, pois ele está a mais de seis horas de distância, cumprindo a sua pena de nove anos em Menard Prison. Sento-me no meu quarto e espero minha assistente social, Barbara, me buscar para me levar para a minha nova casa. Três anos e eu estou deixando a minha quinta casa para ir à sexta. O primeiro lugar que eu fui era na mesma cidade de Northbrook, onde eu morava. Mas depois de ser pega saindo pela janela do meu quarto algumas vezes durante a noite, eles disseram que não me queriam, e então eu os deixei. A mesma coisa aconteceu em cada casa que eu morei. No começo eu ficava com medo. Chorava muito.
Presente — Onde diabos você esteve, Elizabeth? — Sinto muito. — eu digo quando Pike afrouxa seu aperto sobre mim. — Eu não tenho conseguido sair, mas eu estou aqui agora. Pike dá um passo para trás, passando uma mão pelo cabelo grosso, áspero, escuro e libera uma respiração áspera através do seu nariz. — Pike, vamos lá. Não faça eu me arrepender de vir aqui. Eu só tenho hoje à noite antes de Bennett voltar para casa. — Eu só estou cansado de viver nesta espelunca enquanto você está vivendo sua vida preciosa naquela porra de cobertura. Já faz mais de três anos. — ele implica e depois cai de volta no sofá. Olho para ele, e tento acalmar sua irritação: — Eu sei. Desculpe-me, mas você sabia que seria assim. Você sabia que isso não funcionaria se movêssemos rápido. — Você está ao menos trabalhando nisso, Elizabeth? Porque pelo que estou vendo, parece que você ficou bastante confortável em sua nova vida. — Não seja um idiota, Pike. — eu digo, levantando a voz para ele. — Você me conhe
Presente Eu observo como Bennett se move ao redor do quarto, vestido em seu terno de três peças para ir para o escritório durante o dia. Ele chegou tarde algumas noites atrás, e como eu presumi, sua agenda está repleta de viagens após a compra que ele acabou de fazer. Mesmo que ele esteja em casa agora, está morando no escritório antes de viajar novamente no final desta semana. O ar frio está me pegando, e eu afundo na cama, ainda mais sob as cobertas. — Você precisa que eu ajuste o termostato? — Bennett me pergunta ao se aproximar do meu lado da cama. — Você não está com frio? Ele senta-se no colchão ao meu lado, se inclina para beijar meu nariz, e então sorri. — O que? — eu pergunto quando ele se afasta. — Seu nariz está frio. Venha aqui. Sento-me, e ele me envolve em seus braços, na tentativa de me aquecer. Deslizo meus braços em volta da sua cintura, sob o paletó, e enrolo nele. — Eu senti falta disso. — eu suspiro. — Ter você – aqui - comigo. — Eu sei. Senti falta também.
Passado Sento-me nos degraus da frente da escola, à espera de Pike vir ao meu encontro para que possamos ir para casa. Ele está com problemas com um dos seus professores de novo e está em detenção, assim aproveito a hora para deixar todas as minhas lágrimas escaparem, para que ele não me veja chorar. Aparentemente, eu perdi a noção do tempo quando ouço as portas de metal abrirem com um estrondo e viro minha cabeça para cima para ver Pike descendo a escada. Rapidamente, eu limpo meu rosto, mas ele vê as lágrimas de qualquer maneira. — Por que você está chorando? — ele pergunta, mas eu não digo nada quando me levanto e dou de ombros e jogo minha mochila em cima dos meus ombros. — Elizabeth? O que aconteceu? — Nada. Podemos ir agora? — Não. Não até que você me diga por que você está chateada. Abaixo minha cabeça e olho para o chão, chuto algumas pedrinhas na calçada, dizendo-lhe: — As crianças da minha turma tiram sarro de mim. — O que elas dizem? — ele pergunta com uma voz dura. — N
Presente Bennett parte hoje para voltar à Dubai e iniciar uma revisão na indústria de produção, destrinchar e substituir tudo com o mesmo equipamento que é usado na outra indústria que ele tem aqui nos Estados Unidos. Quando eu disse a ele que ia encontrar com os fornecedores de hoje, ele fez sua assistente ligar e segurar o seu avião para que pudesse ir comigo. A ideia de ficar com ele e Declan na mesma sala faz meus nervos ficarem um pouco descontrolados. Especialmente quando acabei de encontrar Declan para o café ontem. Ele continua a me pressionar sobre Bennett, e estou confiante que o meu desempenho faça com que ele suponha que eu não sou tão feliz e que eu só estou mantendo a fachada por uma questão de aparência. Mas eu não quero que haja quaisquer trocas estranhas hoje quando nos encontrarmos com ele no seu hotel, é aqui que fica complicado. Eu gostaria de manter os homens afastados um do outro, então o fato adicional que Bennett tem relações com Cal, o pai de Declan, não é i