Presente Bennett está em casa há algumas semanas, o que torna difícil ver Declan. Eu tenho que arrumar desculpas aleatórias para fugir e ir até ele. Então eu minto, dizendo-lhe que Chicago Magazine quer outro artigo meu e que tenho encontrado meu editor para um café e reuniões no escritório para discutir tópicos do artigo, ou que eu vou passar o dia no Spa, ou ir às compras. Tudo o que consigo inventar, eu falo. Declan e eu temos passado a maior parte do nosso tempo em seu iate. Quando estou com ele, nada mais existe, estou feliz e contente. Eu sei que cometi um erro enorme e quanto mais tempo eu passo com ele deixando meu coração desprotegido, apaixono-me mais profundamente. Mas não consigo me controlar. Ele é intenso, avassalador, viciante, e consome absolutamente tudo. Quando não estou com ele, eu quero estar. Hoje em dia, mal posso passar uma hora sem querer falar com ele. Isso é o quanto eu o almejo. Eu tenho adiado encontrar Pike por essas mesmas razões. Estou com medo de lhe
Presente Mais três semanas se passaram desde que vi Pike. Bennett está em casa a maior parte do tempo, e sempre que posso encontrar ocasião para escapar estou com Declan. Eu venho contornando para dar-lhe uma resposta definitiva sobre ir à Escócia com ele, mas ele está começando a ficar irritado com a minha fuga. O frio intenso do inverno com neve finalmente terminou, mesmo que a cidade nunca pareça ficar acima dos 10 graus, mesmo em um bom dia. Uma rajada de vento vem, quase fazendo a porta bater na minha mão direita quando eu a abro e coloco a cabeça dentro do prédio onde o escritório da Dra. Leemont está localizado. Eu sofri períodos extremamente dolorosos a cerca de dez anos; foram eles que me levaram a procurar ajuda médica, o que resultou em meu diagnóstico da endometriose. Cerca de seis meses atrás, eu decidi tentar a terapia hormonal novamente para ajudar com a dor, mas tive que parar depois de alguns meses, devido a complicações com efeitos colaterais. Desde dezembro, a do
Presente Hoje é o último dia que eu tenho com Declan antes de eu ter que ir. Bennett retorna esta noite e eu fui um naufrágio durante toda a manhã. Estou com medo e nervosa que Bennett descubra que estou grávida, que de alguma forma seja capaz de dizer. Mas estou igualmente triste, porque por estes últimos dias, desde que contei ao Declan, eu me permiti acreditar que este bebê era dele e que nós faríamos isso funcionar. Mas é tudo uma mentira. Eu não sei o que vou fazer, mas seja o que for, eu quero fazer com Declan. Eu não quero nem imaginar voltar a uma vida onde ele não exista para mim. Eu nunca me deparei com alguém como ele. Sua intensidade é totalmente desgastante, e quando não estou com ele, tudo o que consigo pensar são maneiras de esgueirar-me para chegar até ele. É como se ele fosse o oxigênio que eu preciso para sobreviver, e quando ele se vai eu sufoco. Eu não sei se o amor deve ser sentido desse jeito, mas é tudo que eu sei, e é tudo com ele. — Como você está se sentin
Presente Eu não fui ver Pike ainda. Eu sei que preciso, mas eu tenho medo de como ele vai reagir à notícia de que eu quero sair disso. Bennett está de volta na cidade nos últimos dias, e encontro-me importando cada vez menos sobre brincar de ser sua esposa. Para mim, é o fim, mas eu sinto que não posso sair até que eu fale com o Pike. Eu vi Declan todos os dias, desde que Bennett voltou, e dizer que ele está ficando impaciente comigo é um eufemismo grave. Minhas desculpas estão se esgotando, assim, termino de me aprontar para sair e contar ao Pike o novo plano — o plano que irá, pela primeira vez, deixá-lo sem mim ao seu lado. A culpa é insuperável neste momento. Como você diz ao homem, que provavelmente está apaixonado por você, e aquele que tem sido o seu protetor durante os últimos 20 anos, que já não são mais vocês dois? Que você se apaixonou e quer ficar com a outra pessoa? Pike e eu sempre estivemos juntos, sempre honestos um com o outro, até agora. Eu disse a ele que eu não
