Passado Sento-me nos degraus da frente da escola, à espera de Pike vir ao meu encontro para que possamos ir para casa. Ele está com problemas com um dos seus professores de novo e está em detenção, assim aproveito a hora para deixar todas as minhas lágrimas escaparem, para que ele não me veja chorar. Aparentemente, eu perdi a noção do tempo quando ouço as portas de metal abrirem com um estrondo e viro minha cabeça para cima para ver Pike descendo a escada. Rapidamente, eu limpo meu rosto, mas ele vê as lágrimas de qualquer maneira. — Por que você está chorando? — ele pergunta, mas eu não digo nada quando me levanto e dou de ombros e jogo minha mochila em cima dos meus ombros. — Elizabeth? O que aconteceu? — Nada. Podemos ir agora? — Não. Não até que você me diga por que você está chateada. Abaixo minha cabeça e olho para o chão, chuto algumas pedrinhas na calçada, dizendo-lhe: — As crianças da minha turma tiram sarro de mim. — O que elas dizem? — ele pergunta com uma voz dura. — N
Presente Bennett parte hoje para voltar à Dubai e iniciar uma revisão na indústria de produção, destrinchar e substituir tudo com o mesmo equipamento que é usado na outra indústria que ele tem aqui nos Estados Unidos. Quando eu disse a ele que ia encontrar com os fornecedores de hoje, ele fez sua assistente ligar e segurar o seu avião para que pudesse ir comigo. A ideia de ficar com ele e Declan na mesma sala faz meus nervos ficarem um pouco descontrolados. Especialmente quando acabei de encontrar Declan para o café ontem. Ele continua a me pressionar sobre Bennett, e estou confiante que o meu desempenho faça com que ele suponha que eu não sou tão feliz e que eu só estou mantendo a fachada por uma questão de aparência. Mas eu não quero que haja quaisquer trocas estranhas hoje quando nos encontrarmos com ele no seu hotel, é aqui que fica complicado. Eu gostaria de manter os homens afastados um do outro, então o fato adicional que Bennett tem relações com Cal, o pai de Declan, não é i
Presente Com meu marido a caminho do aeroporto para passar as próximas duas semanas, do outro lado do mundo, faço uma cara divertida e volto para Declan, que ainda está na sala de jantar. — O que foi isso? — ele questiona quando ando de volta e sento. — Apenas dizendo adeus. — Você está triste? Deslocando no meu lugar, eu digo: — Podemos não falar sobre isso? Declan não força mais as suas perguntas, ficando quieto na maior parte, além do bate-papo seguro, enquanto terminamos a refeição. Discutimos o serviço de bufê e a visita de Marco por um tempo, e depois de eu contratá-lo para organizar a festa, abrimos uma garrafa de vinho, e passamos uma quantidade longa do tempo selecionando as ofertas do menu. Uma vez que o negócio está fechado e a comida escolhida, Marco se desculpa e eu sigo Declan para o lobby para que o manobrista busque meu carro. — Ah, não. — eu suspiro quando olho para frente. — Quanto tempo nós ficamos conversando com Marco? — há muita neve caindo forte e já acu
Presente Em pé na frente das janelas, eu olho para baixo e vejo os removedores de neve passar através da cidade, limpando as ruas. Eu saí do quarto de Declan cedo esta manhã, enquanto ele ainda estava dormindo. Eu queria construir o mistério e a perseguição, e acordar em seus braços deixaria muito fácil para ele, e pelo que eu aprendi sobre os homens, fácil leva a um investimento superficial. Eu preciso que Declan esteja totalmente imerso se eu quiser que isso funcione, então eu calmamente escapei do seu quarto. Dou risada quando ouço a batida na minha porta, desde ontem à noite ele tomou para si a tarefa de apenas sobrepor a mim sem nenhum aviso. Mas não é Declan de pé do outro lado; é o serviço de quarto. — Senhor McKinnon pediu café da manhã para você esta manhã. — ele diz, enquanto empurra um carrinho coberto de branco com um café preparado em French press9, um prato de frutas frescas e donut. — Quando foi feito esse pedido? — pergunto. — Talvez uma hora ou mais atrás, Sra. V
