Prólogo- parte 2

Literalmente lindo. 

Saio do meu transe, pedindo desculpas e ele sorri.

— Só desculpo se você tomar uma bebida comigo. 

Sorrindo, aceito seu convite e nos dirigimos para uma mesa um pouco mais afastada.

— A boate está lotada. — Comento, olhando ao redor.

— Toda vez que venho aqui, está sempre assim, já que é a melhor da cidade. — Afirma, pegando em minha mão.

— A energia aqui é contagiante. — Digo, apreciando o toque suave da sua mão na minha.

— É verdade — responde — os DJs sempre arrasam nas escolhas musicais. É como se cada batida nos envolvesse e nos levasse para outra dimensão.

Pedimos nossas bebidas e continuamos a conversa, aproveitando o clima animado da boate.

— Sim, é incrível como as boates reúnem diferentes estilos e personalidades. É um verdadeiro mosaico de pessoas bonitas e interessantes — afirma. Seus olhos brilham enquanto desliza os dedos de leve pelo copo.

Quando começa a tocar músicas mais lentas, o clima esquenta e eu também. Esses toques sutis dele estão me deixando quente.

Quando a música Girl On Fire da Alicia Keys começa a tocar, ele se levanta.

— Aceita dançar comigo? — Pergunta ao estender uma das mãos. Sorrio como uma boba.

— Aceito. Adoro essa música. — Respondo, segurando a mão que me ofereceu e o sigo até a pista.

Grudando nossos corpos ao me segurar pela cintura, nossos olhos se encontram em uma cumplicidade silenciosa. O ambiente ao nosso redor parece desaparecer, dando lugar apenas à eletricidade que percorre o ar entre nós.

— Então, você está em chamas? — Ouço sua pergunta ao aproximar seu rosto do meu e o leve mordiscar no lóbulo da minha orelha, arrepiando-me por inteira, deixando-me como gelatina em seus braços.

— Sim. — Sussurro, mas não sei se ouviu devido ao som.

— Me deixa apagar essa chama?

Sem me dar tempo para responder, ele saqueia minha boca em um beijo que faz meu cérebro dar curto-circuito. Cada suspiro e gemido se fundem em um ritmo sensual, enquanto nossos corpos se movem em harmonia. Suas mãos se entrelaçam em meus cabelos, puxando-os levemente, intensificando nosso beijo. 

Sinto sua ereção e minha calcinha fica cada vez mais molhada. Quando finalmente nos separamos, sinto nossas respirações ofegantes e nossos olhos brilham com a cumplicidade recém-descoberta. Um sorriso satisfeito se espalha em nossos rostos, sabendo que esse beijo é só o começo.

Envolvidos pela atmosfera eletrizante, o desejo flutua no ar. Em um momento de pausa na dança, ele sussurra em meu ouvido:

— Esta noite está ficando cada vez melhor e se você estiver disposta, podemos encontrar um lugar mais tranquilo para continuar nossa conversa.

Um sorriso malicioso surge em seus lábios, e eu aceito seu convite com um aceno de cabeça, também sorrindo, pois agora sei que nesta noite eu vou perder a virgindade.

Segurando em minha mão, permito que ele me leve para o último andar do clube, onde existem vários cômodos. E foi entrando em uma suíte que pude sentir ainda mais os seus beijos. Ao mesmo tempo em que sinto a maciez do colchão, noto o volume do seu pau por cima da calça contra a minha boceta, duro feito pedra. 

As mãos exploram o corpo um do outro e ao mesmo tempo em que retiro o vestido, ele puxa a minha calcinha, deixando beijos por entre as minhas pernas e me causando arrepios por todo o corpo. Assisto-o se levantar e a começar a se despir, me permitindo admirar as tatuagens em seus braços e no tórax, sem contar sua barriga trincada.

Porém, quando olho para o seu pau, não consigo deixar de arregalar os olhos, surpresa.

Ele tem um piercing na cabeça do pau!?

— Não se preocupe, gatinha. Ele não vai te machucar, muito pelo contrário, vai te dar um prazer ainda maior.

O homem se masturba, olhando-me com um sorriso de puro cinismo e desejo, deixando-me cada vez mais excitada e, apesar do medo, estou adorando essa sensação.

Sem alcançar o orgasmo, ele volta de encontro ao meu corpo e, em cima de mim, coloca o peso em um dos seus braços enquanto aperta um dos meus seios, ao mesmo tempo em que morde e suga o meu outro mamilo, me causando sensações maravilhosas...