Presente ESCURIDÃO. Nada além de negro quando eu estou aqui acordada, embora eu não esteja acordada. Eu posso sentir a mão quente acariciando meu braço enquanto inalo um cheiro familiar. Bennett. Meu corpo dói, pulsando com uma dor entorpecida, mas quando tento mover, eu não posso. Quando tento abrir meus olhos, não consigo. Mas posso sentir o toque de Bennett. Eu posso sentir o cheiro dele. Eu posso ouvir o sinal sonoro constante de uma máquina que me alerta para o fato de que eu estou em um hospital. A última coisa que me lembro é de estar deitada, desamparada no chão da minha sala de jantar, enquanto Pike lançava chute após chute violento no meu estômago. Meu estômago! Meu bebê! Eu não consigo acordar. Mas eu, ao menos, quero? Eu já sinto falta de Carnegie. Eu realmente quero acordar para encontrar o horror que está esperando por mim? O que aconteceu com Pike? Por que ele fez isso? — Senhor Vanderwal. — uma voz suave, feminina diz, mas não consigo ver nada quando estou dei
Presente DOIS DIAS DEPOIS Quando eu acordei da minha sedação, apenas algumas horas se passaram. E quando a polícia chegou para informar-me que o meu marido tinha sido assassinado em nossa casa - baleado duas vezes na cabeça - eu precisei ser sedada novamente. Saber o que Declan fez - por mim - me levou ao limite. Culpa... Eu não tenho notícias dele ou o vi. Sinto falta dele. Eu me preocupo com ele. Estou com medo por ele. Eu não liguei para ele, porque estou com medo de chamar a atenção, mas eu já lhe mandei uma mensagem usando o aplicativo no meu telefone que ele me deu. Mas não houve nenhuma resposta. Pike está desaparecido também. Então aqui estou eu, sem ter ideia do que fazer, e eu estou sozinha em uma vida que eu não quero mais. Eu não podia ir para casa quando me deram alta do hospital nesta manhã; eu estava com muito medo do que eu veria. A polícia me disse que um dos moradores do edifício fez a chamada para o 911 depois de ouvir os tiros. Não havia nenhum sinal de arromba
Presente — Querida, você está quase pronta? — a voz do meu marido chama do outro quarto. Eu olho para o meu reflexo no espelho enquanto coloco meu brinco de pérola, sussurrando para mim: — Sim. Ajeito a minha postura, aliso o tecido do meu vestido, corro os dedos pelo meu cabelo longo, vermelho. Um cobertor de carmim. Ondas soltas caindo sobre meus ombros nus. A frieza da seda azul da meia-noite que se agarra às ligeiras curvas da minha pequena forma. A boa esposa estoica. Meu marido, o farol da minha admiração, ou assim parece. — Impressionante. Meus olhos se deslocam, do espelho para Bennett, conforme ele caminha para dentro do meu closet, onde estou. Ele arrasta meu cabelo para o lado, expondo meu pescoço para seus lábios. — Mmm. — eu cantarolo ao seu toque antes de virar em seus braços, para ajustar sua gravata borboleta preta. Seus olhos estão presos em mim enquanto concentro-me em seu pescoço e quando lhe dou minha atenção, ele me dá um sorriso suave. Eu devolvo. Ele é im
Presente Reviro na cama, eu me encontro sozinha. Nada de novo. Loção pós-barba de Bennett ainda paira no ar, e quando vou para a sala de estar muito aberta, eu o vejo sentado no bar na cozinha. Ele lê um arquivo enquanto bebe seu café. Amarro o cinto do meu roupão de seda em volta da minha cintura, me aproximo dele por trás, passando os braços ao redor dos seus ombros, dando-lhe um beijo. —Bom dia. — ele diz com um sorriso, feliz em me ver. — Você acordou cedo. — eu respondo, conforme observo seu terno de três peças. Ele abaixa o arquivo, e vira para me puxar entre as pernas. — Eu estou saindo para Dubai. Esqueceu? — Claro que não. Mas você não sai até algumas horas. — eu digo a ele e, em seguida, abaixo a minha cabeça, acrescentando em tristeza fingida: — Eu gostaria que você ficasse. Beijando meus lábios, ele se afasta e envolve os dedos no meu cabelo comprido, penteando-o para trás. — É só por alguns dias. Além disso, você vai estar ocupada. — Ocupada? — Eu preciso que você com