Presente Bennett continua a me ligar todos os dias para checar, como de costume. Ele sente minha falta. Nada de novo. Deixe-o sentir minha falta. Deixei Declan sentir minha falta também. Os dois homens, comem na palma da minha mão desonesta. Fantoches mortais. Fantoches tolos. A viagem para Justice é longa por causa de toda a neve nas estradas. Da apresentação cênica de Natal na cidade, até a favela silenciosa do gueto – eu sinto falto do Pike, não importa onde esteja. Eu pego minha chave quando estaciono o meu carro e entro. Os sons de uma mulher gemendo, quase teatralmente, escapam do quarto do trailer. O metal da estrutura da cama rangendo complementa o ritmo em que Pike transa com ela. O gelo dentro do meu estomago é repugnante, e eu volto para o meu carro para esperar a garota sair. Se você acha que eu estou com ciúmes, você está errado. Eu não me importo com quem Pike fode. Eu não me importo com quem qualquer pessoa fode. Para mim, o sexo é nojento. É o meio para um fim. Se v
Passado Amanhã é o meu aniversário. Você pensaria que estou animada por chegar aos dez anos de idade, mas é apenas mais um lembrete de que a vida não vai ficar melhor. Eu costumava ir para a cama à noite pensando que amanhã seria um novo dia, um desejo esperançoso às estrelas. Mas as estrelas não concedem desejos. Eu vivo nessa casa com Pike há quase dois anos, e agora eu sei que amanhã é nada, exceto uma repetição do dia anterior e as estrelas não são nada além de pedras queimadas. Gostaria de saber se vou ao menos ser deixada fora deste armário no meu aniversário. Improvável. Este é o lugar onde eu passei quase todo fim de semana desde o dia primeiro que Carl me amarrou um ano e meio atrás. Quando eu contei para Bobbi o que tinha acontecido, a sua resposta foi: — Bem, o que você fez para provocá-lo? — sim, resulta que ela não dá a mínima para mim ou Pike. Não somos nada mais do que o seu salário. Um meio para sobreviver, para pagar suas contas e colocar comida na mesa, a comida qu
Passado Minha vida continua a ser um terreno baldio. É simplesmente inútil até mesmo tentar ver o lado bom em qualquer coisa. Agora tenho 12 anos de idade. A única esperança que eu me agarro é que em dois anos, eu vou ter meu pai de volta. Mas essa esperança se transformou em cinzas e poeira quando minha assistente social passou por aqui ontem. — Só mais dois anos. — eu disse, e com um olhar confuso, ela perguntou: — O que acontece em dois anos? — Eu consigo o meu pai de volta. — falei para ela. — Eu posso ir para casa. Ela pareceu irritada quando balançou a cabeça e suspirou: — Não é assim que funciona. — O que você quer dizer? — O estado acabou com os direitos dele sobre você. Quando ele sair, você não vai voltar para casa. Ele não está autorizado a ter qualquer contato com você. Meu rosto aquece em raiva pura, quando ela acrescenta: — Essa é a sua casa, aqui, com Carl e Bobbi. Afastei-me dela nesse momento. A desesperança e derrota foram demais para eu esconder e não queria
Passado Após o ataque do Carl, Pike não entrou no meu quarto por um tempo. Tudo o que eu queria era morrer, dar um basta e sair dessa miséria. Eu nem sei como entender o que acabou de acontecer lá em baixo. Tudo veio tão rápido, e eu nunca tinha experimentado tanta dor na minha vida. A dor nas minhas costas foi desaparecendo quando ele começou a estuprar uma parte do meu corpo que eu nunca esperaria. E agora, eu estava deitada de barriga, com o rosto enterrado no meu travesseiro, tentando abafar meus soluços. Meu top ainda estava fora por causa do ardor das minhas costas. Estou com muito medo de olhar e ver o que ele fez comigo. — Oh meu Deus. — eu fracamente ouvi através do meu choro, e quando levanto minha cabeça, eu vejo Pike olhando para mim. Ele está horrorizado, não pergunto por quê, estou tão humilhada. Ele se ajoelha ao lado da minha cama com um gemido doloroso e coloca sua mão no meu braço, acariciando-o com o polegar trêmulo. Um lado do seu rosto está inchado e machucado