Sinto uma eletricidade percorrer meu corpo e gemo alto, me contorcendo de prazer à medida que deixa beijos pelo meu corpo até chegar em minha boceta, já molhada por ele.

— Que delícia... Você está molhadinha. — Diz, com a voz enrouquecida.

Passando a língua em um vai e vem, ele suga meu clitóris, morde e chupa até que não consigo me controlar e explodo em um orgasmo alucinante.

Com um beijo em meus lábios, sinto meu gosto, à medida que ele se encaixa em minha entrada, faminto, entrando com uma estocada só.

Não consigo conter o grito de dor, nem mesmo evitar as lágrimas, o que o faz parar, olhando-me assustado.

— Porra! Você é virgem? — Pergunta, espantado, e com a feição preocupada, me analisando.

— Era, agora não mais. — Seguro seu rosto com as duas mãos e olho em seus olhos para que ele não tenha dúvidas do que quero. — Por favor, não pare. Eu quero você.

Ele me olha com uma expressão de culpa, pedindo desculpas por não ter sido mais delicado, mas digo que está tudo bem e que eu o desejo assim mesmo. 

Ele passa a se mover lentamente dentro de mim, ao mesmo tempo em que me beija com suavidade, até que eu me acostume com o seu tamanho e passe a se mover com mais intensidade.

— Por favor, não pare. — Peço entre gemidos.

À medida que o tempo passa, começo a sentir menos dor e mais prazer. Ele me toca de uma maneira que me faz sentir tão especial. A intensidade do momento só aumenta e nossos corpos se movem em perfeita harmonia, como se fossem feitos um para o outro. Ele aumenta seus impulsos, fazendo com que o barulho dos nossos corpos reverbere por todo o quarto.

Experimento sua mão em meu clitóris, fazendo movimentos circulares, e é meu fim, porque gozo mais uma vez, sentindo meu corpo flutuar.

— Gos-to-sa. — Diz pausadamente a cada vez que estoca fundo, gemendo alto, quando finalmente assisto o seu orgasmo, me preenchendo completamente. 

Acabamos de transar e mesmo que essa seja a minha primeira vez, sinto como se nos conhecêssemos há anos. Existe uma conexão tão forte entre nós dois que me deixa sem palavras e eu o abraço forte, sentindo seu coração batendo forte contra o meu peito.

— Não usamos preservativo. — Falo, olhando para ele. 

— Me desculpe, eu estava tão excitado que acabei esquecendo, mas nunca transei sem usar um, estou limpo. 

— Eu era virgem, então também estou limpa. — Sorrio. — Eu tomo anticoncepcional para regular meu ciclo, então estou protegida.

Assisto-o levantar, indo até o banheiro. Ele volta com uma toalha molhada para me limpar, e volto a sorrir por conta dos seus cuidados, já que sou uma completa estranha. Ele simplesmente volta a se deitar ao meu lado e me puxa para seu peito. 

— Te fodi e nem sei teu nome. — Diz, buscando me olhar nos olhos e eu o retribuo.

— Sem nome. — Respondo com seriedade, mas ao contrário de mim, ele sorri, dando-me um beijo em meus cabelos. Ficamos juntos por mais algum tempo, conversando, rindo e eu nunca me senti tão feliz em toda a minha vida. 

Quando percebo que ele dormiu, me levanto e visto minhas roupas. Vejo uma caneta em cima da mesinha e escrevo um bilhete, agradecendo pela noite. Em seguida, saio. 

De volta ao meio da boate, dessa vez com menos pessoas, envio uma mensagem para o Kai, avisando que estou saindo e ele responde quase que de imediato que já está na porta, me esperando.

 — É, pelo jeito a noite foi boa. — Fala ao me ver sair e sorrio, confirmando.

— Foi ótima. — Digo ao entrar no carro e recebo seu olhar sério. — Perdi minha virgindade.

— Você sabe o que isso significa, não sabe, Luna? 

— Sim, sei. — Respondo, passando a prestar atenção no caminho de volta para casa. Que se o Enzo sonhar que isso aconteceu, estou ferrada e, aquele homem maravilhoso, morto. 

Mas nunca mais vou esquecer dessa noite; sempre vou me lembrar dele, de como foi bom estar em seus braços e da corrente elétrica que passou entre nós dois.

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